85. park jimin and jeon jungkook
Taehyung apertou o olhar em direção à Seokjin, e no mesmo momento, ergueu as mãos para agarrar seu colarinho, irritado.
— Olha o que você pensa que estava fazendo, porra? — Esbravejou, quase rosnando ao aproximar seus rostos.
— Sai de cima dele! — Namjoon o empurrou pelo peito, tomando a frente. — Ele não tem nada a ver com isso!
— Não tem nada a ver? — Taehyung apoiou uma das mãos na cintura, afastando-se do maior. — Você viu a cara dele? Ele fez de propósito!
— Taehyung... — Hoseok tocou seu braço. — Ei, venha aqui.
— Não vou pra lugar nenhum! — Taehyung puxou seu braço, olhando pra Seokjin. — Ele que tem que sair da minha frente antes que eu faça alguma besteira!
— E quem diabos você pensa que é, Taehyung? — Namjoon ergueu o indicador contra o seu peito. — Você o ajudou a esconder dos seus amigos que estava indo embora!
— Eu ajudei porque o Jimin não fazia ideia de como contar ao Yoongi, porque se ele descobrisse por outra pessoa... — Taehyung passou as mãos pelos cabelos. — Isso aconteceria!
— E bem, agora você meio que causou uma discussão que poderia ser resolvida com uma conversa entre eles dois. — Hoseok falou, baixinho. — A amizade deles não funciona dessa forma, eles se completam mas são muito agressivos verbalmente, vão se machucar.
— E você, Hoseok? — Namjoon cruzou os braços, completamente contrariado. — O que diabos está fazendo aqui?
— Eu sou o namorado! — Hoseok ergueu a cabeça, magoado com as palavras do moreno em sua direção.
— E daí? — Namjoon perguntou. — Você é da empresa do Jungkook, isso não te envolve!
— E daí que se eu eu bem conheço os meus homens, eu tenho certeza que a discussão não vai acabar bem, e que o Taehyung não merece suas palavras de lixo, seu boboca! — Hoseok deu um tapa no indicador alheio.
— É tudo culpa sua! — Taehyung empurrou Namjoon, aproximando seu corpo do irmão novamente. — Você não poderia ter pedido pra ele pensar sobre isso, ao menos? Não é você a pessoa mais autruista dessa terra?
— Não! Eu não pensei nisso! — Seokjin respondeu, tentando ficar calmo. — Você não poderia ter cuidado melhor do seu funcionário à ponto de convencê-lo a ficar?
No mesmo momento, Taehyung tombou a cabeça para ao lado, abatido com as palavras do maior.
Ele poderia ter feito Jimin ficar. Todos poderiam. E Seokjin estava fazendo questão de jogar isso na sua cara e brincar com o seu psicológico.
Por sorte, a premiação não podia ser transmitida do backstage, e não haviam muitos paparazzis por ali para especular coisas.
— Idiota! — Taehyung gritou, erguendo o braço para estapear seu peitoral. — Você é um idiota! Eu odeio você!
Seokjin, incapaz de mover-se para acalmá-lo, apenas continuou ali, o observando estapear o seu peitoral de forma raivosa, mesmo que todo o esforço que fizesse não tivesse efeito nenhum contra seu peitoral largo.
— Taehyung, neném... — Hoseok tocou seu ombro, tentando o puxar para si. — Você sabe que não vai adiantar nada, né? Seokjin é uma pedra.
— De tudo que você fez comigo, que fiz à você, não imaginaria que você chegaria ao ponto de afetar meus amigos também! — Taehyung esbravejou. — Você é ridículo, Seokjin! Isso fazia parte da sua vingancinha idiota também?
— Para de me bater! — Seokjin pediu, cansado, segurando seus braços. — Vou repetir mais uma vez, tá bom? Eu não fiz de propósito! Vê se me escuta, cabeça de rola!
Taehyung soltou uma risadinha debochada, erguendo o olhar em sua direção para fixar suas orbes, quase encostando suas testas.
— Eu não acredito em você. — Murmurou, para que apenas ele ouvisse.
— Que merda, Taehyung! — Seokjin o empurrou. — Passamos todos esses anos brigando por pura infantilidade, mas eu ainda sou seu irmão! Acredite em mim!
— Irmão? — Taehyung riu. — Você não passa de um conhecido agora, passou dos limites, Seokjin, era pra ser apenas entre nós. Nunca tive confiança em você, de qualquer forma.
— E é! — Seokjin respondeu. — Eu não menti. Você tem que acreditar em mim!
— Não. — Taehyung negou. — Eu posso ter feito o que fiz com sua carreira no passado, não foi nada legal, mas você tinha o Namjoon, eu não tive ninguém, eu nunca tive.
— Taehyung... — Hoseok suspirou, acariciando sua nuca, tentando o tranquilizar.
— Eu nunca tive ninguém que pudesse ficar comigo, não como você tem o Namjoon, não como o Jimin tem o Jungkook, e quando eu finalmente consigo... — Taehyung falou, baixinho.
— Ei, você ainda nos tem, pare com isso, Taehyung. — Hoseok engoliu em seco, o abraçando pelo braço.
— Quando eu finalmente consigo, você brinca com o Yoongi e faz o seu capanga bonitinho descer a moral do Hoseok. — Taehyung falou, rindo de nervoso. — Achei que você fosse melhor do que isso, Seokjin.
— Você destruiu a minha carreira, você roubou meus papéis, me fez mudar pra França, e realmente acha que pode falar comigo sobre ser melhor? — Seokjin perguntou. — Você é inacreditável!
— Hoseok... — Namjoon chamou o moreno, um tanto nervoso.
— Não fale comigo! Estou morrendo de raiva de você! — Hoseok respondeu, de imediato.
— Não seja criança. — Namjoon revirou os olhos. — Me escuta!
— Na-na-ni-na-não! — Hoseok abriu a boca e lhe ofereceu a língua.
— Hoseok, se continuarmos com isso vamos chamar mais atenção do que já estamos chamando, precisamos tirá-los daqui. — Namjoon o orientou, preocupado e indignado com sua atitude infantil.
— É só com isso que você se preocupa, né? — Hoseok revirou os olhos. — Com a carreira do seu namoradinho? Com o futuro da Chanel?
— Não é sobre isso! — Namjoon gritou.
— E é sobre o que, então? — Hoseok soltou o braço de Taehyung - que estava ocupado demais gritando com Seokjin para reparar - aproximando-se de Namjoon.
— É... — Namjoon suspirou, baixando a cabeça.
— É sobre o que, hein? — Hoseok indagou, perplexo. — Sobre empatia? Eu não duvido nada que o Yoongi volte aqui chorando que nem um condenado!
— Não foi nossa culpa, porra! Quantas vezes eu vou ter que dizer? Seokjin não sabia! — Namjoon gritou, irritado.
— Seu egoísta do caralho. — Hoseok ergueu o punho para socar seu rosto, inebriado pela raiva. — Eu deveria é chegar na voadora!
— Parem! — A voz mais alta gritou, chamando atenção de todos no mesmo segundo, os calando. — Vocês tão achando que tão onde? Na casa da mãe joana? Inferno!
Taehyung redigiu o olhar até Yoongi, emitindo um biquinho com os lábios ao ver seu rostinho inchado e vermelho.
— Eu sabia. — Hoseok suspirou, indo em direção ao menor para envolvê-lo em um meio abraço. — Yoongi...
— Yoongi... — Seokjin suspirou, virando em direção ao menor com os olhos preocupados.
— Olha, eu tô muito, muito, muito puto e triste, não fala comigo. — Yoongi o interrompeu. — Vocês, com excessão do Hoseok, são todos idiotas, eu mais ainda.
