Capítulo 3

|Chris|

Durante essa madrugada, por incrível que pareça, Noah dormiu praticamente a noite toda, mesmo tendo dormindo durante o dia. Ele só acordou mesmo as três da manhã porque estava com cólica, mas depois só acordou as oito, que foi a hora que levantamos mesmo. Já ajudou pra descansarmos mais.

Ser pai está sendo uma experiência extremamente nova e difícil pra mim. É sempre uma coisa diferente pra me preocupar, sendo que a preocupação em ser um ótimo pai pra esse garoto já me atormenta. É assustador e estressante, mas ao mesmo tempo é uma experiência que estou gostando.

Admitimos que o Noah chegou para mudar a nossa vida mesmo. Dove e eu nos aproximamos mais, minha mãe voltou a ter contato com a gente e sempre que pode manda alguma coisa, e me ajudou a amadurecer mais como pessoa.

Estamos agora indo para o shopping. No máximo que saímos nesse mês, foi para levar Noah para fazer o exame do pezinho e tomar as vacinas. Eu até sai mais, para resolver alguma coisa com os meninos, mas Dove ficou praticamente um mês inteiro socada dentro de casa. Então, combinamos com o pessoal de nos encontrar no shopping.

Minha mãe deu pra gente um 'canguru' ou carregador para carregar o Noah quando saissemos, pelo menos não precisamos ficar levando carrinho de bebê pra cima e pra baixo.

Acabei de estacionar o carro no estacionamento do shopping e desço, já prendendo o 'canguru' em mim. Dove pega Noah e me dá. Como ele está dormindo, prendo-o sobre mim com todo o cuidado possível e deito a cabeça dele no meu peito.

Dove pega a bolsa dela com as coisas do Noah e entramos no shopping.

- Eles já chegaram? - pergunto.

Dove olha no celular e abre nas mensagens do grupo.

- Chegaram. - ela digita alguma coisa e espera o pessoal responder - Não sei porque estou surpresa. Praça de alimentação.

Dou risada e vamos até lá. A única que não pode vir foi a Sofia, já que ela tinha que ir para a Vogue. O pessoal nem vê a gente chegar porque estão falando alguma coisa pra Audrey e ela está os olhando com sangue nos olhos.

- Oi pra vocês também - Dove diz quando nos aproximamos.

- Oi - Audrey sorri e abraça a Dove e depois dou um beijo no rosto dela.

Os meninos nos cumprimentam também, mas Erick fica mexendo com a Audrey.

- O que tá acontecendo aqui? - pergunto rindo.

- Esses monstros - Audrey diz.

- Não somos monstros - Rich levanta o dedo - Somos apenas protetores.

- Grandes protetores - ela vira o olho. - Aquele carinha ruivo ali. - ela aponta - É um amigo meu de criança que fazia anos que eu não via. Ele simplesmente veio aqui e me chamou pra sair. E esses quatro brutamontes colocaram o Pablo pra correr.

- Ele não é confiável - Joel fala e Dove e eu seguramos a risada.

- Vocês nem conhecem ele - Audrey rebate.

- E nem queremos - Erick fala e passa o braço no ombro dela - Você é só nossa.

- Sai pra lá - ela tira o braço do Erick de cima dela - Ah é, eles falaram que eu já tinha quatro donos. Nunca fui olhada tão torta em toda minha vida. - ela vira o olho.

- Gente, isso é ridículo - Dove fala rindo - Até eu pensaria mal com alguém falando isso.

- Tá vendo? - Audrey abraça Dove de lado - Alguém aqui me compreende.

- Só ela então - falo e ela me olha - É ue, pra alguém chegar perto de alguém do nosso grupo, tem que pedir permissão pra gente primeiro.

- Nossa, como vocês são machistas - Dove fala.

- Não somos machistas - Zabdiel fala e Dove e Audrey colocam a mão na cintura. - Às vezes.

- Nem vou discutir com vocês - Audrey fala.

Os meninos e eu damos risada e Noah acorda. Ele tava tão quietinho que tinha esquecido que estou carregando ele.

