65: guess who has a boyfriend

– Boa noite, mas só pra quem tem um namorado. – Jimin pronunciou-se pela primeira vez naquela noite, assim que entrou em casa, retirando os sapatos de forma desajeitada.

A feição irritada de Yoongi, sentado no sofá, com centésimos de livros acima de seu peitoral e caídos sobre o chão, e pernas, o fez soltar uma risadinha.

– Isso não foi nada engraçado. – Yoongi revirou os olhos, tentando focar sua atenção no livro à sua frente.

E então, foi aí que o baixinho percebeu que Yoongi estava realmente mau humorado, e um Yoongi mau humorado é sinônimo de morte na certa, resolveu não incomodar.

– Hyosun... – Jimin sibilou para o moreno, que desviou o olhar do livro à sua frente e suspirou.

– Está no quarto, disse que ia brincar de casinha. – Murmurou, simplista.

– Ei... – Jimin murmurou, acabando de destruir qualquer pensamente que lhe dissesse para não incomodar Yoongi. – O que houve, hyung?

– Não aconteceu nada, eu já disse. – O moreno deu de ombros. – Hyosun está fedendo à suor, passou o resto da noite brincando com o Taehyung é o Hoseok, melhor dar um banho nela.

– Tem algo haver comigo? – Jimin ignorou totalmente a fala do outro, mordendo o lábio inferior, curioso.

Ele não havia feito nada de errado, havia? Quer dizer, Jimin passava maior parte do tempo com Yoongi e Hyosun, tirava apenas algumas noites para ver Jungkook e cozinhava pra todos naquela casa.

Definitivamente, não havia feito nada de errado. Então, o que diabos estava acontecendo ali?

– Não, neném. – Yoongi falou, dando-se por vencido. – Depois a gente conversa, não tô com cabeça pra isso.

– Você tem certeza, não tem? – Jimin indagou, novamente, com voz suave, enquanto lançava um sorrisinho acolhedor para o outro.

Yoongi apenas assentiu, voltando a atenção para os livros com um bico irritado nos lábios.

E aquela era definitivamente a primeira vez que chegava em casa em tanto cedo e não encontrava os dois rapazes ali.

Havia tido uma das melhores noites com Jungkook, que depois do que havia acontecido na bancada, o levantou de imediato e procurou o banheiro mais próximo para limpar os estragos que haviam feito ali.

O moreno estava completamente diferente do Jungkook que Jimin havia conhecido na empresa, esse era sentimental, tinha um sorriso estampado no rosto, um certo deboche na fala, e era carinhoso.

O moreno ainda lhe deu muitos beijos quando o imprensou contra a porta do carro e agarrou sua cintura, um pouco relutante por estarem em público, mas ainda sim, corajoso o suficiente.

Jimin definitivamente estava tendo um dos melhores anos de sua vida, e nem precisava medir quantos esforços havia feito, certo de que tudo estava valendo à pena. E se pudesse, faria tudo de novo.

Jungkook certamente valia o esforço, valia todo o esforço do mundo, e por ele, Jimin correria e nunca se sentiria casado, justamente pelo fato de saber oque iria encontrar no final, e não precisar se preocupar tanto com seus problemas.

Era fato de que estava completamente apaixonado, e felizmente, namorando, mas agora tinha um compromisso à cumprir, um compromisso consigo mesmo, com Jeon Jungkook.

O compromisso de ser o namorado que você queria ter, e era por isso, que iria dar o seu melhor diante de todas as situações.

Jimin se consideraria o cara mais carinhoso do mundo dependendo da situação, apesar de não agir como tal quando precisasse, e aquilo era bom.

Jungkook estava finalmente o deixando entrar, e Jimin nunca esteve tão satisfeito como já estivera antes, já que o moreno era extremamente complexo e nunca se saberia oque poderia acontecer.

