O Casamento Supremo
Os comentários caiu! O que houve pessoal, não estão gostando?
Se comentarem bastante, posto outro ainda hoje,
A noite estava silenciosa, mas dentro de Kara, um turbilhão de emoções fazia seu peito apertar. Estava ali, deitada na cama da casa dos Danvers, no último dia antes de se casar com Lena, mas o sono simplesmente não vinha. A ansiedade poderia ser uma explicação, mas havia algo mais profundo nisso.
Era saudade.
Uma saudade avassaladora que fez sentir um vazio inesperado. Não de qualquer pessoa, mas da mulher que deu a vida, que a criou sozinha, que se comprometeu contra tudo e todos para cuidar dela: Mariana.
Suspirando, Kara se sentou na beira da cama e passou as mãos pelos cabelos loiros, sentindo o coração pesado. O que ela daria para que sua mãe estivesse ali, vendo no que ela se tornou? Para que ela pudesse segurar sua mão amanhã, sorri para ela e dizer que estava orgulhosa.
A lembrança veio como um raio.
Flashback On
1534 anos atrás...
Kara de apenas 16 anos - o ano que ela descobriu ser a próxima suprema - entrou em casa radiante, ainda suada de treino. Tinham acabado de vencer um combate importante, derrotando ninguém menos que o chefe da guarda em um treino oficial.
"Mãe! Mãe! Eu consegui!" sua voz era pura euforia.
Mariana estava na pequena cozinha, preparando um ensopado simples, o cheiro de ervas dominava o ambiente. Antes que ela pudesse perguntar o que a filha tanto comemorava, Kara lhe deu um abraço por trás, sua pele quente de adrenalina.
"Eu derrubei o chefe da guarda!" disse com um sorriso imenso.
Mariana se virou para ela, surpresa e ao mesmo tempo orgulhosa.
"Minha garotinha..." ela murmurou, segurando o rosto da filha entre as mãos. Seus olhos azuis estavam cheios de amor e um brilho emocionado. "Eu sempre soube que você era destinada à grandeza."
Kara riu, seus olhos brilhando.
"Você acha?"
"Eu tenho certeza."
A mãe lhe puxou para um abraço apertado, aconchegante, o tipo de abraço que fez todas as dificuldades desaparecerem, mesmo que por alguns segundos.
O cheiro de sua mãe, o calor do abraço...
E então, a memória se dissipou.
Flashback Off
Kara abriu os olhos e percebeu que lágrimas silenciosas desciam por seu rosto. O peito doía. Uma dor antiga, mas que, por algum motivo, naquela noite, parecia mais intensa do que nunca.
Ela se levantou da cama e saiu do quarto, caminhando pelos corredores silenciosos da casa. Passou desceu as escadas e foi até a cozinha, buscando um copo d'água para ajudar na respiração.
O chão estava gelado sob seus pés descalços. A cozinha era elegante, bem diferente daquela onde passou sua infância, mas, por um momento, Kara quase sentiu o cheiro do ensopado simples que sua mãe costumava fazer.
Encostou-se na bancada, segurando o copo de água com firmeza.
"Queria tanto que você estivesse aqui, mãe..." murmurou, a voz saindo trêmula.
Mariana nunca teve uma vida fácil. Criou Kara sozinha, sem um parceiro, pois o pai da loira morreu na guerra contra os vampiros antes mesmo de conhecê-la. Elas passaram frio, fome e dificuldades inimagináveis antes de Kara ser reconhecida como a suprema.
Mas, apesar de tudo, sua mãe nunca reclamou, nunca a fez sentir que faltava algo. Sempre esteve lá, amando-a incondicionalmente.
"Você me ensinou a ser forte... Mas, às vezes, eu só queria ser sua filha outra vez."
