RELATO 40

         Chegou o tempo.... O tempo certo de aparência incerta, mais fazer o que? Se na vida nada é definido, nada vem com uma fórmula perfeita.

       Hoje tou embarcando em um mundo novo, cheio de mistérios e desafios, aí me perguntaram se tenho medo.

Respondi:

Medo! tenho sim e vários, mais o meu maior..

       É o medo de tudo continuar igual, tenho medo de nada mudar e tudo continuar Seguindo para a direção que já sei o final.

      Quero mais é que a vida me surpreenda, que me leve a novos caminhos, que coloca em meu rosto um brilho novo, que me faça superar novos desafios, e estabelecer novas metas.

      Quero realizar sonhos novos, alcançar novos patamares e caminhar cada dia com a certeza que eu mesmo estou escrevendo minha história sem rascunho ou decoreba.

Quero viver .....

     Pois o que é a vida se não uma escada de começo e recomeços.....

      Se tiver que chorar eu choro, que sofrer eu sofro, que cair eu caio, que amar eu amo, que voltar eu volto pois é nesses acontecimentos que vou avaliando minhas forças e descobrindo que posso ir além do que eu imaginava.

      Não tenho em mente ser perfeito nem em criar a história mais linda para os olhos dos outros.

      O que eu tenho em mente é criar minha história alegre ou triste a minha história, sem medo ou privações para que quando eu chegar no fim da vida dizer foi difícil mais valeu apena.

    Cada pegada deixada, pois o que eu achava que ia encontrar no fim de tudo, fui encontrando, aproveitando e distribuindo pelas estradas onde passei.

     Amanheci com essa mensagem na mente, o relógio já marcava 8:00hs quando chegou uma intimação para meu pai comparecer na delegacia.

  Ele já havia saído pro trabalho e eu não tive coragem de abrir, peguei minha bicicleta e fui até a emprega entregar a correspondência.

  Pra minha sorte ou azar meu pai estava saindo quando eu ia me aproximando da recepção.

- O que você está fazendo aqui? Perguntou ele com um tom nada agradável.

- Chegou isso pro senhor . Falei levantando o envelope na sua direção.

- Por que não esperou eu chegar em casa pra me entregar?

- Achei que fosse importante para o senhor .

  Ele pegou a correspondência da minha mão de um modo grosseiro e suas feições mudou completamente. Observa seu rosto enquanto ele fechava a cara a cada frase.

- Tá tudo bem pai ? Perguntei enquanto ele ainda olhava pro papel.

   Ele não falou, apenas apressou o passo e seguiu para o carro enquanto eu continuei a observar.

   Não sei o que havia escrito no papel , mas sei que meu pai não gostou muito, percebi pela cara que fazia enquanto estava lendo.

Cheguei em casa e minha mãe chorava.

- O  que aconteceu mãe ?

- Vamos embora filho.

- Embora! Falei em um tom surpreso.

- Sim filho, vamos pro Rio de janeiro, já falei com suas irmãs e amanhã estaremos indo embora.

- Mais por que mãe? O que aconteceu?

- Eu e seu pai brigamos descobri que ele tinha um caso como a mulher de seu amigo. Falou minha mãe e eu fiquei chocado.

   Meu pai não podia ter feito isso, minha mãe não merecia e nem o amigo dele.

  - Arrume suas coisas Caizom vamos embora amanhã no primeiro ônibus.

- Eu não posso embora mãe, e a escola ?

- Você estuda lá, o que eu não posso é continuar vivendo com esse homem sem caráter. Depois de tudo que suportei pra está do lado dele eu não merecia isso que ele fez.

- Mas como você soube dessa história mãe?

- Helena me contou, disse que não aguentava mas ficar com esse segredo, nós éramos grandes amigas e disse que eu não merecia isso.

- Não sei o que lhe dizer mãe.

- Não diga nada, só arruma suas coisas que amanhã vamos embora. Terminou de falar e fui para meu quarto.

  Cheguei arrumei as malas e sai pra dá uma volta, quando eu ia me aproximando da porta meu pai entrou.

- A o de você pensa que vai?

- Por que você tá perguntando isso agora, nunca se importou comigo?

- Fale direito comigo que eu continuo sendo seu pai muleque. Falou ele segurando meu cabelo.

- Me solta seu covarde. Falei com os olhos fumigando de raiva.

- Vou te ensinar a me respeitar seu muleque. Falou ele tirando o sinto da calça.

- Solta meu filho agora. Gritou minha mãe me tomando das mãos dele.

- Você ouviu do que ele me chamou?

- Não importa, se você tocar um dedo nele eu te denuncio pra polícia como deveria ter feito a muito tempo.

- Por que você está falando assim comigo?

- Por que é assim que você merece ser tratado.

- O que tá acontecendo ?

- Não seja cínico, saiu o resultado do inquérito da morte do seu amigo, ou melhor nem sei o que ele era seu se fosse amigo você não teria feito o que fez. Falei e o rosto dele corou.

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