Capítulo 06
Nosso Nardellito está na área meu povo!!!!! Desculpe se houver erros, eu estou com uma gripe satânica. Fui!!!
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Augusto Nardelli
Eu perdi a porra do meu controle! Eu não acredito nessa merda, foram tantos anos deixando algo preso, escondido e totalmente fora dos limites para que em uma noite tudo fosse para o espaço. Bastou que eu ouvisse a palavra "namorada" para que a realidade explodisse dentro de mim. Trinco os dentes com força enquanto eu vou me afastando apressadamente, sem olhar para trás. Eu não posso ver o seu rosto, não posso ver sua boca vermelha e inchada pelo nosso beijo alucinante. Eu sabia que isso iria acontecer se eu perdesse o controle, eu poderia ter uma breve noção que avançaria nele se por algum acaso me aproximasse perto o suficiente e isso é muito absurdo. Eu não posso deixar isso acontecer, não posso permitir que tudo o que está preso simplesmente saia assim.
Com isso eu saio, de um jeito apressado e muito fodido. Que coisa mais idiota um hoje velho como eu fugir de um menino como ele, não é? Mas é assim que tem que ser, por que são vários e infinitos motivos que me fazem ter certeza que eu cometi um enorme erro. Desde a primeira vez que os meus olhos bateram em Roberto eu sabia que de um jeito ou de outro que eu o queria na minha cama, na época eu até pensei que isso poderia acontecer. Mas não foi bem assim, por que a realidade caiu em mim ao perceber que ele é hetero, e o pior de tudo, eu me vi sentindo algo além do que levá-lo para minha cama. Eu comecei a observá-lo não como uma possibilidade de uma transa qualquer, mas sim como um homem que consegue me tirar do sério sem nem ao menos fazer muito esforço. E isso me atrai e muito!
As provocações inocentes e animadas dele traziam uma raiva fora do normal em mim, por que eu via o quão gostoso esse moleque é. Porra! Não é somente isso, Roberto tem a merda de um jeito que mesmo que seja perturbadoramente irritante é fodidamente cativante. E isso fazia com que todas as vezes que eu o olhava mais de perto todas as minhas entranhas pediam para fazê-lo meu. Meu e somente meu, fazer com que ele visse o que era ter um homem na sua vida, homem esse que nunca mais iria deixá-lo sair ou deixar outra pessoa entrar. Por que... porque ele seria meu de corpo e alma. Fodido em Cristo! Não, não e não! Isso não pode acontecer. Nunca!
Balanço a cabeça para tirar esses pensamentos de mim. Estou tão absorto em pensamentos que não vejo quando o marido de Filippo, que também é o melhor amigo de Roberto, olha para mim com muita surpresa. Me sinto desconfortável, principalmente quando vejo que ele não está sozinho, há uma outra mulher ao seu lado. Que se eu não me engano se chama Ângela, ela também é amiga do moleque. Os dois me olham com um misto de surpresa e satisfação, mas tiram os olhos rapidamente para olhar algo atrás de mim. Eu tento não olhar para onde eles estão olhando, mas o meu bom senso foge de mim e assim que viro minha cabeça dou de cara com ele chamando o meu nome. Meu nome, sim meu nome e não o meu sobrenome, que sai como uma oração nos seus lábios do qual eu acabei de atacar. Cerro os punhos e saio o mais rápido possível desviando dos seus amigos.
- Nardelli! - Ouço alguém me gritar quando já estou fora da mansão dos Aandreozzi, mas não viro para olhar.
- Porra velho filho da mãe, pare de correr! - Reconheço a voz de Enzo e paro respirando pesadamente.
- O que você quer, Enzo? - Pergunto entre dentes e ele coloca a mão no meu ombro.
- O que aconteceu? Por que você está saindo? - Sua pergunta me faz ficar rígido na mesma hora.
- Eu fiz besteira! - Minha voz saiu pesada de ódio.
- Como assim? - Sua pergunta me fez olhar na sua direção.
