66: hey, little brother
*troquei o nome da esposa do jimin pra hyojin porque a hwasa eh minha namorada, boa leitura!
°~°
– Oi, maninho. – Foi a primeira coisa que Jimin ouviu, antes de sentir seu estômago revirar e sua respiração se tornar lenta.
Jimin deu um passo para trás, ainda recostado sobre a porta, com os lábios entreabertos e a expressão surpresa, completamente congelado, sem saber oque fazer.
Seu olhar desceu para os coturnos escuros do moreno à sua frente, subiu pelas calças skinny que abrigavam coxas bem parecidas com as suas, e o casaco camuflado, acompanhado de uma touca em sua cabeça e óculos escuros.
– Mas o que você tá fazendo aqui? – Tomou coragem pra se pronunciar sobre a questão, depois de longos minutos ali, com cara de tacho. – E porquê diabos você virou uma versão mal vestida de mim?
– Está com medo das pessoas andarem por aí e acharem que eu sou você? – Ele sorriu, colocando uma das mãos na cintura, debochado.
– Elas com certeza não vão achar. Eu sou mais bonito. – Jimin semicerrou os dentes, irritado. – Foi bom te ver, agora faz o favor de voltar pro buraco de rato de onde você saiu, em nome de Min Yoongi!
O baixinho apenas fechou a porta de uma vez só, com o psicólogo afetado e os dois olhos ainda arregalados, tentando não demonstrar o misto de sensações em seu estômago, mas fôra interrompido quando a porta chocou-se contra o cano duro do coturno do outro.
E porra, Park Jihyun estava ali, ao vivo e em cores, não tinha condições daquilo acontecer nem em um milhão de anos, era impossível, definitivamente impossível.
– Ya, Jimin hyung, porquê está tão abalado? – Ele passou a língua contra o lábio inferior, sorrindo debochado. – Tem alguma coisa que te incomoda?
Não era como se tivessem a boa relação de irmãos, ou que sua família fosse compreensiva e carinhosa, definitivamente, não. E com Jihyun ali na frente, Jimin teve a impressão de que seu passado o perseguiria para sempre.
Mas não podia dar o braço à torcer, Jihyun não era ruim, apesar de tudo, só antipático, mas ambos passaram suas vidas competindo em todas as tarefas que eram postos juntos, e quando Jimin foi embora, sentiu que o mais novo iria manter certo ódio guardado.
Então, não. Jimin definitivamente não iria mostrar seus sentimentos para aquele garoto que apesar de ser parte de sua família, não tinha nada a ver consigo sentimentalmente.
– Não tem nada que me incomode, meu anjo. Muito pelo contrário. – Jimin revirou os olhos. – É só que eu não entendo por qual motivo, razão, ou circunstância, você está aqui, e não estou interessado em saber.
– Mas... – Jihyun grunhiu, irritado, colocando uma das mãos sobre a porta.
– Jihyun, eu tenho uma vassoura, e não tenho medo de usar ela. – Jimin ameaçou, pela última vez.
– Pra quê? – O outro ergueu uma sobrancelha, confuso.
– Pra enfiar ela no seu... – Jimin ia continuar, mas foi interrompido.
– É importante, hyung. – O outro falou, ainda mais alto, acrescentando um tom dramático á sua voz, fazendo a típica carinha de cachorrinho sem dono.
E Jimin sabia, que de cachorrinho sem dono aquele garoto não tinha nada, e que não poderia confiar em pessoas da laia de lá. Era um tanto esquisito ter de tratar a própria família como inimigo, mas não havia outro jeito.
Jimin lembrou-se de todos os momentos que tivera com o garoto na sua cola, inclusive quando o outro o viu beijando seu primeiro namorado, escondido, e fez um escândalo maior do que os brasileiros no carnaval.
Aquilo lhe rendeu muitas memórias ruins, principalmente quando chegou em casa e fôra praguejado de todos os tipos de nomes possíveis, o que lhe arrancou lágrimas grosseiras e súplicas falsas de que Jihyun havia apenas confundido as coisas, e que não havia acontecido nada.