Vejamos, devido aos acontecimentos que incluíram a participação de ambos, haviam chegado nessa etapa, mas se tudo estivesse sido diferente?

Se Yoongi nunca tivesse corrido atrás, ou se Jimin apenas ingressasse na Gucci e esquecesse da sua existência completamente? O moreno poderia estar muito pior, já que o decair da empresa durante esse período era realmente evidente.

Nunca se podia enter Jeon Jungkook, e tudo que todos achavam entender, era somente uma máscara, mas o menor estava além disso, estava além de tudo, ou pelo menos, ele esperava achar, estar.

Jungkook era um quebra cabeça extremamente complexo, ou aquela questão difícil de prova que você esquece a resposta, ou seu desempenho na pior tarefa de sua vida.

Mas você sabe, que uma hora você irá resolver o quebra cabeça, responder a questão de forma correta, e com esforço, conseguiria realizar a tarefa com êxito.

Era questão de tempo até que Jungkook se sentisse extremamente confortável para comentar sobre qualquer coisa, pra se explanar sobre seu passado, e até que a tempestade passasse, Jimin iria esperar.

Iria esperar o tempo que fosse pra ser feliz com Jungkook, sem segredos, e sem limitações.

É claro que Jimin amava a versão carinhosa e afetuosa do moreno, mas não poderia conviver sem a arrogante e antipática, mesmo que o outro estivesse completamente apaixonado.

Ninguém muda completamente, e isso é fato, podemos sempre prometer a nós mesmos que mudaríamos pra fazer alguém melhor, mas sempre voltamos à estaca zero.

Não é sempre que a força do amor tem influência sobre todas as questões de nossa vida, não tomamos decisões por causa do amor, tomamos decisões, mesmo que em grupo, nos faça bem de qualquer maneira.

E Jungkook poderia voltar à ser o chefe autoritário e arrogante à qualquer momento, mas Jimin gostava dele assim, e se o moreno se sentisse confortável, por si estava tudo bem.

Não queria ter que pensar em coisas que arruinassem seu relacionamento, ou acabassem com sua saúde psicológica, coisas que possivelmente não aconteceriam, então concentraria todas as suas expectativas na confiança que tinha sobre seu namorado, e tudo ficaria bem.

O menor abriu a porta do quarto de Hyosun, ainda com um sorrisinho fraco no rosto, e observou a baixinha dormindo enquanto segurava uma de suas barbies em frente ao rosto, no chão, em uma posição desconfortável.

– Oi, meu anjinho. – O menor murmurou, abaixando-se para retirar com delicadeza, a boneca das mãos alheias. – O papai está em casa, neném.

– Appa? – Ela murmurou, um tanto desconfortável, enquanto pressionava os olhos e tentava os abrir, sentindo incômodo pela luz.

– Sim, sim. – Jimin soltou uma risadinha, arrastando os dedinhos gordos até a parte de trás da cabeça da menor, enquanto o outro braço ia em direção à suas costas.

– Eu dormi no chão... – Ela falou, baixinho, enquanto coçava os olhos. – Estava brincando, e do nada, apaguei.

– Cansada demais, huh? – Jimin sorriu, puxando a menor para seu colo, enquanto levantava-se pelas panturrilhas e se inclinava para colocar a menor na cama.

– Muito, muito, muito, muito mesmo. – Ela falou, com voz de sono.

– Mas você precisa de um banhozinho, ainda, tá certo? – Jimin indagou, indo em direção às gaveta da menor, retirando roupas de dormir, limpas. – Tô sentindo o seu CC daqui.

– Appa! – Ela resmungou. – Eu não tenho CC!

– Ah, você tem sim. – Jimin a olhou de canto de olho, brincalhão. – E é por isso que vamos tomar um banhozinho gostoso.

– Nah! – A menor em cima da cama grunhiu, cruzando os braços. – Você sabe que eu odeio tomar banho.

