55: i'll make you feel the luckiest man
– Você acha que está bom? – Jimin saiu do banheiro, um tanto relutante, com um secador na mão direita, e uma escova na mão esquerda.
Yoongi abriu um sorriso genuíno, caminhando em sua direção como uma criança que via um brinquedo caro, ou um doce, dependendo do caso.
– Eu sinceramente, já estou cansado de ver esse entra e sai do banheiro por três horas seguidas, assim fica impossível de lidar com vocês três, e olha que eu nem namoro o Jimin. – Taehyung grunhiu, colocando mais um pouco de pipoca na boca.
– Não seja rude. – Hoseok riu, deixando um selar fraco em sua bochecha. – Mas então, como se sente?
– Lindo eu sei que estou. – Jimin encostou-se no batente da porta. – Acho que me sinto uma nova pessoa.
– Ah, isso é muito bom. – Yoongi sorriu. – Hoseok, você trouxe o kit de maquiagem?
– Claro. – Hoseok desvencilhou-se dos braços de Taehyung, correndo em direção à sua mochila. – Você me ameaçou uma quarenta vezes.
– Não tenho culpa se você sempre esquece tudo. – Yoongi revirou os olhos. – Eu posso te avisar milhares de vezes mas você sempre vai esquecer alguma coisa.
– Deixa o bichinho, ele só é desatento. – Jimin riu.
– Hoseok não é só desatento, a desatenção que deveria se chamar Hoseok. – Taehyung entrou na onda, zombando do outro.
– Vocês esqueceram que eu estou aqui? – Hoseok indagou, claramente indignado.
– Okay. Desculpe, meu amor. Agora traz a maquiagem, sim? – Yoongi indagou, com carinha de anjo.
– O que eu não faço por você, né? – Hoseok revirou os olhos, entregando a caixa de metal para o outro garoto.
– Te amo. – Yoongi murmurou, dando um sorrisinho. – Agora senta aí, Jimin, vamos te transformar na Gisele Bündchen.
– Eu estava lendo esse manual sobre primeiros encontros... – Taehyung encostou o braço no batente da porta, vasculhando alguma coisa no seu iPhone.
– Manual para primeiros encontros? – Jimin indagou, indignado, enquanto Yoongi empurrava seu torso para a tampa fechada da privada. – Quantos anos você acha que eu tenho? Cinco?
– Anos suficientes pra saber que se você agir assim com o seu par, ele provavelmente vai levantar e ir embora. – Taehyung riu.
– Ah, Jungkook não é assim. – Jimin negou. – Ele gosta do meu jeitinho afiado.
– E quem não gosta, Park Jimin? – Yoongi indagou, com um sorriso no rosto.
– Primeira regra: Seja quieto, não aja por impulso, pense antes de falar as coisas. – Taehyung falava com voz de blogueira.
– Quem no mundo fica calado em um encontro? – Hoseok indagou, erguendo uma sobrancelha.
– Eu falo tanto que até o diabo deve se incomodar. – Jimin riu.
– Ele tem razão, uma vez fomos expulsos da biblioteca. Dia memorável. – Yoongi fez uma careta, Jimin deu de ombros.
– Não é minha culpa se aquele casal que não parava de se beijar estava infringindo regras e me incomodando. – Jimin resmungou.
– É meio que sua culpa sim, anjo. – Taehyung riu. – Não se interfere em uma coisa dessas.
– Interfere sim, é meio constrangedor. – Jimin grunhiu.
Yoongi abriu o kit, escolhendo algumas coisas básicas e passando em seu rosto de uma só vez, esperando que aquilo de alguma forma, ficasse bom.
Hoseok buscava a roupa social, elegante, e sexy, em seu quarto, Jimin estava beirando ao atraso, e Jungkook chegaria em breve.
– Ok. – Taehyung revirou os olhos. – Regra número dois: Sempre concorde com as coisas que ele diz. – Leu, e em seguida, caiu na risada.
– De onde você tá tirando esses tópicos? Da revista Toda Teen? – Jimin riu. – Ya, isso é tão decadente.
