Capítulo 59
CAIO
Na segundo batida, Deborah, mãe de Laura aparece. Ela usa roupas sostificada. Seu cabelo solto se tornando ondulações de castanho-claro. Sua boca preenchida por um batom de cor vermelho.
— Caio! — Ela abre passagem para eu entrar — O que faz aqui?
Entro no lugar bem iluminado, os pais de Lauras não são ricos, mas tem bastante dinheiro.
— Olá senhora, Deborah, vim buscar a Laura para assistirmos a um filme lá em casa — Adentro no lugar.
— Ah... — Ela parece refletir — Minha filha comentou algo sobre isso, mas, estava tão ocupada com o trabalho, que me esqueci. — Ela dá um pequeno sorriso.
Assinto com a cabeça sem saber ao certo o que dizer. Laura já me falou sobre a relação dela com os pais. Na maioria das vezes, ela confessou, sentir-se sozinha por entre essas paredes grandes de um tom claro.
— Sente-se —Deborah oferece de modo educado. Então, me sento no estofado macio em formato de um L, de um tom marrom claro, aceitando a xícara de chá de hortelã que Deborah me oferece. O cheiro do mesmo preenche minhas narinas, assoprando o chá devido a temperatura.
— Laura também me disse que você estão namorando. — Deborah diz ao sentar-se e cruzar as pernas.
Assinto. Não sei ao certo o que Deborah pensa ao meu respeito, espero que tenha uma boa impressão de mim, não sou rico. Não sou o mais inteligente da escola — Laura me disse uma vez que eles prezam por isso —, e, não sou o menino que quer fazer medicina. Mas com certeza posso fazer Laura feliz, se isso conta, não vou decepcioná-la.
A mãe de Laura toma um gole de chá enquanto se aproxima de onde estou.
— Caso vocês... Sabe. — Ea faz um careta, seguido de gestos estranhos — Caso vocês tenham relações... sexuais. — Ela me lança um sorriso amarelo, como se dissesse "Já passei por isso na sua idade". — Usem camisinha. Um bebê não seria bom para o futuro de Laura... — Deborah diz por fim — Se é que você me entende.
Quase me engasgo com o chá.
— Não se preocupe com isso, senhora. — Dou um meio sorriso constrangido. — Vamos apenas assistir ao filme. Apenas isso. — Já havia tido essa conversa com minha mãe, mas sempre fico desconcertado — Onde está Fred? — Questiono, querendo mudar de assunto.
Fred é pai de Laura e nunca parece estar em casa. Trabalha de investigação policial. Não que eu saiva tanto assim sobre a familia de Laura, mas ja passei tempo o suficiente com eles para olhar por entre as entrelinhas.
Como se fosse o estopim, Deborah, dá um pequeno suspiro cansado e logo depois se levanta.
— Está trabalhando. — Vou informar á minha filha que você está aqui.
Seu rosto se torna algo sólido. Assinto com a cabeça, não sabendo ao certo se foi uma boa ter perguntando, mas afasto o pensamento da cabeça.
Logo em seguida a mulher de cabelo ondulados desaparece do corredor.
Depois de alguns minutos Deborah volta com Laura. Ela está apoiada em seu braço para se locomover. Por causa do seu tornozelo, que está machucado devido aquele dia na praia.
Laura levanta a cabeça para me encarar e um pequeno sorriso brota em seus lábios. Ela apoia os braços em meus ombros, se segurando em mim.
— Cuide dela. — Deborah diz. E, apesar da máscara que usa, parece preocupada.
— Com minha vida. — Respondo firme enquanto encaro-a, em troca recebo uma confirmação.
Laura se despede da mãe e faço o mesmo. Logo saímos do apartamento, decidindo ir pelo corredor, até porque ela não está em condições de descer escada. Mas isso não me impede de lembrar de quando descemos as longas estradas, quando fomos caminhar, quando vimos a estrela cadente e fizemos um pedido.
Um sorriso escapa de meus lábios quando me lembro daquele dia.
Depois de sete andares já estamos na entrada do condomínio. Laura solta um resmungo de dor, dando um passo em falso. Ela segura minha camisa no processo para não cair. Com um único movimento, passo às mãos por sua costa e pernas. Agora, ela está em meus braços.
Laura me encara com olhos levemente arregalados, suas bochechas corando no processo. Desse modo, ela não precisa se esforçar para caminhar.
— Não precisa... — Laura mumura insegura, mas suas bochechas estão levemente coradas, de certo modo, sei que está aliviada — As pessoas estão nos encarando.
Encaro-a e aperto minhas mãos em seu pequeno corpo, mas não ao ponto de machucá-la, apenas para ter certeza que ela não vai car. Ao inferno que eu me importo se as pessoas estão nos encarando ou não.
— Precisa sim. Seu tornolezo está ferido, e você não está conseguindo nem andar direito — Puxo ela para mais perto do meu corpo. Deseja exala por cada poro do meu ser, mas tenho que manter a promessa que fiz a mãe de Laura — Sua beleza é digna de ser apreciada.
Laura responde com um sorriso. Ela encosta a cabeça em meu peito. E, por um minuto, aprecio esse momento.
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