Ser escritor não é fácil. Não é mesmo. Estou avisando. Quando entrei nesse ramo, mesmo sendo ainda amadora, imaginei que seria algo lindo e harmonioso, onde você cria Histórias do seu jeitinho, que te fazem feliz, e as compartilha com o mundo.

Eu me enganei.

Você cria sua história e ela geralmente te deixa feliz, mas então vêm milhões de outros seres humanos tentando te desanimar.

"Nossa, mas porque você escolheu esse nome? Que nome feio. Troca."

"Você não deveria escrever sobre fadas, escreva sobre gnomos, é mais interessante."

"Acho que você poderia mudar uma coisinha só, para ficar melhor. O que? Ah, da página 1 até a página 100."

"Você chama isso de livro? Parece só um amontoado de letras! Eu faço muito melhor."

"Você se diz escritor? Até meu cachorro escreve melhor que você!"

Esses são os comentários mais diretos, existem aqueles em que a pessoa não deixa explícito, mas ainda assim está criticando sem fundamentos achando que está ajudando.

As críticas, meus queridos, precisam ser construtivas. O que é algo construtivo? Vamos recorrer ao dicionário? Com certeza!

Como vocês podem ver, algo que visa melhorar, não jogar o pobre coitado do escritor lá no fundo mais fundo do poço sem fundo. Pensem algumas vezes antes de dizer algo do tipo.

"Ai, hoje em dia não se pode dizer nada! Que mundo chato!".

Não. Não é isso. Acontece que antigamente as pessoas sofriam caladas, hoje em dia elas erguem a cabeça e tentam superar a dor e melhorar o mundo para que ninguém sofra como elas. O mundo não está chato. As pessoas que não estão sabendo valorizar as mudanças.

Encerro com um trecho de poema meu, que vocês encontrarão em Imaginarium Poesias, capítulo 32.