— Você não é idiota, Yoongi. — Hoseok tocou seu braço. — Só está magoado e sentimental, a gente entende.
— Olha, você tem um ponto... Mas, tenho atitudes idiotas. — Yoongi deu de ombros, antes de levar o olhar para Seokjin e apontar o indicador em sua direção. — Você!
— Yoongi, eu não sabia que você não sabia que ele estava indo, eu juro! — Seokjin falou novamente, com as mãos juntas em frente ao rosto.
— Bata na sua boca antes que eu bata, Seokjin. —Yoongi limpou as lágrimas no canto dos olhos. — Se não fosse por você nem sei se descobriria isso hoje.
— Mas, o que ele fez não foi certo, hyung. — Taehyung falou, o contradizendo. — Ele sabia.
— Eu já disse que não sabia! — Seokjin bateu a palma da mão contra a testa, irritado.
— Ai, vão pra puta que pariu vocês dois, também. — Namjoon fez careta, revirando os olhos. — Putaria do caralho!
— Se tem algo que não está certo aqui, é vocês dois brigando por causa de uma besteira sempre que se encontram. — Yoongi grunhiu. — Eu tô cansado das infantilidades de vocês, eu tô cansado dos ataques de drama do Jimin e tô cansado de estar no meio dessa briga, então, vocês dois vão se resolver ou eu vou ter que ir em casa buscar minha frigideira!
Taehyung e Seokjin calaram-se no mesmo segundo, olhando com a expressão de nojo em ambos rostos, enquanto cruzavam os braços e empinavam o nariz.
— Nada disso! — Namjoon resmungou, tocando a cintura de Seokjin, baixando sua cabeça erguida em desdém. — Sinceramente, todos nós poderíamos ser bons amigos se não fosse essas rixas passadas que todo mundo tem.
— Eu... — Hoseok suspirou. — Eu também acho, apesar de não ter nada haver com vocês, segundo Namjoon, porque sou uma criança, um infantil que...
— Olha, Hoseok, me desculpa, tá? — Namjoon o interrompeu, pedindo, envergonhado. — Eu não sou assim, eu estava com raiva, e também queria defender o Jin... Só... Desculpe.
— Ele guarda rancor. — Taehyung deu de ombros. — Mas, não é como se ele não fosse perdoar você... talvez em 2020 ele pense em te perdoar.
Hoseok suspirou, cansado de tanta briga. — Tudo bem, Namjoon.
— E vocês? — Yoongi cruzou os braços, entreolhando entre os dois rapazes. — Não vão fazer as pazes não, também?
— Só se você me perdoar por ter contado, eu não sabia... — Seokjin falou, pela milésima vez. — E se o Taehyung acreditar em mim, porque eu não sou a porra de um toca discos pra ficar repetindo o tempo todo.
— Seokjin, em nome de jesus, sejamos realistas e sensatos, todo mundo ia descobrir que ele estava indo embora, de um jeito ou de outro. — Yoongi revirou os olhos.
— Você não parece muito sensato. — Namjoon ergueu uma sobrancelha, insinuativo.
— E você deveria calar a boca... — Yoongi ergueu as mãos, irritado. — Eu não estou numa boa, me faça um favor, meu anjo.
— Misericórdia, desculpa! — Namjoon gritou, amedrontado. — Eu só comentei. Ele é assim o tempo todo?
— Se for ser amigo do Yoongi, vai ter que se acostumar com isso. — Hoseok riu. — Ele é meio doidinho, mas é um amor de ser humano.
— Olha aqui, vai tomar no cu. — Yoongi resmungou, fazendo carinha de bravo.
— Parece um gatinho quando está com raiva. — Namjoon comentou, o observando.
— Não pareço... — E então, ele suspira, cansadinho, colocando as mãos no rosto para tentar esconder o seu biquinho triste.
— Oh, meu amor... — Taehyung tenta se aproximar. — Tá vendo? Ele é um amor...
— Não se aproxime, estou chateadissimo com você — Yoongi empurra seu torso, num aviso.
— Acho que posso me acostumar com isso. — Namjoon riu. — E você, Seokjin?
— Eu acho que a gente deveria ir embora... — Seokjin chocou as mãos contra o jeans, respirando fundo. — Não somos bem vindos.
— Caralho, Seokjin... — Taehyung revirou os olhos, puxando seu braço. — Eu acredito em você, tá bom?
— Acredita, é? — Seokjin bufou, irritado. — Que bom.
Taehyung suspirou, cansado, puxando ainda mais o seu braço para que pudesse envolvê-lo em um abraço, que não fôra retribuído por um tempo, até que o menor grunhisse e derramasse lágrimas contra a camisa alheia.
— Hyung, eu não quis fazer aquilo com você... — Taehyung murmurou. — Me desculpe, eu... Eu não pensei, eu juro! Se eu pudesse voltar no tempo e mudar meus atos, eu teria feito. Eu nunca quis perder... Você.
— E se eu soubesse que você estava sozinho e sofrendo, teria sido mais compreensivo e te ligado, pedido desculpas também, sabe? Coisas de irmão mais velho. — Seokjin respondeu.
— Me desculpe, me desculpe, me desculpe, me desculpe, me desculpe, me desculpe... — Taehyung murmurou contra a camisa do outro, o agarrando ainda mais. — Se eu puder fazer alguma coisa pra recompensar, eu faço.
— Taehyung... — Seokjin sorriu fraco e feliz, afastando seus corpos. — Isso é tudo que eu sempre quis ouvir de você. E eu te perdôo.
— Então fica comigo. — Taehyung falou. — Vai pra França, mas volta pra me ver, fica comigo, seja meu irmão de novo.
— Oh! — Hoseok vez um biquinho, comovido com a situação. — Que fofo!
— Eu não sabia que o Taehyung tinha esse lado. — Yoongi abriu um sorrisinho. — Esse lado lindinho e romântico.
— Eu digo o mesmo do Seokjin. — Namjoon fez uma careta. — Ele sempre foi tão afiado com esse tipo de coisa.
— Amigo, que tipo de relação vocês tem, afinal? — Hoseok perguntou, confuso. — Quando te perguntei sobre o que mais importava, você pareceu nervoso.
— Seokjin é... — Namjoon suspirou, falando baixinho. — Meu noivo.
— Caralho! — Yoongi gritou. — ELE É O SEU NOIVO?
— Yoongi também não sabe o significado de ''disfarçar''. — Hoseok o repreendeu.
— Você deveria fazer que nem ele e me fazer seu noivo, mas nem pra isso você presta. — Yoongi fez uma careta.
— Quem disse? — Hoseok cruzou os braços, irritado.
— O que? Você vai me pedir em casamento mesmo? — Yoongi perguntou, afoito, rindo de nervoso. — Conta outra, Seokie.
— Nunca duvide da minha capacidade, gatinho. — Hoseok acariciou sua nuca.
— Bom... — Taehyung largou Seokjin, ficando ao seu lado. — Agora que nós somos um squad, será que podemos ir atrás dos nossos dois últimos membros?
— Eu não acho que ele queira ficar, gente. — Yoongi suspirou, convencido. — Foi como ele havia me dito... Que se eu fosse realmente seu amigo, teria lhe dado apoio e entendido seu lado, e bem, eu meio que entendo agora.
— Você tá desistindo assim? Sem mais nem menos? — Hoseok cruzou os braçoes, insatisfeito.
— Veja, agora que temos a amizade desses dois aí, não vai ficar tão difícil manter a comunicação, e... Quem sabe a gente vá pra França visitá-lo, ou sei lá. Taehyung pode até visitar o Seokjin também. É questão de empatia, eu faria de tudo pra ver o meu bebê Jimin feliz.
