Alcateia Lírios
Iniciando a terceira parte da história, personagem nova na area e não é a Sara!
O avião decolou suavemente, cortando o céu rumo à Europa. Lena olhava fascinada pela janela, sentindo uma mistura de ansiedade e motivação. Estava prestes a conhecer o mundo humano de uma forma que nunca imaginou, e ao seu lado estava Kara, sua esposa, sua suprema, que segurava sua mão com firmeza e carinho.
Durante o voo, Kara explicou detalhes sobre a viagem e as alcateias que visitariam. Lena absorveu cada palavra, maravilhada com a ideia de explorar terras distantes. Ao pousarem na Irlanda, o frescor do ar e o verde vibrante das paisagens capturaram imediatamente o coração de Lena.
Enquanto o carro que Kara comprou percorria as ruas de Dublin, Lena não conseguia esconder seu fascínio. Os prédios históricos, as ruas de paralelepípedo e as pontes sobre o Rio Liffey a fizeram sorrir como uma criança descobrindo algo novo. Kara observava a esposa com ternura, feliz por proporcionar a ela essas experiências.
Rio Liffey - Imagem retirada do Google
"É tudo tão... encantador" disse Lena, com os olhos brilhando enquanto passavam pelo imponente Castelo de Dublin.
Castelo de Dublin - Imagem retirara do Google
"Espere até vermos o interior da Irlanda" respondeu Kara, sorrindo. "As florestas, os campos... você vai amar."
Enquanto o carro deixava a modernidade da cidade para trás, Lena mantinha o rosto colado à janela, observando os campos verdes intermináveis, com ovelhas espalhadas pelo pasto e pequenas casas de pedra que deixavam evidente saídas de um conto de fadas.
"Parece que voltamos no tempo" comentou Lena, encantada.
"Essa sensação só vai aumentar" Kara respondeu, piscando para ela. "A alcateia de Lírios preserva muito da arquitetura medieval."
A estrada agora se estreitava, rodeada por uma floresta densa. O verde intenso das árvores e o canto suave dos pássaros enchiam o ambiente de uma tranquilidade quase mágica. Lena sentiu um arrepio percorreu seu corpo quando passou por um ponto onde o ar parecia vibrar ao seu redor.
"O que foi isso?" disse Lena, olhando para Kara.
"Acabamos de atravessar uma barreira sobrenatural" explicou Kara. "Agora estamos oficialmente no território da alcateia de Lírios."
Lena concordou, sentindo seu coração acelerar. Logo à frente, entre as árvores, surgiu uma vila cercada por altos muros de pedra. As torres e construções de madeira e pedra lembravam os castelos medievais que Lena havia visto em livros.
As arvores se abriram lentamente enquanto o carro se movia, revelando ruas de paralelepípedos, pequenas casas com telhados de palha e um grande castelo no centro, imponente e majestoso. Lena estava hipnotizada.
Imagem Gerada por IA
"Kara... isso é incrível" sussurrou ela.
"Bem-vinda à alcateia de Lírios" disse Kara, sorrindo. "Nosso primeiro destino."
Lena sinceramente, sentindo-se grata por cada momento ao lado de sua esposa, estava ansiosa para o que estava por vir.
O carro de Kara parou suavemente diante dos imponentes portões da alcateia de Lírios. Os outros veículos, trazendo os betas e os guerreiros de Kara, estacionaram logo atrás. O som dos motores silenciosos, e o vento suave da floresta trouxeram um frescor agradável. Lena saiu do carro ao lado de Kara, seus olhos ainda absorvendo cada detalhe do ambiente medieval que parecia saído de um livro de fantasia.
Os portões foram abertos, e uma figura alta e elegante foi vista rapidamente. Sara Lance, a alfa da alcateia de Lírios, tinha longos cabelos loiros presos em uma trança simples, e seus olhos expressavam surpresa ao ver quem acabava de chegar.
Ao respeitar Kara, Sara a olhou respeitosamente, mas quando seus olhos pousaram em Lena, o sorriso se ampliou em admiração. Ela se ajoelhou levemente, curvando a cabeça.
