A Verdade e Uma Punição Severa
O capitulo contem cenas pesadas de violência, se for desconfortável pule - Eu irei avisar quando acontecer.
Capitulo grande, aproveita. Será o único hoje!
Esse não terá imagens, vou deixar vocês imaginarem as cenas por conta própria. Bjs
A ideia de punição para o Henrique foi da @labunny365 , obrigada viu!!
O silêncio da manhã foi rompido pelo estrondo da porta da cabana sendo aberta. O ar estava carregado de tensão, e a presença da Suprema era avassaladora. Seus betas – Alex, Oliver e Barry – entraram primeiro, seus olhos refinados e prontos para qualquer resistência, mas encontraram apenas o cheiro fétido do medo.
Rafael Vargas estava sentado no canto, com os olhos vermelhos de ódio e desespero. Cintia soluçava, abraçando Cecília, enquanto Victória mantinha a postura arrogante, mas seu cheiro traía o medo que tentava esconder. Henrique, ainda tomado por sua presunção, se declarou, tentando demonstrar força.
Kara entrou por último, seu olhar azul cortante como lâminas de gelo. Seu rosto era impassível, mas sua presença era como uma tempestade prestes a desabar sobre eles.
"Finalmente resolveu aparecer" Henrique rosnou. "Veio se gabar por ter sequestrado Lena?"
Foi a última gota.
Antes que ele pudesse piscar, Kara se moveu. Com uma velocidade sobre-humana, atravessou a curta distância entre eles e o agarrou pela garganta, erguendo-o do chão como se ele não pesasse nada. Henrique tentou lutar, as unhas arranhando os braços dela, mas era inútil. Os olhos da Suprema brilharam, e o ar ao redor deles pareceu vibrar com pura força bruta.
"Sequestrar?" A voz de Kara era um trovão. "Você ousa dizer isso depois de tudo que você e sua família fez a ela?"
Ela apertou mais, o suficiente para fazê-lo engastar.
"Sua família destruiu a vida dela! Espancaram-na! Torturaram-na! Condenaram-na uma existência de sofrimento!"
Ela o lançou no chão com brutalidade, fazendo-o deslizar até bater contra a parede. Ele tossiu, tentando recuperar a respiração, mas Kara já havia se virado para os outros.
"Todos vocês são culpados. Todos."
Ele ousou se levantar e ainda dizer:
"Não temos medo de você! Acha que pode vir aqui e levar o que quiser? Lena é uma Vargas, e você não tem direito sobre ela!"
Outro erro.
Kara se moveu de novo. Em um instante, ela estava diante de Henrique novamente, segurando-o pelo pescoço.
"Você não tem ideia de quem eu sou" sua voz é como um trovão, reverberando pelas paredes da cabana. "Eu sou a Suprema, e a única razão pela qual ainda respira é porque sua morte não seria o suficiente para pagar pelo que fez a minha ômega."
Cintia chorava, balbuciando pedidos de piedade.
"Nós somos sua família... sua espécie"
"Vocês nunca foram família de ninguém" Kara rosnou, o poder de sua voz reverberando pelo cômodo.
Ela olhou para Cecília, a caçula.
"E você? Tem idade suficiente para saber o que estava acontecendo. E ainda assim, fechou os olhos. Isso faz de você tão culpado por eles."
Cecília tremia, mas não disse nada.
Kara se virou para seus betas.
"Levem todos para fora. Quero que toda a alcateia veja o que acontece com aqueles que desonram os seus."
Os gritos obtidos antes mesmo que fossem puxados para fora. A aldeia, já desperta, reuniu-se rapidamente ao redor. O medo e a curiosidade estavam estampados nos rostos dos lobos que sabiam que estavam prestes a testemunhar algo histórico.
A verdade antes da punição
Os cinco estavam ajoelhados no centro da aldeia, rodeados por uma multidão de lobos. Alguns assistiam em silêncio, enquanto outros, que desconheciam os crimes dos Vargas, gritavam por piedade à Suprema.
Kara, no entanto, sendo apenas sincera. Mostrou um sorriso frio, cruel, quase diabólico. O brilho azul intenso em seus olhos denunciava a fúria dentro dela.
Ela caminhou lentamente até Rafael, observando-o como uma predadora que saboreia o momento antes do ataque. Seus betas permaneciam imóveis, observando cada movimento da Suprema, prontos para agir ao menor comando, mas sem interrupção.
"Antes de puni-los, quero respostas" a voz de Kara ressoou firme, carregada de autoridade absoluta. "Se Lena é filha de Lilian e Lionel, como diabos ela acabou com vocês?"
Rafael piscou, confuso, seu olhar se tornando vago por um instante antes de franzir a testa.
"O que está dizendo? Isso não faz sentido! Ela é minha filha!"
Kara riu baixo, um som sem humor, e inclinando-se sobre ele.
"Você realmente acredita nisso?"
"Claro que sim!" Rafael respondeu, com mais verdade do que deveria. "Eu estive lá no dia do nascimento dela!"