Não era como se ainda estivessem suas rivalidades crescentes, mas Jimin sentia certo remorso, e havia lutado arduamente para que não deixasse o ódio pela sua família chegar ao coração, e querendo ou não, família envolve muita sentimentalidade.
Jimin não sabia agir de forma sentimental quando se tratavam de pessoas ridículas, com pensamentos fúteis e conservadores, que o deixaram de lado quando mais precisou, e ainda o obrigou á casar-se á contragosto e por questões financeiras.
E com Jihyun ali na frente, Jimin não conseguia pensar em considerar outra ideia a não ser pegar a vassoura no canto da sala e enfiar goela abaixo contra a boca daquele bastardo ridículo.
Então apenas fechou os olhos com certa força, mas quando abriu, Jihyun ainda estava lá, então tentou se contentar e fechar a porta mais uma vez, mas o outro forçou contra o lado de dentro e não o deixou fechar.
– É sobre a família, Jimin. – Ele meneou o olhar para dentro da casa, fazendo uma súplica.
Jimin ergueu uma sobrancelha, um tanto confuso, antes de finalmente, abrir a porta por completo. Jihyun não iria sair dali mesmo até ser ouvido, então oque fosse pra falar, que falasse logo.
– Entra logo, seu falso do caralho. – Jimin grunhiu, abrindo passagem.
– Eu não sou falso! – Jihyun protestou, irritado. – Se estou aqui pra conversar sobre a família é porque me preocupo, seu fedorento.
– Idiota. – Jimin revirou os olhos. – Você quer café? Me avisa que eu coloco veneno.
– Quero, dá uma cuspida aí que o veneno já sai automaticamente. – Jihyun falou, indo em direção às cadeiras da sala.
Jimin bufou, irritado, procurando a cafeteira mais próxima, antes de colocar as canecas em frente ao corpo do outro moreno e despejar o café de qualquer jeito.
É claro que podia ser a pior pessoa do mundo na sua porta, mas Jimin não via problema em ser bom com todos, apesar de Jihyun não merecer, queria mostrar pra eles que até mesmo depois desses anos, continuava superior e esquecendo desavenças.
Mesmo constantemente mandando indiretas desde que ele pôs os pés dentro da sua casa, fez um gesto relutantemente bom.
Jihyun tinha a personalidade forte, e aquilo não era fato, se parecia muito com Jimin em alguns quesitos, e talvez fosse por isso que viviam brigando pelo mesmo mérito.
Jimin tinha o sonho de ter uma carreira no mundo da moda, assim como Jihyun, mas ao contrário do moreno mais novo, Jimin teve a oportunidade de fugir e se explanar no exterior.
Nessa parte, tinha certa pena por ter deixado Jihyun lá com seus pais conservadores e empregos que não lhe gerariam um bom salário, poderia dizer que havia sido um gesto egoísta, mas Jihyun ficou com todo o laço emocional de seus pais.
Jimin também desejou o amor deles por longos anos, tanto que procurava ficar com Hyojin pra não acabar todo aquele laço, mas era insuportável para um homem que queria ser livre, ser mantido em cativeiro daquela forma.
Era insuportável ter que ir ao trabalho e voltar sem ânimo algum para ver a pessoa que amava em casa, já que aquilo ali, era arranjado o suficiente, superficial o suficiente, e Hyojin sabia disso.
Não imaginaria um vida com Hyosun onde teria que passar sem aproveitar com as duas pessoas que mais amava de verdade.
Jimin não era um romântico incorrigível, mas as vezes ele precisava de carinho e um pouquinho de amor para receber, uma dose diária do que era possível se aproveitar para ser feliz de verdade.
Sempre teve lances com outros caras inclusive, antes de Jungkook, havia tentado alguns relacionamentos que com muitas desavenças, nem chegaram à começar.