– Eu só queria rir um pouquinho. – Taehyung comentou. – Número três: deixe ele pagar o seu jantar, isso mostra que ele se importa.
– Agora passou dos limites. – Jimin riu. – No dia que eu depender de alguém pra pagar uma janta, eu não me chamarei Park Jimin.
– Fica quieto! Você vai borrar o rímel! – Yoongi riu, segurando a cabeça do outro.
– Eu sou impaciente e você está demorando. – Jimin grunhiu.
– Terminei! – Yoongi sorriu, afastando-se, enquanto o menor ainda tagarelava.
– O Jungkook vai chegar e eu vou estar parecendo um... – Jimin resmungou, indo em direção ao espelho, mas quando viu o resultado, arregalou os olhos. – Deus. Gente, eu tô parecendo um Deus.
– O que essas mãozinhas aqui não fazem, huh? – Yoongi sorriu, erguendo os dedinhos para o ar.
– Ah, louvadas sejam suas mãos. – Taehyung sorriu malicioso, deixando um beijo em sua bochecha.
– Nojento. Eu estava falando em relação a maquiagem. – Yoongi riu.
– Hum? Eu também. – Taehyung deu de ombros.
– Taehyung, você tinha razão. – Falou. – Eu definitivamente fico mais gostoso de cabelo preto.
Jimin observou a vasta camada de sombra rosa e escura no canto dos olhos, assim como um leve clarear no canto de sua bochecha, e um rastro leve e simples de gloss vermelho em seus lábios.
– Gente, eu ainda tô sem acreditar. – Jimin aproximou-se do espelho. – Tudo bem, eu sou lindo, mas isso? Eu tô parecendo um idol!
– Eu andei praticando. – Yoongi sorriu.
– Muito bom, nenis – Jimin ergueu uma sobrancelha.
– Multi-tarefas, bebê. – Deu de ombros.
– Cadê o Hoseok? E a Hyosun? – Jimin indagou.
– No quarto, escolhendo uma roupa. – Taehyung respondeu. – Que horas você disse que o Jungkook viria?
– Às oito. – Respondeu, indo em direção ao quarto.
– Já são oito horas, cara. – Yoongi alertou.
– Desde quando ficamos tão atrasados? – Taehyung indagou.
– Desde que você inventou de passar em uma pizzaria na volta do trabalho, e ficamos horas esperando aquela merda ficar pronta! – Jimin grunhiu.
– Ya, Appa, veja essa aqui. – Hyosun subiu na cama, retirando uma camisa preta, sem estampa, enquanto Hoseok aproximava-se com um sobretudo escuro.
– Tem essa gargantilha também, e a calça, vai ficar muito bonito. – Hoseok completou, jogando tudo em cima da cama.
– E, wow! Seu cabelo! – Hyosun sorriu, caminhando em sua direção. – Deixa eu tocar!
Jimin baixou a cabeça, sorrindo ao sentir as mãozinhas em seu cabelo macio, e escuro.
– Veste logo! – Hoseok gritou, apressado.
Jimin agarrou as coisas, e adentrou o banheiro com uma certa pressa, colocando as roupas, e por último, afivelando o cinto.
– Gente, eu sinto muito informar, mas a campainha está tocando. – Taehyung gritou, da sala.
Yoongi arregalou os olhos, correndo para atender a mesma, assim como um Hoseok, e uma Hyosun desesperada atrás de si.
Jimin automaticamente apressou o passo e abriu a porta do banheiro, ainda enfiando parte da camisa dentro da calça, juntando seu celular e sua carteira, dentro do bolso da calça.
– Oi. Uau, que homão. – Yoongi abriu a porta, sorrindo. – O Jimin tá vindo, fica aí. – E fechou novamente.
– Vamos sair daqui, e dar privacidade a eles, porque tem que ter aquela entradinha triunfal, entendeu? – Taehyung murmurou, apontando para o corredor.
Passaram pelo mais novo moreno, desejando-o um bom encontro, e uma boa sorte. Ah, Jimin teria sim, um bom encontro.