O silêncio da cozinha foi interrompido pelo som suave dos passos descendo as escadas. Eliza Danvers, guiada por seu instinto maternal, encontrou Kara parada ali, segurando um copo de água e olhando para o nada. Seus olhos azuis estavam marejados, e a expressão que carregava não era da suprema que todos conheciam, mas da menina que, um dia, perdeu sua mãe e carregou essa dor no peito.
Sem dizer nada, Eliza se aproximou e abriu os braços. Kara, sem hesitar, abraçou-a com força, deixando-se ser envolvida pelo calor familiar daquela mulher que, ao longo dos séculos, tornou-se sua mãe de coração.
Eliza passou os dedos pelos cabelos loiros da filha, confortando-a com carinho.
"É saudade, não é?" disse suavemente.
Kara apenas deu um aceno, o rosto ainda escondido no ombro de Eliza.
A mais velha suspirou e, depois de alguns instantes, murmurou:
"Você queria que ela soubesse... que você encontrou, não é? Sua Luna."
Kara se moveu levemente para olhar Eliza nos olhos. Havia compreensão neles, um amor profundo e maternal.
"Sim..." sua voz saiu quase como um sussurro.
Eliza sorriu de forma terna.
"Então vá contar a ela. Faz tanto tempo que você não visita o túmulo dela... tenho certeza de que ela sente sua falta tanto quanto você sente a dela."
Aquelas palavras tocaram fundo no coração de Kara. Ela se comprometeu profundamente, sentindo um aperto no peito, mas também um rompimento inesperado. Sim, faz muito tempo. Muito tempo desde que ela estava diante do túmulo de Mariana.
"Obrigada, mãe."
Kara beijou o rosto de Eliza, seu gesto carregado de gratidão.
"Diga a todos que eu volto antes do casamento."
Eliza concordou com um olhar compreensivo, observando enquanto sua filha se afastava.
Ainda sob a escuridão da madrugada, Kara saiu pela porta da frente da casa e, sem hesitar, se transformou. Seu corpo nasceu na forma lupina, um lobo majestoso de pelos negros.
E então, ela correu.
Passou pela floresta densa, pelas colinas, atravessando riachos e vales sem hesitação. Seu corpo se movia com precisão, mas sua mente estava imersa nas memórias do passado.
Foram quatro horas correndo sem parar, sem se importar com o frio da noite ou a umidade do orvalho. Seu destino era um lugar sagrado para ela e para Mariana.
E então, finalmente, ela chegou.
O campo de flores
O sol começava a nascer, tingindo o céu de tons dourados e alaranjados. Diante de Kara, estendia-se um campo de flores selvagens, um mar de cores vivas e fragrâncias suaves.
Mariana amava flores.
Kara voltou à sua forma humana lentamente, seus pés descalços tocando a relva macia. Caminhou pelo campo, sentindo cada aroma, cada pétala que se move com o vento.
Ali, no centro daquele lugar sagrado, estava o túmulo de Mariana.
Uma lápide simples, cercada por rosas vermelhas e lírios brancos, as flores favoritas de sua mãe. Kara sorriu, pois rosas vermelhas é cheiro de sua Luna, a outra pessoa mais importante da sua vida.
Kara se ajoelhou diante do túmulo e tocou a pedra fria com delicadeza.
"Mamãe..." sua voz cortada no ar silencioso.
Ela fechou os olhos, permitindo-se sentir tudo. A saudade, a dor, o amor eterno.
"Eu finalmente a encontrei. A minha Luna."
O vento soprou suavemente pelo campo, como se a natureza estivesse ouvindo suas palavras.
Kara desejando, sentindo uma lágrima deslizar por seu rosto.
"Eu queria que você estivesse aqui para vê-la. Para vê-la sorrir para mim do jeito que você disse que um dia aconteceria."
Kara ficou ajoelhada diante do túmulo, esperando sentir algo. Um sinal, uma presença, um resquício do espírito de sua mãe. Mas... nada.
O vento soprava suavemente pelo campo de flores, mas não havia a sensação reconfortante que esperava. Nenhum calor familiar, nenhuma resposta. Apenas silêncio.