- Eu não consegui mais resistir e acabei atacando um homem muito mais jovem que eu, que está, porra, namorado. - Falei entre dentes e Enzo arregalou os olhos brevemente.
- Você atacou Beto? Você não o machucou, não é? - Sua pergunta idiota me fez cerrar os dentes com força.
- Não seu retardado! - Falei de forma rude e ele assentiu e abrindo um sorriso curto.
- Olha como fala comigo seu velho idiota. - Enzo disse seriamente e eu revirei os olhos.
- Tenho que ir! - Falei agitado.
- Mas o jantar nem começou, por que você não entra? - Enzo indicou a casa com o polegar e eu neguei.
- Não posso, eu simplesmente não posso. Diga a sua mãe que eu tive algum imprevisto. - Falei e ele negou com a cabeça.
- Eu não minto para minha Mamma. - Enzo disse e eu assenti. - Nardelli, eu acho que você... - Enzo tentou falar mais eu levantei a mão para que ele parasse.
- Não, eu tenho que ir. - Falei com uma carranca irritada.
- Eu nunca pensei que você fosse um homem covarde. - Enzo disse cruzando os braços no peito.
- Não me julgue por algo que nem você e nem ninguém poderá entender. - Falei friamente e Enzo assentiu devagar como se estivesse analisando minhas palavras.
- Isso você tem razão, ninguém pode entender o que se passa dentro de você, Nardelli. Mas também posso dizer por experiência própria que fugir não é uma opção. Isso pode acabar te comendo por dentro. - Enzo disse como se estivesse perdido em pensamentos.
- Que seja assim, eu não posso fazer isso. - Falei entre dentes e Enzo respirou fundo.
- Você pode Nardelli, claro que você pode, basta você querer. - Enzo disse com força nas palavras.
- Você não entende, eu não posso mais perder ninguém na minha vida. - Minha voz saiu em tom baixo.
- Oh meu velho, se você viver com medo do que pode vir você nunca terá a oportunidade de lutar por algo que realmente vale a pena. - Enzo disse dando um pequeno sorriso.
- Não vejo que beijar um homem hétero pode se transformar em algo a mais. - Resmunguei e isso fez o grande idiota rir.
- Melhore com as suas desculpas, não está funcionando. - Enzo disse e eu trinquei os dentes.
- Que seja, eu tenho que ir. - Falei seriamente e ele respirou fundo.
- Se você quer ir eu não vou te impedir. - Enzo disse rudemente e eu assenti.
- Sim, eu quero, avise a sua mãe que sinto muito. - Falei mais uma vez e ele assentiu novamente.
Virei as costas para Enzo e sair para ir em direção ao meu carro que os funcionários já haviam trazido quando me viram sair. Dou um aceno ao rapaz que não sei o nome, mas deve ser um dos seguranças dos Aandreozzi, em agradecimento por trazer meu carro. Assim que entro no meu grande Hummer e sento no banco do motorista eu aperto volante com força suficiente para deixar os nós dos meus dedos embranquecidos. Encosto a cabeça no volante e contenho o grito frustrado que está dentro da minha garganta. Foi a mesma coisa, aconteceu a mesma coisa quando eu conheci a Fiorella, eu sabia que a queria na minha vida desde o momento que coloquei meus olhos nela. Eu sempre fui muito mais interessado em homens do que em mulheres, mas a minha falecida esposa me conheceu em uma época diferente.
Isso por que naquela época eu não tinha as cicatrizes no meu coração como tenho hoje em dia, naquela época eu não sabia o que era sonhar com a morte da sua mulher e filho por todas as noites. Não, naquela época eu era somente o Augusto que almeja uma família como um louco. E encontrou naquela mulher espirituosa alguém em quem se apoiar. Eu não sou mais assim, eu sei a realidade da vida e tentei com tudo de mim não ficar perto o suficiente daquele... daquele moleque sem noção e invasivo. Agora que eu senti o seu gosto, senti o sabor do seu beijo, que é delicioso demais para ser real, eu não sei como posso continuar a fingir que nada aconteceu, que somente foi um erro. Dou uma risada sem humor ao duvidar das minhas palavras, por que eu nem sei mais o que o certo e errado.
