Ele está de volta
A noite envolvia a alcateia Lírios em um silêncio tenso, apenas interrompido pelo suave farfalhar das folhas ao vento. No grande salão do castelo medieval, iluminado por tochas e candelabros antigos, Kara estava sentada à cabeceira da imponente mesa de madeira maciça, observando atentamente cada rosto ali presente. Lena, ao seu lado, mantinha uma expressão séria, absorvendo cada detalhe da discussão.
Alex, Oliver, Barry e Sara estavam distribuídos pelo salão, analisando mapas e traçando estratégias. No centro da mesa, um mapa detalhado do território humano marcava os pontos de ataque dos renegados e o local onde Kara os seguiu.
"Amanhã à noite atacaremos o esconderijo" disse Kara, com a voz firme e imponente. "Sem piedade. Precisamos de informações sobre quem está por trás disso."
Alex assentiu, marcando no mapa as rotas de abordagem. "Eu e Oliver podemos cercar a entrada principal. Barry e Sara podem bloquear as rotas de fuga pelos fundos."
"Perfeito" respondeu Kara. "Lena, você ficará aqui. Preciso que esteja segura."
Lena apenas concordou suavemente, apertando a mão da esposa. "Sei o quanto isso é importante, confio em vocês. Só... volte para mim."
Kara sorriu, tocando o rosto de Lena com carinho. "Sempre."
Sara, encostada em uma parede, observava tudo e, em seguida, cruzou os braços. "Esses renegados... eles nunca foram tão organizados assim. Estarem recebendo ordens me preocupa mais do que o ataque em si."
"Concordo" disse Oliver, inclinando-se sobre a mesa. "Vamos precisar ser rápidos e precisos. Se descobrirem que sabemos demais, podem fugir."
Barry, inquieto como sempre, brincava com um pequeno objeto entre os dedos. "Vocês sabem que velocidade não vai ser problema pra mim. Mas... e se tiver mais alguém esperando por nós?"
"Estaremos preparados" Kara respondeu convicta, erguendo-se da cadeira. "Todos descansem esta noite. Amanhã será um dia longo."
Enquanto o grupo começava a dispersar, Lena segurou o braço de Kara.
"Promete que vai voltar inteira?"
Kara a puxou para um abraço apertado, sussurrando contra seus cabelos. "Prometo, meu amor."
A noite se adensava lá fora, mas dentro dos portões, a alcateia Lírios se fortalecia. Amanhã, eles lutariam. Amanhã, buscariam respostas.
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O dia amanheceu lentamente, com raios suaves de sol atravessando as janelas do castelo da alcateia Lírios. O clima carregava uma expectativa silenciosa, já que todos sabiam o que os aguardava à noite. No entanto, para Caitlin Snow, o que dominava seu peito não era o medo, mas a empolgação. A ligação que sentira com Lena no dia anterior era algo raro, precioso, e ela queria cultivar essa amizade.
Ainda cedo, Caitlin chegou ao castelo, seu coração batendo mais rápido do que o normal. Ao entrar, encontrou Barry no corredor, que lhe sorriu calorosamente.
"Bom dia, minha linda" disse ele suavemente, aproximando-se para um beijo breve, mas carinhoso.
"Bom dia" respondeu Caitlin, corando levemente, ainda se acostumando ao vínculo intenso entre eles. Depois de um abraço apertado, ela seguiu até o grande salão, onde encontrou Kara e Lena já despertas.
Kara, sentada em uma poltrona de couro próxima à lareira, trocava olhares cúmplices com Lena, que estava ao seu lado, com as pernas cruzadas e um leve sorriso nos lábios. Ao notar Caitlin se aproximar, Lena a cumprimentou com um aceno amigável.
"Caitlin, bom dia!" Lena disse, sua voz doce e acolhedora.
"Bom dia, Luna... Suprema" Caitlin respondeu timidamente, olhando para Kara com respeito. "Eu... queria pedir algo, se me permitem."
Kara ergueu uma sobrancelha, curiosa, mas manteve o tom leve. "Pode pedir, Caitlin. O que foi?"
"Eu pensei... como hoje é um dia... tranquilo, pelo menos até a noite... eu gostaria de levar a Lena para passear. Conhecer mais da alcateia, conversar... passar um tempo juntas" ela sorriu timidamente. "Quero fortalecer nosso vínculo, se ela quiser, é claro."
Lena olhou para Kara com expectativa nos olhos, como quem esperava aprovação, mas Kara apenas sorriu suavemente.
"Caitlin, a decisão não é minha" respondeu Kara, olhando com carinho para Lena. "Eu nunca impediria Lena de fazer o que quiser. O que a faz feliz, me faz feliz."
Lena sorriu largo e assentiu. "Eu adoraria, Caitlin. Obrigada por me convidar."
"Só um detalhe" acrescentou Kara, se levantando e encarando Caitlin de maneira firme, porém amigável. "Por favor, leve os guardas com vocês. Só para garantir."
"Claro, Suprema. Não me oporia a isso" respondeu Caitlin, aliviada.
Lena se levantou e foi até Kara, segurando seu rosto com delicadeza. "Volte inteira pra mim, por favor."