— Eu não acho que deixá-lo ir seja uma boa ideia... — Hoseok mordeu o lábio inferior, um pouco amedrontado. — Ele pode estar agindo por impulso. Agora que tudo acabou, tenho certeza de que ele tava cogitando em ficar com o Jungkook, mas, talvez tenha explodido com a briga de vocês, e...
— Pessoal! — Ouviram a voz mais calma e embargada de outra pessoa surgindo atrás de Hoseok.
— Ai, porra, caralho! Vai assustar sua mãe, filho da put... — Hoseok gritou, dando um pulo com a mão no coração. — Ah, oi chefinho! Já disse que você tá lindo hoje? Te amo!
— Jungkook... — Yoongi falou, abrindo um sorriso amarelo. — Oi, rs.
— Oi, Yoongi. — Jungkook sorriu, mas, seu olhar voltou-se para Seokjin e Taehyung agarradinhos. — Eu perdi algo?
— Completamente. — Namjoon assentiu, engolindo em seco.
— Bem, eu só queria saber se vocês viram o Jimin, eu tive que ir me acalmar no banheiro, mas, eu já estou pronto, agora que tudo acabou, eu... — Jungkook falou, animado, mas, ao perceber a reação de todos, ergueu uma sobrancelha, curioso. — Porque vocês estão com essa cara de velório?
— Jungkook... — Yoongi coçou a nuca, aproximando-se do moreno. — O nosso plano, então, ele... Foi por água abaixo.
— Por água abaixo? Como assim? Não! Eu estou pronto agora! — Jungkook assentiu, dando alguns pulinhos.
— Você está, mas... O Jimin... Ele... — Yoongi gaguejou, sem graça. — Ele foi embora.
— Então vamos até a casa de vocês, oras! — Jungkook o encorajou, colocando as mãos nos ombros do menor. — Não temos tempo á perder, principalmente agora que podemos ficar juntos.
Jungkook só se deu conta do que estava acontecendo quando o sorriso amarelo de Yoongi tornou-se um biquinho triste e desolado, acompanhado dos seus olhos trêmulos e repletos de lágrimas.
— Espera, ele... — Jungkook murmurou, tentando entender a situação. — Ele... O quê?
— Eu achava que estava bem, mas, Jungkook... — Yoongi passou as mãos pelo rosto, nervoso. — O Jimin estará indo pra França hoje de madrugada.
— Mais precisamente, em uma hora e meia. — Seokjin o corrigiu.
— Mas... — Jungkook deu um passo para trás, confuso. — E eu? E a Jungwa? E nós?
— Eu sei que você deve estar se perguntando o porque de tudo isso estar acontecendo, mas... A gente acha que seria melhor deixar ele ir porque é isso que ele quer agora. Ele quer paz. — Namjoon falou, tentando o fazer compreender.
— Paz? Ele quer paz? Jimin não vai ter paz, Joonie! — Jungkook passou as mãos pelos cabelos, nervoso. — Ele é sentimentalista, se ele não conseguir se dar bem no emprego, na carreira, na vida, com a Hyo, tudo vai por água abaixo! Ele vai virar outra pessoa! Ele...
— Ele é independente, Jungkook. Ele vai conseguir. — Taehyung tentou o tranquilizar, mas Yoongi também chorava baixinho.
— Ele é independente, mas ele não é insensível! — Jungkook respondeu, eufórico. — Ele vai se arrepender de ter ido, e...
— Ei, Jeonggukie... — Namjoon agarrou sua nuca, o puxando para si. — Vem cá, não precisa se preocupar tanto, manteremos contato!
— Manteremos... Contato? Você acabou de falar na porra do plural? — Jungkook murmurou, baixinho. — Foi você quem o contratou, seu idiota?
— Jungkook, eu... — Namjoon tentou defender-se, segurando as mãos do menor. — Ei, vamos parar? Não é culpa dele. Pare de ser tão infantil.
— Você o contratou, porra? — Jungkook perguntou, segurando seu colarinho. — Você tem alguma noção da bagunça que vai fazer na vida dele? Ele tem tudo estabilizado aqui! Idiota!
— Eu não tive escolha! — Namjoon respondeu. — Eu achei que estaria tudo bem oras! Ele parecia tão confiante, eu só...
— Você só especula! E especula! Aish! — Jungkook empurrou seu torso, abrindo passagem entre Taehyung e Hoseok para empurrar a porta dos fundos.
Jungkook por um momento, sentiu-se fraco. Talvez nada pudesse prender Jimin ali, de qualquer forma, nem mesmo ele. Nem mesmo sua declaração, nem mesmo o seu pai preso, nem mesmo depois de tantas promessas.
Seu coração palpitava porque tinha medo, medo de rachar, medo de quebrar e estalhaçar de um jeito que nada pudesse feito para juntar seus caquinhos, suas partes, seus sentimentos.
Jungkook sentiu uma falta de ar repentina, e olhou em frente á si, estava do lado de fora, com as pernas trêmulas, cabeça pesada e as mãos enfiadas no bolso da calça, claramente indefeso e confuso.
— Respire. — Jungkook murmurou para si mesmo. — Respira, Jeongguk.
A imagem de Jimin segurando o seu braço e lhe pedindo para que ficasse porque precisava lhe contar algo resplandeceu em suas memórias; seus olhos lacrimejaram só de pensar que não o veria novamente, era tudo culpa sua.
A provocada por um amor não correspondido, ou um amor que aconteceu e desapareceu, é, sem dúvida, um dos maiores traumas que um ser humano pode experimentar.
Jungkook não queria sentir daquilo. Não, de novo.
Jungkook o queria; estava angustiado, com o estômago vazio. Acordara muito tarde para a vida, chegara muito tarde porque precisava perder a calma, e agora, nada havia valido a pena, nada fazia o mínimo sentido.
E Jesus, como aquilo doía. Pensar em ver o seu garoto com a sua segunda criança favorita, tentando achar um propósito em um país nunca explorado, com zero experiência, sem a concretização do amor e da paz.
— Jungkook! — Namjoon gritou, acompanhado de Seokjin e Taehyung, que vinham logo atrás de si. — Jungkook!
Namjoon forçou o olhar até a face do menor, e engoliu em seco quando o viu olhar para os dedos, deixando uma lágrima grossa e úmida escorrer das cavidades oculares.
— Oi, Joonie. — Respondeu, com a voz baixinha, chorosa. — Não precisa pedir desculpas, eu exagerei.
— Desculpe. — Namjoon tocou seu ombro, levando os dedos a trabalharem numa breve massagem em sua nuca. — Jungkook, eu nunca devia ter o contratado.
— Nós não pensamos nisso, Jungkook. — Seokjin falou, ofegante ao parar em sua frente. — Eu nunca fiz tanta coisa que nunca havia pensado antes em uma única noite.
— E eu achei que nunca o veria chorar. — Taehyung murmurou, abalado, ao ver Jungkook olhar para o chão. — Jungkook, não fica assim, por favor.
— Eu não tenho uma escolha, tenho? — Jungkook murmurou. — Eu nem tive uma escolha, e a única que tive, fiz sem saber o que aconteceria.
— Você não tinha como prever que ele estava indo embora, Jungkook. — Namjoon falou, compreensivo. — Eu...
— Você sabia. — Jungkook falou, limpando uma lágrima que escorria em suas bochechas. — Deveria ter me ligado.
— Eu sei que deveria! — Namjoon respondeu, rendendo-se. — Mas o Jimin estava trabalhando pro Taehyung, e como eles tem essa rixa, eu imaginei que contratá-lo fosse a melhor opção.