E então, como se sua mente desejava preencher o vazio, uma memória veio com força.
Flashback On
O dia que ela se foi e uma promessa foi feita...
Kara na época ainda tinha 16 anos. Ainda era apenas uma garota, mas já carregava um peso que poucos poderiam suportar: o destino de se tornar a Suprema.
Enquanto a 1 mês atrás Kara corria para abraça-la e lhe contar uma noticia, agora ela estava doente.
Marina adoeceu rapidamente. Ninguém sabia o que era. Nenhum tratamento funcionou. Os médicos do conselho, mesmo sabendo que ela era a mãe da futura Suprema, desistiram.
"É tarde demais."
"Ela não tem mais chances."
"Melhor preparar a garota para o que está por vir."
Mas Eliza Danvers , sua melhor amiga e madrinha de Kara e médica, não desistiu.
Eliza levou Mariana e Kara para sua casa, tentando tudo o que podia. Mas, apesar de seus esforços, não havia cura.
Naquela noite...
Aquela noite mudaria tudo.
Kara segurava a mão da mãe, observando o brilho de seus olhos se apagando lentamente. O peito subia e descia de forma irregular, os últimos resquícios de vida escapando.
"Minha menina... você será uma Suprema grandiosa." Mariana murmurou, com dificuldade.
Kara balançou a cabeça, soluçando.
"Eu não quero ser Suprema! Eu só quero você, mãe!"
Mariana sorriu gentilmente, mesmo enquanto dor a consumia aos poucos.
"Você será diferente, meu amor. Não como os que vieram antes... Você será forte, mas também justa. Amável. Você saberá governar não com medo, mas com respeito."
Ela apertou a mão da filha pela última vez.
"Eu te amo..."
E então... ela se foi.
Kara então. Chorou por dias.
Mas naquela noite, diante do corpo sem vida de Marina, fez uma promessa:
"Eu serei uma Suprema diferente. Vou prezar pelo respeito, pelo amor e pela sabedoria. Não pela crueldade e guerra. Eu honraria o nome Zor-El por milênios."
E desde então, ela se tornou a mulher que era hoje.
Flashback Off
Kara abriu os olhos, voltando ao presente.
Ela olhou para o túmulo de sua mãe, o peito apertado, mas o coração determinado.
"Eu espero que você esteja orgulhosa de mim, mãe." sua voz saiu firme, mas com um toque de emoção. "Hoje a noite, eu me caso. Eu encontrei minha Luna. E eu vou continuar honrando tudo o que você me ensinou."
O vento soprou novamente, e dessa vez, pareceu mais quente.
Como se, de alguma forma, Mariana estivesse ouvindo.
Kara respirou fundo, sentindo a brisa envolvendo seu corpo como um abraço invisível. Sem que percebesse, o tempo passou mais rápido do que imaginava. O céu, já exibia raios solares mais quentes, já era perto do meio dia.
Ela olhou para a lápide mais uma vez, ajoelhando-se diante dela.
"Me abençoe, mãe." Sua voz saiu baixa, mas cheia de sentimento. "Hoje eu me caso. E eu quero que você fique comigo, de alguma forma."
No mesmo instante, um vento impecável e mágico soprou ao seu redor. Não era uma brisa comum. Era quente, reconfortante, carregado de algo inexplicável.
Kara fechou os olhos, sentindo a presença de sua mãe ali, mesmo que por um breve momento.
"Obrigada." Ela sussurrou.
E então, de pé novamente, deu um último olhar carinhoso para o túmulo antes de partir.
Com o coração mais leve e a alma renovada, ela se transformou e correu em direção à sua alcateia.
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O sol já estava se pondo no horizonte, tingindo o céu com toneladas de laranja e dourado. O casamento aconteceria naquela noite, mas Kara ainda não havia retornado.
Lena andava de um lado para o outro, seu coração batia mais rápido a cada minuto que estava ouvindo.