– Mas você precisa! É questão de higiene, anjo. – Jimin revirou os olhos, ainda em tom brincalhão.

– Não quero! – Se recusou, quando o moreno esticou os braços.

– Ah, Hyo, deixa disso. – Jimin riu, tentando se aproximar.

– Anya! – Deitou o torso na cama, girando de um lado para o outro.

– Hiperatividade. – Jimin bufou. – Ok. Vamos fazer o seguinte...

– Opa, me interessou. – Ela sorriu.

– Se você tomar um banhozinho gostoso, eu faço mingau pra você, certo? – Jimin pediu, e observou os olhos da garota brilharem em tentação.

– O de quando eu era menor? – Ela lambeu os lábios.

– Sim... – Jimin sorriu, assentindo. – Aquele com cheirinho de leite com mucilon, e ainda uso o feito de arroz!

– Vai usar mesmo? – Ela esticou o dedinho.

– Sim. – Jimin assentiu, unindo os dedinhos, soltando uma risadinha quando a garota se jogou em seu colo. -– Tô achando que tô mimando você demais.

– Está mesmo. – Ela deu de ombros, rindo.

Quando o moreno saiu do quarto com a menor no colo, entrando no banheiro logo em seguida, se inclinou para juntar as toalhas e abrir a banheira na água morna.

Sentou a menor em cima do vaso, que levantou os bracinhos para que o outro pudesse tirar sua camisa e passar os dedos gordinhos em seus cabelos castanhos.

– Vai ser de cabeça e tudo. Você tá sebosa. – Jimin grunhiu, sentindo o cheirinho de suor. – Do que vocês brincaram, hein?

– Ah, o Taetae, e o Seok estavam aqui comigo, a gente brincou de esconde-esconde, pega-pega, enquanto o titio Yoongi lia aqueles livros no sofá com cara de tacho. – Ela explicou.

Jimin inclinou-se para fechar a banheira e despejar a espuminha colorida ali dentro, com um biquinho cuidadoso no rosto.

– Venha aqui. – Pediu. A menor desceu do vaso, um tanto relutante, e aguardou o baixinho mergulhar o seu corpo na água. – A temperatura está boa?

– Aham. – Ela assentiu, mergulhando o rosto na água.

– Mas, eaí? Você sabe o porquê dele estar irritado? – Jimin indagou, confuso.

– Ele só ficou assim depois que o Hoseok e o Taehyung gritaram com ele, e vice versa, foi bem amedrontador, mas eu fingi que nem ouvi. – Hyosun falou, enquanto cutucava os cabelos.

– Oh... – Jimin prendeu o lábio inferior entre os dentes. Então era por isso que seu melhor amigo estava emburrado.

– Não gosto quando ele fica assim. – Ela murmurou. – Fica muito chato.

– Ele não vai ficar assim por muito tempo, relaxe. – Jimin sorriu. – Comprei esse shampoo novo de morango, a moça disse que espuma muito, vamos testar.

– Esse arde no olho? – Ela perguntou, observando o moreno despejar uma certa quantidade de shampoo em sua palma da mão aberta. – Você lembra o que aconteceu da última vez, né?

– Eu fui enganado! – Jimin se defendeu.

– Não foi nada! Você comprou o mais barato só pra economizar, e eu me dei mal! – Ela contra-atacou.

– Não é minha culpa se você abre os olhos quando eu tô passando o shampoo. – Jimin resmungou.

– É sim, Appa. – Hyosun riu. – Tô com fome.

– Quando é que você não tá com fome? – Jimin indagou, indignado.

A garota soltou uma gargalhada gostosa, fechando os dois olhos quando o moreno espalhou o shampoo em seus cabelos e observou a espuma crescente.

– E não é que espuma mesmo? – Jimin sorriu, vitorioso.

– Espumas são legais. – Ela comentou, passando a mão no cabelo.

– Ei, Hyo. – Jimin chamou sua atenção, um tanto curioso. – Como vai a Jungwa?