— Não era pra você estar indo com ele? — Jungkook perguntou, fungando baixinho.
— Não vamos hoje, temos uma After Party. — Seokjin respondeu. — Mas, se te tranquiliza, o Jimin ficará seguro com nosso endereço e nossos quartos.
— Não me tranquiliza, porra! — Jungkook respondeu, ríspido. — Ele não vai ser feliz lá, Seokjin! Tudo que ele mais ama está aqui. Quer dizer, o trabalho dos sonhos dele, o melhor amigo, a estabilidade que ele sempre buscou, os amigos, o poder, a fama, sabe? Seu que a França é cheia de oportunidades, mas ele estava muito bem aqui e continuaria estando se tudo isso não tivesse acontecido... Foi culpa minha...
— E quem te garante, Jungkook? — Seokjin cruzou os braços.
Jungkook olhou para os lados, procurando uma resposta plausível, mas, nada vinha em mente.
— Eu!
— Isso mesmo. — Seokjin suspirou. — Nada garante.
— Mas ele disse ''Eu''! — Taehyung implicou.
— Eu garanto. — Respondeu, baixinho. — Conheço o Jimin melhor do que qualquer um. Depois de um tempo, ele vai se arrepender de ter ido pra empresa de vocês, vai sentir falta de tudo. Ele é impulsivo, mas volta atrás. Não é sua culpa, Jungkook, ele estava de cabeça cheia e tomou uma decisão impensada!
— Além do mais... — Taehyung pigarreou. — Jungkook tem razão. Jimin o mudou, ele o conhece. E muito.
— Eu sei. — Jungkook falou, baixinho.
— Jungkook era insensível, tinha cansado de procurar uma cura para sua ansiedade e todo mundo sabe pelo que ele tinha passado. — Taehyung falou. — Vocês o conheciam. Sabem como é. Mas, olhando agora, me diga, quem vocês acham que é? O CEO Jungkook, ou, Jeon Jungkook?
— Jesus, ele está até chorando. — Namjoon tocou seus cabelos, tentando o tranquilizar. — Meu bebezinho de três aninhos.
— Tudo que criamos para nós, de que não temos necessidade, se transforma em angústia, em depressão... — Jungkook falou, erguendo o rosto. — Talvez seja só isso que sobre de mim, no fim das contas.
— Não! — Seokjin negou, indignado. — Óbvio que não, Jeongguk!
— Como não, Seokjin? — Jungkook perguntou. — Eu... Porra. Acho que parti meu coração.
—Viver com o coração partido é como andar despido, com a alma meio vazia e amarrada por uma corda que ainda pertence a outra pessoa. É uma tortura lenta que sufoca e machuca. — Taehyung falou. — Porém, nenhuma dor é eterna, Jeonggukie.
— Eu não sei se você lembra, mas... — Namjoon falou. — Uma vez, quando éramos crianças, eu caí e ralei o joelho, você me ajudou, me levou pra casa e fez um curativo.
— Sim? — Jungkook assentiu. — Mas, o que isso tem haver?
— Enfim, o meu joelho é o seu coração e você somos nós. Os seus amigos. — Namjoon falou. — Quer dizer, era pra sair explicadinho mas eu sou meio lento.
— Namjoon, só pare. — Taehyung revirou os olhos, soltando uma risadinha. — Nós somos uns idiotas, estamos fazendo tudo errado, porra.
— Porque? — Seokjin perguntou, confuso. — Taehyung, o Jungkook ama ele, mas, o Jimin está indo embora e ele vai sofrer mais!
— Eu sei que tem essa porra toda de quem ama tem que deixar ser livre, tá bom? — Taehyung o interrompeu. — Mas, esse não é o caso. Não agora. Olhe pra ele!
Jungkook fungou, com os olhos lacrimejosos e as mãos juntas em frente ao torso, enquanto encostava dava um passinho para cada lado, inquieto.
— É isso que o Jimin faz com ele! — Taehyung falou. — Não podemos deixar o Jimin ir, eles se amam e esse amor vai fazer tão bem pra ambos. Eles precisam ficar juntos.
— Não sabemos, Taehyung... — Seokjin suspirou.
— O Jimin tirou uma escolha que poderia ser feita pelo Jungkook, e eu tenho certeza de que ele não pode deixá-lo ir sem ao menos tentar fazê-lo ficar! — Taehyung o interrompeu novamente.
— Calem a boca, okay? — Jungkook pediu, choroso. — Toda a minha vida tive que passar escutando as pessoas e isso não vai acontecer agora.
— That's my boy. — Namjoon deixou um tapinha em sua nuca.
— Eu literalmente não dou a mínima pro que vocês vão achar do que estou indo fazer, mas, desse país, o Jimin não vai sair, não sem me ouvir. — Continuou, limpando as lágrimas abaixo dos olhos.
— Jungkook! — Yoongi gritou, estendendo o celular em mãos, enquanto puxava Hoseok pelo braço, qu vinha cambaleando atrás de si; torcendo para não tropeçar nos próprios sapatos. — A Somin! Ela tá ligando!
— Uh? — Jungkook virou para trás, atordoado. — Jesus, sim! É um sinal, Yoongi!
— Sinal pra quê? — Yoongi perguntou, confuso. — Eu só vou dizer pra ela que não precisa mais vir e...
— Yoongi, não! — Jungkook gritou, afoito, tentando tomar o celular das mãos do menor.
— Jungkook, que diabos? — Yoongi segurou seu braço, ainda confuso.
— Não! Não! — Jungkook negou, soltando seus braços, segurando o rosto de Yoongi com as duas mãos em suas bochechas gordas. — Diga pra ela ir pra o aeroporto!
— O quê? — Yoongi indagou. — Jungkook, a querida está louca? Não podemos dar um showzinho no aeroporto!
— Não estou. — Jungkook pressionou suas bochechas ainda mais. — E é melhor irmos depressa.
— Calma! Onde você vai, Jungkook? — Hoseok perguntou, atordoado.
— Eu estou indo buscar o meu homem! — Jungkook respondeu, direto.
— O que? Você vai buscar o Jimin? Mas, porque? — Yoongi perguntou, observando o moreno agarrar seu pulso e o puxar para fora do evento.
— Não temos um carro! — Namjoon grunhiu, tentando acompanhar as passadas firmes de pernas do seu amigo. — Viemos de limousine!
— A gente pega um uber, caralho, que dificuldade do cão. — Yoongi resmungou, já convencido com a idéia. — Ai, tô tão cheio de adrenalina, parece até que sou eu que vou correr pelo aeroporto e fazer a famosa cena de filme.
— Não vai ser assim. — Jungkook fez uma careta. — Não estamos numa fanfic.
— Ah, não, gente! — Taehyung gritou, eufórico. — Não acredito nisso! Sério! O meu mundo acabou!
— Ai meu deus! — Hoseok grunhiu, incrédulo, antes de erguer as sobrancelhas e lhe fazer uma pergunta. — O que foi dessa vez, homem?
— Eu vou perder a After Party! — Taehyung resmungou.
— Nós também. — Seokjin fez uma careta. — Eu sou o homem mais triste desse planeta todinho!
— Eu sinceramente não dou a mínima. Nem me interesso por essas festas, mesmo. — Jungkook revirou os olhos. — Um minuto, vou fazer uma ligação.
— Eu já fiz. — Namjoon o interrompeu. — Consegui um carro de aluguel nesse estacionamento. Se você quiser chegar à tempo pra buscar seu garoto, é melhor que seja rápido.
— Quanto tempo temos? Vamos chegar antes do embarque? — Jungkook perguntou, tentando disfarçar o quanto estava nervoso. — Falei muito rápido? Desculpa, tô nervoso, misericórdia.
