Capítulo 1

|Dove|

Um mês depois

- Chris! - chamo com voz de sono.

Olho no relógio e são 2h40 da manhã e Noah está chorando. Enfio a cara no travesseiro e suspiro.

- Chris - o chacoalho e ele abre um olho, mas fecha - É sua noite de ir lá.

- É sua - ele fala sonolento - Ele deve estar com fome.

- Não é choro de fome. É sua vez. - digo.

Chris suspira e levanta, com toda a cara de sono dele. Noah tem bastante cólicas durante as madrugadas, então nós revezamos as noites quando ele chora. Só quando sei que ele está com fome, mesmo que é noite do Chris ir, eu vou no lugar.

- Ai inferno - Chris reclama quando dá um tropicão na cama e sai mancando.

Dou risada e me viro de lado. Eu não durmo bem desde que ele nasceu e pareço uma zumbi.

- Dove! - escuto Chris me chamar.

Me levanto e acabo tropeçando também. Vou mancando até o quarto do Noah e Chris está o ninando. Chris olha para o meu pé e sorri.

- Bateu o dedinho também, é? - ele fala baixinho.

- Não - minto e sorrio - Que foi?

- Coloca a mão nele.

Coloco a mão na testinha dele e ele está ardendo em febre. Saio do quarto e pego meu celular. O médico que fez o meu parto também é pediatra e ele pediu pra ligar para ele em qualquer hora. Depois que ligo, volto para o quarto.

- Então? - Chris pergunta.

- Ele chega em quinze minutos, mas pediu pra tentar baixar a febre. Coloca ele no trocador e deixa ele só de fralda - peço.

Chris coloca Noah no trocador e tira o macacão. Enquanto isso, vou até a cozinha e pego uma tigela de água fria. Volto com a tigela e pego uma fralda no gaveteiro. Chris pega a tigela da minha mão e coloca do lado. Molho a fraldinha, torço e coloco na testa do Noah.

Ficamos fazendo isso até percebermos que a temperatura dele vai diminuindo. O pego no colo e Chris coloca o pano na testa dele e vou ninando ele. Noah me olha e começa a fungar, mas não chora.

Coloco a mão atrás da cabeça dele e o levanto. Encosto o rostinho dele no meu e a temperatura dele está praticamente normal.

- Me dá ele um pouco - Chris diz.

Chris o pega e molho a fralda mais um pouco e Chris coloca na testinha dele. Ele se senta na cadeira e em poucos minutos, Noah começa a fechar os olhos.

- Nunca pensei que diria isso, mas não vejo a hora dele passar os três meses - Chris diz e dou risada.

- Eu também - falo e Chris solta uma risada pelo nariz.

- Já sei, vamos deixar ele com a Sofia uma semana e vamos dormir fora. - ele fala rindo.

- Maldoso - digo rindo. 

A campainha toca e vou atender. O doutor entra e examina Noah. Ele diz que Noah está bem, foi só uma reação da vacina que tomou a dois dias atrás e provavelmente amanhã cedo não vai ter mais febre.

Ele passa uma receita de um remédio para darmos a ele caso ele tenha febre de novo. Ele se despede e vai embora.

Coloco Noah pra dormir de novo e vamos nos deitar. Aproveitar duas horas pra dormir, já que daqui duas horas ele acorda de novo. Noah parece que tem um cronograma certinho. De noite ele dorme, mas de duas em duas horas acorda. De manhã ele dorme o dia todo, bem na hora que temos que fazer as coisas de casa, ele só acorda pra mamar.

- Que horas são? - pergunto.

- 3h30. - Chris responde. Ficamos olhando para o teto e pelo canto do olho vejo Chris me olhar - Tá sem sono?

- Agora eu to. - respondo e vejo ele dar um sorrisinho malicioso.

- 45 dias? Não pode ser 30? - ele pergunta e dou risada.

- 45 Vélez - o olho. - Nada menos que isso.

- Mas a gente tá sem sono. - ele ri - Temos que fazer alguma coisa pra dar sono depois.

- Jogar palavras cruzadas - falo e ele faz cara feia - Eu to brincando - digo rindo.

- Isso é sacanagem sabia - ele fala.

- É, sacanagem. Não foi você que pariu uma criança.

- Não deve doer tanto assim - o olho inconformada.