Balanço a cabeça para tirar esses pensamentos de mim e coloco o meu carro para andar. Tento o máximo tirar a imagem daquele moleque que está muito mais gostoso que dá última vez que o vi. Que tenho certeza que foi no casamento de Luna, se não estou enganado, porque depois disso todas as vezes que tinha algum evento daquela família em que eu era convidado, eu me esquivava da melhor forma possível. Mas como foi um pedido feito pela senhora Arianna eu tinha que vir. Isso foi meu erro, meu fodido erro. A lembrança dele faz meu pau ficar duro na mesma hora, por que tudo o que mais queria era curvá-lo contra a parede, desfazer aquele coquezinho maldito e fode-lo tão forte e tão profundo que tudo o que ele iria lembrar era o meu nome. Oh merda, é isso, eu preciso foder, acho que assim eu vou poder parar com essas fantasias idiotas.
Com isso em mente eu vou para o bar gay que fui na noite que conheci o barman. Sim, o mesmo barman que levei para minha casa e fode em uma noite qualquer para aliviar os hormônios. Acho que seu nome é João... José... não espera, acho que é Jonas. Isso! Seu nome é Jonas. Eu vou ver se encontro Jonas para me ajudar a tirar coisas que não podem acontecer da minha cabeça. Sendo assim eu chego até o bar e de cara posso ver que o lugar está bastante agitado. Entro não me importando com alguns olhares que recebo e vou me sentar nas cadeiras altas em frente ao grande balcão. Assim que me acomodo no banco, eu puxo o maço de cigarro no bolso interno do meu blazer.
- Você voltou! - Levanto minha cabeça para dar de cara com o barman Jonas.
- Sim, é o que parece. - Resmunguei em tom baixo colocando o cigarro nos meus lábios.
- Você é sempre assim? - Pergunta o barman e eu acendo o meu cigarro, puxando a fumaça densa para os meus pulmões.
- Assim como? - Pergunto liberando a fumaça enquanto olhava de modo avaliativo pelo ambiente.
- Sincero e de poucas palavras. - Dou de ombros e continuo a fumar a porcaria do meu cigarro.
- O que você vai querer hoje? - Ele pergunta após soltar um suspiro.
- Bourbon, puro. - Peço e ele assentiu me olhando de forma calorosa.
- Volto já, sexy! - Ele pisca um olho para mim e eu tento não fazer uma careta, mas não consigo.
- Acho que deveria ter ido para casa. - Murmurou puxando novamente a fumaça do meu cigarro.
- O que disse? - O barman Jonas pergunta e eu nego com a cabeça.
- Bourbon! - Falo seriamente e ele concorda saindo logo em seguida.
Tento de tudo apreciar as pessoas a minha volta, mas tudo está me irritando. Eu não sei se vou conseguir ficar aqui por muito tempo, eu deveria ter ido para casa, ficar sentado no sofá com a minha mutante canina enquanto tomava uma das minhas cervejas. Merda! Mas eu não posso fazer isso, eu tenho que tentar tirar o gosto delicioso do sabor do beijo do moleque irritante de mim, do cheiro gosto do seu perfume, como o som de seu gemido rouco deixou o meu pau tão duro que pensei que fosse rasgar a minha cueca e calça. Foi um som bonito e muito excitante, um som que me fez ter vontade de mais. Muito mais para ser honesto, mas eu não posso. Meus pensamentos são cortados quando o barman Jonas coloca a bebida na minha frente.
- Aqui está a sua bebida. - Ele diz e eu não perco tempo e tomo um pouco. O bourbon desce queimando a minha garganta e eu gosto bastante dessa sensação.
- Obrigado! - Agradeci e ele deu um largo sorriso.
- Eu sabia que você ia voltar. - Jonas fala e eu franzo o cenho.