Jimin tinha certeza de que podia fazer seu relacionamento com Jungkook dar certo, tinha certeza de que podia fazer aquele homem o mais feliz do mundo, mesmo sabendo que a maior parte da contribuição para sua felicidade vem de si mesmo.
E era essa a parte que mais amava pensar sobre sair de Busan e tentar buscar algo maior, e ele realmente encontrou, encontrou portes altos e Jeon Jungkook, o homem da sua vida.
Jimin não conseguia mais se imaginar acordando sem lembrar que veria o moreno com seu sorrisinho debochado e olhos amendoados, ou de ouvir sua voz arrastada o chamando pelo sobrenome, ou de ouvir os gemidos roucos daquele homem ecoar pelos quartos onde iriam passar.
Jungkook tinha um marco muito forte em seu coração, e felizmente, Jimin não queria desmarcar aquilo, e desejava nunca ter que fazer aquilo, iria doer demais.
Ficar sem Jungkook iria doer demais, e era por isso que era grato por cada ato que fez no passado, e faria tudo de novo, se fosse preciso.
– Ei, seu doido. – Jihyun chamou sua atenção, observando maior imerso em pensamentos, com o olhar totalmente perdido, estalando os dedos na sua cara.
– Ops, oi. – Jimin deu um sobressalto, levando um pequeno susto, até apoiar-se contra a cadeira em sua frente.
– Bem, eu tô aqui pra falar sobre um coisa não tão legal. – Jihyun começou, juntando as duas mãos gorduchas contra o casaco. – E você vai ouvir.
– Já tô ouvindo, não sou surdo. – Jimin revirou os olhos, cruzando os braços.
Definitivamente, se houvesse uma competição de pessoas mais grotescas e infantis uma com as outras, Jihyun e Jimin iriam ficar em segundo lugar, já que o primeiro pertencia à Jungkook e Taehyung.
– Jimin... – Jihyun suspirou, mordendo o lábio inferior, evitando olhar em seus olhos. – A mamãe está doente.
– Doente? – Jimin ergueu uma sobrancelha. – Dá remédio, então, não é da minha conta.
– Jimin! – Jihyun arregalou os olhos, ameaçando jogar a xícara no outro, que levantou os braços em rendição.
– Você saiu de Busan pra vir até Seoul me dizer que a mamãe tá doente? – O outro cruzou os braços, indignado.
– Eu moro em Seoul agora, Jimin. – Jihyun revirou os olhos. – Para de putaria e escuta logo oque eu tenho pra dizer.
– Tô ouvindo. – Jimin assentiu.
– A mamãe não está com os típicos... Resfriados, dela. – Jihyun tentou explicar. – Ela está de cama, está fraca, o papai chamou um médico particular, e bem, ele disse que se ela não se tratar, o pior pode acontecer...
– O resfriado se tornou algo maior? – Jimin ergueu uma sobrancelha, surpreso.
– Eles suspeitam de uma... Tuberculose.
Lembrava-se como ontem das inúmeras crises de tosse de sua mãe, que só tomava algum remédio e fingia que estava tudo bem. Sempre estava tudo bem para aquela família.
– Jihyun, eu tenho a capacidade de estar sempre certo, já percebeu? – Jimin indagou, convencido. – Você lembra quando a mamãe andava pela casa tossindo que nem uma condenada?
– Como se fosse ontem. – Jihyun assentiu, ainda perplexo.
– Eu avisei a ela. Avisei que poderia se tornar algo pior, e olhe onde estamos agora. – Jimin grunhiu, irritado. – Mulher teimosa do caralho.
– Não há nada que possamos fazer agora. – Jihyun respondeu, tristonho. – Mamãe se recusa à ir no hospital.
– Jesus... – Jimin passou as mãos pelos cabelos, preocupado.
Por mais que odiasse ter que pensar em sua família, pensar em sua mãe dentro de um caixão era pior ainda, tinha que fazer alguma coisa, urgentemente.