- Seus monstros, acordaram o Noah - Audrey fala e Dove ri.

- Foi seu nervosismo que acordou o menino - Rich diz e Audrey mostra o dedo do meio pra ele.

Noah desencosta a cabeça um pouco e fica olhando, acho que estranhando o lugar movimentado. Ele começa a fazer carinha de choro e começo a balançar pra ele não chorar.

- Pai nível hard - Erick fala e viro o olhando rindo.

- O que vocês estão dando pra esse menino comer? - Joel pergunta mexendo com ele. - Tá muito grande pra um bebê de um mês.

- Ele já nasceu grande - falo - Vai tá um poste quando tiver seis meses.

- Certeza - Joel ri.

Noah fecha os olhos e dorme de novo. Onde cabe tanto sono?

Como já é hora do almoço, aproveitamos para pedir um lanche e já almoçarmos. Acabo comendo com todo cuidado pra não cair nada no Noah e o sujar.

..

Audrey e Dove estão andando na nossa frente e o carinha que Audrey disse que era seu amigo, está andando junto. Erick praticamente o fuzila e Rich fica falando mal.

- Desde quando vocês são super protetores com ela? - pergunto.

- Desde quando ela praticamente é a única mulher solteira no grupo - Joel fala.

- Única? - pergunto para o Rich.

- É, a Sofia e eu meio que começamos a levar as coisas mais a sério.

- Tadinho de você - falo rindo.

- Falei a mesma coisa pra ele - Zabdiel fala e Rich ri.

- Vocês dois são uns traidores - Erick fala - Achei que ia rolar alguma coisa entre ela e eu um dia. Apesar que nunca gostei dela de verdade.

- Perdeu playboy - Rich dá um tapa na cabeça do Erick.

- To nem ai - ele responde - Pelo menos to na pista ainda.

- Vou pendurar uma plaquinha no seu pescoço - Zabdi fala e rimos.

- Vamos entrar nessa loja rapidinho - Dove diz e puxa Audrey e as duas somem dentro da loja.

Paramos de andar e nos sentamos num banco em frente a loja. ŹNoah espirra e vira a cabeça para o outro lado e continua dormindo. Olho e sorrio com a cara que ele faz.

- Nossa, parece que to vendo você dormindo - Zabdiel fala.

- Né - falo - É estranho. Ele tem tudo meu praticamente. - fico o olhando - Menos as expressões, são todas dela.

- Pensa pelo lado bom, você se livrou de mais uma garota com tpm - Rich diz e dou risada.

- Verdade. - falo rindo.

Ficamos conversando até duas garotas passarem perto e ficarem nós olhando.

- Ah que gracinha - uma delas para e fica me encarando com o Noah. - É seu filho?

- É sim - falo e ela chega mais perto pra ver.

- Pai solteiro? - ela pergunta e Erick engasga.

- Não - sorrio o mais educadamente possível.

- Que pena. - ela fala.

- Ai Sabrina, como você é atirada - a amiga dela fala e Rich dá risada. - Tapada, é lógico que ele não é solteiro.

- Só foi curiosidade - ela responde.

- Curiosidade mata.

- Mata mesmo - Zabdiel fala rindo - A noiva dele tá te fuzilando lá de dentro.

Olho e Dove está nos encarando feio, mas disfarça conversando com a Audrey. A tal Sabrina cora na hora e dá um sorriso meio sem graça. Se fosse em tempos atrás, eu até daria alguma bola pra ela, até porque ela é uma morena muito bonita. Mas as coisas mudaram e muito.

- Não liguem pra ela, ela é assim mesmo - a amiga dela a puxa. - Podem me dar um autógrafo?

- Uia, ela reconheceu a gente. - Joel fala.

- Sou fã de vocês - ela sorri e a tal Sabrina a olha de olhos arregalados. - Esse é aquele grupo que fico escutando o dia todo e você me xinga.

Damos risada e autografamos o braço dela perto da tatuagem que ela tem do CNCO. Tiramos uma foto com ela e depois elas saem.

- Nossa - Erick fala rindo. - Só eu que achei as duas super atraentes?