Kara segurou sua cintura, puxando-a para um beijo suave, mas cheio de sentimento. "Sempre, meu amor."
Com isso, Caitlin, Lena e os guardas partiram para explorar a alcateia, enquanto Kara voltava sua atenção para os preparativos da noite, determinada a proteger o que mais amava.
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A noite finalmente chegou, lançando um manto de escuridão sobre a vasta floresta que circundava a alcateia Lírios. A lua cheia brilhava intensamente no céu, iluminando o castelo medieval e as figuras que se movimentavam com precisão e propósito. Os lobos da alcateia, sob a liderança de Sara Lance, preparavam-se silenciosamente, afinando os sentidos para o ataque iminente.
No grande salão do castelo, Kara Zor-El estava de pé diante de uma mesa coberta por mapas e anotações, seu olhar azul intenso fixo nos detalhes da operação. Oliver Queen, Barry Allen e Alex Danvers, seus betas de confiança, estavam ao seu lado, discutindo estratégias de ataque e rotas de fuga. A mente de Kara estava afiada, concentrada em cada detalhe, mas uma parte de seu coração se sentia mais leve ao saber que Lena estava segura.
A notícia de que Lena estava na casa de Caitlin Snow, imersa na culinária local, trouxe um alívio inesperado para Kara. Ela podia quase imaginar Lena experimentando pratos típicos irlandeses, rindo timidamente a cada novo sabor apresentado por Caitlin. Saber que sua esposa estava em segurança e, acima de tudo, feliz, deu a Kara a força necessária para enfrentar o que estava por vir.
"Suprema" chamou Sara, aproximando-se de Kara. "Estamos prontos. Assim que der o sinal, partiremos."
Kara respirou fundo e assentiu. "Certo. Vamos ser rápidos e silenciosos. Nenhum renegado deve escapar esta noite."
Alex colocou uma mão no ombro de Kara, oferecendo um olhar de apoio silencioso. "Vamos acabar com isso, Kara. Juntas."
Com um último olhar para o horizonte, Kara transformou-se rapidamente, sua figura imponente de loba surgindo ao lado de seus betas. Sara, Oliver, Barry e Alex fizeram o mesmo, e o grupo partiu pela floresta densa, movendo-se como sombras sob a lua.
Enquanto isso, na casa de Caitlin, Lena estava sentada à mesa, rindo suavemente ao experimentar um prato apimentado que Caitlin havia preparado. "Acho que esse pode ser o meu favorito" disse Lena, sorrindo para sua nova amiga.
Caitlin sorriu, satisfeita. "Ainda temos mais alguns para provar. E não se preocupe, se quiser, posso ensinar você a fazer tudo isso para surpreender a Suprema."
Lena riu, seus olhos brilhando com amor. "Kara vai adorar. Obrigada, Caitlin... por hoje. Estar aqui me faz esquecer um pouco da preocupação."
"Sempre estarei aqui para você, Lena" respondeu Caitlin, sentindo o vínculo entre elas crescer ainda mais forte.
Enquanto Lena e Caitlin compartilhavam um momento de amizade, Kara e seus betas se aproximavam silenciosamente do esconderijo dos renegados, prontos para atacar. A noite prometia ser longa, mas a Suprema estava preparada para lutar por seu povo e por quem amava.
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A noite estava densa quando Kara e seus betas – Oliver, Alex e Barry – se aproximaram furtivamente do esconderijo dos renegados, acompanhados por lobos da Alcateia Lírios liderados por Sara Lance. Movendo-se como sombras pela floresta, eles evitaram galhos secos e folhas, o silêncio cortante apenas quebrado pelas batidas controladas de seus corações.
Do alto de um rochedo, Kara observava o acampamento dos renegados. Eram muitos, armados com rifles, espadas e facas. Sem presas ou garras, haviam recorrido às armas humanas. O brilho das fogueiras iluminava rostos marcados pelo ódio e pela desesperança.
"Dividam-se", sussurrou Kara. "Ataquem rápido, silencioso. Vamos dar o primeiro golpe."
Com um aceno, Barry disparou como um raio, nocauteando dois guardas antes que pudessem gritar. Oliver e Alex atacaram juntos, derrubando outros três com precisão. Os lobos da Alcateia Lírios surgiram das sombras, avançando em sincronia, dentes e garras afiadas contra aço e pólvora.
O caos explodiu.
Tiros cortavam o ar, faíscas saltavam quando espadas se chocavam contra garras. Um lobo caiu ferido no ombro por uma bala, mas Sara o protegeu, enfrentando três renegados com golpes ágeis. Barry desviava de tiros com velocidade sobre-humana, derrubando inimigos com golpes certeiros. Oliver usava sua força brutal, esmagando ossos com cada ataque. Alex, letal e calculista, golpeava com precisão cirúrgica.
Kara, no centro do campo de batalha, era uma tempestade. Seus olhos brilhavam com uma fúria intensa. Um renegado tentou golpeá-la com uma espada, mas ela a partiu ao meio com as patas. Outro apontou uma arma, mas antes que pudesse atirar, Kara o jogou contra uma árvore, quebrando seu pescoço.