– Eu tenho sedativo aqui, você pode aplicar nela e levar pro hospital. – Tentou usar o deboche, mas Jihyun continuou o olhando com cara de tédio, cutucando os anéis em seus dedos. – Ô fedelho, me escuta.
– Você não fala nada produtivo! Nem se preocupa com a mamãe! – Jihyun falou, indignado.
– E porquê diabos eu me preocuparia tanto com alguém que só me amou no berço? – Jimin rebateu. – Você fala isso porque foi de você que ela cuidou à vida toda, foi pra você que ela fazia um café da manhã diferente, e era sempre você que saia ileso de todas as palhaçadas.
– Você está me culpando por isso agora? – Jihyun levantou-se da mesa, exaltado. – Eu não tenho culpa se sempre fui um filho melhor que você, não tenho culpa se diferente de você, escolhi ficar com meus pais e ser amado.
– Ser amado? Você acha que eu sei o que é ser amado? Você acha que se eu tivesse ficado eu seria amado? – Jimin indagou, evitando o olhar nos olhos, com medo de mostrar suas lágrimas.
– Na verdade... – Jihyun passou a língua entre os lábios, aproximando-se do maior à passos curtos. – Acho que você não saberia, já que nunca mereceu o amor que eles tinham à oferecer, hyung.
Jimin encarou os seus olhos com o olhar profundo, contraindo lágrimas que insistiam em quase cair, pressionando o lábio inferior, irritado.
E Jihyun definitivamente, havia deixado Jimin no estado mais puto em que poderia se encontrar, falando do seu ponto mais fraco, interiorizando sua fraqueza.
E então, fôra apenas questão de segundos para que o maior soltasse um palavrão, e levantasse o braço direito, acertando um tapa na lateral do rosto de Jihyun, que virou a cabeça e o olhou com raiva.
– Nunca mais ouse falar sobre coisas que você não sabe, seu mimadinho do caralho. – Jimin agarrou seu colarinho, juntando seus rostos. – Se eu estou aqui, riquíssimo, ganhando meu dinheiro, lutando pra manter meu sorriso no rosto, trabalhando como um inferno, enquanto você estava lá, ganhando dinheiro do papai pra comprar suas futilidades, foi porquê eu tomei um rumo na minha vida, e você, onde está agora?
Jihyun ofegou, assustado, enquanto segurava as mãos do menor e empurrava seu torso para trás, limpando seu colarinho, bufando alto.
– Quem você acha que é pra me bater? – Jihyun ergueu uma sobrancelha.
– Eu sou a porra do seu irmão mais velho, o hyung que sempre levava porrada no seu lugar, o hyung que sempre pedia à mamãe pra ter mais calma com você, o hyung que nunca deixou de trabalhar pra caralho pra manter as contas e a comida de vocês em dia. – Jimin respondeu, baixo.
– Você? Jimin, você foi embora, você me deixou lá, sem mais nem menos. – Jihyun resmungou, aproximando-se. – Você é ridículo, sabia? Deveria ter um pouco de compaixão com a mamãe.
– E quem é você pra falar de compaixão? – Jimin acabou soltando uma gargalhada debochada. – Para de falar besteira, Jihyun.
– Você é um invejoso, Jimin. – Jihyun revirou os olhos. – Eu ainda tenho mais uma coisa pra falar, mas não sei se devo.
– O quê? – Jimin indagou, revirando os olhos.
– A mamãe pediu pra você ir até Busan ver ela. – Jihyun falou. – Se bem que ela deve ter um desgosto do caralho. Mas enfim, seja um bom filho dessa vez, e vá visitá-la antes que o pior aconteça.
Jimin entreabriu os lábios, surpreso e estagnado. – Pelo menos ela lembra que tem outro filho, né? Teve que correr pra mim já que o outro é uma negação.
– Jimin, já chega! – Jihyun grunhiu, irritado, indo em direção ao menor com os braços erguidos.