"Onde ela está?" murmurou, olhando para a porta mais uma vez, esperando que Kara entrasse a qualquer momento.
Lex e Lillian, que estavam na sala com ela, trocaram olhares preocupados.
"Já está ficando tarde." comentou Lex, cruzando os braços. "Ela não pode ter esquecido do próprio casamento."
Lena lançou um olhar definitivo para o irmão, mas antes que pudesse responder, Eliza entrou no salão, seu semblante calmo contrastando com a tensão da sala.
"Ela está bem." disse Eliza com serenidade.
Lena imediatamente se virou para ela, o que a causou um semblante confuso e com preocupação.
"Então onde ela está, Eliza?"
Eliza suspirou, dando um pequeno sorriso antes de revelar:
"Ela foi visitar o túmulo da mãe. Era importante para ela."
Lena piscou, surpresa.
"O túmulo da mãe dela?"
Eliza concorda.
"Sim. Hoje foi um dia difícil para Kara. Ela sentiu falta da mãe mais do que nunca."
Lena sentiu o coração aperta. Sabia apenas o que Kara relatou sobre Mariana, mas nunca imaginou que a ausência dela pesasse tanto em um dia como esse.
"Ela devia ter me chamado." murmurou, cruzando os braços.
Eliza se aproximou e segurou as mãos dela com carinho.
"Algumas coisas precisam ser vívidas em privacidade, querida. Mas não se preocupe. Kara voltará antes do casamento."
Lena respirou fundo, tentando confiar nas palavras da futura sogra. Se Kara precisava desse momento, ela o teria.
Mas quanto mais o tempo passava, mais Lena ansiava por vê-la entrar pela porta, antes que a noite caísse por completa.
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Kara corria em sua forma lupina , sentindo o vento forte contra sua pelagem negra. A saudade que a pegou de surpresa na noite anterior se dissipou , excedeu por uma paz reconfortante. Ela teve a benção de sua mãe, era o que ela precisava naquele momento tão importante da sua vida.
Os portões de Solaris se manifestaram à sua frente, e antes mesmo que pudessem atravessá-los completamente, Lex a avistou de longe . Seus olhos decifraram em consideração de imediato.
"Ela chegou!" disse ele, disparando em direção à casa para avisar os outros.
Kara cruzou os portões, desacelerando o passo até assumir sua forma humana novamente. Estavam descalças, os cabelos bagunçados pelo vento, mas seus olhos brilhavam com algo diferente — uma luz intensa e serena.
Antes que pudesse dar mais um passo, Lena apareceu correndo, seus olhos verdes brilhando em pânico.
"Você demorou!" exclamou ela, jogando-se nos braços de Kara.
Kara a segurou firme, inspirando o perfume familiar da noiva.
"A noiva não pode estar no mesmo lugar que a outra antes da cerimônia." murmurou com um sorriso brincalhão.
Lena riu baixinho, afastando-se um pouco para analisar o rosto da amada. E ali estava — aquele brilho diferente, como o de alguém que recebeu um presente valioso, ou naquele caso, uma benção.
Eliza, parada próxima à porta, observava tudo com um sorriso terno.
"A visita ao túmulo de sua mãe fez bem, não foi?" comentou, constatou apenas olhando pelo semblante de Kara.
Kara concordou, apertando levemente a mão de Lena.
"Sim. Agora, estou pronta."
Lena acariciou o rosto dela com delicadeza.
"Então vamos nos preparar. Hoje à noite, você se tornará minha esposa."
Os olhos de Kara brilharam com emoção , e ela a beijou suavemente , como se selasse naquele instante tudo o que estava por vir.
A espera finalmente havia sido concluída. Em poucas horas, a lua iluminaria o céu e a cerimônia começaria.
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Enquanto cada uma se arrumava para a cerimônia, o campo de rosas recebia seus retoques finais . O pergolado, entrelaçado com delicadas rosas vermelhas, erguia-se majestosamente no centro do local, sendo feito de palco para o momento mais importante de suas vidas .