– Uh, a Jungwa... – Ela colocou o indicador na boca, pensativa. – Muito bem! Ela tá felizinha.

– Sério? Está indo embora cedo também? O Jungkook tá indo buscar ela na hora certa? – Jimin perguntou.

– Sim, sim. – Hyosun assentiu. – Ele até fala comigo, de vez em sempre. Quer dizer, ele continua um chato com ela, mas agora ele tá um chato mais cuidadoso, sabe?

– Chato o Jungkook vai ser pra vida toda. – Jimin riu. – Você gosta dele?

– Gosto. – Hyosun assentiu, sorrindo. – Ele é legal, as vezes, e traz comida pra a gente.

– Gosta mesmo? – Jimin indagou, ainda desconfiado.

Ele realmente precisava da opinião da sua filha nessa questão, não poderia namorar um cara que não fosse agradável o suficiente para sua filha, ou que a fizesse se sentir desconfortável.

– Sim, sim. – Ela assentiu, verdadeiramente. – E você sabe que eu não gosto de quase ninguém.

– É verdade. – Jimin assentiu, rindo. – Eu... Tenho uma coisinha pra te contar.

– Sério? É fofoca? – Hyosun indagou, curiosa.

– É uma coisinha meio... Diferente. Acho que você nunca viu o papai fazer isso, ou se viu, não lembra. – Jimin tentou explicar.

– E o que é? – Ela perguntou.

– O papai... – Jimin engoliu em seco. – Está namorando! O papai está namorando!

– Namorando? – Hyosun indagou, ainda perdida. – O que é isso?

– Namorar? – Jimin riu. – Pra você, o que é namorar?

– Namorar é... Trocar beijinhos? – Hyosun respondeu, inocente.

– Você é uma neném linda. – Jimin sorriu, apertando as bochechas da menor. – É isso mesmo.

– Então você tá trocando beijinhos com alguma garota? – Ela indagou.

– Bem... – Jimin tombou a cabeça para o lado, sem jeito. – É um garoto.

– Oh, que legal! – Ela sorriu, mostrando o polegar.

– Legal? – Jimin abriu a boca, estagnado. – Sim! Muito legal!

– Quem é? Eu tenho um papai agora? – Ela indagou. – Calma, eu vou ter dois papais?

– Quase isso, neném. – Jimin riu. – Você vai ter o papai, e o namorado do papai, entende?

– Não.

– Ele vai ser seu melhor amigo nas horas vagas, depois da Jungwa, é claro. – Jimin tentou explicar. – E você vai vê-lo aqui em casa quase sempre.

– Sério? Oh, mais um pra família, né? – Ela perguntou.

– Ai, eu amo você. – Jimin sorriu, derramando um pouco de água nos cabelos da menor, retirando o shampoo. – É sim.

– Mas o que namorar realmente quer dizer? – Indagou, confusa.

– Namorar é... – Jimin meneou os lábios em um biquinho. – Namorar é se apaixonar por alguém, é gostar de todas as qualidades e defeitos desse alguém, é você ter uma pessoa com quem possa dividir sentimentos e contar sobre o seu dia, se divertir com ela, e sentir que essa pessoa te torna uma pessoa melhor.

– Oh, acho que entendi. – Ela assentiu, um tanto confusa. – A Jungwa é a minha namorada, então?

– Quê? – Jimin juntou as sobrancelhas, dando uma risadinha. – Não, hyo.

– Mas eu gosto dela que nem você falou desse seu namorado aí. – Hyosun falou, soando engraçada.

– Você gosta dela como sua amiga, sabe? – Jimin tentou explicar. – Claro que não tem problema nenhum em gostar de outras garotas, ou de garotos... Merda, não sei explicar.

– Vou pedir ela em namoro, é isto. – Hyosun falou, decidida.