E então, Jimin soltou uma risadinha debochada, inclinando-se para puxar os cabelos do moreno, iniciando uma briga extremamente infantil.
– Você é um idiota! – Jihyun grunhiu, nervoso.
– Mas que porra é essa aqui? – Ouviram uma voz familiar, ambos soltaram um sobressalto e separaram-se no mesmo instante.
– Ai, Yoongi, que susto. – Jimin colocou uma mão no peito, assustado.
– O que é que esse projeto de você tá fazendo aqui? – Yoongi apontou para o menor, que se inclinava para pegar a touca caída no chão.
– Aish! – Jihyun resmungava, colocando a touca na cabeça.
– Meu Deus como ele parece com você, to pasmo. – Yoongi se aproximou do garoto, tocando suas bochechas gordas.
– Ei, sai, caralho! – Jihyun empurrou Yoongi com certa relutância.
– Pera aí. – Yoongi agarrou o braço do outro, observando a mão gordinha do menor, cheia de anéis. – Até a mão dele parece com a sua! Quando você disse que seu irmão parecia com você eu não imaginei que ele era literalmente um Jimin com menos bunda.
– Minha bunda nem é tão pequena assim. – Jihyun protestou, virando de costas.
– Verdade... – Yoongi assentiu. – Mas pera aí, vocês estavam se esmurrando segundos atrás, o que diabos tava acontecendo nessa sala?
– Aish, sobre isso... – Jimin revirou os olhos. – O Jihyun é um idiota, apenas.
– Eu só tava jogando umas coisas que ele devia ter ouvido na cara dele. – Jihyun resmungou. – Quer dizer, ele passou a vida toda julgando nossos pais quando saiu de casa, mas nunca voltou pra ouvir uma explicação.
– E eu precisava? Eu tô muito melhor aqui! – Jimin resmungou. – Olha essa casa, olha pra mim!
– Jimin, para de graça. – Yoongi riu. – Vou resolver esse dilema, só... Tenham calma. – O baixinho coçou a nuca. – Venham cá, vamos resolver como pessoas civilizadas.
– Eu não quero. – Jihyun revirou os olhos. – Estou com sono.
– Vai pra casa, anjo, não era você que tinha se mudado pra Seoul? – Jimin ergueu uma sobrancelha, confuso.
– Então... – Jihyun abriu um sorrisinho sem graça.
– Você veio de Busan tentar me convencer á ir ver a mamãe, não é? – Jimin revirou os olhos, indignado.
– Sim. – Jihyun soltou uma risadinha.
– Nós não temos um quarto de hóspedes. – Yoongi coçou a nuca, procurando uma solução.
– E quem foi que considerou a ideia de que esse filhote do cão ficaria conosco? – Jimin cruzou os braços.
– Jimin, deixa de ser chato. – Jihyun bufou. – Até o Yoongi é mais legal que você.
– Deixando claro que eu não tô do lado de ninguém, antes que gere desavenças. – Yoongi explicou. – Jimin, deixa ele ficar hoje, amanhã de manhã ele volta pra Busan.
– Você tem passagem? – Jimin indagou, chocando uma das mãos contra a testa. – Não me diga que o papai te deu o dinheiro da passagem também, uh?
– Eu tenho um apartamento separado em Busan, ok? – Jihyun revirou os olhos. – Eu saí de casa já fazem dois anos, trabalho por lá mesmo.
– Você trabalha de quê? – Yoongi indagou, confuso.
– Uma empresa local me chamou para fotografar. – Jihyun deu de ombros.
– Espera um segundo... – Yoongi ergueu uma sobrancelha. – Ambos vocês querem ingressar a carreira de moda?
– A diferença é que eu consegui, né. – Jimin deu de ombros.
– Vemos aqui claramente que Park Jimin é a humildade em pessoa. – Jihyun jogou o corpo contra a parede, encostando as costas ali.
– Me deixa. – Jimin grunhiu.