Nia e Lilian trabalharam incansavelmente nos últimos dias , garantindo que cada detalhe fosse perfeito. Velas flutuantes ficavam acesas ao anoitecer, iluminando o campo de forma mágica. Pequenos caminhos de direção de rosas conduziam até o altar, e o vento carregava um perfume inebriante de flores frescas.
Na casa dos Danvers
Enquanto isso, na casa dos Danvers, Kara Zor-El se preparava para o maior dia de sua existência.
Diante do espelho, ela ajustou os últimos detalhes de sua traje. O terno verde-escuro, impecável e sob medida, realçava sua postura imponente. O tecido fluido se ajustava perfeitamente ao corpo forte e elegante da suprema.
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Seus sapatos, em um tom sutilmente mais escuro de verde , completavam o conjunto com sofisticação. Kara nunca se sentiu tão feliz e realizada.
Seu olhar caiu sobre um canto do guarda-roupa, onde uma pequena caixinha de veludo solitária, aguardando o momento certo para brilhar.
Kara pegou uma pequena caixinha de veludo e a abriu com cuidado, revelando as alianças que selariam seu destino ao lado de Lena.
A de Lena era uma verdadeira obra de arte, uma peça única forjada pelos ferreiros da alcateia. O aro de ouro delicadamente trabalhado formava o caule de uma rosa , com pequenos detalhes sutis.
No topo, uma rosa vermelha perfeitamente entalhada no ouro florescia , sua delicadeza contrastando com a força do metal que a sustentava . No centro da flor, um pequeno rubi brilhava intensamente , como se guardasse dentro de si o fogo e a paixão do amor que unia Kara e Lena.
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A sua própria aliança era mais simples, porém com significado — um aro de ouro elegante e discreto, mas que trazia consigo a essência do compromisso inquebrável entre elas.
Gravado no interior de ambas as alianças, uma única frase marcava a eternidade de sua união:
"Para sempre, a Suprema e sua Luna."
Kara sorriu, fechando a caixinha com reverência.
"Está pronta?" a voz de Alex está atrás dela, transmitindo sua emoção pelo momento.
Kara virou-se para sua irmã, seus olhos azuis brilhando de pura felicidade.
"Mais do que nunca."
Em poucas horas, ela e Lena finalmente se tornariam uma só, diante da lua e de suas famílias.
Na casa dos Luthor
A noite estava quase chegando e Lena finalizava os últimos ajustes de seu vestido.
O tecido branco caiu perfeitamente sobre seu corpo, destacando sua elegância natural. O vestido tinha um corte sofisticado, com delicados bordados em fio de prata que reluziam à luz suave da noite. A saia fluía como uma cascata de seda, e as mangas finas de renda adicionavam um toque etéreo à sua aparência.
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Seu cabelo longo e negro estava solto, ondulado e brilhante como uma noite estrelada, caindo sobre suas costas de maneira deslumbrante. Pequenas presilhas cravadas de pérolas e diamantes foram estrategicamente posicionadas, realçando sua beleza natural.
Lionel, observando-a com admiração, segurou suas mãos e seus olhos brilhou com orgulho.
"Minha filha, você está parecendo uma princesa."
Lena sorriu gentilmente, sentindo o peso do momento.
"Não sou uma princesa, papai..." respondeu, emocionada. "Sou sua futura Luna."
Ele riu baixo, concordando.
"E uma Luna merece um reino à altura."
Lilian se aproximou com os olhos marejados e segurou o rosto de Lena com carinho.
"Você está pronta, minha querida?"
Lena respirou fundo, sentindo seu coração acelerar ao pensar em Kara lhe esperando no altar.
"Sim. Estou."
Lá fora, um carro luxuoso a aguardava, pronto para levá-la ao grande momento de sua vida.
