Capítulo 01

"Um dia eu vi uma estrela cadente e fiz um pedido

Creio, fui atendido"


Será que alguém quer conhecer um pouco mais sobre o nosso Betito? Então vamos... Começou!!! Desculpe se houver erros e vamos lá!!!

---------------------------------------------------------------------------------

Beto Cabral

Posso confirmar com todas as letras que estou fugindo, fugindo do trabalho, das pessoas muito formais e certinhas, da empresa e principalmente da minha namorada que cismou que deveríamos casar. Casar? Logo eu? Não, não mesmo! Ainda tenho muitos planos para efetuar na minha vida e casar não é um deles. Com certeza não é! Por isso eu dei uma fugida nesse final de semana e resolvi ficar na tranquilidade, não tão tranquila assim, na casa dos meus pais. Dar conta de uma empresa é coisa séria e mesmo com tanto trabalho que tenho eu não trocaria por nada no mundo, agradeço todos os dias a Filippo, mas conhecido como Ursão ou até mesmo Filipitito. Como eu mesmo o chamo e ele fica em tempo de me matar, mas sei que lá no fundo, bem lá no fundo mesmo, ele me ama e não seria capaz de atentar contra minha vida assim de graça.

Para quem não me conhece, meu nome é Roberto Cabral, mas todos me chamam de Beto. Há alguns anos atrás eu era um simples manobrista que trabalhava no Benedetti, hoje eu tenho curso superior, moro em Lisboa e estou na frente da filial das empresas Aandreozzi, que foi fundada por Filippo Aandreozzi, casado com meu melhor amigo a quase 7 anos. Foi surpreendente como a minha vida mudou, mas o mais importante é que tive que trabalhar muito duro para chegar onde eu cheguei. Conquistei a confiança das pessoas que eu trabalho com muito custo, pois eles olhavam para o meu jeito descontraído e me viam como um simples moleque, mas mostrei a todo eles o que sou capaz. Todo os dias é dia de luta e estou sempre tentando ir além como eu posso. E até agora está indo tudo bem.

Mas sabe aqueles momentos que você está cansado, muito cansado mesmo e tudo o que você quer é um lugar aconchegante para encostar a cabeça e pensar na vida? É desse jeito que estou e foi por isso que peguei o primeiro voo que encontrei para São Paulo. Eu precisava dar um tempo para respirar, e depois de ter trabalhado muito estou aqui em solo brasileiro. Saio do aeroporto e pego um táxi, faço uma oração para que o trânsito esteja tranquilo para que eu possa chegar na casa dos meus pais o mais rápido possível. Falando nos meus pais, assim que comecei a ganhar uma boa grana uma das primeiras coisas que fiz foi comprar uma casa para minha mãe em um condomínio mais seguro. Nada luxuoso, para mim a segurança deles é primordial, principalmente nessa cidade violenta do jeito que está.

Meus pais, senhor Alexandre e senhora Vera Lúcia, são pessoas simples que sempre apoiaram a mim e minha irmã mais velha em tudo. Sim, eu tenho uma irmã mais velha, mas faz muito tempo que Renata se casou e foi morar em Campinas. E como não somos muito próximos, raramente nos vemos assim. Minha mãe fala que conversa algumas vezes com ela por telefone, mas ela não vem muito aqui. E se não me falha a memória lembro dela vindo aqui a última vez, mas foi quando justamente nossos pais se mudaram para a casa nova. Aquela interesseira sem vergonha! Saio dos pensamentos quando vejo o táxi parar de frente a casa dos meus pais.

- Valeu, mano! - Agradeço ao motorista e abro a porta do carro. Caço minha chave no meu bolso do paletó e abro a porta. O cheiro de lar que sinto assim que passo pela porta aquece meu coração.

- Cheguei manhê! - Gritei chamando a sua atenção onde quer que ela esteja na casa.

- Beto? O que faz aqui uma semana mais cedo? - Minha mãe aparece desamarrando o avental da cintura.

- Não aguentava mais de saudades, por isso vim antes. - Falei largando tudo em qualquer lugar é indo abraça minha velha.

- Você já chega fazendo barulho, não sabe chamar menos atenção não? - Olho para as escadas e vejo meu primo Diego vindo sem camisa.

- Está fazendo o que aqui, encosto? - Perguntei e recebi um tapa no braço de minha mãe.

- Olha o tom menino, não destrate seu primo. - Minha mãe disse e eu revirei os olhos ao ver o sorriso convencido de Diego.

- Está certo mãe! Está fazendo o que aqui, meu primo querido? Assim está melhor? - Falei dando um beijo na cabeça de minha mãe e ela negou com a cabeça.