- O que? - Perguntei por que eu não entendi o que ele disse por causa do som alto.
- Eu disse que sabia que você ia vir aqui novamente, a noite que tivemos foi maravilhosa. - Jonas disse me olhando de forma sexy e colocou sua mão na minha.
- Não! - Me afasto rapidamente ao sentir um desconforto terrível. Merda!
- O que é isso? - O barman pergunta irritado e eu percebi que não deveria estar aqui.
- Isso está errado! - Murmurei com raiva e o barman me olhou de forma esquisita.
- Você veio aqui para me ver, não foi? - Ele perguntou arqueando a sobrancelha.
- Eu não... - Parei de falar quando uma barwoman chamou o nome de Jonas.
- Me ajude aqui, Jo! - A menina grita e Jonas fez um gesto para que ela espere.
- Espere um pouco Melinda! - Ele grita de voltar e quando ele vira novamente para mim a realidade cai em mim.
- Tenho que ir! - Falo terminando de beber meu bourbon e pego minha carteira.
- Mas eu pensei que fossemos aproveitar a noite, o meu turno termina daqui a 20 minutos. - Jonas fala e eu solto uma respiração soltando um som irritado logo em seguida.
- Não, obrigado, eu tenho que ir. - Falei nervoso colocando o euro no balcão. - Pode ficar com o troco. - Falei tentando ser o mais educado possível.
- Se você esperar só mais uns minutos... - Jonas parou de falar quando levantei a mão pedindo para que ele parasse de falar por que senti o meu celular vibrar.
- Nardelli! - Atendo a ligação aliviado por poder cortar a conversa.
- Chefe, conseguimos! - A voz de Tom chegou aos meus ouvidos e meus corpo rígido relaxou na mesma hora.
- Tem certeza? Apollo já entrou em contato? - Perguntei irritado com o som alto do ambiente, por que eu não conseguia ouvir direito a ligação.
- Chefe, onde você está? - Tom perguntou com sua curiosidade de sempre.
- Não te interessa, agora foco na missão Tommaso. - Falei seriamente observando de canto de olho que o barman me encara descaradamente.
- Tudo bem Chefe e respondendo sua pergunta, não, ele não entrou em contato. - Franzo o cenho ao saber disso.
- Tudo bem, vamos entrar de qualquer jeito. Passarei em casa para trocar de roupa, avise os outros, Tom. - Comandei e ele fez um som de confirmação.
- Yuma estará com a gente? - A pergunta de Tom quase me fez dar um sorriso.
- Sim, ela também irá. Nós entraremos em poucos minutos. - Falei e assim que Tom se despediu eu desliguei a ligação.
- O que houve? - O barman segura o meu braço me impedindo de sair e eu olhei para sua mão com irritação.
- Me solta, tenho que ir! - Gruir o meu pedido e isso fez com que ele me soltasse rapidamente.
- Desculpa! - Ele pediu e eu assenti me virando para sair.
- Que seja! - Falei enquanto caminhava e não fazia ideia se ele havia me ouvido.
Corri em direção ao meu carro e assim que entrei toda a minha mente se voltou para a minha atual tarefa. Eu precisava chegar em casa o mais rápido possível para poder trocar de roupa e pegar Yuma. Faziam dias que não tínhamos notícias de Apollo que se infiltrou em uma organização criminosa que veio do sudeste da Itália, mais precisamente perto de Puglia. As suas atividades eram bem escondidas e muito, muito cuidadosas, mas de uns tempos para cá eles começaram a mostrar mais as caras e isso fez com que chamasse a nossa atenção. Ficamos sabendo por alto que eles estavam trabalhando com tráfico de pessoas. Nada foi devidamente confirmado, mas sabíamos que estava acontecendo isso bem debaixo dos nossos narizes. E como estávamos mordendo os nossos próprios rabos com relação a isso, eu decidi colocar alguém de nós lá. E não existia ninguém melhor para o trabalho que Apollo.