- Não - Zabdiel fala rindo.

- Não mesmo - Joel fala. - Chris e Rich estão fora dessa opinião.

- Estamos mesmo - Rich fala - To de boa.

- Eu também - falo.

Minutos depois, Dove e Audrey se juntam a nós de novo. Audrey foi comprar uma bolsa nova e Dove aproveitou pra comprar uma bolsa para a câmera. Ela não comentou nada sobre a aproximação da garota e eu tenho quase 80% de certeza que ela está com os ciúmes a flor da pele.

Continuamos andando um pouco mais no shopping, mas agora estamos voltando pra casa, já que Joel começou a reclamar de enxaqueca.

..

Chegamos em casa e Dove amamentou Noah e dei um banho nele. Coloquei uma roupinha mais leve nele já que está calor e o coloquei no berço, já que ele dormiu de novo.

Volto para a cozinha com a babá eletrônica na mão e Dove está mexendo uma panela de brigadeiro. Coloco a babá na mesa e vou até ela, e a abraço por trás.

..

|Dove|

- Então? - Chris pergunta e dá um beijo no meu ombro.

- Então o que? - continuo mexendo o brigadeiro.

- Não vai falar nada sobre mais cedo? - ele apoia o queixo no meu ombro.

- Falar o que?

- Não sei - ele dá de ombros - Alguma coisa? - solto uma risada pelo nariz.

- Não tem nada pra falar - respondo desligando a panela.

- Não?

- Nop - pego uma colher de brigadeiro, me viro ficando de frente pra ele e fico soprando o brigadeiro - Por que eu falaria?

- É que você olhou bem feio pra mim - ele responde e dou risada.

- Não foi pra você bobão.Foi pra ela. Eu confio em você.

- Confia? - ele pergunta.

- Ahan - como um pouco do brigadeiro e dou o resto pra ele - Faltou mais chocolate.

- Pra mim tá bom - ele fala e sorrio.

Saio de perto dele, pegando a panela e a colocando tampada na bancada para esfriar.

- Você fica engraçada com ciúmes - ele fala e sorrio.

- Quem disse que eu to com ciúmes Velez?

- Sua cara - dou risada - Vai falar que não? - ele me puxa pela cintura e passo os braços no seu pescoço.

- Nenhum pouco - balanço a cabeça.

- Você é uma mentirosa de mão cheia - ele fala e dou risada.

- Eu to no começo da tpm, não tenho culpa. - ele sorri.

- Começo, começo? - ele pergunta e concordo com a cabeça - Não tá ainda..

- Não Vélez, não estou.

Ele dá um sorriso malicioso e me levanta. Passo as pernas em volta da sua cintura e ele me senta na bancada.
Ele abre minhas pernas e fica no meio delas me encarando.

- 45?

- Meu Deus Chris. - falo rindo - Disfarça seu desespero. - ele continua me encarando - Tá bom Velez, 33.

Ele ri e me beija. Ficamos em um beijo calmo por um tempo, até ele intensificar, apertando minhas coxas e fazendo com que eu prenda a cintura dele com as pernas.

Ele desce uma trilha de beijos pelo meu pescoço, onde dá algumas mordidas também, me tirando alguns suspiros. Tombo a cabeça e afundo meus dedos no seu cabelo.

Ele volta beijando meu queixo e meu pescoço, e eu puxo sua camisa para cima a tirando e jogando em  algum lugar da cozinha. 

Ele tira a regata que estou usando e se livra da calça, ficando só de cueca. Chris me pega no colo de novo e me deita no sofá, já ficando em cima de mim.

Ele começa a descer os beijos para o vão dos meus seios e barriga me tirando vários suspiros. Ele tira meu sutiã já beijando e mordiscando meus seios, e mordo o lábio para prender alguns gemidos.

O que não resolve nada, porque acabo soltando um gemido baixo quando ele começa a me massagear por cima do short enquanto beija meu pescoço.