– Não é tão ruim assim, okay? – Jihyun explicou. – Nem é um emprego fixo, é só secundário, já que não ganho muito.
– Mais um pouquinho e isso aqui vira um Keeping Up With The Park's. – Yoongi debochou.
– Eu sou a Kylie! – Jimin sorriu, orgulhoso.
– Você tá mais pra Khloe. – Jihyun torceu o nariz, rindo.
– Vamos, vou te dar um lençol e você vai dormir aqui na sala, amanhã você vai embora de certeza. – Yoongi levantou do sofá, um pouco desnorteado devido ao sono.
– Não! – Jimin protestou.
– Sim. Ele é seu irmão. – Yoongi resmungou. – Não podemos o mandar para a sargeta.
– Por mais que eu queira. – Jimin resmungou.
– Você é Park Jimin, se quisesse mesmo já teria o feito. – Yoongi revirou os olhos. – E outra, vocês estavam se estapeando á minutos atrás, se não houvesse compaixão nessa história, ele nem estaria mais aqui.
– Esse Yoongi é um gênio. – Jihyun assentiu para si mesmo.
– Ele é professor de física, é claro que é um gênio. – Jimin respondeu, antes de caminhar em direção ao quarto. – Esse aqui é o quarto da Hyosun. – Parou no meio do corredor. – Se você acordar ela, eu mato você.
– Minha sobrinha? – Jihyun indagou, divertido. – A mamãe pergunta dela sempre, diz que você...
– Não quero saber da mamãe. – Jimin murmurou, o interrompendo.
– Mas, ei... – Jihyun colocou as mãos na frente do corpo. – Dê mais um chance á ela, hyung, ela pode não estar mais aqui quando você se decidir...
– Credo, Jihyun, vira essa boca pra lá. – Jimin fez uma careta.
– Eu tô falando sério, hyung! – Jihyun se pronunciou novamente.
– Eu sei. – Jimin suspirou. – Preciso dormir, tenho que trabalhar amanhã.
– Uou! Você trabalha em uma empresa de verdade, não é? – Jihyun balbuciava enquanto seguia o mais velho em direção ao quarto.
– Porquê diabos você tá me seguindo? – Jimin indagou, resmungão. – E sim, eu trabalho na Gucci.
– Eu sei, todo mundo já te viu nas capas das revistas da Gucci. – Jihyun assentiu. – O papai ficou impressionado, disse que não parecia você de tão bonito que estava.
– Ficou, é? – Jimin engoliu em seco, quase deixando-se levar, por alguns segundos.
Jimin não podia negar, sentia muita falta do amor dos pais, apesar das desavenças, mas teve que aprender a viver sozinho, sem o apoio familiar que quase todos os jovens coreanos possuem hoje em dia, já que saiu de casa cedo demais, com uma filha, á procura de uma vida melhor.
Mas não podia deixar-se levar, a ilusão que havia criado já havia ido longe demais, e o pensamento de que eles poderiam mudar, já havia sumido á bastante tempo, Jimin nunca aceitaria fazer isso consigo mesmo, depois de tanto tempo.
– Problema dele. – Completou, observando Jihyun revirar os olhos.
– Pense sobre isso, huh? – Jihyun indagou. – Estou indo para Busan depois do almoço amanhã, se quiser ir comigo, estou completamente á favor.
– Vá dormir, Jihyun... – Jimin suspirou, observando o menor assentir e dar as costas, saindo do quarto. – Fecha a porta!
Deitou a cabeça na cama, um tanto desnorteado, tentando associar tudo que havia acontecido até agora de bom grado, sendo que seria impossível ter uma boa noite de sono e acalmar sua ansiedade depois de tudo.
Concluiu que Jungkook seria a única pessoa que poderia o deixar um tantinho melhor, então automaticamente agarrou o celular e abriu as mensagens com Jungkook, sorrindo bobo.
Você:
hey, jeonggukie!