- Eu vim me inscrever no cursinho para me preparar para fazer a prova do vestibular. – Ele deu de ombros. – Foi difícil fazer meus pais deixarem, mas quando disse que iria ficar na casa dos tios, foi tranquilo. - Diego disse e eu assenti me jogando no sofá.

- Estou tão cansado! - Falei fechando os olhos deitando no sofá confortavelmente.

- Vai tirar essa roupa e levar sua mala para o seu quarto, Beto. - Minha mãe mandou e eu abri um olho.

- Estou totalmente acabado, acho que preciso de umas férias. – Reclamei e pude senti uma mão fazer cafuné na minha cabeça e gemi em contentamento.

- Por isso que você ficou sem vir aqui por quase um mês? - Dona Vera perguntou e eu confirmei com a cabeça.

- Sim, sinto muito por isso mãezinha. - Falei e ela deu uma risadinha fofa.

- Tudo bem, agora vai levar suas coisas e tomar banho. Daqui a pouco seu pai chega do serviço. - Minha falou tirando a mão da minha cabeça.

- Volta aqui mãe! - Chamei, mas ela já estava saindo da sala. Vi de canto de olho Diego balançar a cabeça negativamente.

- Você parece criança às vezes. - Afirmou ele e eu cerrei os olhos na sua direção.

- O único que tem dezessete anos aqui é você, encosto. – Falei no meu melhor tom convencido.

- Você pode ter quase trinta, mas com certeza parece ter quinze. - Apontou Diego e eu dei uma risadinha marota.

- Sabe o que é isso? Inveja! Uma inveja pura e cristalina. - Brinquei fazendo Diego agarrar a almofada e jogar na minha cara.

- Não sei quem é você para que eu pudesse ter inveja. - Resmungou Diego e eu levantei do sofá.

- Sou o mais lindo e incrível homem que existe nesse mundo. - Falei e vi meu priminho torcer um bico.

- Você não é e nunca foi essa pessoa. - Diego falou e foi a minha vez de torcer o bico.

- Fique aí com a sua mentira que vou tomar um banho bem gostoso. - Falei indo pegar minha mala.

Diego resmungou mais alguma coisa, mas eu não entendi direito e nem tive vontade de voltar para descobrir o que era. Subir para o meu quarto e fui direto para o banheiro, tirei toda minha roupa e liguei o chuveiro. Caralho, como eu precisava disso! Assim que a água quente caiu sob mim meu corpo inteiro relaxou, nada melhor do que está livre de tantas responsabilidades. Não é que não goste do meu trabalho, muito pelo contrário, mas às vezes relaxar a mente sem ter que ficar constantemente me preocupando é bom demais. Ainda tem minha namorada, ela é uma mulher muito linda, mas não sei se ela vai ser a pessoa que irei me assentar na vida.

Diana Teixeira é uma modelo europeia nova no mercado da moda, tem uma beleza sexy e provocante. Ela tem cabelos longos negros, olhos verdes incríveis, seus lábios são cheios e muito, muito deliciosos, acho que foi o que mais me chamou atenção quando a vi pela primeira vez, seu corpo bronzeado ostenta os seios mais macios que toquei. Simplificando, Diana é uma mulher de beleza inenarrável, mas mesmo assim no momento que estou agora, eu não me vejo morando junto ou muito menos casando com ela. Será que sou um sacana por pensar algo assim? Não, não sou! Então sim, eu fugir um pouco da minha vida confusa e vir me refugiar na casa de meus pais. Vou aproveitar que estou aqui e ligar para meus amigos, preciso ver se eles topam fazer algo.

Saio do banheiro e após enxugar meu corpo tentador ando pelado pelo meu quarto para caçar uma roupa. Minha vontade é ficar somente de cueca ou até mesmo nu para ventilar minha bolas, mas se eu fizer isso é bem capaz que minha mãe corte minhas pobrezinhas fora, então acho melhor não. Sendo assim coloco uma bermuda de flanela e sento na minha cama para dar uma olhada nos meus e-mails. Respondo alguns e-mails importantes da empresa, ligo para minha adorada secretária e amante Ofélia, essa parte da amante é mentira, mas amada ela é de verdade. Ofélia é uma senhora tão incrível que me ajuda muito nesse meu cargo lá em Portugal.

Mas agora não é o momento de mostrar meu amor por Ofelita, depois eu posso suspirar por ela. Quando estou pronto para descer para jantar vejo meu celular tocar, olho para a tela e quando vejo o nome de quem é eu gemo em frustração.