Kara não demonstrou emoção. Sua paciência não tinha limite. Em um movimento rápido, ela agarrou o maxilar de Rafael com força, seus dedos apertando sua pele até que ele soltasse um grunhido de dor.
"Então prove."
Com um empurrão brusco, ela o jogou para frente, fazendo-o cair de joelhos, o corpo cambaleando para manter o equilíbrio.
"Me conte tudo sobre o dia do nascimento de Lena. Desde o primeiro momento até o último."
Cíntia observava tudo com olhos arregalados, sem conseguir processar o que estava sendo dito. Seu coração batia forte contra o peito, e o suor frio escorria por sua nuca.
"Isso é ridículo!" ela exclamou, olhando para Rafael. "Eu dei à luz aquela menina! Eu senti cada contração, cada dor... Como ela não pode ser minha filha?"
Rafael não respondeu de imediato, ainda tentando entender o que a Suprema estava insinuando. Seu olhar se alternou entre Cíntia e Kara, buscando desesperadamente algo que justificasse aquela acusação.
Enquanto isso, Victoria, Henrique e Cecília ficaram no chão, mas ao contrário dos pais, não demonstraram qualquer preocupação. Pelo contrário, um sorriso maldoso brincava nos lábios de Victoria.
"Então é isso?" ela zumbiu, cruzando os braços. "Aquela aberração nem é nossa irmã? Isso só melhora as coisas!"
Henrique riu, cheio de desdém.
"Então quer dizer que nos crescemos ao lado daquela criatura sem necessidade? Espero que você esteja certa, Suprema. Isso seria um rompimento com aquela aberração."
Cecília, mesmo mais jovem, mantinha a mesma expressão arrogante.
"E nós perdendo tempo com ela..."
A raiva dentro de Kara cresceu como um incêndio incontrolável. Seu olhar congelado varreu os três irmãos com desprezo absoluto.
"Vocês são realmente nojentos."
A voz dela saiu baixa, mas carregada de um poder que fez todos se encolherem. Mesmo os lobos que assistiam a cena sentiram um calafrio na espinha.
Rafael engoliu em seco, sentindo o peso do olhar da Suprema sobre ele novamente.
"Fale, Rafael" Kara gritou." Conte sobre o dia do nascimento de Lena. Quero cada detalhe. E escolha bem suas palavras... ou eu arrancarei a verdade à força."
A tensão era sufocante. Todos aguardavam, mas apenas Rafael poderia quebrar aquele silêncio.
A verdadeira História
Enquanto a Suprema aguardava pela verdade...
O silêncio que se instalou entre Rafael e Kara era quase ensurdecedor. A manhã fria parecia prender a respiração, aguardando o momento em que a verdade viria à tona. Mas, enquanto a Suprema espera por respostas, em um dos carros a caminho de Solaris, duas mulheres tentaram juntar as peças de um passado doloroso.
Dentro do veículo, o ronco do motor era o único além da respiração tensa de Lilian e Eliza. A matriarca dos Luthor mantinha os olhos fixos na estrada à frente, mas sua mente estava longe... vinte e dois anos no passado.
Flashback On
22 anos atrás - Alcateia Solaris
A noite estava calma na mansão dos Luthor. O ar fresco de outono invadia as janelas abertas, e o cheiro de flores recém cortadas misturava-se com o aroma acolhedor da casa. Lilian estava confortável, deitada no sofá da sala de estar, sentindo os movimentos suaves de sua filha em seu ventre. A gravidez de Lilian foi tranquila, sem complicações, e o momento da chegada da criança estava finalmente próximo.
Lilian sorriu ao sentir os pequenos chutes de sua filha, e seus filhos, Lex e Samantha, ficaram ao seu lado, ansiosos para a chegada de sua irmãzinha.
"Parece que nossa garotinha está animada hoje" Lionel comentou, sentado ao lado da esposa e observando o movimento sob a pele dela.
"Sempre que Sam canta pra ela, ela se agita" Lilian riu, lançando um olhar terno para a filha mais velha, que acariciava o ventre da mãe com um sorriso radiante.
"Estou dizendo que ela já gosta da minha voz!" Sam se gabou, arrancando uma risada de Lex, que estava sentado no chão, encostado na perna da mãe.
"Bom, se isso for verdade, minha irmã vai nascer com um gosto musical péssimo" Lex brincou, recebendo um tapa leve de Samantha.
"Mãe, você já sabe o nome dela?" disse Samantha, acariciando suavemente a barriga de Lilian.
Lilian sorriu, olhando para o marido ao seu lado, Lionel, que observava a cena com um sorriso orgulhoso.
"Kiara" ela respondeu com um brilho nos olhos. "Acho que já está na hora dela vir para o mundo."
Lionel concordou, tocando levemente a barriga de Lilian.
"Vai ser uma grande noite para todos nós, nossa menina está quase aqui."
Enquanto isso, Lex se aproximava e, com um sorriso travesso, dizia:
"Eu vou ser o melhor irmão mais velho de todos!"