"Suprema Kara... Luna Lena" saudou Sara, com reverência. "É uma honra recebê-las aqui. Confesso que não esperava a visita de vocês."
Kara sorriu gentilmente, erguendo a mão para que Sara se levantasse.
"Estamos fazendo uma vistoria por todas as alcateias" explicou Kara. "E resolvi começar por Lírios, pois ouvi dizer que vocês estão tendo problemas com renegados."
Sara concordou, o sorriso desaparecendo lentamente, substituído por uma expressão séria.
"Sim... Os ataques têm sido constantes" respondeu ela, gesticulando para que as acompanhassem. "Vou levá-los para conhecer a alcateia enquanto explícito o que está acontecendo."
O grupo seguiu Sara através de um caminho de pedras que levava o coração da vila. Lena observava tudo com fascínio: casas feitas de pedra e madeira, com telhados de palha e janelas pequenas, lembravam a arquitetura medieval europeia. As crianças lobas corriam brincando pelas ruas, enquanto os adultos cumprimentavam com respeito ao perceberem a presença da suprema e de sua luna. Um pequeno mercado ao ar livre exibe frutas frescas, tecidos coloridos e artesanatos feitos à mão.
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No centro da Alcateia, o grande castelo se erguia majestoso. Suas paredes de pedra cinza eram cobertas por trepadeiras floridas, e bandeiras com o símbolo de um lírio branco ondulava suavemente ao vento.
Enquanto caminhavam, Sara continuou explicando:
"Os renegados costumam agir sozinhos, como bem sabe, Kara. São lobos que foram expulsos de suas alcateias ou nunca pertenceram a uma. Mas algo está diferente. Eles estão atacando em grupo, de forma organizada. Parece..." Sara fez uma pausa, como se ponderasse sobre suas palavras "...que estão recebendo ordens de alguém."
Kara franziu a testa, intrigada.
"Isso realmente é estranho" respondeu Kara. "Renegados sempre foram lobos solitários, guiados apenas por seus próprios instintos. Se há alguém liderando, isso pode significar um problema muito maior do que imaginamos."
Lena olhou para Kara com preocupação, segurando suavemente a mão da esposa. Kara apertou sua mão de volta, oferecendo conforto.
"precisamos descobrir quem está por trás disso" completou Kara, olhando para Sara. "Vamos começar aqui."
Sara assentiu, levando-as para o interior do castelo, onde uma grande sala de reuniões aguardava, decorada com tapeçarias antigas, candelabros dourados e uma mesa longa de madeira maciça. Lena ainda estava encantada com cada detalhe do local, mas seu olhar se voltou para Kara, pensando que desafios perigosos as aguardavam.
Kara voltou para Lena, seus olhos azuis suaves, mas firmes.
"Amor, quer ficar aqui e ouvir tudo o que Sara tem a dizer? Ou prefere conhecer uma Alcateia?" perguntei delicadamente. "Se quiser conhecer o lugar, posso pedir para os guardas te acompanharem."
Lena cruzou os braços, erguendo uma sobrancelha de forma determinada.
"Eu sou a Luna Suprema, Kara. Também quero saber o que está acontecendo com o nosso povo" respondeu com firmeza. "Vou ficar e ouvir tudo."
Kara sorriu, orgulhosa da esposa, e assentiu.
"Então vamos lá."
Elas se sentaram na grande mesa de madeira ao lado dos betas — Alex, Oliver e Barry —, enquanto Sara espalhava sobre a mesa vários mapas da região. Locais circulados em vermelho indicavam os pontos dos ataques recentes.
"Esses foram os locais atacados pelos renegados" explicou Sara, apontando para os círculos. "Eles estão roubando mantimentos, mas o mais estranho é que levaram armas do mundo humano. Algo que nunca fez antes."
Kara analisava tudo com atenção, os olhos percorrendo cada detalhe do mapa.
"Armas humanas?" Disse, franzindo o cenho. "Como eles estão conseguindo acessar isso?"
