Grilhões
-Ei moça bonita
Onde está aquele teu anel?
A pedra dele refletia
Toda luz que há no céu
-Ei rapaz descolado
Onde anda teu tênis de marca?
A tua bermuda colorida?
Tua corrente de prata?
Ninguém pode nada ter
Somos todos aprisionados
Liberdade relativa
Pânico em todos os lados
O temor a cada esquina
Desconfiança em cada olhar
Tudo o que for de valor
Melhor esconder ou guardar
Porque vem os trombadinhas
Sem demora te assaltar
Seja faca, pistola, peixeira
Ou até mesmo arma de brinquedo
Em qualquer hora da cidade
Todo cidadão respira o medo
O suor tão esforçado
Logo logo é posto em vão
Aquilo com tanto esmero comprado
Vai parar nas mãos do ladrão
Os homens da lei até que tentam
Os meliantes aprisionar
Mas as mesmas leis que os prendem
São elas que ajudam a soltar
E põe de novo na rua
O mau elemento a atuar
A impunidade é grande
Maior ainda do valor a inversão
Quem tem liberdade anda aprisionado ao medo
E quem está preso comanda toda ação
O bloqueador atrapalha todo o periférico
Só não impede o trote do núcleo da prisão
Sete trancas e cadeados
Três Ferrolhos no portão
Qualquer chiado de calango no mato
O pai se assusta pensando ser o ladrão
E agora senhores de gravata?
Qual a solução homens de lapela?
Enquanto a justiça falha
Se acende mais uma vela
Pois pelo andar da carruagem
Pior do que está não pode ficar
Pois se o quadro se agrava
Nem dentro de casa seguro se está
A esperança da nação
Está nas mãos da geração juvenil
Que possam mudar o futuro
Do nosso amado Brasil
E libertar os escravos
Não do medo do chicote
Mas da bala e do fuzil
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top