Do outro lado da alcateia, Kara terminava de ajustar o botão do paletó verde-escuro e se olhava no espelho uma última vez.
Seu reflexo mostrava uma loba forte, poderosa, mas, acima de tudo, incrivelmente feliz.
Ela deslizou os dedos sobre uma pequena caixinha de veludo que guardava as alianças e transmitiu ao imaginário Lena ao colocar em seus dedos.
Uma batida suave na porta a fez se virar, e Eliza entrou com um olhar amoroso.
"Filha... está na hora."
Kara respirava fundo, sua ansiedade se misturava com a motivação.
"Vamos."
Assim que saíram, um carro luxuoso aguardava na frente da casa dos Danvers.
Ela entrou no veículo, sentindo seu coração bater forte.
Lena estava a caminho.
E, em Poucos Instantes, o destino delas se tornaria um só.
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O campo de rosas vermelhas estava deslumbrante. O sol poente lançou reflexos dourados sobre o lugar, criando um espetáculo de luz e cor. O perfume das flores pairava no ar, envolvendo todos os presentes em uma atmosfera mágica. Pequenos cristais encantados foram espalhados entre as rosas, fazendo com que brilhassem suavemente sob a luz natural, como se o próprio campo estivesse celebrando aquele momento.
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As fileiras de assentos estavam cheias de lobos, e não apenas pelos membros da Alcateia Suprema . As demais alcateias sob o domínio de Kara Zor-El estavam ali, enviando seus líderes e representantes, que estavam no evento com respeito e admiração. Além deles, os grandes anciões estavam presentes, suas vestes marcadas pelos símbolos de suas linhagens e pela sabedoria de séculos.
Diante do grande pergolado, onde as rosas entrelaçadas formavam um arco majestoso, o ancião Jon já se encontrava à espera. Sua presença ali era de grande importância, pois Kara o havia escolhido para celebrar seu casamento. Ele era o mais velho e respeitado entre os anciões, um guardião da tradição, e sua voz carregava o peso da história de todas as alcateias.
Foi então que o som de um motor suave preencheu o ar.
Um luxuoso carro negro, brilhante como a noite, se moveu lentamente até o campo, parando diante da entrada principal. O silêncio foi estabelecido por um breve momento, apenas para ser quebrado pela emoção que cresceu entre os presentes.
A porta do carro se abriu, e Kara Zor-El emergiu.
O impacto de sua presença foi imediato. Uma força da natureza que emanava poder e nobreza.
Seu terno verde-escuro , feito sob medida, abraçava seu corpo perfeitamente , destacando sua silhueta imponente. O tecido fino, com um brilho sutil, reflete a luz do entardecer, fazendo com que ela se destaque como um verdadeira soberana, combinada com os sapatos no mesmo tom verde sofisticado, completava o visual com uma moda atemporal.
Por um instante, ninguém ousou falar. O vento soprou entre as rosas, como se a própria natureza estivesse saudando a chegada da Suprema.
Os olhares estavam sobre ela. Alguns sorriam, emocionados. Outros choravam, conscientes do momento histórico que presenciavam. Havia orgulho nos olhos dos anciões, reverência nos semblantes dos líderes de outras alcateias e profunda alegria naqueles que sempre estiveram ao seu lado.
Kara respirou fundo, sentindo a energia do momento. Ela fitou o pergolado, o altar de rosas onde, em instantes, uniria sua vida à de Lena. Seu coração bateu forte.
O campo de rosas parecia segurar a respiração junto com todos os presentes. Kara ainda estava parada na entrada, absorvendo a grandiosidade do momento, quando um novo som preencheu o ar.
Outro carro de luxo, branco como a neve e brilhante como pérolas sob o sol potente, moveu-se lentamente. O murmúrio entre os convidados aumentou. A noiva estava chegando.
O veículo parou diante da entrada principal do campo, e por um breve instante, tudo pareceu ficar em câmera lenta.
A porta foi aberta e Lena Kiara Luthor emergiu.