"Exatamente" Sara respondeu. "Parece que tem alguém de dentro do mundo humano ajudando, ou pelo menos facilitando para eles."
Lena inclinou-se um pouco, observando o mapa.
"Mas por que armas humanas? Eles já são fortes e ágeis... Qual seria o objetivo?" Lena perguntou, curiosa.
Kara trocou um olhar com Sara, ambas pensativas.
" Talvez estejam se preparando para algo maior" respondeu Kara. "Mas ainda não sabemos o quê."
Nas próximas duas horas, Lena fez perguntas para entender melhor a situação, e tanto Kara quanto Sara responderam pacientemente. Lena queria entender tudo o que estava acontecendo, e seu desejo de proteger seu povo crescia a cada informação recebida.
Após longos debates e análises, Kara respirou fundo, decidida.
"Vou sair com meus betas para averiguar as áreas dos ataques pessoalmente" anunciou, levantando-se.
Lena arregalou os olhos, preocupada.
"Vai sair agora?"
Kara se aproximou, segurando delicadamente o rosto da esposa.
"Preciso ver de perto, amor. Mas quero ficar aqui com Sara. É mais seguro."
Sara concordou, colocando uma mão no ombro de Lena.
"Não se preocupe, Luna. Vou cuidar bem de você."
Kara olhou para seus guardas, sua voz firme e autoritária.
"Protejam minha esposa a qualquer custo."
Os guardas inclinaram-se a cabeça, em total conformidade.
Lena suspirou, assentindo lentamente. Ela sabia que Kara era cuidadosa e protetora, mas o medo de algo dar errado era inevitável. Kara beijou suavemente a testa de Lena antes de se afastar.
"Voltarei logo" prometeu, e com isso, saiu junto de Alex, Oliver e Barry.
Lena ficou ao lado de Sara, observando a porta pela qual Kara partiu, já ansiosa pelo retorno de sua companheira.
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Kara e seus betas saíram dos limites da alcateia, caminhando pela densa floresta até se afastarem o suficiente. Ela trocou um olhar rápido com Alex, Oliver e Barry, que assentiram silenciosamente.
Então, em perfeita sincronia, seus corpos começaram a se transformar.
Os ossos estalaram suavemente, os músculos se expandiram, e o som suave de pelagem crescendo ecoou entre as árvores. Em segundos, quatro lobos majestosos estavam de pé, prontos para a caçada. Kara, a maior entre eles, tinha a pelagem negra como a noite, com seus olhos azuis intensos e penetrantes. Alex, com uma pelagem cinza-prateada, Oliver com tons marrons e Barry, com a pelagem dourada que brilhava sob a luz suave da lua , estavam logo atrás, prontos para seguir seu líder.
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Eles correram silenciosamente pela floresta, o som das patas quase imperceptível sobre a grama e folhas secas. Movendo-se rapidamente, chegou ao primeiro ponto marcado no mapa — um pequeno armazém abandonado, coberto por musgo e cercado por árvores.
Kara parou repentinamente, suas orelhas se levantaram ao captar um som distante. Ela indicou com um olhar para que seus betas se abaixassem e ouvissem.
"Tem certeza que é hoje? " uma voz grave disse, vinda do interior do armazém.
"Sim, o chefe deu a ordem. Vamos invadir aquela loja de armas no centro da cidade humana. Precisamos dessas armas para a próxima fase." respondeu outro renegado, com uma risada baixa e cruel.
Kara estreitou os olhos. Loja de armas? próxima fase? pensado, intrigada.
Eles aguardaram pacientemente, observando os renegados se prepararem. Não demorou muito para que um grupo saísse do armazém, correndo pela floresta em direção ao mundo humano. Kara fez um sinal com a cabeça, e seus betas a seguiram de perto.
Os lobos seguiram o grupo até a entrada do mundo humano, onde os renegados, agora em forma humana, se misturaram facilmente entre as pessoas da cidade.