— Não. — Seokjin soltou uma risadinha. — Chegaremos em vinte minutos, tempos quarenta, se o trânsito colaborar, é claro.
— Então vamos! — Jungkook falou, apressando o passo numa carreirinha discreta, ao avistar dois carros pretos em frente a saída do local.
— Ainda bem que esse local é discreto. — Yoongi falou, enquanto continuava caminhando, apressado. — Imagina as manchetes que iriam sair se nos vissem correr dessa forma?
— ''Jeon Jungkook é visto correndo de um maluco com menos de 1,60 de altura e não choca ninguém'' — Taehyung brincou, recebendo um tapinha do menor.
— Certo, dois na frente e quatro atrás, vamos torcer para que não tenha nenhuma blitz. — Jungkook falou, agarrando a chave que foi jogada pelo rapaz que os aguardava. — Obrigada, moço, você é um anjo!
— Vão ter que pagar pelo passageiro á mais! — O homem advertiu, um tanto contrariado.
Taehyung abriu um sorrisinho sapeca, antes de enfiar a mão no bolso do terno e despejar uma bela quantidade de dinheiro nas mãos do rapaz.
— Você por acaso sabe que sou Kim Taehyung, o dono da Gucci? Eu sou rico, meu anjo! — Lhe lançou um beijinho no ar, antes de entrar no carro.
— Ele sempre faz questão de ressaltar isso, por mais que não faça diferença na vida de ninguém. — Yoongi passou em seguida, revirando os olhos para o moço ao fechar a porta do carro.
— Jungkook, cara, tem certeza que consegue dirigir? — Namjoon perguntou, ainda nervoso. — Você tá tremendo!
— Consigo, eu consigo. — Jungkook falou, rápido demais, dando partida no carro.
Ao pisar no acelerador e ver tudo acontecendo rápido demais, o carro deu uma pequena debruçada para frente, levando todos do banco de trás a saltar do banco.
Jungkook pisou fundo, desviando da primeira placa que viu, contornando o caminho para virar e adentrar á rua.
— AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA, misericórida, senhor! — Hoseok gritou, apavorado. — Vocês viram isso? O Jungkook deu um cavalo de pau!
— Irado! Need for speed versão ilimitada! — Yoongi pulou, sentado no colo do maior, enquanto fazia movimentos com o punho. — Vai, Jungkook, o próprio Paul Walker!
— Descanse em paz, ícone. — Taehyung fez o simbolo da cruz.
— Yoongi, para de pular no meu colo, inferno! — Hoseok agarrou sua cintura, rindo de nervoso.
— Ok, certo, trinta e cinco minutos. — Seokjin olhou o relógio. — Pode ir mais rápido?
— Posso. — Jungkook assentiu, pisando ainda mais fundo.
— MEU DEUS DO CÉU, JUNGKOOK, DESACELERA, DESACELERA! — Taehyung gritou, chocando o corpo contra o de Seokjin, ao lado do seu, o apertando com força.
— Eu não quis dizer tão rápido, Jungkook! — Seokjin gritou. — Eu sou muito bonito pra morrer! Pelo amor de Deus!
— Vou abrir o vidro. — Namjoon se pronunciou, no banco da frente, baixando o vidro para finalmente, soltar um grito. — AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA, eu to amando isso!
— Vamos todos gritar, então! — Yoongi falou, animado. — Abre o vidro, Hoseok, é hoje que a jiripoca vai piar!
— Não! — Hoseok protegeu o botão. — Não faz isso, Yoongi!
Yoongi sorriu, sapeca, ao ver Seokjin abrir o vidro e começar a gritar, rebolou um pouquinho no colo de Hoseok e observou o moreno deixar um tapa estalado em suas costas.
— O que você tá fazendo, porra? Quer morrer! Jungkook, eu vou chorar! — Hoseok falou, eufórico.
— Uhul! — Yoongi gritou, sentindo a brisa do ar chocar contra os seus cabelos. — Dessa forma, me sinto naqueles filmes índies que os adolescentes começam a gritar e colocar a cabeça pra fora do carro enquanto escutam música.
— Meu Deus, a música! — Namjoon falou, indignado consigo mesmo por não ter lembrado desse detalhe. — Yoongi, você é um gênio.
— Min Suga, gênio, essas palavras devem ser o suficiente. — Yoongi deu de ombros.
— This is america, don't catch you slippin' on! — Namjoon cantarolou a parte do rap, animado.
— Desde quando todo mundo entrou no clima pra ir buscar o Jimin? Achei que tivesse sido só eu. — Jungkook falou, perplexo. — Obrigado por estarem me apoiando, afinal.
— Oh! Que fofo! — Taehyung falou, erguendo os braços para apertar as bochechas do moreno. — Sempre estaremos aqui, Jeongguk.
— Quando caralhos foi que vocês começaram a se falar de novo? — Seokjin perguntou, confuso.
— Jimin que fez. — Jungkook disse, dando de ombros. — Ok. Isso me fez ficar triste.
— Ele parece ser muito especial pra você. — Namjoon falou, tocando seu ombro.
— Ele é. — Jungkook assentiu, abrindo um sorrisinho de canto. — Ele é tudo.
— Gente, eu detesto estragar o momento, mas... — Yoongi falou, faendo um biquinho. — Estamos chegando.
— Você adora estragar o momento. — Taehyung falou, em seguida, recebendo um carinho nos cabelos. — Mas, eu amo você.
— Eu também te amo. — Yoongi respondeu, dando um saltinho fraco. — Meu Deus, o que é isso? O que é isso, Hoseok?
— Isso, o que, anjo? — Hoseok perguntou, se fazendo de desentendido, mas, rindo de nervoso.
— Essa giromba saindo da sua calça que nem uma cobra, querendo picar a minha bunda! — Yoongi falou, em alto e bom som.
— Eu te disse pra não pular, caralho! — Hoseok gritou, em um resmungo, claramente envergonhado.
O carro explodiu em gargalhadas, até mesmo Jungkook, que freiou assim que deu de cara com o aeroporto, abrindo as portas no mesmo momento.
— Avise a Somin que já estou aqui. — Jungkook pediu, saindo correndo no mesmo instante.
Estava indo buscar o seu homem. Jimin, definitivamente não sairia do país antes de ouvir o que tinha pra dizer, o que esteve engasgado em sua garganta todo esse tempo, formando um bolo sufocante, tirando seu ar.
Apressou o passo, mas não aguentou, e começou a correr, mesmo sabendo que havia uma parcela de chances de sobrar, ou não restar mais tempo, tinha que arriscar.
Seu coração estava acelerado como um louco, e ter que pensar na situação inusitada que se encontrava, só lhe dava mais motivos para aumentar sua adrenalina e fazer daquele momento o mais especial e único.
O resto dos meninos corriam também, menos Yoongi, que tentava correr, mas ficava desesperadamente muito atrás dos outros, devido as suas pernas curtinhas.
Quando viu os fotógrafos espalhados pelo estabelecimento, reconheceu no momento quem estivera ali, não havia motivos aparentes, fora Jimin, para que estivessem ali.
Além do mais, a premiação mais famosa do mundo da moda estava acontecendo no mesmo momento, não havia um porcento de chances de que estavam ali por pura coincidência.
Jungkook precisava achá-lo, e estava desesperado.
Avistou as placas de direcionamento de vôo, escritas em negrito e em letras maiúsculas, com o horário ao redor, ao indicar com clareza um:
01:30AM, FT 200, França.
Uma e meia, Jimin provavelmente estaria indo em direção ao embarque, teria que se apressar, estava tentando fazer de tudo, mas, nada parecia realmente estar cooperando em sua direção.