Era um brilho da perfeição.
Seu vestido branco, feito sob medida, abraçava suas curvas com um caimento impecável. O tecido delicado se move suavemente com a brisa, adornado com detalhes sutis de fios prateados, como se pequenos fragmentos de estrelas bordados na seda. O decote elegante valorizava sua postura graciosa, e uma fina camada de tule fluía de seus ombros como uma névoa etérea.
Seus cabelos, longos e alongados, caíram em ondas perfeitas, levemente presos na lateral por uma presilha cravejada de diamantes. Sua maquiagem era delicada, realçando a beleza natural de seus olhos verdes, que agora brilhavam como esmeraldas banhadas pelo pôr do sol.
Kara segurou o ar.
Por todos os anos que viveu, por todas as batalhas que travou, nada a preparou para a visão de Lena naquele momento. Ela sempre soube que a amava, mas agora, vendo-a ali, caminhando para ela, tudo dentro de si se aquietou.
Era como se, finalmente, tudo estivesse onde deveria estar.
Ao lado de Lena, Lionel Luthor ofereceu seu braço. Seu terno escuro contrastava com o vestido branco da filha, e seu semblante, geralmente sério, trazia um brilho de emoção e orgulho.
"Você está pronta, minha querida?" ele disse, sua voz carregada de sentimentos.
Lena olhou para ele, os olhos brilhando.
"Nunca estive tão pronta na minha vida, papai."
Lionel sorriu, apertando suavemente a mão dela antes de dar o primeiro passo.
A melodia suave começou a tocar, e o campo de rosas se transformou em um caminho sagrado, onde o amor seria selado para sempre.
Cada olhar estava sobre ela. Cada respiração era suspensa no ar, enquanto Lena avançava pelo corredor de flores, o perfume das rosas envolvia-a em um abraço invisível.
Kara não esperou.
Quebrando qualquer protocolo, ela deu alguns passos à frente, atravessando o pergolado para encontrar Lena no meio do caminho.
Houve um suspiro coletivo, um misto de surpresa e emoção.
Lionel, vendo a atitude de Kara, sorriu e olhou para a filha, que já estava com os olhos marejados.
"Acho que minha missão termina aqui." Ele disse, entregando suavemente a mão de Lena a Kara.
Os dedos de Lena deslizaram sobre os de Kara, e o contato entre elas fez o mundo ao redor desaparecer.
Era só as duas agora.
Kara beijou a mão de Lena com ternura, os olhos fixos nos dela.
"Você está linda." Sua voz saiu em uma voz reverente.
Lena falou, sentindo o coração disparar.
"E você, amor... você está magnífica."
De mãos dadas, elas acompanharam o caminho juntas, a Suprema e sua Luna, caminhando para o destino que sempre esteve escrito para elas.
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O campo de rosas vermelhas vibrava com a energia da Lua e dos ancestrais. O vento soprava suavemente, carregando o aroma das flores e a energia pulsante de todas as alcateias ali reunidas. Sob o grande pergolado entrelaçado com rosas vermelhas, Kara e Lena estavam lado a lado, de mãos dadas, os olhos fixos uma na outra.
O Ancião Jon, o mais sábio entre os lobos, estendendo as mãos em um gesto solene, trazendo silêncio ao local. Sua voz ecoou com autoridade e reverência:
"Diante da Lua, dos espíritos ancestrais e de nossa grande alcateia, testemunhamos hoje a união da Suprema Kara Zor-El e de sua Luna, Lena Kiara Luthor. Que este vínculo seja eterno, tão forte quanto às raízes das grandes árvores e tão poderoso quanto à luz de Eterniun que nos guia."
Um uivo ecoou ao fundo, não de um único lobo, mas de toda a alcateia, honrando a cerimônia sagrada.
Jon então retirou o laço sagrado, feito de fios de ouro e prata, símbolo do equilíbrio e da união entre duas almas destinadas.