Kara e os betas, ainda em sua forma lupina, permaneceram escondidos, observando cada movimento. Os renegados eram tolos e desorganizados, uma presa fácil. Quando um lobo se torna um renegado, perde suas presas e garras, tornando-se mais fraco e vulnerável. Então é por isso que estão roubando armas... Kara concluiu. Eles precisam compensar a fraqueza física.
Silenciosamente, eles seguiram o grupo até uma loja de armas de médio porte no centro da cidade. O assalto foi rápido e barulhento — vidros quebrados, alarmes disparando — mas os renegados estavam bem coordenados. Levaram tudo o que podiam: rifles, pistolas, munições.
Kara rosnou baixinho, mas manteve a calma. Não era hora de agir. Eles precisam saber para onde os renegados levariam aquele arsenal.
Com paciência e furtividade, ela e seus betas seguiram de volta pela estrada, atravessando a barreira para o mundo sobrenatural, até um velho moinho de pedra, abandonado e cercado por árvores altas. Então aqui está o esconderijo deles...
Kara observou atentamente enquanto os renegados levavam as armas para dentro. Ela se virou para seus betas e sussurrou mentalmente através do vínculo telepático:
"Agora sabemos onde encontrá-los. Vamos voltar para a Alcateia e planejar o próximo passo."
Os betas assentiram, e juntos, desapareceram na noite, prontos para relatar tudo a Lena e Sara.
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Enquanto Kara e seus betas seguiam atrás de pistas, Lena ficou na Alcateia, sendo guiada por Sara para conhecer o local. As construções da alcateia Lírios eram de tirar o fôlego, com seu estilo medieval preservado — casas de pedra cobertas por trepadeiras, torres imponentes e ruas de paralelepípedos parecia ter saído de um conto de fadas. O som suave de um riacho cortava o território, e Lena observava encantada cada detalhe, absorvendo a beleza e a história do lugar.
Sara, sorridente, mostrou a Lena a culinária local, com mesas cheias de pães artesanais, queijos envelhecidos e frutas frescas. Lena experimentou tudo com curiosidade, encantada com os sabores intensos e naturais, tão diferentes do que conhecia. As duas conversavam animadamente quando, ao virar uma esquina próxima à clínica da Alcateia, Lena se esbarrou em alguém.
"Oh! Me desculpe!" disse uma voz suave.
Lena espreitou o olhar e encontrou uma mulher de cabelos castanhos claros, olhos azuis expressivos e um sorriso gentil.
"Não, me desculpe..." Lena respondeu, mas sentiu algo estranho.
Uma onda de calor percorreu seu corpo, como se uma corrente invisível a ligasse verdadeiramente mulher. Seus olhos se fixaram por alguns instantes, e ela sentiu uma sensação de familiaridade, como se já a conhecesse há muito tempo.
Sara, ao lado, ficou boquiaberta, observando a cena. Ela conhecia aquele laço raro. Não pode ser... pensou.
"Sou Caitlin Snow, uma das médicas da alcateia" disse a mulher, estendendo a mão, ainda um pouco surpresa.
"Lena... Lena Zor-El-Luthor" respondeu, apertando a mão de Caitlin e sentindo o vínculo se fortalecer por um breve segundo.
Sara, ainda sem acreditar, murmurou:
"Um vínculo de amizade... Isso é raríssimo."
Lena franziu o cenho.
"Vínculo de amizade?"
Sara concordou lentamente, ainda processando o que acabara de ver.
"Alguns Lunas Supremas podem desenvolver um vínculo com outros lobos. É quase como o vínculo que Kara tem com seus betas, mas diferente. Enquanto o da Suprema é baseado em força, agilidade e liderança, o da Luna Suprema representa amizade, companheirismo e apoio incondicional. É algo extremamente raro e..." ela hesitou. "Só acontece quando a Luna sofreu muito no passado, sem ter a quem se apoiar."
Lena sentiu o coração apertado ao ouvir isso, lembrando de tudo o que havia enfrentado antes de Kara entrar em sua vida.
Caitlin, percebendo o clima, gentilmente.