Todos riram, a atmosfera na casa estava repleta de amor e expectativa. A noite passou tranquila, e todos se prepararam para o grande momento. Mas, conforme as horas avançavam, Lilian sentiu algo em si mudar. O movimento em seu ventre se intensificou, e ela sabia que o momento estava chegando.
"Eu acho que vai ser hoje" Lilian disse calmamente, olhando para Lionel.
Ele imediatamente se levantou, indo até a janela para observar o céu, antes de voltar a se aproximar dela com um sorriso confiante.
"Vamos para o hospital agora. Não podemos arriscar. A nossa pequena já está pronta para chegar."
A noite ficou mais fria, mas o calor da expectativa e do amor de uma família se manteve por toda a casa. Lionel foi até os filhos e os preparou para a viagem ao hospital, enquanto Lilian descansava e se preparava para a chegada de sua filha.
O carro estava pronto, e todos seguiram para o hospital da Alcateia. Lilian sabia que não era uma gravidez de risco, mas estava preparada para tudo. Eliza, sua amiga de longa data e chefe médica da Alcateia, já estava a caminho do hospital, pronta para ajudar no momento mais importante de sua vida.
No hospital da alcateia Solaris...
Ao chegarem, Lilian foi imediatamente levada para uma sala de descanso, onde Eliza a recebeu com um sorriso acolhedor.
"Está tudo bem, Lilian" disse Eliza, acalmando a amiga. "Sua filha está perfeitamente saudável e pronta para vir ao mundo."
As horas passaram tranquilamente, e a família Luthor aguardava ansiosamente pela chegada de Kiara. Sem complicações, sem problemas. Apenas uma noite de alegria e felicidade.
Tudo estava perfeito. A pequena Kiara seria recebida com amor, com o calor da sua família ao seu redor, e a promessa de uma vida plena e saudável.
Flashback off
No carro, o silêncio pairava novamente. Lilian olhou para a frente, as lembranças daquele dia tomando conta dela, mas com um olhar triste. Eliza a observava em silêncio, compreendendo a dor não apenas da perda, mas da incerteza que ainda rondava sua mente.
" Sei que é doloroso, mas vamos continuar. Vamos descobrir o que aconteceu aquela noite." disse Eliza gentilmente, rompendo o silêncio. "E quando soubermos o que aconteceu, poderemos finalmente seguir em frente."
Lilian concordou, mas algo dentro dela sabia que o que quer que fosse revelado, a dor do passado jamais seria completamente apagada. Mas agora, mais do que nunca, ela precisaria entender a verdade.
Na Alcateia Lua de Sangue, sob a vigilância tensa da Suprema, Rafael começava a contar a sua história.
A manhã estava fria e carregada de tensão. A Suprema Kara aguardava pacientemente, com seus betas a postos, enquanto Rafael, ainda abalado e desconcertado pela situação, começava a revelar o que aconteceu na fatídica noite há 22 anos atrás.
Rafael olhou fixamente para o chão por um momento, como se tentasse organizar os pensamentos antes de falar. Sua voz, áspera e carregada de angústia, rompeu o silêncio:
Flashback On
Ele fez uma pausa, seu corpo tenso com a lembrança do medo de sentir naquela época. A Suprema Kara estava ali, absorvendo cada palavra, seu olhar fixo e impiedoso.
"Há 22 anos, nossa história começou de uma forma que eu nunca imaginei que chegaria até aqui. Naquele tempo, ainda não tínhamos a Alcateia Lua de Sangue. Eu e minha esposa, Cintia e meus dois filhos mais velhos, morávamos em uma pequena alcateia nos arredores da grande Alcateia Suprema. Era um lugar pacífico, sem muitas complicações. Mas naquela noite... tudo mudou."
Ele respirou fundo, e as palavras seguintes saíram como se fossem forçadas a sair.
"Cintia estava grávida, e as contrações começaram a ficar mais fortes, mais frequentes. Mas a gravidez estava com complicações — a criança parecia estar em risco. Mas eu neguei e mesmo assim me gabava para todos, dizendo que seria mais um alfa para a família, mais um de nossa linhagem forte. Estava preparado para ver um alfa nascer.
Mas Rafael parou, seu olhar distante, como se visse novamente o horror de uma noite que mudaria tudo.
"Mas enquanto a gente preparava tudo para a chegada do bebê, um grupo de lobos renegados atacou nossa Alcateia. Era uma confusão total — era fogo para todos os lados, lutas por todas as partes. Lobos guerreiros de nossa alcateia estavam sendo feridos, e as chamas engolindo tudo."
Ele engoliu seco, uma lembrança da noite ainda muito vívida em sua mente.
"Foi quando os guerreiros da Alcateia Suprema chegaram. Alex, um dos betas da Suprema, estava à frente do ataque. Liderados por ela, os guerreiros afastavam os renegados. Mas o dano já foi feito... o caos, a destruição, os feridos.
Ele fez uma pausa, seu corpo tenso com a lembrança do medo de sentiu naquela época. A Suprema Kara estava ali, absorvendo cada palavra, seu olhar fixo e impiedoso.