Ele se aproximou de Kara e disse com solenidade:
"Suprema, você promete proteger, honrar e amar sua Luna, não apenas em tempos de glória, mas também na sombra das dificuldades? Você jura ser sua fortaleza, seu lar e sua luz quando a escuridão vier?"
Kara apertou levemente as mãos de Lena, sua voz saindo forte e compartilhada de emoção:
"Com todo o meu ser, com meu corpo, minha alma e meu espírito, eu prometo. Eu a protegerei como minha rainha e meu coração. Não apenas enquanto eu viver, mas para além desta vida. Pois nosso destino está entrelaçado, Lena, e meu amor por você é tão eterno quanto a Lua."
Houve murmúrios reverentes entre os anciões e os membros da alcateia, e Jon assentiu antes de olhar para Lena.
"Luna, você promete caminhar ao lado da Suprema, sendo sua guia nas trevas e sua paz na tempestade? Você jura ser sua companheira, sua verdade e sua força, unindo sua alma à dela para sempre?"
Lena sentiu seu coração acelerar. Seus olhos estavam marejados, mas sua voz saiu forte, clara e cheia de certeza:
"Juro diante de Eternium, da Lua, da alcateia e de todos os espíritos que nos guardam. Juro amar e honrar Kara Zor-El, não porque ela é a Suprema, mas porque ela é a mulher que eles escolheram para ser minha para sempre. Eu serei seu lar, sua cura. Em todas as vidas, em todas as eras, onde quer que nossas almas se encontrem, eu sempre a escolherei."
Um silêncio reverente se fez presente pelo campo. Então, Jon envolveu as mãos das duas com o laço sagrado.
"Que este laço as unam para além do tempo. Que seus corações batem como um só. E que, diante da Lua, seus espíritos estejam para sempre unidos."
O laço brilhou suavemente, como se a própria magia ancestral estivesse abençoando a união.
Jon então olhou para Kara e Lena e falou.
"Agora, selamos este vínculo com um símbolo eterno. Como alianças."
Kara soltou a mão de Lena momentaneamente e retirou uma pequena caixa de veludo verde de dentro do bolso do terno. Ao abrir, revelou duas alianças magníficas.
A de Kara era simples, porém imponente, uma argola de ouro puro, gravada com a frase:
"Para sempre, a Suprema e sua Luna."
Mas quando Lena viu sua aliança, seus olhos brilharam.
Era única. Feita de ouro, a joia tinha o formato delicado de uma rosa vermelha entalhada com maestria. Seu caule dourado se entrelaçava no aro da aliança, e no centro da rosa, um rubi vermelho cintilava como uma gota de sangue da Lua.
Lena ofegou, emocionada.
"Kara... é a coisa mais linda que já vi."
Kara sorriu, pegando a mão de Lena com delicadeza.
"Era a única joia digna da minha Luna."
Com cuidado, Kara deslizou a aliança pelo dedo de Lena, e Lena fez o mesmo com a aliança de Kara.
Jon então segurou às suas mãos, proclamando as palavras finais da cerimônia:
"Diante da Lua, dos anciões e de toda a alcateia, eu as declaro unidas para toda a eternidade."
Uma emoção toma conta do campo de rosas. Os lobos uivaram em celebrar, enquanto lágrimas de alegria escorriam pelo rosto de muitos presentes.
Kara não esperou um segundo a mais.
Segurou o rosto de Lena entre as mãos e afastou-se para um beijo intenso e apaixonado. O mundo pareceu desaparecer ao redor delas.
Quando se separaram, Lena encostou a testa na de Kara, sorrindo.
"Agora eu sou sua, para sempre."
Kara sorriu, os olhos brilhando de amor.
"E eu sou sua, minha Luna."
Os aplausos e os uivos ecoaram pelo campo, e a noite começou com uma grandiosa celebração.
O amor da Suprema e de sua Luna seria lembrado pelas gerações.
continua...
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