"Bom... Fico feliz em conhecê-la, Luna. Parece que estamos ligadas de alguma forma, e prometo ser uma amiga fiel, sempre."
Lena retribuiu o sorriso, sentindo-se aquecida por dentro.
"E eu prometo o mesmo." Ela olhou para Sara, ainda surpresa, e brincou: "Parece que o destino gosta de me surpreender."
Sara riu, finalmente saindo do seu choque.
"Bem, pelo visto, você conquistou mais uma aliada, Luna. Vamos continuar o passeio?"
Lena concordou, e as três seguiram pelas ruas da Alcateia, com Caitlin explicando sobre a medicina local, enquanto Lena, agora mais leve, sentiu que sua vida ao lado de Kara estava apenas começando a se expandir de maneiras inesperadas.
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Lena, Sara e Caitlin ainda exploraram a alcateia, passando por áreas de treinamento, hortas bem cuidadas e um pátio central onde lobos se reuniam para tarefas diárias. Lena estava fascinada com a organização e harmonia daquele lugar, enquanto Caitlin explicava como a alcateia lidava com danos durante caçadas e combates, mantendo a saúde de todos.
Foi quando um murmúrio se deixou levar entre os lobos próximos.
Quatro lobos majestosos apareceram no horizonte, voltando para a alcateia após uma missão. O lobo negro, que liderava o grupo, era inconfundível. Seus olhos azuis e intensos eram uma marca registrada de Kara. Ao atravessar os portões, ela voltou à sua forma humana com um movimento gracioso, já vestida com seu traje escuro impecável, como se nunca tivesse se transformado.
Como ela consegue? Lena pensou, sorrindo com admiração.
Os outros lobos seguiram para uma área reservada para se vestirem, exceto Kara, que caminhou até sua esposa. Seus olhos encontraram os de Lena, e um sorriso suave apareceu em seus lábios.
"Sentiu minha falta?" Kara perguntou baixinho, aproximando-se para dar um beijo rápido na testa de Lena.
"Sempre" Lena respondeu, segurando a mão de sua esposa.
Pouco tempo depois, os betas retornaram, agora em forma humana. Alex, Oliver e Barry se juntaram ao grupo, mas algo inesperado aconteceu assim que Barry pisou perto de Caitlin.
Ele parou de repente, sentindo um cheiro que o fez prender a respiração. Um aroma fresco de neve e frio invadiu seus sentidos, algo puro e acolhedor. Seus olhos rapidamente encontraram os de Caitlin, que, por sua vez, sentiu uma onda de energia vibrante, brincalhona, quase elétrica, envolvendo-a.
Por um instante, o tempo pareceu parar.
Barry piscou, confuso, e depois manifestou, sentindo o vínculo se formar de maneira inegável.
"Minha..." ele sussurrou.
Caitlin, sem pensar, respondeu no mesmo instante:
"Meu..."
Sara arregalou os olhos, incrédula com o que acabara de presenciar.
"Outro vínculo? No mesmo dia? Isso nunca aconteceu antes!" ela exclamou.
Barry, atônito, deu um passo à frente, enquanto Caitlin fez o mesmo. Eles se olharam por mais alguns segundos, e então Barry, com seu jeito brincalhão, riu.
"Bom, isso... isso é inesperado, mas incrível!"
Caitlin falou timidamente, sentindo o coração acelerar — ironicamente normal para alguém ligado ao espírito acelerado do beta.
Lena olhou para Kara com uma sobrancelha levantada.
" Parece que seu beta encontrou sua companheira?!
Kara riu suavemente.
"Barry por ser o mais rápido dos meus betas em tudo, não estou surpresa dele ser o primeiro a encontra-la."
Todos riram, enquanto Caitlin e Barry tentavam analisar o que havia acabado de acontecer, já sentindo o vínculo crescer entre eles.
Barry, ainda sorrindo, virou-se para Kara e disse com entusiasmo:
"Posso me retirar para conversar e conhecer melhor minha companheira?"
Kara concordou, divertindo-se com a empolgação do beta.