"Minha esposa começou a ter contrações fortes. Naquela hora, todos os médicos da nossa Alcateia estavam mortos durante o ataque dos lobos renegados. A situação estava caótica, e ninguém sabia como lidar com o que estava acontecendo. Mas foi então que ela apareceu a nossa maior esperança. Elisa. A grande Eliza, médica chefe da Alcateia Suprema, foi chamada para socorrer nossa pequena comunidade. Quando ela chegou e examinou minha esposa, o rosto dela estava indecifrável. Ela me disse que a gravidez de Cintia era de risco, e pediu que nos levássemos imediatamente para a alcateia suprema. Ali, meu mundo desabou. Eu descobri que nossa filha não estava bem. Não havia mais tempo para esperar.
Ele passou uma das mãos pelo rosto, como se ainda sentisse o peso daquele dia.
"Eu peguei meus dois filhos, Henrique e Vitória, e levamos Cintia para a alcateia suprema. Eu sabia que ela precisava de cuidados especializados, mas o que encontrei lá não era o que eu esperava. Quando chegamos a Solaris, o hospital estava um caos. Muitos feridos foram levados para lá. O cheiro de sangue e o barulho das sirenes fizeram tudo ainda mais desesperador. A situação era crítica, e os médicos estavam fazendo o possível para salvar quem pudesse."
Rafael ficou em silêncio por um momento, seu olhar perdido na memória.
"Quando finalmente a levaram para a sala de parto, eu não pude acompanhar. As coisas estavam acontecendo tão rapidamente ao nosso redor, e o hospital estava tão sobrecarregado que não pude estar ao lado dela naquele momento. Eu fiquei com meus filhos, esperando novidades, e o que me preocupa até hoje é que, em meio dessa bagunça, tudo parecia se perder. Eu não sabia o que estava acontecendo lá dentro, mas senti que algo estava errado."
Ele parou por um momento, sua respiração mais pesada agora, como se estivesse revivendo aquele instante exato. O peso da memória estava claro em seus olhos, mas também havia uma sensação de impotência. Ele não soube como expressar o que sentiu, como se aquele dia tivesse arrancado dele parte de sua humanidade.
"Eu fiquei com Henrique e Victoria, esperando, enquanto os médicos cuidavam da minha esposa lá dentro. Mas não havia mais nada que eu pudesse fazer."
O silêncio caiu pesado entre eles. Kara observou Rafael, agora começando a entender a gravidade da situação e o quanto ele, mesmo em sua crueldade, parecia estar perdendo algo que ele não entendeu bem. Ela não disse nada, apenas aguardava o próximo passo, a peça final que, ela sabia, estava por vir.
Flashback Off
Enquanto isso indo para Solaris Eliza e Lilian contavam suas versões sobre aquela noite.
Lilian respirou fundo enquanto lembrava daquele dia, seu olhar se perdia nas paisagens que passavam pela janela do carro a caminho de Solaris, mas sua mente ainda estava presa consciente na noite distante, que parecia ter ocorrido há uma eternidade. Ela começou a falar, com a voz transmitida de tristeza.
Flashback On
"Estávamos no quarto, e Eliza estava me examinando, como sempre fazia, minha amiga de toda a vida. Ela foi a responsável por todos os meus partos. Estávamos tão felizes, tudo estava bem, e a pequena estava se mexendo com tanta força. Eu estava tão grata, tão esperançosa.
Lilian fez uma pausa, o silêncio invadindo o ambiente do carro enquanto as palavras dela soavam como um sussurro.
"Até que, de repente, a porta se abriu, e Oliver entrou correndo. Ele estava desesperado. Ele me olhou com os olhos arregalados e disse que algo terrível havia acontecido na alcateia vizinha. Renegados atacando. Eles precisavam de Eliza para ajudar. Ela tinha que sair imediatamente."
Ela olhou para Lilian, com os olhos marejados, e foi como se a memória apertasse seu peito, tornando-se quase insuportável.
"Eliza me disse que voltaria logo. Ela me garantiu que deixaria alguém de confiança no comando do hospital e que tudo ficaria bem. Eu queria acreditar nela, mas sabia que aquela situação estava além de qualquer controle. Eliza não podia perder tempo. E eu, com Lionel ao meu lado, só podia esperar."
O tom de voz de Lilian se tornou mais baixo à medida que ela continuava a relembrar os acontecimentos.
"Foi então que me levaram para a sala de parto. Tudo estava pronto, eu estava preparada. Mas antes de me acompanhar até lá, Lionel foi chamado para uma reunião urgente. Ele relutou, como se algo em seu peito o dissesse que ele deveria ficar comigo. Mas, sem Kara ali, ele não tinha escolha. Ele precisava ir. Eu poderia ver a angústia em seu rosto, mas ele me deu um beijo no rosto e me prometeu que voltaria logo."
A dor de registrar aquele momento tomou conta de Lilian. Ela tocou a mão de Eliza, que estava ao seu lado no banco do carro, e um silêncio pesado se fez entre elas.
