RELATO 32
E todos me receberam muito bem, a última que visitei foi a casa de Elloá, quando ia chegando na porta avistei a no jardim, fui até onde ela estava e antes que eu pudesse dizer nada ela me abraçou.
- Me perdoa Laila, sei que fui a pior das amigas e grande parte da sua infelicidade foi culpa minha, me sinto mal todos os dias e me arrependo disso como nunca havia me arrependido de nada antes.
- Oh meu amor não se torture assim, a culpa não foi totalmente sua, só fez uma escolha errada, mas o importante é que se arrependeu.
- Eu devia ter sido mas esperta, e poderia ter me colocado em seu lugar, mas fui egoísta e só pensei em meus interesses.
- Não adianta ficar se martilizando com coisas do passado, já passou e já até esqueci o ocorrido, você é minha amiga, tivemos um passado tão maravilhoso que não foi e nem vai ser isso que vai nos afastar.
- Você é tão maravilhosa que acho que nem mereço sua amizade.
- Para com isso, você também é uma pessoa admirável e se fosse você no meu lugar e eu no seu, tenho certeza que também me perdoaria.
- Obrigada Laila, não sei o que seria de mim sem você esses anos todos.
- Seria outra pessoa a ter a sorte que eu tive em ter sua companhia em todos esses momentos mágicos que passamos.
- Você vai fazer tanta falta na escola, na cidade, na minha vida.
- Também vou morrer de saudade de sua companhia.
- Promete que vai voltar?
- Claro! Daqui a três anos e se prepara que será madrinha do meu casamento assim como planejamos durante anos.
- Será uma grande honra. Falou ela e nos abraçamos.
Saímos do abraço e adentramos a casa, fui me despedir da tia e ela me acompanhou, tia estava na cozinha , agradeci pelas vezes que me recebeu em sua casa e ela me abraçou, choramos no meio desse abraço e logo em seguida Elloá me acompanhou até a porta, nos despedimos com outro abraço e segui.
Já havia visitados todos excerto a casa de Marcelo, os pais dele viviam viajando mas por coincidência ou destino esse dia eles estavam em casa, cheguei no portão toquei a campainha e a a governanta veio atender.
A mesma era uma senhora muito simpática e sempre insistia pra me servir um lanche toda as vezes que ia na casa de Marcelo.
Me convidou para entrar e a cumprimentei com um abraço, perguntei pelos pais de Marcello e falou que estavam almoçando, me conduziu até onde os três realizavam a Refeição e me convidou a almoçar com eles.
Me sentei ao lado de Marcelo e logo ela me trouxe um prato e me serviu, terminamos de almoçar e fui falar a eles o motivo de minha visita.
- Tia, tio, muito obrigado pelo almoço e por todas as vezes que me receberam em sua casa, vocês sempre foram pessoas maravilhosas e vou sentir muita saudade de vocês.
- Nós que agradecemos, graças a você Marcello se tornou mais responsável nas atividades da escola. Falou eles e Marcello fechou a cara.
Eu sabia que os dois viviam viajando, e nunca acompanharam Marcello nas datas festivas da escola, sempre deram tudo a ele mas o mais importante eles esqueçam que sempre foi amor e presença diária.
Terminamos a conversa e abracei os dois, me despedi deles e também da governanta e Marcelo me acompanhou.
- Pra onde você vai agora? Pergunta ele.
- Iria pra casa, por que?
- É que gostaria de conversar um pouco, ainda não conversamos depois de tudo que aconteceu.
- Pode falar!
- Não gostaria de sair pra um lugar mais calmo?
- Tem algum em mente ?
- Sim.
- Então vamos.
- Se importa de irmos de bicicleta?
- Sabe que não, eu amo andar de bicicleta.
Marcello pegou a bike dele e seguimos. Não imaginei Marcello gostar daquele tipo de lugar, mas assim como Caizom, Marcello também tinha seu lugar especial, pelo menos foi o que ele me disse após sentamos do lado de uma roseira que ficava no meio do jardim da casa de seu tio.
- Que lugar lindo Marcello, por que nunca me trouxe aqui antes?
- É que não queria que ninguém soubesse que eu frequentava esse lugar.
- Mais por que ?
- É por que é aqui que me escondo do meu mundo, é aqui que choro quando estou com saudade dos meus pais já que eles nunca tem tempo pra mim.
- Você é sempre tão animado, parece viver tão bem sua vida, shopping , lugares caros, não imagino você em outro tipo de vida.
- Ali é a vida dos meus pais , e viver daquele jeito é a única maneira de viver perto deles, se alguém tivesse me perguntado saberia que não sou nem um pouquinho feliz com a vida que tenho.
- Mais você sempre teve tudo, seus pais fazem tudo que você deseja, até um carro você já tem e dirige por aí e você é menor de idade.
- O que eu mais preciso eu nunca tive, que foi a atenção deles, e tudo o que fazem é pra tentar suprir o vazio que eles deixaram na minha vida.
Falou Marcello ir .....
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