— Park Jimin! — Gritou, um tanto angustiado, ao ver o portão de embarque abrigar as últimas pessoas. — Meu Deus, Jimin!
— Senhor, você precisa de ajuda? — Um dos guardas do local perguntou, um tanto ameaçador.
Jungkook deu meia volta em sua direção, indo diretamente ao auxiliar de embarque, juntando as mãozinhas e mexendo os pés de um lado para o outro, evidentemente nervoso e desconfortável.
— Olhem, é Jeon Jungkook! — Ouviu um dos paparazzi afirmar.
— Kim Taehyung, Kim Namjoon e Jung Hoseok tamém, gracinhas. — Taehyung chegou, logo atrás, chamando o máximo de atenção que pôde.
— Sai da frente, baixinho. — Um dos fotógrafos empurrou Yoongi, que no mesmo instante, ferveu de ódio.
— Excuse me? — Entrou na frente do fotógrafo, erguendo o braço para agarrar sua câmera. — Fale assim comigo de novo e eu vou enfiar essa câmera no meio do seu cu!
— Yoongi! — Hoseok passou as mãos pelos cabelos, nervoso. — Venha aqui, anjo.
— Me solta! Eu vou acabar com a raça desse gigante de dois metros e meio! — Yoongi gritou ao ser agarrado pelos braços do namorado. — Você vai se arrepender, seu fodido intrometido! Eu vou desmontar sua câmera!
Jungkook suspirou, desviando o olhar para o moço em sua frente, que o olhava, confuso, sabendo que o conhecia de algum lugar.
— Com licença, você pode me dizer quem viu passar por aqui? Seu nome é Park Jimin, ele é baixinho, muito bundudo, cabelos escuros, olhos pequenininhos, tem uma garotinha com ele também, é praticamente a cópia de tão parecida. — Jungkook falou.
— Nossa moço, seus olhos estão brilhando. — O rapaz falou, de imediato. — Quer dizer, eu não me lembro, tantas pessoas já passaram por aqui hoje, crianças, principalmente.
— Esse é o portão de embarque do vôo para a França, sim? — Jungkook perguntou, mordendo a pontinha do lábio inferior.
— Sim. — O rapaz assentiu, vendo a última pessoa passar. — Moço, me desculpe, mas, essa foi a última pessoa a passar, então, eu acho que ele já deve ter entrado.
Jungkook sentiu o próprio mundinho desmoronar no mesmo momento, sua inquietação tornou-se levemente menos intensa, e tudo que conseguiu sentir foi a dor da perda.
Não podia ir buscá-lo, muito menos, comprar a porcaria de uma passagem para a França porque estavam esgotadas, e ainda teria toda a burocracia para um Check In, o dinheiro, passaportes.
— Não. — Foi a única coisa que disse, antes de sentir os próprios lábios tremerem rapidamente, indicando que iria chorar. — O meu Jimin, não!
— Moço, se você quiser, ainda pode vê-lo pela janela de observação, tenho certeza que não é muito, mas é o máximo que posso fazer. — O rapaz o orientou, um tanto apreensivo.
Era óbvio que estava com pena. Quem visse Jungkook daquela forma, tão indefeso, com a imunidade tão baixa, lábios trêmulos e olhos cheios de lágrimas, ia querer lhe dar um abraço.
Jungkook ao menos conseguia se mexer, quando avistou os fotógrafos sendo impedidos pelos guardas e Namjoon os pagando com a dor na consciência, grunhiu, baixinho.
Entristecido, tudo que conseguiu fazer foi correr até a grande janela próxima ao portão, dando de cara com as escadas de auxílio do avião sendo retiradas, indicando que todos já estavam acomodados ali dentro.
— Ei... — Ouviu a voz de Yoongi surgir ao seu lado. — Me desculpe por isso. Dói até em mim te ver dessa forma, Jungkook.
— Não se sinta assim, todos perdemos alguma coisa um dia. Eu só... — Jungkook suspirou. — Não esperava que nossa história fosse acabar assim.
— Nem eu. — Yoongi passou um braço pelo seu ombro, o abraçando de lado.
Foi ali, que Jungkook ao menos resistiu. Passou as duas mãos pela cintura de Yoongi e enterrou o rosto em seu pescoço, deixando as lágrimas fluírem incansavelmente, tentando respirar através da imensidão de pele e catarro contra o seu nariz.
Não conseguia acreditar que Park Jimin, o homem que tanto amou, conseguira ir embora e dar as costas a tudo que havia deixado ali, necessitado e incompleto.
Não conseguia culpá-lo, apesar de tudo, Jimin havia tentado o avisar. Havia tentado dizer que estava indo, e Jungkook apenas o ignorou, porque estava com raiva.
O sorrisinho feliz do menor surgiu em sua mente novamente, a vozinha de Hyosun teve o mesmo efeito, iria sentir tantas saudades daquela baixinha e de tudo que havia lhe ensinado nesse grande período de tempo.
Claro que poderia visitá-lo, mas, era possível de que nem conseguisse chegar lá porque iria tentar convencê-lo a voltar. Mas, ao menos a sensação de que poderia ir visitá-lo eventualmente o acalmava um pouco.
E se Jimin arranjasse outro homem por lá e esquecesse de si?
E se Jimin se completasse tanto naquele lugar que nunca mais conseguiria voltar?
Tantas coisas poderiam acontecer, entre números e chances incontáveis.
— Ei, Jungkook, olhe pra mim. — Yoongi o chamou, observando o maior dar mais uma fungadinha. — Olha pra mim!
Jungkook ergueu a cabeça, observando Yoongi fazer uma careta e retirar um guardanapo do bolso, levando até seu nariz para limpar seu rosto.
— Onde você conseguiu um guardanapo? — Jungkook perguntou, confuso.
— Roubei do evento pra pegar de lembrança. — Yoongi soltou uma risadinha, entretanto, também tinha lágrimas em seus olhos. — Eu não sou a melhor pessoa com conselhos, mas...
— Mas? — Jungkook perguntou, baixinho.
— Mas, acho que se alguma coisa acontece, não é de propósito, se a sua história com o Jimin terminou com ele num avião, não quer dizer que não vão se encontrar novamente. — Yoongi suspirou. — Não vai ser uma distância que será capaz de separar vocês.
— Você acha? — Jungkook indagou. — Eu não acho, Yoongi. E se foi um sinal? Um sinal pra eu deixá-lo viver em paz? Eu não acredito nessas coisas.
— Eu acredito. — Yoongi respondeu. — Por favor, não tem como lhe dizer que é pra ficar bem agora, mas, eventualmente, ficará tudo bem.
— Eu nem vou ver a Hyosun ter um primeiro namoradinho, ou uma namoradinha, ou ver as portas do mar vermelho se abrirem, ou ver o Jimin ganhar outro prêmio, ou desejar boa sorte na passarela com um beijo de última hora, ou ao menos... dizer as três palavrinhas preciosas. — Jungkook falou, caindo aos prantos novamente.
— É claro que você pode. — Yoongi negou. — E você tem a Jungwa pra cuidar, ela é sua filha, você vai acompanhar isso também.
— Jungwa é a única coisa que eu tenho agora. — Jungkook murmurou. — Eu acho que depois de tanto tempo sendo babaca, aprendi com o Jimin o significado de ser pai. Até isso ele teve que me ensinar! Eu não acredito!
— Me desculpe... — Yoongi falou, abrindo os braços novamente. — Se você ainda quiser um abraço.
— Eu acho que vou ficar com ranço. — Jungkook falou. — Ele foi embora, Yoongi, eu não acho que vou conseguir aceitar isso tão cedo! Ele está na merda daquele avião! O meu homem!