"Vá em frente, Barry. Mas não desapareça por muito tempo" respondeu com um tom brincalhão.
"Prometo que não!" ele disse, já se afastando com Caitlin ao seu lado, os dois trocando olhares curiosos e sorrisos tímidos.
Quando eles saíram de vista, Kara se virou para Sara, o olhar intrigado.
"Dois vínculos no mesmo dia? Como assim?"
Sara, ainda um pouco surpresa, respirou fundo e explicou:
"Bom, o vínculo entre Barry e Caitlin é o que conhecemos como elo de companheiros, algo normal, para lobos compatíveis, como você já sabe. Mas o que aconteceu com Lena e Caitlin..." ela olhou para Lena, que prestava atenção atentamente "é algo muito raro. É um laço de amizade, um vínculo profundo que só ocorre quando a Luna passou por grandes sofrimentos."
Kara franziu as sobrancelhas, absorvendo a explicação, e então um sorriso suave apareceu em seus lábios.
"Um laço de amizade..." ela repetiu em voz baixa, olhando para Lena com carinho. "Isso significa que vocês estavam destinados a serem amigas sinceras, não importa o que aconteça." Ela se aproximou da esposa e a envolveu em um abraço apertado. "Fico tão feliz por você ter isso agora. Alguém para te apoiar, além de mim e de sua família."
Lena retribuiu o abraço, sentindo-se acolhida e emocionada.
"Nunca tive uma amiga assim antes..." Lena admitiu baixinho.
"Agora tem" Kara respondeu, segurando seu rosto com ternura. "Isso é muito raro em nosso mundo. Você merece isso, Lena. Você merece tudo."
Sara observava a cena, sorrindo suavemente.
"Esses laços são únicos, Luna. Caitlin estará ao seu lado como uma verdadeira irmã de alma."
Lena assentiu, tocada, enquanto Kara lhe dava um beijo suave na testa, orgulhosa de ver sua esposa encontrando mais pessoas que a amavam de verdade.
O clima tranquilo que envolveu o momento foi interrompido quando Kara fez uma expressão séria, seu tom firme cortando o ambiente.
"Descobri algo importante" ela disse, atraindo a atenção de todos imediatamente.
Lena, percebendo a mudança no humor da esposa, segurou sua mão, buscando apoio. Sara e os outros lobos se aproximaram, atentos.
"O que foi, Kara?" disse Lena, preocupada.
Kara respirou fundo antes de continuar.
"Enquanto seguíamos os renegados, descobri onde eles estão se reunindo. Um galpão antigo, afastado da cidade, escondido no meio das colinas. Eles têm armas humanas e..." ela fez uma breve pausa, franzindo o cenho "parece que estão sendo comandados por alguém. Alguém que sabe o que está fazendo."
Sara cruzou os braços, ponderando a revelação.
"Os renegados nunca foram organizados assim... Isso confirma nossas suspeitas."
"Exato" Kara concordou. "Por isso, amanhã à noite, nós vamos ataca-los sem piedade. Vamos descobrir quem está por trás disso e acabar com essa ameaça de uma vez por todas."
Ela virou-se para Alex e Oliver, seus betas mais confiáveis.
"Quero vocês dois preparados. Vamos planejar tudo nos mínimos detalhes. Sara, conto com seu apoio e o de seus guerreiros."
"Claro, Suprema" Sara assentiu com determinação.
Lena apertou a mão de Kara.
"Tem certeza de que não é perigoso demais?"
Kara sorriu gentilmente para tranquilizá-la.
"Vai ficar tudo bem, amor. Eu prometo."
Lena suspirou, sabendo que não poderia impedir Kara, mas determinou apoiá-la.
"Então eu vou ajudar no que puder" Lena afirmou.
Kara acariciou o rosto da esposa, orgulhosa de sua força.
"Sabia que diria isso."
Todos se reuniram ao redor de uma mesa grande no salão principal, iniciando o planejamento detalhado do ataque, enquanto a tensão e a expectativa pairavam no ar. Amanhã seria decisivo.
Continua...
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