– Hyo! Você entendeu tudo errado! – Jimin soltou uma gargalhada. – É que nós também amamos nossas amizades, só que de formas diferentes, entende?

– Não, mas posso fingir que entendi, se te faz melhor. – Hyosun deu de ombros.

– Meu Deus, eu to tentando explicar sobre amor pra uma criança de quase seis anos. – Jimin grunhiu, batendo na própria testa.

– Cinco anos e meio. – Hyosun corrigiu. – Mas não se preocupe, appa, tenho certeza que ela vai dizer sim.

– Hyosun... – Jimin acabou por rir, desajeitado. – Quer saber quem é meu namorado?

– Uh, namoradinho. – Hyosun sorriu. – Quem é?

– O Jungkook. – Jimin murmurou, baixinho, como se fosse um segredo.

– O Jungkook chato? – Hyosun pareceu surpresa. – Então é por isso que dizem que o amor é cego.

– Como é que é? – Jimin ergueu uma sobrancelha.

– Tô brincando, appa. – A menor riu. – É por isso que você tá todo felizinho, né? Você olha esquisito pra ele.

– Não é esquisito... – Jimin grunhiu.

– É esquisito, appa. – A menor balançou os cabelos.

– Você tá muito abusada. – Jimin levantou-se pra buscar a toalha em cima da bancada.

– Estou? – Ela esticou os braços, pedindo colo.

O moreno apenas assentiu e começou à tagalerar sobre coisas aleatórias, enquanto enxugava seu torso e lhe levava para o quarto, procurando alguma roupa quentinha que esquentar sua filha naquela noite fria.

Minutos depois, Hyosun já se encontrava no quarto, dando um bocejo alto.

– Boa noite, appa. – Ela murmurou, dando um beijinho no rosto do moreno, que sorriu.

– Boa noite, neném. Eu amo você. – Acariciou seus cabelos, antes de levantar-se e fechar a porta do quarto com relutância.

Quando Jimin caminhou até a sala, Yoongi não estava mais lá, então presupos que o moreno estava no quarto, e ainda sim, havia deixado a pilha de livros espalhadas pelo sofá.

Jimin soltou um bufo alto, remoendo por dentro aquela vontade de ir falar com ele, mas acabou não resistindo, então gastou seus últimos minutos antes da meia noite preparando um lanchinho que acalma-se o baixinho resmungão dentro do quarto.

Quando finalmente colocou tudo na bandejinha de plástico, abriu a porta do quarto sem bater, observando o moreno jogado na cama com um dos braços acima dos olhos.

– Acho que sei oque aconteceu. – Jimin murmurou, sentando-se na beira da cama. – Se te faz melhor, eu trouxe lanchinho e um ouvido que possa te ouvir o quanto quiser desabafar.

– A Hyosun é fofoqueira. – Foi a primeira coisa que o moreno disse. – Pense numa menininha fofoqueira, é sua filha, parece o pai.

– É, eu sei. – Jimin riu. – Posso deitar aí com você?

– Desde quando você precisa de permissão pra isso? – Yoongi indagou. – Vem pra cá, cara de bunda.

– Você tá um porre. – Jimin revirou os olhos.

– É, eu to. – Yoongi bufou, enfiando as mãos no sanduíche em cima da bandeja, dando uma mordida calorosa.

– O que houve, hyung? – Jimin perguntou, curioso.

Eu odfeio aquexes doix idiotfas. – Falou de boca cheia, fazendo uma careta.

– Não odeia nada. – Jimin riu, tocando seus cabelos enquanto comia seu lanche.

– O Hoseok e o Taehyung vieram reclamar de coisas fúteis comigo, sendo que na maior parte do tempo, gasto meu dia dando atenção à eles. – Yoongi resmungou.

– Como assim?

– Viemos aqui pra casa, e no caminho, o Taehyung e o Hoseok não trocaram uma palavra sequer comigo. – Yoongi revirou os olhos. – Quer dizer, eles conversavam, e parecia que eu não tava lá.