- Roberto, estou a ligar a horas. Onde andas? - Diana pergunta assim que atendo a ligação.

- Oi Diana! Como você está a minha doce namorada? - Ignoro sua pergunta e tento o máximo fazê-la se acalmar.

- Não! Diga por que o seu telemóvel estava desligado. - Diana disse com firmeza e eu respirei fundo.

- Isso foi por que eu estava no o avião, Di. - Contei e ela soltou uma forte respiração.

- Onde você está Roberto? - Perguntou ela e tenho certeza que está se controlando para não gritar.

- Eu vim passar uns dias com minha família. – Disse cansado e em definitivo.

- Eu sou sua namorada! Eu deveria saber onde o meu namorado deve estar, você viajou e nem teve a coragem de me dizer. - Diana começou a reclamar e eu não pude evitar de revirar os olhos.

- Não seja tão dramática Di, sabe muito bem que essa não é a primeira vez que faço isso. - Disse com meu melhor tom de desdém.

- É assim que você quer, não é? Tudo bem, estou indo a viajar. - Disse ela com um rosnado que mais parecia um cão de porte pequeno. Um chihuahua, por exemplo.

- Diana você tem... - Ela desligou a ligação antes que eu pudesse falar alguma coisa.

Olhei para o meu celular sem conseguir entender realmente o que diabos tinha acabado de acontecer. Tento não pensar muito nas besteiras de Diana e desço para esperar o jantar, tudo o que mais quero é comer um pouco da comidinha caseira de minha mãe e dormir. Estou tão cansado e tenho certeza que assim que minha cabeça descansar no travesseiro eu vou cair morto. Vou aproveitar muito esse tempinho que ficarei aqui para tirar a minha barriga da miséria e relaxar o quanto eu puder. Nunca imaginei que seria tão trabalhoso lidar com tantas merdas em uma pequena empresa.

Assim que desço as escadas ouço a voz do meu pai, sorrio ao ouvi-lo provocar Diego. Meu pai é um bom homem, ele tem um ótimo humor e não se abala com as merdas que a vida lhe traz. Papai é diabético e alguns anos atrás ele teve uma forte infecção no dedão do pé, e devido a sua doença que antes não era bem controlada, ele acabou perdendo o pé. Eu era um adolescente na época, mas lembro muito bem do seu sofrimento e de minha mãe. Mas mesmo depois de todo esse tempo ele não dá uma merda por causa dessa perda. E você acha que ele parou de trabalhar por causa do que aconteceu? Não, ele trabalha e trabalha até demais. Dona Vera está sempre controlando a glicose no seu sangue e ele sempre é um burro velho para fazer exames, porque se depender dele. Há! Não quero nem pensar.

- Fala aí meu velho, como vai? - Cheguei por trás dando um beijo no pescoço de meu pai.

- Sai pra lá com esses pelinhos de gato, que você chama de barba, do meu cangote. - Meu pai falou me fazendo rir.

- Pelinhos de gato? O que é isso paizito, eu pensava mais do senhor. - Brinquei usando minha melhor cara fingida e ele fez um gesto de desdém.

- O que está fazendo em casa? - Perguntou ele e eu sentei na sua frente.

- Quem vê assim pensa que o senhor não quer a minha presença magnífica em casa. - Pisquei um olho para o meu velho e ouvi minha mãe resmungar.

- Você deveria vir mais vezes isso sim. - Minha mãe resmungou e papai assentiu.

- A senhora sabe que eu agora sou um homem responsável, tenho muito trabalho a fazer. - Falei tentando ficar com a expressão séria, mas falhei miseravelmente.

- Não sei como você tem um cargo tão grande de trabalho, você é um sem noção Beto. - Diego disse e eu cerrei os olhos na sua direção.

- Sua invejinha é tão perceptível, primo. Se eu fosse você escondia mais. - Provoquei brincando com minha unhas e ele me deu dedo.

- Olha o comportamento vocês dois. - Reclamou minha mãe de modo sério e eu assenti soltando um beijinho para ela.

- Sim Beto, olha o comportamento. - Papai apontou rindo de minha cara.

- Xandito, eu te amo mesmo o senhor sendo um gozador. - Falei e papai arregalou os olhos apontando para perna amputada.

- Olha como você fala com seu pai, Beto. Eu sou um deficiente. - O jeito que ele falou me fez dar uma gargalhada.

- Xande, a única coisa que é deficiente aqui é a essa sua boca falastrona. - Minha mãe falou e meu pai fez uma cara de choro fingida.

- Mulher, se eu não te amasse tanto você ia vê. Como pode maltratar tanto meu coração? - Papai brincou e isso fez mamãe negar com a cabeça.