"E ele precisou ir, Eliza. Deixou-me lá, sozinha, sem saber o que estava acontecendo no mundo ao redor. E eu, com as contrações mais fortes do que nunca havia sentido, não sabia que tudo mudaria naquele momento."
Lilian olhou para Eliza, que também não conseguiu esconder a tristeza em seus olhos e o sentimento de culpa por não estar lá quando a amiga precisou. Eles sabiam o quanto o sofrimento poderia ter chegado àquela noite fatídica. A lembrança da agonia de Lilian e a separação repentina de sua família ainda a atormentava, enquanto as palavras de Rafael e as descobertas dolorosas sobre Lena começaram a tomar forma.
"Aquele dia... aquela noite... mudou tudo. E não havia mais volta."
Lilian ficou em silêncio novamente, perdida em suas lembranças, enquanto o carro avançava cada vez mais em direção a Solaris, onde a verdade final, que tanto buscavam, estava prestes a ser revelada.
Eliza, que havia permanecido em silêncio até aquele momento, respirou profundamente antes de começar a contar sua versão da história, a parte que ela nunca conseguiria esquecer. Sua voz estava tensa, as palavras pesadas como se cada sílaba carregasse uma dor profunda.
"Eu saí do quarto de Lilian, e chamei por Beatriz uma médica promissora e que eu confiava. Ela era a melhor médica que eu tinha, alguém em quem eu confiava plenamente para cuidar da minha amiga. Pedi que ela jurasse cuidar de Lilian e sua filha, e Beatriz me garantiu que faria o melhor. Eu sabia que Lilian estava em boas mãos, então eu fui. Mas meu coração não queria me separar dela. Eu sabia que ela estava a dar à luz e queria estar lá. Mas outras vidas, outros pacientes, precisem de mim naquela alcatéia vizinha."
Eliza fechou os olhos por um momento, voltando a sentir aquele peso no peito.
"Quando cheguei lá, o cenário era catastrófico. Não sabia o que estava acontecendo, mas sabia que algo estava errado. A Alcateia estava em caos, e eu focava principalmente em cada paciente que chegava. Mas a todo momento, minha mente estava em Lilian. Eu me perguntava se tudo estava indo bem. Então, quando eu retornei na manha seguinte o pior tinha sido revelado, Kiara estava morta e eu não sabia o que tinha acontecido."
Eliza olha para Lilian e fala: "Me desculpa Lilian, eu deveria ter ficado lá, eu carrego essa culpa até hoje em meu peito."
Lilia a abraça e diz: "Era o seu trabalho, você não teve culpa minha amiga."
A Resposta estava em Solaris com a médica Beatriz, e a suprema não vai perdoa tal erro fatal.
Flashback Off
Na alcateia Lua de sangue Rafael terminava sua versão da História...
Rafael, ainda com o maxilar imobilizado pela mão firme de Kara, terminou de contar sua versão da história, cada palavra saída com dificuldade, mas transferências de um peso insuportável.
Flashback On
"Quando a criança nasceu saudável... eu vi, eu senti, eu soube naquele momento que era minha filha. Ela era tão pequena, mas já mostrava a força que qualquer alfa poderia ter, mas... quando eu me aproximei senti o cheiro... o cheiro de ômega. Eu pensei que algo estava errado. Fiquei confuso. Eu sabia que aquele era o meu filho, mas ela não era o que eu esperava. Uma menina tão frágil, e ainda mais com aquele com cheiro. Eu a rejeitei... Não era normal para mim, para nós, termos uma ômega na família. Eu não sabia o que fazer. Não sabia como lidar com isso. Mas a criei no meio do meu ódio e egoísmo"
Rafael pausou, tentando organizar seus pensamentos, seu rosto ainda distorcido pela dor da verdade.
"E depois daquele dia, eu... criei a alcateia Lua de Sangue. Decidi que seria necessário algo forte, algo que protegesse minha família, e então criei a alcatéia, acreditando que poderia melhorar o que já estava acontecendo em minha vida, em nossa vida."
Ele fez uma pausa, sua respiração ofegante, e olhou para os outros ao seu redor. Nenhum de seus filhos parecia reagir com raiva, mas o silêncio que pareava no ar era pesado. Os betas, assistindo a tudo, permaneceram em silêncio, observando a dinâmica da família Vargas. E era evidente o desprezo no rosto dos membros da alcateia
Kara, ainda com seu olhar impassível, sabia que as palavras de Rafael não eram mais que falhas justificativas para o que havia acontecido.
"Você a sentiu com sua filha..." Kara disse, sua voz cortante. "Você sabia o que estava fazendo e ainda assim não a tratou como filha, porque ela era uma ômega." Ela estava indignada, mas sentiu que a história era verdadeira.
Rafael tentou se levantar, mas a pressão da mão de Kara em seu queixo o impedia de qualquer movimento. Ele foi fraco, sem respostas válidas para o que acontecera. A história foi revelada mais como uma tentativa de circunstância para justificar o que fez com jovem ômega nos últimos 22 anos e pelo visto a resposta que a suprema procura está em sua própria alcateia.