"Vocês ousam desafiar minha alcateia?", rosnou ela, sua voz ecoando como trovão.
Os renegados hesitaram, mas continuaram lutando. Um golpe de espada cortou o braço de um dos lobos da Lírios, fazendo-o uivar, mas Sara o vingou, rasgando a garganta do atacante. Alex levou um tiro de raspão, mas ignorou a dor e cravou suas garras no peito do atirador.
Logo, restava apenas um renegado vivo, tremendo diante de Kara.
"Quem está por trás disso?", exigiu, segurando-o pelo pescoço.
Ele riu, cuspindo sangue. "Você nunca poderá detê-los... Rafael Vargas e James Olsen estão à frente disso tudo. Vargas quer vingança por tudo que fez à sua esposa e filhos. E Olsen... ele quer o seu sangue."
Os olhos de Kara brilharam com uma ira gélida. "Eles vão descobrir o erro que cometeram."
Com um movimento rápido, ela quebrou o pescoço do renegado, jogando seu corpo inerte no chão.
A batalha havia terminado, mas a guerra estava apenas começando.
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Já era de madrugada quando Kara e seu grupo retornavam da batalha. O ar gelado parecia cortar como lâminas, mas nada se comparava à dor que latejava no abdômen de Kara. O tiro que recebera passara despercebido no calor da luta, mas agora a ferida pulsava, e o sangue escorria lentamente sob sua camisa escura. Mesmo assim, a Suprema Alfa manteve-se firme, escondendo sua dor dos outros.
Enquanto isso, Lena, que ainda estava na casa de Caitlin, sentiu um aperto profundo no coração, como se algo invisível a puxasse. Sua ligação com Kara era forte demais para ignorar. Sem entender o porquê, Lena saiu apressada, seu olhar ansioso varrendo o horizonte, esperando... pressentindo o retorno da esposa.
Assim que os carros atravessaram os portões da alcateia, Lena correu em direção ao grupo. Seus olhos marejados encontraram os de Kara, e antes que qualquer um pudesse reagir, Lena a abraçou com força, buscando consolo. O corpo de Kara se enrijeceu, um gemido baixo escapando antes que pudesse conter.
Lena afastou-se, alarmada. "Kara? O que houve? Você está ferida?"
"Está tudo bem, amor", Kara tentou tranquilizá-la, mas o suor em sua testa e a palidez de seu rosto diziam o contrário.
"Não, não está! Quero que um médico veja isso agora!" Lena exigiu, sua voz firme, mas embargada pelo medo.
Kara sabia que não poderia negar nada à esposa. Com um suspiro resignado, ela assentiu, permitindo que Lena a guiasse até o médico da alcateia. Enquanto a bala era retirada e a ferida examinada, Kara manteve o olhar fixo em Lena, que segurava sua mão com força, como se temesse que a perdesse a qualquer instante.
"Você me assustou", Lena murmurou, seus olhos brilhando com lágrimas.
"Desculpa... Eu não queria te preocupar", Kara respondeu suavemente, apertando a mão de Lena.
Quando o médico se afastou, aliviado por ver o poder de cura de Kara começando a agir, Lena respirou fundo, mas sua mente ainda estava atormentada.
"Armas humanas..." Lena sussurrou, tentando entender. "Isso... isso é novo, não é?"
Kara assentiu, sua expressão sombria. "Sim. Os renegados nunca usaram armas humanas antes. Sempre confiamos em nossas garras, nossos dentes, nossa força. Mas eles... eles perderam tudo isso quando se tornaram renegados. E agora estão desesperados. Por isso estão roubando armas. É algo novo, algo perigoso para a nossa espécie... e isso significa que alguém os está guiando."
Lena franziu o cenho, preocupada. "Quem...?"
Kara passou a mão suavemente pelo rosto da esposa, como se quisesse gravar cada detalhe. Seus olhos azuis brilharam com uma intensidade feroz enquanto sussurrava: "Rafael Vargas voltou para se vingar."
Lena tremeu ao ouvir aquele nome, lembranças dolorosas inundando sua mente. Mas antes que pudesse mergulhar no medo, Kara a puxou para perto, abraçando-a com firmeza, protegendo-a de tudo.
Em um tom alto o suficiente para que todos os presentes ouvissem, Kara declarou com uma frieza cortante: "Dessa vez, não serei piedosa. Se ele pisar na minha frente, eu o mato."
O salão ficou em silêncio, cada lobo sentindo o peso da promessa de Kara. Ela então olhou diretamente nos olhos de Lena, sua voz suavizando, mas carregando a mesma determinação.
"Você é e sempre será minha prioridade, pois é a minha joia mais rara e minha vida. Sem você, eu não sou ninguém."
Lena fechou os olhos por um instante, deixando uma lágrima escapar antes de abraçar Kara ainda mais forte. Naquele momento, todos sabiam: Rafael Vargas havia despertado a fúria da Suprema Alfa, e não haveria perdão.
Continua...
Bora iniciar uma guerra, será vampiros e renegados contra a Suprema Alfa e seus lobos. Agora irei mostrar elas indo em algumas alcateias chamar seus lobos para a guerra
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