- E é por isso que amo tanto essa mulher. Mãe a senhora é uma coisita muito gostosa. - Falei piscando um olho para minha velha e meu pai bateu na mesa.

- Essa coisita gostosa é minha mulher! - Meu pai resmungou fazendo Diego rir alto.

- Tio, o senhor é hilário. - Diego puxa saco disse me fazendo revirar os olhos.

- Vamos comer e parar de falar tanta besteira. - Minha mãe disse em um tom duro.

- Sim, eu estou morrendo de fome. - Meu pai resmungou passando a mão no seu estômago um pouco avantajado.

- Hoje tem jogo? - Perguntei sentindo minha boca salivar com o cheiro da comida de minha mãe.

- Tem sim, o meu São Paulo vai jogar. - Diego disse e meu pai confirmou, eu olhei para os dois com uma expressão enojada.

- Na oficina fizemos até uma aposta. Tenho certeza que o São Paulo ganha fácil do Corinthians. - A provocação do meu velho não passou despercebido por mim.

- Não tenha tanta certeza disso, senhor. Pode começar a chorar por perder seu suado dinheirinho. - Apontei e ele riu debochado.

- Não sei como você ainda torce para esse time de desajustados. - Meu próprio pai zombou de mim e fez careta quando Dona Vera foi colocando mais salada no seu prato. – Assim eu vou virar um coelho, Vera.

- Cale a boca e coma. Você está mais para um boi do que um coelho com esse peso extra. - Minha mãe disse e quando eu comecei a rir, mas parei quando ela me olhou de cara feia.

- O que? Eu não fiz nada! - Reclamei levantando as mãos em sinal de rendição.

- Você não deveria rir do seu pai, sabe. Por que tenho certeza que você não cuida muito da sua saúde. - Minha mãe disse balançando a cabeça em sinal de descontentamento.

- O que? Olha só para esse corpinho, mamãe. Olha que delícia! Sabe as mulheres? Elas ficam loucas com o Betito aqui. - Levantei da cadeira exibindo meu peitoral e abdômen sarado que sofro muito na academia para conseguir.

- Senta para comer Beto e para de querer me deixar cego com esse brilho forçado. - Meu pai disse tapando os olhos.

- O senhor poderia me amar mais? – Perguntei e ele fez uma careta divertida. - Por isso que vou ser adotado pela família Aandreozzi. - Falei dando um sorriso malicioso e me sentei novamente.

- Eles podem levar por que tá de graça. - Meu pai apontou e eu olhei com um horror fingido.

Minha família ainda não teve uma oportunidade para conhecer todos da família italiana que me recebeu de braços abertos. Mas com certeza eles conhecem Filippo, pois além de ser meu chefe ele teve que vir pessoalmente até minha mãe para que ela me deixasse ir para Portugal. Foi até engraçado ver o senhor Aandreozzi, todo fodão e sério, tendo que ouvir altas recomendações de Dona Vera Lúcia. Isso porque mamãe falou firmemente que filho dela não iria se aventurar para fora do país, sozinho, para que esses homens de terno e cheio de dinheiro ficassem tranquilos em casa enquanto seu filho trabalhava para eles. Sim, mamãe disse isso em particular comigo, mas quando o meu chefe apareceu na minha humilde casa com Lutito, que é muito querido por meus pais, todo aquele discurso morreu por terra por que mamãe se apaixonou pelo o Ursão mal humorado de Lutito.

Mas fora isso eles realmente não conhecem mais ninguém da família Aandreozzi. Mas com certeza eles sabem sobre essa família maravilhosa, por que eu mesmo conto. Eu os amo muito e devo muita coisa na minha vida a essas pessoas, mesmo que alguns não admitam eu faço parte da família. Não existe outro lugar que eu me sinta mais a vontade do que lá em Milão na casa dos patriarcas, Donatello, Arianna e Nonna Francesca, fora meus pais, são uma das pessoas que mais respeitoso na vida e quero sempre poder continuar a trabalhar arduamente para manter a confiança que eles depositaram em mim. Saio dos meus pensamentos quando minha mãe começa a me chamar.

- Beto! - Ela fala e eu olho na sua direção.

- Oi minha velha, me desculpa eu estava distraído. - Falei dando um sorriso curto.

- Sua irmã ligou ontem, chamei ela para passar um final de semana aqui. Vai ser tão bom conhecer meu neto. - Mamãe disse com um ar de emoção e eu olhei em para meu pai que negava com a cabeça.

- Mãe, a senhora sabe que Renata não vem, não é? - Falei em um tom calmo e ela me olhou ressentida.