Cenas de brutalidade e violência a seguir!! Pule se for desconfortável
A tensão na alcateia era palpável. O ar pesado, e a ira de Kara parecia ressoar em cada movimento que ela fazia. Com um olhar impiedoso, ela observava Rafael, o homem responsável pelo sofrimento de sua ômega, e sentia o peso da raiva e da dor por tudo o que Lena passou.
Ela o lançou contra o chão com uma força brutal, o som dos ossos estalando preenchendo o ar, mas Kara não se importava. Nada disso importava mais. O que importava era o que ela faria a seguir.
Sem uma palavra a mais, Kara o arrastou até onde sua família estava, os olhos fulminantes, como se o olhar dela fosse o único que ele merecesse sentir. Quando o empurrou para a frente de sua esposa, Cintia, ainda em lágrimas, as palavras saíram dela como uma tentativa de se manter por cima, mas a audácia foi recebida com a brutalidade de um tapa estonteante no rosto de Cintia.
O impacto do golpe fez o sangue escorrer, pintando o rosto de Cintia de vermelho, enquanto ela ainda tentava, inutilmente, se manter firme. O sorriso de Kara era frio, indiferente a qualquer dor que causasse.
"Você fez minha ômega sofrer por 22 anos e agora... eu farei você sofrer pelo resto de sua vida." A voz de Kara é cheia de veneno e expressões. Ela se virou para Rafael, a raiva queimando em seus olhos.
"Vou começar por sua esposa." Ela disse, enquanto Cintia tentava reagir, ainda tentando falar mais palavras audaciosas.
"Lena é uma aberração, e nunca será capaz de lhe dar prazer, ela é muito fraca..."
Antes que Cintia pudesse terminar, Kara se moveu com uma rapidez impressionante. Mais um tapa foi deferido tão forte quanto o primeiro, que Cintia caiu no chão, o sangue escorrendo de seu rosto em um fio vermelho escuro. O estalo ressoou na alcateia como um aviso claro a todos ao redor.
Kara olhou para Rafael com uma expressão que não escondia o desprezo absoluto. "Não há nada mais perturbador para um lobo do que sofrer pela dor de sua companheira." A voz de Kara era ameaçadora, como se cada palavra fosse uma sentença de morte. Rafael arregalou os olhos, sentindo o peito se apertar, o medo tomar conta de seu corpo.
Com a frieza de um monstro, Kara fez um movimento rápido, passando uma de suas garras de maneira brutal sobre a marca de Cintia, aquele símbolo de ligação que sempre significou algo precioso entre um alfa e sua companheira. O grito de Cintia ecoou pelo ambiente, mas foi a dor de Rafael que estava estampado em seu rosto, o alfa gritava em desespero.
Ela se virou para ele, e com um sorriso cruel, cravou suas presas no pescoço de Cintia. A dor era intensa, mas o pior estava por vir. Kara levantou a cabeça, os olhos ardendo de raiva, e disse com uma calma glacial:
"Você irá sofrer pela eternidade sem poder tocá-la, Rafael. Pois agora ela é uma renegada... não pertence a mais nenhuma matilha."
O desespero tomou conta de Rafael. Ele sentiu a dor que sua esposa sentia, e a certeza do que estava por vir para ele parecia esmagadora. Mas o pior de tudo era que a justiça estava sendo feita ali, e não havia nada que ele pudesse fazer para impedir. A família Vargas, que se achavam imune e poderosa, agora pagaria por tudo o que fez à sua ômega, ela que sempre teve o direito de viver sem o peso da crueldade que lhe impôs.
E Kara não pararia até que todos pagassem.
Kara observava Rafael, ainda no chão, os olhos penetrantes fixados na mulher que havia sido parte de sua dor. O laço que uma vez uniu os dois agora estava despedaçado, e ela sabia que o peso da separação seria eterno. A dor desse corte não poderia ser apagada, mas de alguma forma, ficaria enfraquecida, transformando-se em uma ferida constante, que nunca se curaria completamente. Nem Cintia, nem Rafael, conseguiram esquecer aquilo, pois o laço estava destruído — mas ainda os ligava, de forma irremediável, em uma dor sem fim.
Kara sabia que essa dor seria ou que restaria para eles. Não seria uma dor de perda, mas uma lembrança de um amor quebrado, algo que jamais poderia substituir ou ser substituído por outro alguém. E ela não se importava, afinal, o que mereciam era exatamente isso.
A punição de Victoria
Então, seus olhos voltaram para Victoria, a filha mais velha. Ela não parecia amedrontada como os outros, mas estava apenas cheia de raiva e palavras afiadas, desafiando a supremacia com toda a sua juventude rebelde.