– Não me esperem, acho que não volto cedo. – Jimin comentou.
– Não iríamos esperar. – Yoongi revirou os olhos, arrancando uma risadinha gostosa do moreno.
Caminhou até a porta, um pouco relutante, e segurou a maçaneta, engolindo em seco, antes de girar e abrir um sorriso sem mostrar os dentes.
– Minha nossa, Park. – Jungkook mordeu o lábio inferior, apreensivo, até levar o olhar até ssuas madeixas escuras. – Eu... Você está... Ah. Meu Deus. Muito bonito, muito mesmo.
Pensou em dizer responder, mas não conseguiu dizer nada.
Ah, Jungkook estava usando calças justas, suas habituais camisas brancas de botão, um sobretudo com detalhes brilhantes nas pontas, os sapatos polidos, e Jimin podia jurar que havia visto uma breve coloração em seus lábios.
– Porra. – Foi a única palavra que saiu de seus lábios.
Jungkook soltou uma risadinha fraca, seu olhar desceu até as calças de couro do moreno, e subiu intensamente, até o olhar vidrado nos seus.
– Eu... – Jimin engoliu em seco, observando o moreno lubrificar os lábios. – Vou fechar a porta. Isso.
– É. Fecha aí. – Jungkook desviou o olhar, desconcertado.
– Então... – Jimin colocou as chaves no bolso, sorrindo, enquanto caminhava até o elevador, o chamando. – O que você fez hoje?
– Nada de interessante. – Jungkook deu de ombros, o empurrando contra a parede acinzentada ao lado. – O que você fez hoje?
Jimin sentiu o impacto atrás de si, sorriu genuinamente enquanto sentia as pontinhas de suas madeixas tomarem a liberdade de invadir um pouco do espaço acima dos olhos.
Jungkook o observava intensamente, uma das mãos presas em sua cintura, a outra acima do seu ombro, encostada na parede.
– Não consigo me concentrar quando você me olha assim. – Jimin fechou os dois olhos.
Jungkook aproximou-se da lateral do seu pescoço, raspando a pontinha do nariz, antes de espalmar sua respiração quente e deixar um vasto selinho ali, sentindo a pele de sua nuca arrepiar-se.
– Eu fui ao trabalho, conversei um pouco com o Taehyung... – Jimin respondeu, sentindo a trilha de beijos alargar-se na direção dos seus lábios, antes disso, em seu maxilar. – Depois fomos comprar pizza. Oh, céus.
– Você tá tão cheiroso. – Jungkook riu contra a pele macia, deslizando a pontinha do dedos ali.
– A sua sorte, é que só existem câmeras nos elevadores, caso contrário, o porteiro estaria vendo uma cena um tanto íntima. – Jimin levou suas mãos até a nuca do moreno, puxando levemente, alguns dos fios que haviam ali.
– Eu definitivamente não ligo. – Jungkook deu de ombros. – É só que você tá muito... Wow. Não que você não esteja os outros dias, longe disso, mas é que hoje, você tá impossível.
O moreno sorriu graciosamente, mas sua expressão logo foi substituída pelos lábios fartos entreabertos quando Jungkook deslizou as mãos grandes sobre sua bunda farta, e a apertou com força.
– E-eu entendo completamente. – Jimin falou. – Achei que iria ficar desconfortável, mas lembro que uma vez saímos pra comer comida brasileira, e foi uma das melhores noites do ano.
– Nos damos bem sozinhos, definitivamente. – Jungkook assentiu. – Você tentando parecer formal foi bem engraçado.
– Eu também sei disso. – Jimin riu. – É só que as vezes essa coisa toda não serve pra mim. – Acariciou a lateral do maxilar do moreno. – Vocês são todos chiques e formais, e eu não sei me adaptar muito bem.
– Eu gosto assim. – Jungkook sorriu. – Só te torna mais interessante.
– E essa boca aí, ela só fala, ou também beija? – Jimin indagou, divertido.
Jungkook inclinou-se para beijá-lo, mas a porta do elevador o assustou, retirou as mãos da cintura do loiro e o acompanhou.
