0: prologue

Jimin dirigia apressadamente em direção a escola nova em que havia matriculado sua filha, Park Hyosun. O tráfego não era dos piores mas ele poderia chegar mais rápido devido ao imprevisto, havia passado antes em uma JC - CEO Corporativa - Onde deixou seu currículo.

Não diria que o currículo do ruivo era ruim, apesar da sua condição financeira não vir de meios muito decentes, ele havia feito alguns cursinhos de logística e administração durante a faculdade, mas não conseguiu exercê-los de forma correta.

Jimin era apenas um rapaz de 18 anos quando ficou noivo da sua primeira namorada, vindo de família religiosa foi basicamente obrigado a procriar, pois isso ajudaria a manter o casamento e o contrato que seus pais fizeram com os pais da mãe da criança.

Anos depois, encontrou a moça na cama com outro rapaz, não se sentiu tão mal, porquê vejamos, Jimin não se sentia totalmente entregue ao gênero feminino e raramente aceitava uma proposta de sexo com ela, por outro lado, entendeu completamente que ela precisava transar e que um homossexual não satisfaria seus desejos.

Não havia como disfarçar, de qualquer forma, além do mais, Jimin era um filho de Afrodite de beleza totalmente incompreensível e tamanha sensualidade capaz de seduzir qualquer um que o tentasse, e digamos que ele tenha usado um pouco disso para conseguir uma vaga no seu futuro emprego.

Estacionou o carro, dando um suspiro de alívio ao ver sua pequena o esperando sentada em um dos bancos do local, não estava muito cheio, mas era um horário considerável para uma criança esperar pelo responsável.

Colocou seu óculos de sol enquanto caminhava até a porta com certa curiosidade ao ver sua filha ao lado de outra garotinha, que mantinha o olhar sobre o ruivo.

— Meu amor! — Jimin sorriu, abrindo os braços para receber sua filha, que havia herdado uma de suas melhores características. Um sorriso divino.

— Appa! — Ela tocou o rosto do rapaz com as duas mãozinhas, dando um beijinho em sua bochecha.

— Então, como está sendo o primeiro dia de aula da minha bebê? — Indagou, quase babando pela semelhança que pequena tinha de si próprio.

— Não me chama assim, appa! — Ela sorriu amarelo, claramente constrangida ao ver a garota ao seu lado soltar uma risadinha. — Ya! Pelo menos você fez ela parar de chorar.

Jimin meneou o olhar entre sua filha e a outra garota, vendo a mesma limpar algumas lágrimas dos olhos e dar um sorriso que quebrou o coração de Jimin, ver o sorriso machucado de uma criança.

— Ei. — Jimin tocou o braço da garotinha com o olhar sereno, costumava ser muito bom com crianças, e ganhava uns pontos a mais por causa do seu cabelo de cor quente. - Como você se chama?

— Jeon Jungwa. — A garota limpou suas lágrimas, estendendo a mão para Jimin apertar.

Jimin arregalou os olhos, juntando suas mãos com as da garota, que tipo de criança no século XXI cumprimentava os adultos com um aperto de mão? Ou melhor, que tipo de pai ensinaria algo tão rígido para uma criança tão inocente?

— Com quem você aprendeu isso, Jungwa? — Jimin ergueu uma sobrancelha, tentando lembrar de onde havia ouvido o sobrenome da mocinha, suspirou frustrado.

— Ah, eu sempre vejo meu papai cumprimentar os amigos dele assim, é errado? — Ela indagou, Jimin soltou sua mão e negou.

— Não, neném — Sorriu. — Mas você pode me dar apenas um sorriso e já está bom. Pode me dizer porque estava chorando, agora?

— A-ah! - Ela gaguejou. — É porque o papai da Jungwa não trata ela como o senhor... — Ela juntou as duas mãozinhas em frente ao seu torso, recebendo um abraço desajeitado de Sun.

— Não precisa me chamar senhor, Jimin oppa está de bom tamanho. — Falou, percebendo a pose da garota relaxar e acostumar com sua presença. - E como é que seu papai te trata?

— Ah, oppa, o papai nem liga pra mim, ele é chato, ele diz que eu não posso brincar com os meus carrinhos. — Bufou, fazendo um bico.

- Ah, é? E porquê? - Jimin cruzou os braços, parecendo indignado com a postura e atitude do pai dessa garota, mas que mente fechada! Será que ele sabia que estava vivendo no século XXI?

- Ele diz que carrinhos são para garotos, mas tudo bem, oppa, ele me dá barbies. - Ela tocou o ombro do rapaz na intenção de confortá-lo.

Jimin olhou de relance para Hyosun que apenas encarava a cena com seu sorriso habitual, a menininha sempre amou ver seu papai ajudar outras pessoas a ficarem menos tristes.

— E a sua mamãe, onde está, meu anjo? — Jimin indagou.

— Appa disse que ela está no céu. — Jungwa respondeu, com receio. — Mas eu a vejo nos meus sonhos, ela é minha anja da guarda!