Kara a segurou pelo braço com uma força imensurável, a pressão fazendo a jovem se contorcer, tentando se desvencilhar. As palavras dela eram afiadas como lâminas, uma tentativa de manter sua postura arrogante mesmo diante de sua destruição iminente. Mas Kara não se impressionou com isso. Pelo contrário, o olhar de Kara se aprofundou ainda mais, como se estudasse o comportamento da jovem como se fosse uma peça em um tabuleiro de xadrez.
Ela virou-se para Rafael, seu olhar cortante não se desviando dele. "Vamos continuar", disse com calma, uma voz que soava implacável. "Sua filha fala demais, Rafael. Tem uma língua afiada. Agora, diga-me, como seria para ela não falar mais? Ou melhor, como seria para o seu lobo não conseguir sinalizar quando estivesse em apuros?"
Rafael ficou em silêncio, o medo tomava conta dele à medida que observava a determinação fria nos olhos de Kara. Mas ele sabia que não havia mais escapatória. Ele sabia que qualquer tentativa de protestar ou parar o que estava acontecendo só intensificaria o sofrimento.
Kara, sem hesitar, pegou uma faca oferecida por Oliver. A lâmina brilhava sob a luz do sol, refletindo a crueldade daquilo que ela estava prestes a fazer. Com um movimento rápido e preciso, cortou a língua de Victoria, que soltou um grito de agonia. O sangue começou a escorrer, mas o som da dor de Victoria foi abafado por um silêncio aterrador, como se o peso da perda da capacidade de falar fosse ainda mais devastador do que qualquer dor física que ela sentisse.
O que restava para ela? Nada. A boca que antes desafiava agora era inútil, um instrumento de dor e desespero. E, enquanto a jovem lutava para lidar com o corte, Kara apenas observava, sabendo que a punição estava sendo cumprida. Não apenas a dor física, mas o vazio existencial de ser privado, aquilo que mais valorizava — sua língua afiada, sua capacidade de se expressar, desafiar, lutar.
Agora, ela teria que viver com a lembrança da dor e da impotência, sem poder sequer se comunicar da mesma forma. E aquilo, para Kara, era o mais perfeito castigo para quem ousava desafiar sua autoridade.
A punição de Cecília
Cecília estava diante de Kara, seus olhos arregalados e cheios de medo, sentindo-se vulnerável pela primeira vez. Ela notou que a suprema olhou para ela de forma calculista, como se a jovem fosse apenas uma peça em um jogo que Kara já havia ganho.
Kara se aproximou da jovem e sentiu um cheiro interessante. Então ela olhou para Rafael, seu rosto marcado pela dor de tudo o que já aconteceu, e uma sensação de triunfo percorreu sua espinha. Ela sabia que tudo aquilo estava quebrando sua alma, e isso a satisfaria profundamente.
Ela se virou para Cecília com um sorriso cruel nos lábios.
"Ah, Rafael, sua linhagem é só de alfas, não é?" Kara Zombou, sua voz repleta de sarcasmo. "Então, você ficará feliz em saber que sua caçula é uma ômega." e Kara pensou
"Aquilo foi um golpe certeiro em toda a família Vargas."
Kara, sem hesitar, se aproximou de Cecília, o olhar determinado. Ela mordeu o pulso da jovem com uma força imensa, uma mordida tão profunda que Cecília concentrou em dor, seu corpo tremendo enquanto a marca da mordida queimava dentro dela.
"Você é tão jovem, tinha uma vida inteira pela frente." Kara disse com Frieza. "Mas minha ômega enquanto se debatia em febre, disse que você já bateu nela, a chutou e cuspiu em sua cara várias vezes. Eu não perdoo isso."
A dor da mordida foi agoniante para Cecília, e ela sabia que a culpa estava sendo imposta a ela de uma maneira que nunca imaginou. Ela chorou em desespero, mas a crueldade de Kara não tinha fim.
Kara, com um olhar implacável, contínuo:
"Essa mordida que deve esta doendo como um inferno, sabe o que ela significa? Sua loba ainda estará dentro de você, mas vocês nunca poderão se comunicar mentalmente, será difícil a comunicação, mas não impossível."
As palavras de Kara penetraram como uma lâmina afiada. Cecília tremia com a dor, tanto física quanto emocional. Ela queria gritar, queria fugir, mas estava paralisada pela agonia da não pode se comunicar com sua loba.
Ela chorou como uma criança pequena, seu corpo se contorcendo com o peso de tudo o que havia sido destruído em questão de minutos. Sua vida, suas possibilidades, tudo tinha sido arruinado. A jovem nunca mais seria a mesma.
Kara a soltou, deixando Cecília no chão, agora completamente destruída.
A Punição de Henrique
A Suprema encarou o pior deles. O primogênito da família. Ó sucessor de Rafael. Um ser repugnante, cujo cheiro exalava pura maldade. Se alguém merecia sofrer, era ele.
Sem hesitar, ela avançou. Segurou o jovem pelo pescoço com uma força esmagadora, erguendo-o no ar como se fosse nada. Ele tentava se debater, mas era inútil. Com um movimento brusco, a Suprema o arremessou contra uma pedra, ouvindo o impacto seco e o gemido de dor que escapou de seus lábios. Mas não era o suficiente. Ele merece mais.