— Não chora, por favor... — Yoongi pediu. — Eu te prometo que vou tentar falar com ele sempre que puder e lhe contar quanto você o ama, e...
Jungkook o observou atentamente, assentindo enquanto limpava as lágrimas no canto dos olhos, e limpava os vestígios no seu nariz com a própria barra da roupa, até Yoongi subitamente parar de falar.
— E o quê, Yoongi? — Jungkook perguntou, o incentivando a continuar.
— É que... — Yoongi tentou balbuciar alguma coisa, mas acabou trocando todas as palavras, enquanto olhava para trás de si. — Porra, porra, porra... Atrás, é...
Jungkook ergueu uma sobrancelha, confuso, tocando seu ombro com uma das mãos, tentando identificar se, de fato, o maior estava bem. Entretanto, parou imediatamente quando sentiu o contato de uma mão alheia em suas costas.
— Jungkook? — Ouviu a voz regular e particularmente fina murmurar o seu nome, de forma curiosa.
Jungkook soltou os ombros do menor e deu um giro de cento e oitenta graus, observando a figura em sua frente, de cabelos escuros, corpo baixinho, bunda redondinha e olhos pequenos.
— Jimin. — Foi tudo que conseguiu falar, porque só teve tempo de arregalar os olhos.
— Jungkook! — Hyosun gritou, acenando de longe, enquanto corria em sua direção, toda coberta com roupas quentinhas e uma touca nos cabelos.
— Neném... — Jungkook murmurou, ainda perplexo, observando a garota abraçar suas pernas. — Achei que você tivesse ido.
— Me abraça de volta, Jeonggukie. — Hyosun falou, de forma engraçada, observando o maior acolher seus cabelos com as mãos, singelamente.
— Vem aqui rapidinho, Hyo. — Yoongi puxou seu corpinho pequeno. — Temos beijinhos pra acertar.
Jungkook observou a menor ser acolhida por Yoongi, após isso, evitou olhar para qualquer canto que não fosse o rapaz em sua frente. Parte de si estava com vergonha de ter sido pego de forma tão escandalosa.
— Jungkook-ah... — Jimin murmurou, abrindo um sorriso em sua direção. — Eu...
Jimin não conseguiu terminar de falar, porque rapidamente, o maior enlaçou sua cintura e colou seus corpos, o abraçando tão forte que poderia quebrar a qualquer momento.
O mesmo sorriso que estava em seus lábios aumentou de tamanha forma que quase partira em dois ao pensar que Jungkook estaria morrendo de raiva de si, quando na verdade, ele estava buscando o compreender e talvez, o impedir.
— Não faça isso. — Jungkook falou, baixinho, o apertando ainda mais, enterrando o rosto nos fios cheirosos do menor. — Porque você quer ir embora? O seu avião já vai decolar.
— Jungkook... — Jimin tentou se pronunciar, mas, teve que apoiar as mãos sobre seu peito e o afastar novamente, sem muita pressão, o suficiente para que ainda pudesse manter as mãos firmes sobre sua cintura.
— Não me deixa, Jimin-ssi. Eu... — Jungkook murmurou, desesperado. — Eu quero tanto ficar com você. Quero tanto que você seja meu amor, e isso dói desesperadamente, por favor...
— Jungkook... — Jimin tentou novamente, levando as duas mãos contra suas bochechas molhadas de lágrimas.
— Mas, se você quiser ir eu não vou te impedir, eu só quero que você saiba que... — Jungkook continuou falando, desesperadamente, sem nenhum filtro.
Não conseguira terminar a frase, porque Jimin levou a mão direita e a apertou contra sua nuca, o impulsionando para frente para que pudesse selar seus lábios em um selinho demorado.
Sorriu entre o beijo porque estava morrendo para sentir a textura da sua boca novamente, para inspirar seu cheiro e mesclar com o seu, para acariciar seus pelinhos singelos da nuca com as unhas e o empurrar contra si.
Jimin, por fim, afastou seus lábios, ainda com o polegar sobre a bochecha alheia, colando suas testas para que pudessem ficar juntinhos, dividindo o mesmo ar, porque estava morrendo de saudades.
— Jungkook, eu devolvi minha passagem. — Murmurou, olhando afundo nos olhos negros e intensos, que o encaravam com atenção. — Não consigo ficar sem você, não agora que tenho chances, não agora que ninguém pode nos impedir.
Jungkook tentou falar novamente, mas Jimin depositou o indicador contra seus lábios, indicando para que o maior ficasse calado e o escutasse pelos breves minutos á seguir.
— Hyosun não conseguiria se adaptar, e bem, eu a amo tanto que tentei fazer o certo, mas, acabei percebendo que não havia nada errado no local onde eu estava, principalmente agora que tudo entrou nos devidos lugares. — Jimin murmurou. — Não quero ser apenas meu, eu quero ser o seu Jimin. Eu quero ser o Jimin de todos vocês.
Jungkook olhou por cima da cabeça do menor, e observou Namjoon, Seokjin, Taehyung e Hoseok os observarem com os olhos marejados, enquanto sorriam e acenavam com a cabeça.
— Me perdoe por ter tentado deixar isso aqui, eu espero que os meninos possam me perdoar também. Mas, fica feliz por favor, porque eu não sou capaz de me deixar ir embora sem você. — Falou. — Eu estou tão envergonhado por isso, meu deus.
Jungkook abriu um sorriso do tamanho do mundo, e assentiu, levando o polegar até sua bochecha e respirar junto com o menor, que levou as mãos até os seus braços, para que pudesse finalmente lhe dizer o seu mais sincero:
— Eu amo você, Jimin. — Murmurou, um tanto envergonhado. — Tanto que nem cabe em mim.
Jimin arregalou os olhos, surpreso, e soltou uma risadinha, tão feliz quanto.
— Eu também te amo. Mas, disso você já sabe. — Respondeu.
— Eu estava começando a duvidar disso... — Jungkook comentou, arrancando outra risadinha do menor. — Mas, como sempre, você apareceu e me provou o contrário.
— Jungkook! — Ouviu a voz de Somin, adentrando os outros garotos com protuberância, enquanto apoiava as mãos nos joelhos e erguia o saco marrom em suas mãos. — Jesus, eu cheguei a tempo!
— E de saltos. — Yoongi comentou, erguendo o polegar em sua direção.
— Hyosun! — Jungwa gritou, indo em sua direção. — Unnie! Unnie!
— Hwa! — Hyosun gritou, debatendo-se para sair do colo de Yoongi e abrir os braços para jogar o corpo contra o da menor.
Jimin abriu um sorriso ao ver a cena, ainda acariciando o rosto do moreno, porque estava morrendo de saudades, e dessa vez, não iria embora.
— Ei, bebê. — Jungkook chamou sua atenção, levando as mãos até as mãos alheias, retirando-as singelamente do seu rosto, para que pudesse aconchegá-las nas suas e receberem um beijo carinhoso do moreno. — Espera um segundo, sim?
— Todo tempo do mundo. — Jimin respondeu, observando o moreno quebrar o contato com o seu corpo, e ir em direção á Somin, agarrando o saco com certa ansiedade.
— Jesus, isso é pesado. — Murmurou para si mesmo. — E grudento, ew.
— Essa vai ser minha parte favorita. — Yoongi cutucou Hoseok. — Planejamos tem um tempo.
— O quê? — Hoseok perguntou, curioso.
— Olhe e aprenda. — Yoongi deu de ombros, tocando a nuca de Taehyung. — Isso serve para os dois.
— Certo. Certo. — Jungkook continuou falando sozinho, olhando para dentro do saco. — Te trouxe algo, Jimin-ssi.