Jungkookie 💕
Hey, namorado! Como você está?
Você:
para de falar tão formal assim, seu bobo kjkkkkkk
Jungkookie 💕
E como é que eu deveria falar?
Você:
primeiramente sai desse caps lock, ninguem mais usa caps lock no internetês
Jungkookie 💕
Mas escrever certo é tão bonitinho, Park 😓
Você:
meU DEUS VOCÊ USOU EMOJI
jungkook
quero terminar
Jungkookie 💕
Mas a gente nem começou ainda! Só temos um dia de namoro, e qual o problema com os emojis?
Você:
não tem um problema
os emojis são O PROBLEMA
sou emojifóbico
Jungkookie 💕
Então parece que o namoradinho vai ter que acostumar com o linguajar do outro, rsrs.
Você:
anya, jeonggukie ;(
porque você faz isso comigo?
e, ah, me desculpe por não ter falado com você antes, tive um imprevisto
Jungkookie 💕
Algo ruim, bebê?
Você:
vOCE ME CHAMOU DE BEBÊ
EM NOME DO PAI
QUEIMA ESTE JUNGKOOK ESSE NÃO É O VERDADEIRO
COM QUEM EU ESTOU FALANDO?
Jungkookie 💕
Ya, bebê, sou eu.
Você não gosta de apelidos carinhosos?
Você:
não... é que...
quando no mundo eu ia imaginar que você me chamaria de bebê?
isso é extremamente anti-jungkook!
Jungkookie 💕
Não sou tão ruim, okay?
Quando eu realmente gosto de alguém, posso me expressar um pouquinho melhor porquê confio nessa pessoa.
Você:
você não é ruim, jeongukkie
você é incrível
mas, sobre o imprevisto, foi ruim sim, uma merda ;c
Jungkookie 💕
O que houve?
Você:
você pode vir aqui em casa amanhã?
tem que ser antes do almoço, quero comer com você e te explicar umas coisas
Jungkookie 💕
Eu quero comer você.
Com você*, digo.
Você:
me chama que eu vou
enfim, eu tive um dia péssimo, estava pra baixo, mas você conseguiu me animar
você sempre consegue
Jeonggukie 💕
Ei, não fica pra baixo não, Park.
Você é incrível! Não deixe nunca, ninguém te fazer pensar ao contrário.
Eu não sou a melhor pessoa pra lhe dizer isso, mas tô tentando te dar uma felicidade maior que todas que você já teve.
Menos com a Hyosun, com ela eu não posso competir.
Você:
me arrepiei todinho meu deus do céu
você é o homem da minha vida sim
e coloque uma foto nesse perfil, parece que tô conversando com um anônimo
Jungkookie 💕
Você tá querendo monopolizar minha rede social?
Você:
talvez eu esteja
Jungkookie 💕
Vai dormir, está tarde e você precisa descansar, bebê.
Você:
lendo esse apelido e pensando seriamente se você vai pronunciar ele pessoalmente ou vai ficar com vergonha rsrs
Jungkookie 💕
Nem me fale. Já me arrependi. 😣
Você:
vou ignorar esses emojis e ir dormir
boa noite jeongguk, durma bem, e até amanhã!!!
Jungkookie 💕
Boa noite, dorme bem também, até amanhã. 💕
Você:
e hey, eu estava bem triste antes de falar com você, mas curiosamente, minha tristeza sumiu em um estalo de dedos...
acho que você é um anjo
Jungkookie 💕
Você esqueceu que, na verdade, eu tô jogando pro time do diabo?
°~°
ola, anjinhos, como voces estão? esperam que estejam todes bem!
o que vocês acharam do jihyun?
deixem o número aqui pra a gente fazer o famoso grupo do wpp
ah, tem uma coisa mt importante também!!! a jjeonfuck postou uma obra que entrevista as autoras, e tudo mais, vão lá no mural dela e deixem perguntas bem legais que vocês tem curiosidade em saber aaaaa
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