- Ela disse que ia vir, sua irmã não iria mentir pra mim. - Mamãe disse e eu respirei fundo. - Ela está passando por um momento difícil no casamento, filho.

- A real é que Renata é uma metida, ela depois que foi para Campinas não quis mais saber da nossa família. Admita que ela se achava mais importante que nós e tinha vergonha porque senhora era costureira e papai continua sendo mecânico e eu era um manobrista. - Resmunguei a contragosto e mamãe suspirou tristemente.

- Não acho que esse seja o caso, Beto. - Minha mãe parou de falar e olhou para meu pai. - Xande, diga ao nosso filho que ele está errado. - Meu pai parou de comer e olhou entre minha mãe e eu.

- Não dá minha nega, o nosso moleque tem razão e você deve ver a razão de uma vez por todas. - Papai disse após limpar a boca no guardanapo.

- Eu não estou querendo jogar a senhora contra a minha irmã, mãe. Só não quer que ela fique te enganando com uma visita que quase nunca vem a acontecer. - Falei rapidamente ao ver uma expressão de tristeza no rosto de minha velha.

- Esse moleque aí está trabalhando em outro país, mas mesmo assim arruma um tempo para nos ver. - Meu velho disse voltando a comer e isso me fez rir.

- Nossa Xandito do motor eu sabia que você me amava, mas agora você se superou. - Pisquei os olhos de forma inocente para meu pai e isso fez o velho me dar um sorriso malicioso.

- Eu não posso fazer você voltar para as minhas bolas, posso? Então eu tenho que te amar mesmo. - Meu pai disse fazendo eu e Diego cair na gargalhada.

- Tudo bem, tudo bem vocês venceram. Agora voltem a comer e parem com essa conversa de bolas no meio do jantar. - Dona Vera disse com uma irritação sem o calor e eu soltei um beijo pra ela.

- Minha mulher acabou de falar sobre as minhas bolas. - Papai balançou a cabeça. - Eu não tenho como não amar essa senhora. - Ele disse com orgulho e eu franzi o cenho.

- Isso foi bruto! - Falei e papai riu alto.

- Vamos comer, nada de mais brincadeiras. - Dona Vera disse no seu tom mandão e todos nós voltamos a comer.

Durante o jantar conversamos sobre como anda as nossas vidas. Papai falou sobre como a oficina anda bem e como os cara de lá sempre perguntam por mim. Dei um sorriso ao ouvir isso e prometi ao meu velho que amanhã eu ia passar por lá. Minha mãe contou que ainda tem antigas clientes pedindo pelo seu serviço, que mesmo não podendo atender aos seus pedidos ela ficou feliz por elas ainda gostarem do serviço que ela fazia.

Olhei para sua expressão e fiquei balanceado em dizer a ela que poderia ajudá-la em começar um novo negócio. Mas como ela havia me impedido de fazer isso antes, não sei se ela iria querer ouvir minha oferta novamente. Dona Vera pode ser tão teimosa a vezes. Todos se voltaram a mim quando papai me perguntou como andava o trabalho e quando iriam conhecer a minha namorada. Contei a eles um pouco do que ando fazendo e com relação a Diana eu não tinha muito o que falar, então apenas dei de ombros. Isso é uma coisa que não depende de mim, mas meus pais não precisam saber.

Após o jantar com a minha família, esperei que papai fosse tomar seu banho para que assistimos o jogo juntos. Assim que ele voltou limpo e sem nenhum resquício de graxa no seu corpo, ele sentou comigo e Diego. É sempre relaxante está em casa, eu não troco essa calmaria por nada nesse mundo, meus pais são a minha maior fortaleza e se eu estou lá em Portugal trabalhando duro é para dar a eles um pouco mais de conforto na vida.

Eu tente, juro que tentei, mas não aguentei esperar que o jogo terminasse e logo estava subindo para meu quarto, o cansaço desses dias de trabalho e a viagem estava fazendo jus ao meu corpo. Assim que tirei minha roupa e joguei na cama, soltei um sopro sonolento

- Amanhã farei uma visita ao meu melhor amigo. - Assim as palavras sussurradas saíram da minha boca eu deixei que o sono me levasse.

É realmente muito bom estar em casa!

------------------------------------------------------------------------------------

Como estou terminando o livro de Luna essa semana, eu decidi fazer essa surpresa para vocês! kkkk... Espero que vocês tenham gostado do capitulo, mas nos ver ainda essa semana, eu acho . kkkkkk.. 

Um grande beijo e amo vocês Biscoitinhos!!!

Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top