Jimin estava confortável com a situação, era estranho o fato de que com Jungkook, nada nunca perdia a graça, é claro que já haviam saído com a equipe de trabalho milhares de vezes, e era justamente por isso, nenhuma das vezes era exaustiva e tediosa.
Jungkook sabia como o entreter, mesmo indiretamente, até um mero sorriso era capaz de o tirar do sério, poderia passar uma eternidade observando os dentinhos de coelho trasparecerem e os olhos amendoados irem fechando.
Jimin não gostava de formalidades, mas com Jungkook, ele não se importava. E eram justamente esses detalhes que o chamavam atenção, suas frescuras eram totalmente esquecidas, suas adaptações ao mundo de luxo também, e no momento, era apenas ele, e Jungkook.
Não era forçado, era apenas natural, tinha uma áurea interessante que sempre caía sobre ambos e deixava a conversa mais convidativa e divertida do que já era.
Jimin nunca havia sentido-se assim com ninguém, nem com o seu primeiro amor, era forte, intenso, era mais que mera tensão sexual - embora na maioria das vezes, é essa tensão que reina - mas acontecia pelo fato do moreno ser insaciável.
E olhando para Jungkook ali, apenas divagando em pensamentos aleatórios, percebeu no quanto os detalhes de seu rosto acentuavam-se tão bem, até mesmo seu nariz um tanto grande. Jimin o achava adorável.
Não entendia oque estava acontecendo consigo, não foi de um dia para o outro, mas sentia que do nada, Jungkook passou a ser alguém muito mais importante.
Existia uma linha tênue entre ser sexy, adorável, e safado, e na maioria das vezes, Jungkook cruzava todas essas linhas sem perceber, sendo completamente impassível, ou totalmente domável.
Ah, Jimin imaginava como seria domar aquele homem, como seria montar em seu colo e cavalgar até não sentir mais o impacto em suas pernas, de sentir as mãos firmes e fortes agarrarem a carne de sua bunda, deixando alguns tapas e apertos ali.
De sentir-se desejado, e chupar cada detalhe importante daquela pele extremamente atraente e pecadora, porquê Jungkook era sim, um pedaço de mal caminho, e sabia disso.
Queria torturar seus lábios, beijar seu pescoço e descer até sua área restrita, rasgar sua calça, apertar suas coxas e fazer Jungkook delirar de tanto tesão.
Mas naquele momento, ele parecia tão disperso e desajeitado, que havia cruzado novamente linha entre sexy, e adorável. E era assim que as coisas funcionavam.
Jimin não sabia se conseguia andar entre todas as linhas em momentos diferentes, já que sempre costumava ser objetivo em relação aos seus pensamentos, tão objetivo que Jungkook já deveria saber o que ele queria, com apenas um olhar.
Havia muita diferença entre aqueles dois, a diferença entre atos, a diferença de pensar, a diferença de agir, beijar, sentir, mas nunca houve uma diferença no olhar.
O olhar de Jungkook sempre o entregava por completo, Jimin conseguia deduzir cada pedacinho daquele escuro intenso que dominava suas orbes e as tornavam instigantes.
Jungkook era simplesmente, Jungkook demais para Jimin.
Os olhares se cruzaram novamente quando a porta principal se abriu, Jimin egoliu em seco, sem saber o que fazer quando suas mãos esbarraram acidentalmente contra as de Jungkook.
Não entendia essa coisa toda, era novo para o moreno ter a sensação de querer namorar alguém e dividir seus sentimentos com ela.
Porque querendo ou não, estar em um relacionamento não é apenas beijos e carinhos, estar em um relacionamento é justamente o fato de que demonstrar que você vai estar lá pra essa pessoa.
É conhecer outras famílias, tornar-se amigo de outras pessoas, outros vínculos, outras histórias, aturar aquele parente chato da família do outro rapaz, no qual você não gosta, e experimentar coisas novas com o seu parceiro.
Tinha certeza que seu relacionamento nunca cairia na rotina porquê Jungkook sempre teria um mínimo detalhe surpreendente para lhe mostrar no fim do dia.