- Vou te dar um útero e uma vagina pra você ver se não doí tanto assim - digo séria e ele cai na risada.

- Eu to brincando - ele fala rindo e finjo ficar brava - Nem adianta fazer essa cara feia, porque você tá com vontade de rir.

- Não to com vontade de rir - falo e seguro um sorriso.

- Não? - Chris dá outro sorrisinho malicioso.

- Não - cruzo os braços.

- Ahan.

Ele sobe em cima de mim e apoia uma mão do lado da minha cabeça.

- Não vai sorrir não?

- Não - falo.

- Ok, então.

Ele começa a fazer cócegas na minha barriga e começo a rir.

- Para, vai acordar o Noah - falo rindo.

- Ele vai demorar pra acordar agora - ele diz e continua.

O empurro e ele acaba caindo no chão.

- Tá vendo? - me ajoelho na cama e dou risada.

- To.

Ele pega meu pulso e me puxa, me fazendo cair também. Ele coloca o braço no chão pra que eu não bata a cabeça e dou um tapa nele.

- Seu grosseiro - falo e ele ri.

- Eu sei que sou mala - ele fala.

- Sem alça e sem rodinhas, tenho andar te chutando. - digo rindo.

- Ou - ele belisca minha barriga.

- Era pra mim estar dormindo. Você acabou de tirar meu sono.

- A gente resolve isso - ele fala com um sorriso no rosto e vai se aproximando do meu.

- Nem vem - empurro a cara dele. - Agora sim que vai ser daqui a quinze dias.

- Você é muito vingativa.

- Sou. - coloco a mão no ombro dele e o empurro, mas ele não sai de cima. - Você tá me esmagando seu gordo.

- Gordo não - ele levanta o dedo - Excesso de gostosura.

- É gordo sim - falo. - Você não é gostoso.

- Lógico que sou.

- Você é muito convencido. - falo e dou risada. - Senão sair de cima de mim, vou te dar um chute onde mais doi. Aí sim vamos ficar mais algum tempo sem fazer nada. - falo e ele franze a testa.

- Deus me livre. Já faz 4 meses que não fazemos nada - ele fala.

- Então, me deixa voltar pra cama senão vai ser mais quatro - dou um sorriso sem mostrar os dentes e ele sai de cima.

- Isso não vale - ele fala.

- Vale sim - subo na cama e me sento.

- Não, não vale. - ele volta pra cama e fica empurrado.

- Tadinho, ficou tisti - falo e dou risada.

Dou um beijinho nele. Ele revira o olho e sorri. Tento me afastar, mas ele me puxa juntando nossos lábios de novo.

Ele coloca a mão nas minhas pernas e me puxa, me fazendo passar uma perna de cada lado dele e sentando.

Intensificamos nosso beijo e afundo meus dedos no seu cabelo, enquanto rebolo devagar em seu colo.

- Vou acabar não respondendo por mim - ele diz e beija meu pescoço.

Tombo a cabeça pra deixar o espaço livre pra ele e ele me aperta contra ele. Como ele está com uma bermuda de pano fino, assim que ele encosta nossas intimidades, arfo e suspiro.

Quatro meses sem transarmos é uma tortura para os dois. E agora que o médico mandou esperar 45 dias pra voltarmos a ter alguma, Chris sempre pega no meu pé e me provoca.

Ele desce as alças do meu vestido e desce uma trilha de beijos até meus seios e sobe de novo para minha boca.

Ele me beija e força minha cintura para rebolar em cima dele e faço.

Escuto Noah chorar de novo e paro. Chris me olha e suspira fundo, tenso.

- Vai lá - ele diz.

Dou um selinho nele e saio de cima dele, arrumando as alças do meu vestido.

Vou até o quarto do Noah e o pego do berço. Me sento na cadeira e dou de mamar pra ele. Enquanto isso, fico balançando a cadeira e passando a mão na cabeça dele.

- Dá trabalho, mas não queria que você crescesse - digo.

Ele termina de mamar e me levanto o ninando. Quando ele dorme, dou um beijinho na testa dele e o coloco no berço.

Volto para o quarto e Chris já está apagado.

- Oxe - falo baixo e me deito do lado dele.

Ele percebe que me deitei e me puxa. Me aconchego nele e logo dormimos.

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Espero que gostem do primeiro capítulo.

Deixem os votos e comentários, por favor!!

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