Apollo Di Marco é um grande filho da puta frio quando se precisa, e eu sabia que ele era melhor figura para poder se infiltrar nessa pequena organização mafiosa de merda. De início ele começou como um pequeno mensageiro, mas com o passar do tempo ele foi crescendo gradualmente lá dentro. Não faço ideia o que ele fez para poder crescer desse jeito, mas seja o que for ele está nos trazendo informações para que finalmente pudéssemos derrubar toda a merda e recuperar os imigrantes que foram tiradas de suas casas com promessas vazias e mentirosas desses filhos da puta. É sempre assim que acontece, é o mesmo ciclo vicioso, eles mostram a essas pessoas a possiblidade de uma mudança de vida, principalmente mulheres, que elas podem trabalhar em um país totalmente estranhos para elas. E quando chegam no local elas são forçadas a trabalhar de forma desumana, e até mesmo a se prostituir para poder pagar um dívida que não sabiam que existiam. Só de pensar nisso eu tenho muita vontade de matar cada um desses filhos da puta.
Quando chego em casa a primeira coisa eu faço e trocar de roupa. E assim que me visto com a minha calça de couro, a camisa da força especial, minhas botas de combate e minha jaqueta de couro Yuma se anima por que ela sabe que vamos trabalhar. Não demoro a sair de casa, levando Yuma junto comigo, e quando entramos no carro eu sei que é hora de tirar mais um lixo da minha cidade. A viagem até a agência foi rápida e quando chego lá já vejo que toda a minha equipe está pronta a minha espera. Yuma fica animada, mas como ela sabe que hora de trabalho não é aberta para distrações, ela fica o mais concentrada possível. Saiu do carro e a primeira pessoa da equipe que vem ao meu encontro é Tiziano, trazendo os coletes para mim e para Yuma.
- Estragamos a sua diversão, Chefe? - Tiziano pergunta e eu o encaro com irritação.
-Vá a merda, Tizi! - Falei e ele deu de ombros.
- Deixa que eu coloco o colete nessa garota linda. - Gian apareceu estendendo a mão para Tiziano passar o colete da Yuma.
- Onde está o Tommaso? - Pergunto olhando em volta e não o encontrando.
- Ele está no carro organizando a nossa vigilância e comunicação. - Gian disse apontando para o grande carro da nossa equipe.
- Tudo bem. - Falo de modo curto e direto tirando a jaqueta para colocar colete.
- Será que o Apollo está bem? - A pergunta de Tiziano cai em mim como uma tonelada.
- Não se preocupe, Tizi, a nossa sombra é o melhor cara para o trabalho. - March apareceu já vestido para nós acompanhar.
- Sim, isso eu sei, mas mesmo assim temos que ficar preparados. - A raiva e a apreensão na voz de Tiziano não passou despercebido por mim.
- Eu tenho plena confiança em Di Marco. - Falei fazendo todos concordar com a cabeça.
- Nós também, Chefe. - Tiziano, Marchiori e Gian responderam em uníssono.
- Então não temos nada com que se preocupar a não ser derrubar aqueles filhos da puta. - Falei entre dentes e ele assentiram sem falar mais nada.
- Chefe, eu tenho a localização certa de onde vai ser a próxima entrega. - Tommaso disse vindo correndo até nós.
- Isso é bom, Tom! Os pontos de vigilância e comunicação estão configurados? - Perguntei e ele deu um pulo como se lembrasse de algo e pegou uma caixinha do bolso.
- Aqui está! - Ele abriu a caixinha e lá está todos os nossos comunicadores. - Eu acabei de ativar o modo invasão dos seus GPS subcutâneos. - Tom disse e eu concordei.
- Até o de Apollo foi ativado? - March perguntou a Tom que concordou rapidamente.
- Por que você acha que eu pude confirmar onde exatamente a entrega ia ser? - Tom deu um curto sorriso e Gian bagunçou seu cabelo.
- Esse é o nosso mascote! - Gian brincou fazendo Tom franzi o cenho.
