Relato 57

Chegamos na porta e toquei a campainha e uma mulher nos  atendeu .

- Boa tarde. falei após ela abrir aporta .

- Boa tarde. Respondeu ela nos olhando de cima a baixo.

-O seu João está ?

- Quem gostaria de saber isso?

- O filho dele Caizom .

- Você aqui?

- Porque a surpresa ?

- Bom seu pai não fala muito da antiga família.

- Da antiga ?

- Sim, eu e ele nos casamos tem seis meses.

- Nossa, não sabia.

- Não é surpresa pra mim.

- por que não e surpresa?

- Por que ele não fala de vocês pra mim , então por lógica ele não falaria de mim.

- Faz sentido. Mais ele está ?

- Está sim. Vou chamar ele lá no escritório .

- Não precisa, eu mesmo vou, ainda sei o caminho de cada cômodo dessa casa.

- Tudo bem. Você é ?

- Anna.

- Prazer Anna, vocês aceitam alguma coisa pra beber?

- Não obrigado. Falou Anna

- Você me deu espera aqui não vou demorar?

- Tudo bem . Respondeu Anna e segui

- Cheguei na porta do escritório, editei por um instante e bati.

- Entre. Falou uma voz do outro lado da porta.

O escritório permanecia igual, dois anos havia se passado e nada mudou, a mobília, os livros, a mesa tudo na mesma.

Meus olhos correram por todo e cômodo até a cadeira se em que o meu pai estava sentado se virou pra mim.

- Oi pai! Falei e seus olhos arregalaram .

- Caizom! É você mesmo filho ?

- Sim pai sou eu .

- Nossa você está tão diferente, nasceu barba, se tornou um homem.

- Eu sempre fui homem pai, só não tinha essa porção de cabelo no rosto, que por sinal herdei de você.

- Não quiz...

- Tudo bem, eu entendi o que quiz dizer.

- Posso te dar um abraço?

- Um abraço?

- Sim um abraço.

- pode sim.

E nesse momento ele deu três passos na minha direção , entrelaçou os dois braços um por cima do meu lado direito e outro por baixo do meu lado esquerdo e me apertou contra seu peito.

O seu coração estava acelerado, senti as batidas e umas lágrimas molhar meu ombro.

- Me desculpa filho.

- Pelo que exatamente ?

- Por tudo, eu fui um merda de pai, um péssimo marido estraguei a vida de vocês . Eu não devia ter feito nada do que fiz, eu deveria ter sido seu protetor,  ter te ajudado a matar seus demônios, ter conversado sobre tudo, sobre namoradas, sobre sexo, sobre coisas de pai e filho. Eu deveria ter sido um pouco de alívio na sua vida e pelo contrário eu fui o principal monstro.

- Tudo bem pai, é passado, eu estou bem.

- Não tá filho, você sempre foi uma pessoa iluminada, amoroso, bondoso, você é diferente de tudo que eu fui na vida. E sei que palavra nenhum vai fazer mudar o que  fiz, e nem o tempo vai me permitir compensar ou ajudar a diminuir todo mal que causei a você e a sua mãe, mais eu sinto muito , sofro todos os dias, a vida tem me feito pagar por tudo e estou feliz por ela está fazendo isso comigo.

- Pai, me escuta bem, eu sei que não tivemos uma convivência boa, que seguimos por caminho totalmente oposto do caminho que deve seguir pai e filho , mais eu te perdoou , não quero que nossas vidas ficam presa por conta disso, vamos passar uma borracha e seguir enfrente.

- Eu não sei se mereço isso.

- Merece sim! Você não foi um pai tão horrível, meu irmão teve um pai excelente, então você não foi tão ruim.

- Você é um ser iluminado filho, acho que nem merecia seu perdão.

-  Todos nós merecemos perdão por alguma coisa, somos feitos pra errar e se erramos e nos desculpamos depois é sinal que merecemos perdão.

Me acertei com meu pai  e sai, ele insistiu para que ficassémos na casa dele, mais já estávamos hospedado na casa de Marcello, sai do escritório e segui para sala onde estava Anna, a casa estava diferente, as molduras já não estavam mais nas paredes, os móveis haviam sido trocado me senti entrando em um lugar desconhecido.

Cheguei a cozinha, Ana estava sentada de frente para o balcão, seus olhos estavam ansiosos como quem espera um fugitivo de guerra. Meus olhos se encontraram com os delas e dei um sorriso rápido como quem diz que foi tudo bem.

Me despedi da minha suposta madrasta e sai com Anna de volta para casa de Marcello.

Chegamos Marcelo já havia chegado, entrei no quarto ele estava de frente pro espelho terminando de amarrar a gravata, ele usava um terno azul escuro com uma grava verde, estava muito elegante.

- Como foi com seu pai ?

- foi tudo bem, me sinto mais leve.

- Isso é bom .

- Que horas começa a festa? Perguntei seguindo pegar minha toalha.

- 7:30 inclusive se apresse pra irmos juntos .

- ok comandante.

- E o moleque tá afiado ?

- não seja idiota cara! Tu sabe que ele está sempre afiado . Falei e nós rimos.

Entrei no banheiro tomei um banho rápido me arrumei e saímos para sala e ficamos esperando Anna terminar.

Meia hora depois ela desce as escadas lindas, usava um vestido colado , não tão colado azul marinho, um Sato muito elegante e um conjunto de jóia feito de esmeralda.

Meus olhos brilharam ainda mais, e eu e Marcelo ficamos de boca aberta com tamanha elegância.

- você está maravilhosa, disse Marcello enquanto ela terminava de descer as escadas.

- Obrigado! você sem dúvida vai ser o mais gato da festa . Falou Anna e senti uma pontada no coração.

Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top