— Oh, um presente? — Jimin perguntou, curioso. — Não precisava. Eu meio que ia embora, não mereço.
— Você merece tudo. — Jungkook o corrigiu. — E eu ainda não sabia disso quando comprei, tive que encomendar. Quer dizer, chegou faz um dia, no dia que o Taehyung me avisou o que iria acontecer na premiação, e no dia que combinamos que eu teria que fingir que não sabia de nada para o meu pai não desconfiar...
— Jeongguk, o que você andou aprontando? — Jimin perguntou, cruzando os braços.
— Abre. — Jungkook pediu. — Mas, abre logo por eu tô ficando nervoso, meu deus, meu coração vai sair pela boca.
Jimin ergueu uma sobrancelha em sua direção, e sentiu o peso dentro do saco, o puxando para baixo no mesmo momento, sentindo o cheiro gostoso e a cor peculiar que aquilo continha.
— Eu não acredito que você me trouxe um açaí. — Jimin falou, soltando uma risadinha. — Você é doido? Isso deve ter custado uma imensidão só pela entrega!
— Eu tenho meus contatos. — Jungkook deu de ombros. — Mas, Jimin, é... Quer dizer, eu... Tem algo que...
— Eu posso comer depois? — Jimin perguntou. — É que em casa tem mais colheres e podemos comer juntos, aí eu te provo que não tem gosto de terra.
— Pode fazer como quiser. — Jungkook assentiu. — Mas, Jimin...
— Hm? — O menor perguntou, erguendo o olhar em sua direção.
— Você lembra do que estávamos falando sobre o açaí naquele dia, sim? Sobre o que significava? — Jungkook perguntou, tateando os bolsos com as duas mãos. — Merda, um segundo.
— Eu lembro sim, Jeongguk. — Jimin falou, confuso, mas, quando deu uma última olhada no açaí, a situação finalmente veio em mente. — Jesus, você por acaso está...
— Estou o que? — Jungkook perguntou, escondendo os braços atrás do corpo para que pudesse observar sua reação inusitada.
— Ai, meu deus, Jungkook! — Jimin falou, quase derrubando o açaí em suas mãos. — Você não precisa fazer isso se você não quiser, sabe? Eu vou ficar com você, e...
— E... — Jungkook revirou os olhos, retirando o pote de suas mãos para entregá-lo a Yoongi.
Jimin parou de falar no mesmo instante, observando o maior gaguejar poucas palavras e desviar o olhar, ainda nervoso como um inferno, seu coração mais acelerado do que nunca.
— Eu... Eu preciso ficar de joelhos? — Jungkook perguntou. — Q-quer dizer, eu acho que preciso, não é? Você já deve ter entendido, mas eu tô muito nervoso, eu não achei que seria assim, e eu ensaiei tanto...
— Jeonggukie... — Jimin segurou suas mãos e soltou uma risadinha. — Você pode fazer do jeito que quiser!
— Ok. — Jungkook assentiu, brevemente, rindo um pouquinho ao finalmente ficar de joelhos em sua frente, arrancando vários suspiros gentis e amorosos dos amigos.
— Você sabe que a gente tá inventando moda, não sabe? — Jimin perguntou, com o sorriso mais bonito dessa terra. — Nunca fizeram isso num aeroporto.
Jungkook tentou ajoelhar-se, mas não conseguia fazer aquilo, não daquela forma, não daquela maneira, então tudo que fizera foi levantar-se e puxar o menor pela cintura de uma vez só.
— Eu tinha planejado isso antes de tudo com o meu pai acontecer, sabe? Mas tenho que confessar que o açaí foi bem autêntico... — Jungkook murmurou, próximo do menor. — Bom, eu acho que... bem... é... como começar isso tudo...
Jimin revirou os olhos, selando seus lábios de uma só vez, dessa vez, com mais fervor e agilidade, chupando seu lábio inferior por um segundo.
— Que se foda esse discursinho besta, Park Jimin. — Jungkook suspirou, levando a caixinha até as mãos do menor, para que pudesse o beijar novamente. — Quer casar comigo?
— Jungkook! — Jimin soltou uma risadinha contra os lábios do moreno, jogando o pescoço para trás, enquanto mantinha as mãos em seus ombros.
— Sim? Você quer, sim? — Jungkook perguntou, convencido. — Eu sei que você quer, seu baixinho.
— Hm... — Jimin fingiu um biquinho.
— Aceita logo, caralho! — Yoongi gritou, desesperado.
— Você o ouviu. — Jungkook tombou a cabeça para o lado, tomando seus lábios novamente. — Se não aceitar eu vou ter que te fazer cócegas até dizer que sim.
— Eu quero, seu bobo. — Jimin assentiu, de uma vez por todas, o apertando contra si, no abraço mais quentinho dessa terra.
— Ew, amor! — Hyosun e Jungwa resmungaram na mesma hora, tampando os olhos. — Mas, ei, nós vamos ser irmãs!
— Irado! — Jungwa gritou, animada.
— Inferno, que pedido bonito do cacete. — Yoongi falou, indignado. — Se jikook não é o melhor casal da terra, eu não sei quem é.
— Somos nós. — Taehyung o agarrou, deixando um beijinho a bochecha de Yoongi, e outro na de Hoseok. — E ponto.
— Não faz isso! — Yoongi o empurrou. — Tem fotógrafos aqui, você sabe.
— Eu não ligo. — Taehyung deu de ombros, observando Jungkook praticamente enfiar a lingua na boca do namorado. — E parece que Jungkook também não.
— Morto com a troca de saliva. — Seokjin falou. — Esse vai ser o momento do ano!
— Cuidado pra não engolir a cabeça dele! — Yoongi gritou, animado.
— Vocês são idiotas! — Jimin escondeu o rosto no pescoço do moreno, antes de erguer o dedo com o anel brilhante. — E eu tenho o anel mais bonito dessa terra!
— Eu sei. É o seu estilo. — Jungkook deu de ombros, beijando sua bochecha.
— Mas, ei, Park Jimin... — Yoongi suspirou, aproximando-se. — Você me perdoa?
— Você que tem que me perdoar. — Jimin fez um biquinho.
— Só depois que você me pedir pra ser o padrinho, se não vou ter que ser na força. — Yoongi deu de ombros. — E cozinhar pra mim todos os dias.
— Tá bom. — Jimin riu. — Te amo, Newton.
— Te amo muito mais. — Yoongi o apertou contra si em um abraço.
— Vem gente, abraço em grupo! — Jungkook gritou, animado, quando todos subitamente se aproximaram.
E naquela madrugada, Park Jimin, percebeu que não havia outro lugar onde poderia estar, ao lado de sua filha, dos seus amigos, e do homem que mais amava na terra.
Já Jungkook, achou o que menos esperava: sua paz.
E quando seu noivo ergueu o olhar em sua direção, permitiu perder-se nas duas supernovas, lutando para que no final das contas, pudesse achar um caminho para casa naquela imensidão.
Afinal, já estava tudo previsto, desde o começo.
[PRÓXIMO: EPÍLOGO]
°~°
oi, hihi, vocês acharam mesmo que eu iria deixar o jimin ir embora? logo eu, a maior stan de jikook juntos nos finais das histórias?
obrigada por terem acompanhado até aqui, e eu espero muito mesmo que todos tenham curtido esse capítulo tanto quanto eu, afinal, é o maior entre todos os outros.
bem, se vocês repararem no primeiro ep, a última frase condiz com tudo que aconteceu no final, já não era novidade! hihi.
me esperem até o epílogo, sim? não vai demorar, e ainda não é um fim.
eu amo vocês! [💕]
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