- Mas eu achei que fosse a Yuma. – Tom disse olhando para minha cadela e depois para seus amigos de equipe
- Você também, garoto inteligente, não se engane. - Gian disse pegando uma grana no bolso lateral da calça.
- Não se importe com isso Tom, ser nosso mascote é legal. - March disse e Tom olhou para ele como se não entendesse.
- Vocês são uns idiotas! - Tiziano reclamou e apontou rigidamente para Gian. - Tenha cuidado com essa merda, seu filho da mãe! - Disse ele fazendo Gian parar de sorrir.
- Não se preocupe com isso Tizi, eu sei o que faço com as minhas belezinhas. - Gian disse como se tivesse ofendido e Tizi fez um gesto de desdém.
- A polícia estadual e a Interpol foi acionada? - Perguntei já pegando meu celular para ligar para Arnold.
- Eu mandei o sinal de alerta, mas tenho certeza que o senhor pedirá a Arnold para pressionar eles. - Tom disse e eu concordei.
- Eu odeio esses filhos da puta da Interpol, eles sempre se acham superiores. - March reclamou e eu tive que concordar.
- Sim, ele pode gritar o que quiserem, mas a operação é nossa para tomar e foder com todos. - Falei seriamente observando todos sorrirem para mim.
- O melhor e mais destemido líder do mundo. - Gian disse e eu levantei o meu dedo do meio para ele.
- Vamos lá, é hora de destruir algumas organizações de merda. - Chamei fazendo a expressão de todos escurecer. - Vamos Yu, hora de trabalhar! - Assobiei e ela começou a caminhar ao meu lado para ir em direção ao carro blindado da equipe.
Todo mundo da minha equipe se acomodou nos seus lugares de costume e assim que todos estavam prontos eu fui em direção ao lugar específico que Tommaso indicou. Durante a viagem eu aproveitei que todos estavam concentrados na nossa nova missão, e liguei para Arnold. Ele confirmou o que Tom havia me dito, para minha felicidade, pois eu não gosto e perder meu tempo acionando porcaria de equipes de reforços. Eles podem ser uma grande dor na minha bunda, e hoje em especial eu não estou com paciência para suportar merda de ninguém. Chegamos no local onde está marcado para a entrega, saímos todos muito bem organizados ouvindo cada comando imposto por mim.
Tom ficaria no carro nos guiando na melhor maneira que só ele é capaz de fazer. March e Tiziano são melhores em trabalhar em conjunto, coisa que desde o início da equipe me pegou totalmente de surpresa. Sendo assim eu os encaminhei para atacar de cima, coisa que me rendeu uma careta de desgosto de Tizi, mas como eu sou o chefe por aqui ele não me falou nada. Gian iria preparar seu ataque pelos fundos, ele é o melhor cara para esse tipo de surpresa tática e também não seria nada que ele não adorasse e não estivesse acostumado. Tenho certeza que ele quer recuperar Apollo tanto quando todos nós, por que assim como Tizi e March trabalham bem juntos, eles dois, mesmo com suas diferenças de personalidade, são uma dupla perfeita. E eu? Bem, eu e minha parceira atacamos de frente, gostamos realmente de chamar a atenção dos nossos inimigos.
- Todos em seus lugares? - Perguntei averiguando minha arma pela última vez e guardando mais alguns cartuchos no colete de Yuma.
- Sim, Chefe! - Todos os quatro disseram ao mesmo tempo.
- March e Tizi vão entrar quando Gian fizer o show dele. - Falei e os dois confiaram. - Tom, você é o nosso guia garoto, não falhe! - Falei e ele também concordou.
- Isso é comigo, chefe! - Ele disse e eu respirei fundo.
- Gian, faça o que têm que fazer. - Comandei e pude ouvir sua respiração acelerada.
- Agora mesmo, senhor! - Ele disse e em poucos segundos o estrondo de várias bombas foram ouvidas.
- É a nossa deixa, garota, vamos com tudo nesses ratos. - Falei com Yuma que latiu em resposta e começou a correr ao meu lado.