Jimin engoliu em seco. Agora tudo fazia sentido. O rapaz que cuida dessa garota provavelmente gastou a vida em negócios, e depois da morte de sua esposa não aprendeu a educar de forma correta.

— O papai é um herói, não é, Jungwa? — Hyosun cortou o silêncio de Jimin, se pendurando no pescoço da amiguinha que assentiu. — Ele podia ser seu papai também, daí poderíamos passar muito mais tempo juntas.

— É, Jimin oppa, seja meu papai também, seria muito mais melhor! — Jungwa o incentivou, Jimin deu uma risadinha do seu coreano errado.

Por um momento sentiu-se satisfeito por ter feito esse agrado a uma amiga de sua filha, sendo que seria meio impossível tornar-se o ''papai'' dela, torcia para que ela arranjasse uma mãe que pudesse abrir a mente desse pai, novamente.

Afinal, na visão de muitos, mulheres realmente podem mudar o modo de pensar de um homem apaixonado, mas Jimin conseguia fazer o mesmo, e era um rapaz, então talvez essa concepção não esteja tão certa assim.

— Venham aqui, quero um abraço em grupo. — Jimin abriu os braços, vendo as duas garotas agarrarem seu pescoço como se nunca mais fossem soltar. O baixinho amava esse tipo de abraço.

Seu momento de carinho fora cortado quando viu Jungwa afastar-se subitamente ao ouvir uma voz autoritária chamar seu nome, aquilo fez com que os pelos do corpo de Jimin se arrepiarem por alguns instantes.

— Ei, você! — O homem chamou sua atenção. Jimin virou o rosto com o olhar centrado, o observando. — Tire as mãos da minha filha!

Jungwa fez um bico, separando-se do abraço enquanto caminhava lentamente em direção ao pai, Jimin levantou-se desajeitadamente, segurando nas mãozinhas de Hyosun, ajeitando a calça justa e colada, que definiam suas coxas por completo.

— Vamos, eu não tenho o dia todo. — Agarrou o braço da menor. — E o que eu te disse sobre falar com estranhos? — Murmurou, alto o suficiente para que Jimin escutasse e rangesse a garganta em desconforto.

— Não existe nenhum estranho aqui. — Jimin falou, alto o suficiente para que a atenção do homem voltasse inteiramente para si, o fazendo o olhar de relance.

E céus, ele parecia tão bonito de boca fechada, seu Black Tie a rigor destacava suas costas largas e seu torso que provavelmente era muito bem definido, seus cabelos castanhos levemente alinhados e aquela maldita boca rosada, aquilo intrigou Jimin, de uma forma que o impulsionava a provoca-lo e o deixar irritado.

— O que disse? — Franziu o cenho, observando o ruivo de cima a baixo, o fazendo engolir em seco, mas não, perder a pose.

— Eu disse que não sou um estranho, meu nome é Park Jimin, e se me dá licença, não é minha culpa se você esquece de buscar sua filha na escola só porque está preocupado demais com o seu trabalho. — Jimin disparou, com um sorriso irônico no final.

— É isso aí, seu boboca, o papai não é estranho! — Hyosun fez uma careta para o moreno, que revirou os olhos com sua atitude infantil.

— Você devia ensinar sua filha a ter modos. — O rapaz já impaciente, desceu o olhar para a calça rasgada de Jimin. — Mas nem parece que você tem um.

— Appa! — Jungwa arregalou os olhos. — Não fale assim dele, ele foi mais legal comigo do que você!

Jimin inflou o peito, dando um sorriso sarcástico para o rapaz em sua frente, que apenas bateu o pé impaciente. - Não tenho tempo pra isso, vamos logo, eu deveria te colocar de castigo!

E então deu a última olhada para Jimin que apena observou o homem irritado o encarar com raiva e intensidade, sentiu algo revirar em seu estômago e estranhou.

Pelo reflexo da janela do local podia ver o moreno colocar sua filha no banco de trás da sua BMW e logo depois entrar no banco da frente, deu partida e saiu, Jimin observou o carro virar a esquina e suspirou.

— Vamos, Sun. — Segurou a mãozinha da menor e caminhou para fora da escola.

— Ei, appa! — Ela chamou sua atenção, balançando o braço do maior. - Será que você pode mesmo virar o Appa da Jungwa? — Indagou, com um sorriso no rosto.

— De onde você tirou essa idéia? O papai nunca mais vai se casar, meu amor. — Jimin revirou os olhos.

Mal sabia que de fato, sua filha estaria certa.

°^°

oi meus amores, bem vindos ao prólogo de redemption! espero que tenham gostado e que acompanhem até o final! c:

a idéia principal surgiu do fato de que eu nunca vi uma fanfic referente aos meninos como pais solteiros - me perdoem se já estiver uma - mas nesse quesito é bem difícil de achar, então quis testar algo diferente

eu tava muito ansiosa pra postar espero muito mesmo que gostem aaaaaaaaaa

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