Estar em um relacionamento é mostrar-se presente, é mais que dizer várias juras por dia, é demonstrar em atos tudo aquilo que você falou a essa pessoa.
É você namorar a pessoa que você queria que fosse contigo, é apaixonar-se pela forma que é tratado, e Jungkook nunca havia o tratado mal, desde a última briga.
Muito pelo contrário, sempre foi cuidadoso e informativo nas questões de dizer que iria acabar o machucando, e olha onde estavam agora? Trocando sorrisos tímidos e quase segurando as mãos.
Acontece.
Quando Jungkook desbloqueou o carro, Jimin sentiu um alívio em descansar suas pernas e sorrir abertamente para o moreno, encostando a cabeça no banco.
– Hum, pra onde você acha que vamos hoje, Park? – Jungkook indagou, brincando com a forma de falar seu sobrenome.
– Não sei. Um motel? Por favor, me diz que é pra um motel. – Jimin implorou, debochadamente.
– Não. Seu pervertido! – Jungkook riu, acelerando o carro. – Vai, tenta de novo.
– Um restaurante? – Jimin indagou.
– Vamos comer, mas não em um restaurante. – Jungkook respondeu.
– Hum... – Jimin cruzou os braços, pensativo. – Desisto.
– Que pena. Só vai saber se advinhar. – Jungkook riu. – Perdeu sua chance de saber se vai ser sequestrado ou não.
– Me sequestra, e me leva pra um motel, de preferência. – Jimin brincou.
– O que te leva a pensar que eu sou tão excitante assim? – Jungkook indagou, um tanto brincalhão.
– Ah, não sei. – Jimin mentiu. – Não vou te dar o gostinho de ouvir você dizer que eu aumentei seu ego. Você pode descobrir isso na cama.
– Besta. – Jungkook sorriu.
Jimin observou a trilha ficar cada vez mais longe do bairro em que morava, os prédios bem contruídos passeavam em sua vista, Seoul era realmente bonita, dependendo do ponto de vista. O moreno adorava seus pontos turísticos, sua organização natural e sua política reforçada.
Observou Jungkook dar leves suspiros e entreabrir os lábios enquanto piscava suavemente, até ir parando aos poucos em um sinal de trânsito, Jimin tombou a cabeça para o lado, virando o pescoço na direção da janela.
Seu corpo todo pareceu entrar em combustão, quando a mão direita de Jungkook - que antes estava sob a marcha - pousou em sua coxa, suavemente, sem nenhum tipo de aperto, completamente inocente. Ou não.
Mas em questão de segundos, Jungkook cruzou a linha tênue novamente.
Jimin engoliu em seco ao sentir - agora - o leve aperto contra sua coxa, e o roçar de dedos contra o tecido de couro, meneou o olhar do moreno, que parecia concentrado demais no transito, claramente forçado, reprimiu uma risadinha, Jungkook estava definitivamente buscando se aproximar.
E foi por isso que levou sua mão esquerda até a mão direita do moreno, fazendo um breve carinho ali. O sinal abriu novamente, e o menor continuou pelo resto do caminho, desenhando coisas imaginárias contra a mão do outro, que as vezes abria um sorriso sem mostrar os lábios.
Ok. Jimin não podia negar que sentiu uma enorme vontade de deslizar as mãos de Jungkook até seu pau, ou até mesmo de fazer um movimento brusco. Mas não era algo que pudesse controlar, suas emoções estavam definitivamente á flor da pele.
– Ei, Jeon. – Jimin chamou sua atenção. – Quero ouvir música.
– É só colocar. – Jungkook deu de ombros.
– Oque você gosta de ouvir? – Jimin indagou. – Eu não ficaria surpreso se você me dissesse que é música clássica.
– Você com certeza vai ficar mais surpreso quando eu te disser que eu realmente gosto de pop coreano. – Jungkook ergueu uma sobrancelha, Jimin entreabriu os lábios, surpreso. – E Justin Bieber, rei do pop.