Sob a vigilância de Tommaso nós atacamos o galpão onde estava acontecendo toda a negociação do tráfico humano. O inferno veio a baixo e sob o nosso ataque, eles foram pegos totalmente de surpresa. Assim que ultrapassei a porra principal do galpão eu pude observar Gian atacando fervorosamente todos os caras que entravam pelo seu caminho, March e Tizi juntos atiravam a cada vez que tinha uma boa visão de algum filho da puta. Tom falou no ponto de comunicação que haviam movimentos atrás de mim, assim que virei para saber o que era dois homens vieram me atacar. Atirei no primeiro filho da puta e quando dei por mim a Yuma já está desarmando o segundo com uma mordida mortal no seu pulso fazendo o idiota soltar a arma com um grito de dor.
- Seu desgraçado você nos traiu! - Ouço o grito de Freddo Guidi, Chefe dessa organizaçãozinha de merda, viro em direção a sua voz e lá está ele olhando para Apollo com muita raiva.
- Sim, por que eu sou aquele que trabalha para destruir gente como você. - As palavras saem de Apollo com muita frieza.
- Apollo, você está bem? - Pergunto com armas em punho. Ele olha para mim, e lá está o Apollo que eu conheço, porque seus olhos perdem o brilho assassino frio e fica um pouco mais calorosos ao me ver.
- Olá chefe, desculpa não ter entrado em contado, como pode ver eu tive problemas. - Apollo fala com tanta calma que não vejo quando um ataque vem até mim.
- Chefe! - O grito vem de todos os lados e quando dou por mim só consigo sentir a queimação no meu ombro esquerdo. Porra, logo no meu braço dominante?
- Yuma, vai! - Mesmo no chão eu consigo derrubar um dos homens que veio até mim e Yuma vai para o restante. E quando ela termina vem até mim, colocando seu focinho na curva do meu pescoço, soltando um lamento logo em seguida.
- Chefe, chefe, chefe o senhor está bem? Merda Chefe, fala comigo caramba! - A voz nervosa e muito assustada de Tommaso chega aos meus ouvidos e eu dou um pequeno sorriso.
- Acalmem suas calcinhas, eu vou ficar bem. - Falei ouvido seus suspiros. - Terminem seus trabalhos que eu vou ficar bem. Vamos, vamos, vamos! - Grunhi pelo comunicador e daqui eu pude ver o corpo de Apollo ficar rígido e seu modo assassino ser devidamente ativado.
- Encontrei as mulheres! Elas estão a salva, senhor. - Ouço Gian dizer e eu relaxei meu corpo imediatamente.
- Os nossos reforços acabaram de chegar e já estão entrando. - Tommaso fala e em poucos segundos vejo os nossos reforços avançando no lugar.
- March e eu temos tudo sob controle por aqui, Chefe! - Tiziano avisa e ouço os rosnados de Yuma. Ela está em puro modo de guarda, fazendo com que os policiais que estão entrando não venha até nós.
- Calma, Yu! - Falo e posso sentir minha voz sair embolada. - Droga, estou perdendo muito sangue. Porra! - Xingo colocando a mão direita no sangramento abundante.
- Alguém da equipe venha até mim, por que eu estou perto de desmaiar e Yuma não deixa ninguém além de vocês se aproximar de mim. - E com isso eu deitei meu corpo no chão de concreto.
Ouço Yuma latir, mas meu corpo está sendo desligado pelo cansaço da perda de sangue. Sei que é um momento fodido, mas tudo o que consigo pensar é no beijo que Roberto e eu compartilhamos. Ali eu pude sentir um antigo Nardelli, aquele que foi morto junto com sua esposa e filho, ele conseguiu desperta-lo em mim, mesmo que um pouco.
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Que dupla viu meu povo, essa Yuma e o nosso Agente maravilha. Eitaaaa!!!❤🐶
Espero que vocês tenham gostado do capitulo, vejo você no nosso próximo encontro. Um enorme beijos a todos.
Amo vocês Biscoitinhos!!!
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