Pegando-o novamente, ela com extravagância e, sem piedade, o lançado com brutalidade sobre um tronco afiado. O grito que ecoou pelo ar foi um hino de sofrimento, mas ela cuidou para que não fosse fatal. Ele não merecia a liberação pela morte.
A Suprema se moveu, seus olhos brilhando com fúria. Com um movimento firme, arrancou-o do tronco e forçou-o a se curvar diante de toda a alcateia e de sua própria família. O silêncio ao redor era sepulcral.
"Todo animal tem o instinto e o desejo de deixar descendentes, perpetuar sua linhagem" sua voz tão cortante, impiedosa. "Mas você... você não merece saber o que é segurar algo tão puro em suas mãos. Nenhuma criança, seja qual for a raça, merece ser criada por alguém tão desprezível."
Ela discreta olhou para os betas.
"Leve- o. Preparem o lugar."
Os betas trocaram sorrisos sombrios antes de arrastá-lo dali. O silêncio ainda pairava no ar quando a Suprema voltou a encarar a família caída.
"Vocês vão aprender o que é domar uma fera descontrolada." e então ela gritou para os betas.
"Podem castra a fera!!" ela deu sorriso, ele não teria mais o seu símbolo de macho alfa, seria humilhante.
Minutos depois, os betas retornaram. O jovem Henrique foi jogado ao chão, gemendo de dor. Mas mesmo agora, quebrado e derrotado, ele ainda ousava insultá-la.
A Suprema não tolerava a desobediência.
Sem hesitação, ela avançou. Seu punho se chocou contra ele com força brutal. Hum, soco. Dois. Três. Henrique cuspiu sangue, mas ela contínua. O som dos golpes ecoava na noite, até que, finalmente, ele perdeu a consciência, limitada a nada além de um corpo sem forças diante dela.
A Suprema olhou para os outros, impondo seu domínio absoluto.
"Que isso sirva de lição."
O silêncio que se seguiu foi a mais pura confirmação de seu poder.
Cenas pesadas e de violência termina aqui!!
O fim de uma alcateia quem nem deveria ter existido
Kara se declarou, seus olhos ainda brilhando com a fúria, mas agora sua postura imponente e autoritária tomou conta. Ela olhou para todos os presentes, seus betas e os membros da alcatéia que assistiram tudo. Sua voz, firme e cheia de poder, ecoou pela área.
"Eu não tolero que nenhuma alcateia sob o meu comando desrespeite alguém, por qualquer motivo, seja qual for a circunstância. Crueldade e abuso não são tolerados. A lealdade e o respeito são a base do que somos, e os que não seguem esses princípios não merecem estar entre nós."
Ela fez uma pausa, os olhos varrendo todos os presentes, enquanto sua presença impunha silêncio absoluto.
"Esta família Vargas pensou que poderia subjugar e destruir uma ômega, e por causa disso, eles foram punidos. Mas lembre-se: a verdadeira esperança não está nas ações físicas, mas no que acontece depois. Eles serão levados para outro lugar. Suas presas e garras, sinais do que foram como lobos, serão arrancadas. E com isso, perderão para sempre a essência do que deveriam ser."
Ela olhou para os betas com um sinal silencioso, e imediatamente eles se moveram até à família Vargas. Cada um deles, ainda gemendo e arrastando os corpos feridos, foi levado para um outro lugar, onde perderam sua essência como lobos (garras e presas).
"Agora, é com vocês, meus betas", disse Kara. "A punição está completa. Levem-nos e tirem o que resta de suas marcas."
Sem mais palavras, os betas seguiram sua ordem. Kara observou enquanto a família Vargas estava afastada, a dor refletida em seus rostos ainda implacável, mas o líder sabia que aquele era o fim para eles. Ela havia mostrado quem estava no controle e, ao mesmo tempo, deixou claro que a justiça seria feita, não pela crueldade cega, mas pela correção do que era errado.
Após um momento de silêncio, Kara finalmente virou-se para aquela alcateia.
"Lembrem-se disso: somos uma espécie baseada em respeito. Nenhum membro meu irá tolerar tais crueldades poder ordem hierárquica. Se alguém violar essas regras, será punido. Mas nossa verdadeira força vem de nossa união, e é assim que seremos sempre."
"Essa alcateia nunca deveria ter existido, ela não foi planejada por mim ou por minha família, aqui não é um lugar para se viver. Vocês tem toda liberdade para se juntar a qualquer outra alcateia e se sentirem bem serão bem vindo a alcateia Solaris."
Todos se curvaram com respeito e não por medo, tudo o que ocorreu ali, foi o certo. Alguns irão viajar para outras alcateias amigas com suas familias e alguns sentiram vontade de ir para Solaris. Uma nova vida e novo recomeço para todos.
Continua...
Gostaram das punições?
Vocês são incríveis, estamos em 3º lugar em histórias Supercorp! Primeira vez que uma das minhas histórias chega nesta marca, obrigada.
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