– Rei do pop? Só conheço um. – Jimin riu. – Michael Jackson.
– Ah, cala a boca, vai. – Jungkook brincou, arrancando uma risadinha do loiro.
Não demorou muito para que BIGBANG começasse a soar mais alto que o normal no som do carro, Jungkook balançava a cabeça positivamente, aquilo fez o coraçãozinho do outro moreno apertar-se de amor.
– No I don't wanna go too fast, cuz nothing really lasts, I think I need some time, but I can't get you off my mind. – Jimin cantarolou, sorrindo. – No, no, no...
– Ya, você canta bem! – Jungkook exclamou, assustado. – Muito bem, por sinal.
– Eu tinha uma banda na minha adolescência. – Jimin sorriu, assentindo. – Fiz aulas de canto, e tudo mais, mas nunca iria dar certo.
– Eu também tinha uma. – Jungkook comentou. – A gente se reunia no porão mofado do papai e cantava as músicas do Day6. Eu gastava toda a minha mesada em instrumentos.
– Ah! A adolescência é uma fase tão boa, eu queria ter sido adolescente pra sempre. – Jimin grunhiu. – Daí a gente cresce e tem de aprender a lidar com nossas responsabilidades. – Suspirou.
– Há anos atrás eu nem pensava que teria uma filha, nem planejava assumir a empresa do meu pai... – Jungkook comentou. – Mas quando pude perceber, já estava casado e solitário.
– E é por isso, coração, que você está aproveitando agora. – Jimin sorriu.
Aproximou-se da orelha do moreno, sua vasta respiração quente contra a pele de sua orelha, encaixando de forma sensual os dentes ali, dando um leve puxão.
– Hoje vou te fazer o homem mais sortudo do mundo. – Murmurou, antes de soltar uma risadinha baixa.
– O certo não seria feliz? – Jungkook indagou, curioso, afastando a cabeça, em uma tentativa falha de disfarçar o quanto fôra afetado.
– É. Mas como você tem um Park Jimin, é sortudo mesmo. – Deu de ombros.
– Ah, convencido. – Jungkook sorriu, deixando mais um aperto na coxa do menor.
Não demorou muito para que Jungkook estacionasse o carro no canto da estrada de cimento. Havia uma pequena trilha de madeira logo ao lado, uma grande colina atrás da casa. E foi aí, que Jimin percebeu o porquê de terem demorado tanto.
Estava em um dos bairros mais antigos e tradicionais de Seoul, crianças com famílias ricas geralmente cresciam e corriam pelas grandes colinas que haviam ali.
Jimin não conseguia entender o porquê de estarem em um lugar de tamanhos culhões.
– Jungkook? – Jimin indagou, curioso. – Porquê estamos em Namsan*?
– Uma vez te ouvi dizer que queria saber um pouquinho mais do meu passado. – Jungkook respondeu, retirando os cintos de segurança. – E esse aqui é um lugar muito especial pra mim. Confia em mim, você vai gostar.
Jimin entrabriu os lábios, surpreso, e derrepente, toda a tensão que havia em seu corpo foi substituída por uma sensação única.
As borboletas na barriga haviam voltado novamente, assim como a famosa ansiedade habitual, a misteriosa forma que somente Jungkook sabia o fazer sentir.
– Vamos? – Jungkook abriu a porta, com um sorriso genuíno no rosto, foi até a mala, retirando uma bolsa escura e certamente carregada. – Estou ansioso. Rápido!
– Eu já vou! – Jimin soltou uma risadinha, batendo a porta do carro.
Sua respiração acelerou quando em um único momento, seus braços se esbarraram, e ao invés de serem largados de lado, Jungkook segurou sua mão e apertou forte, entrelaçando seus dedos.
Jimin sentiu todo o seu coração aquecer por dentro, certo de que nunca havia sentido-se assim, e mesmo com toda a preparação do moreno, aquele já estava sendo o melhor encontro da sua vida.
°~°
oi, minhas nenes
esperem pelo resto do encontro, tá tudo muito aAaaaAAAAAA, quarta feira tem mais
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