– Como assim? Como se eles estivessem ignorando você? – Jimin indagou, confuso.

– Exatamente. – Yoongi assentiu. – Quer dizer, a gente tem o jogo de ignorar um ao outro quando falamos coisas retardadas, mas nem tava valendo!

– Tem alguma coisa estranha nisso... – Jimin resmungou.

– Chegamos aqui em casa, eles ficaram brincando com a Hyosun, e eu fui terminar os planejamentos das aulas de amanhã. – Yoongi explicou. – Quando eles estavam indo embora, eu reclamei que eles quase não falaram comigo.

– E eles? – Jimin perguntou.

– Começaram a dizer que eu tinha mudado, que estava com a cara enfiada nos livros, e que eu nem dava atenção pra eles direito, sendo que quem deveria estar com raiva, sou eu, que tô esperando o pedido de namoro faz 84 anos! – Yoongi revirou os olhos.

– Vocês ainda não namoram? Quê? – Jimin arregalou os olhos, indignado.

– O tapado do Taehyung é frouxo pra pedir, e o Hoseok é lerdo e indeciso, espero que caiam em um buraco e vão pro inferno dos amantes incompreendidos! – Praguejou.

– Você tá exaltado, neném, relaxe. – Jimin riu. – O Hoseok meio que pediu o Taehyung em namoro de brincadeira, hoje, e ele disse "faz isso não" como se estivesse ficado envergonhado.

– Ele é despreparado pra relacionamentos, foi por isso que levei um pé na bunda da primeira vez. – Yoongi revirou os olhos. – E quem tomou a iniciativa com o Hoseok fui eu também.

– Que otários.

– Quem faz tudo nessa porra sou eu! E não sou obrigado a aguentar esses desaforos fora de hora. – Yoongi resmungou. – Ridículos. Odeio eles.

– Não odeia nada. – Jimin repetiu, deixando um beijinho em sua bochecha.

– É. Amo eles. – Yoongi riu. – Mas e você com o Jungkook?

– Ele me pediu em namoro hoje. – Jimin sorriu, abobado. – Estamos namorando, puta que pariu.

– Quem diria, hein? Park Jimin caiu nas garras do tenebroso, amor. – Yoongi fingiu derramar uma lágrima.

– A gente fodeu no restaurante de sushi. Foi massa. – Jimin levantou o polegar.

– Credo, Jimin, que nojo, é comida crua. – Yoongi fez uma careta. – Vocês foderam em um monte de comida crua!

– Não fala assim! – Jimin riu. – Tem alguns que são fritos, okay?

– É, tem sim. – Yoongi debochou.

– Você tá melhor, neném? – Jimin indagou, tocando a pontinha do seu nariz.

– Tô. – Fez um biquinho. – Você sabe que sempre me deixa melhor.

– É, eu sei. Eu sou o melhor.

– Nossa, vai se foder. – Yoongi riu, mas foi interrompido pelo barulho da campanhia tocando deliberadamente, fazendo barulho por todo apartamento.

– Essa hora? Você chamou alguém? – Jimin ergueu uma sobrancelha, confuso.

– Eu mesmo não, olha a minha cara de quem tem amigos. – Yoongi resmungou.

– Misericórdia. – Jimin tombou a cabeça para o lado. – Vou atender, se for o Jungkook, tranca o quarto da Hyosun pra mim.

– Nojento. – Yoongi revirou os olhos.

Jimin soltou uma risadinha, enquanto levantava da cama e ia em direção à porta da sala, um tanto curioso.

Quando colocou a mão na maçaneta e abriu a porta em um movimento único, sentiu os lábios entreabrirem e os olhos arregalarem, completamente surpreso, e assustado.

– Merda.

°~°

oi rsrs quem vocês acham que é?

até a próxima att aaaaaa

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