Em poucos segundos ele se livra do meu short junto com a minha calcinha. Como estou extremamente molhada, isso já facilita que ele coloque dois dedos dentro de mim e comece a movimentá-los devagar, me tirando vários gemidos.

Ele continua num vai e vem lento enquanto gruda nossos lábios de novo.

Ele aumenta a velocidade das estocadas me levando ao delírio enquanto arranho os ombros dele.

Quando sinto que estou perto do meu limite, ele tira os dedos de mim e desce colocando a boca em minha intimidade. Ele coloca uma perna minha em seu ombro e volta a penetrar dois dedos em mim, já os movimentando rápido enquanto usa sua boca também.

Não consigo controlar os gemidos altos que saem da minha garganta e em poucos minutos eu gozo. Ele pega minha mão e me puxa se sentando e me fazendo sentar em cima dele.

O beijo e sinto meu gosto na sua boca enquanto rebolo em cima do seu membro. Chris aperta minha cintura e me levanta se livrando da sua última peça de roupa.

Me sento novamente, encaixando seu membro em mim e tirando um suspiro de nós dois. Fico parada um tempo o encarando. Passo os dedos em sua nuca e deixo um beijo delicado na sua boca.

- Eu te amo - sussurro e ele sorri.

- Eu também te amo.

Ele começa deixa um beijo no meu queixo e apoio nos seus ombros enquanto começo a rebolar, aumentando a velocidade aos poucos. Chris afunda seu rosto no meu pescoço e vai dando algumas mordidas de vez em quando. Ele força seu quadril pra cima para ir mais rápido e puxa meu cabelo me fazendo tombar a cabeça um pouco dando liberdade do meu pescoço, enquanto deixo meus gemidos saírem tranquilamente.

Chris me segura pela cintura e se levanta comigo em seu colo. Ele passa perto da mesa da cozinha, pegando a babá eletrônica e me levando para o quarto.

Quando chegamos no quarto, ele coloca a babá em cima da cômoda e me deita na cama devagar. Ele me penetra, mas fica parado me encarando. Coloco a mão no pescoço dele o beijo.

Pela babá eletrônica, escutamos Noah acordar e Chris finge chorar colocando cabeça no meu pescoço.

- Relaxa. Ele só acordou. - falo.

- Que bom, porque ele roubou muito você de mim já - ele fala e dou risada.

- Até ele chorar, sou toda sua - falo rindo e ele sorri.

- Dove, se ele chorar agora eu te esgano - ele fala rindo - Você tem uma boca de profeta ultimamente.

- Eu retiro o que eu disse. Apesar que já falei, não tem como retirar. - falo e ele levanta a cabeça me olhando feio - Ai, tira essa cara, eu to brincando. - dou um empurrãozinho nele. - Nervosinho. Devia estar começando a ficar mais calmo agora.

- Não apela - ele fala rindo.

- To mentindo?

Ele solta uma risada pelo nariz e me beija, e prendo minhas pernas na sua cintura. Ele desce os beijos para o meu pescoço e começa a se movimentar devagar. Desce uma das mãos no meu corpo e segura uma das minhas pernas, a levantando um pouco, permitindo uma penetração mais funda.

Tento controlar meus gemidos mordendo meu lábio, mas isso fica impossível quando aumenta as estocadas, deixando várias mordidas entre o meu pescoço e meus seios.

Quando estou quase no meu limite, o viro e troco de posição ficando por cima. Apoio minhas mãos no seu abdômen e começo a subir e a descer rápido. Chris aperta minha cintura e força o quadril pra cima pra aumentar mais as estocadas e seguro em um dos seus pulsos. A única coisa que dá pra ouvir no quarto são os nossos gemidos e o barulho dos nossos corpos se chocando.

Mais algumas estocadas e nós dois gozamos juntos. Deixo meu corpo cair em cima do meu enquanto tentamos recuperar o nosso fôlego.

Levanto minha cabeça depois de um tempo e deixo um selinho nele e sorrimos.

- Banho e brigadeiro? - pergunto e ele ri.

- Por favor.

Saio de cima dele e vou direto para o banheiro. Chris me abraça por trás e entra comigo no chuveiro.

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