Capítulo 1 - Medidas Drásticas
Olá pulguinhas, passando aqui para lembrar que comentários e votos engajam a história e isso me ajuda a crescer dentro da plataforma.
Meu twt é @Arikia1 e comentem a fic com a #mamaeschantagistas e #ataldamark2, vamos interagir juntos!
Boa leitura!
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Existem muitas suposições de como os humanos foram extintos da Terra, alguns apostam que uma entidade desceu ao planeta e os recolheu; outros acreditam que foi uma arma biológica. Os pesquisadores creem que as inúmeras guerras por poder e egoísmo territorialista acabaram os matando, e os cientistas acreditam que os conflitos criaram uma arma biológica e ela tornou o planeta inabitável para muitas espécies, forçando um processo de adaptação, ocasionando a cruza de espécies na natureza e assim sendo obrigatório começar um estudo de como fazer mutações com o gene dos humanos com outras espécies na tentativa de evitar a extinção dos Homo sapiens sapiens.
De toda forma, a única certeza que se tem atualmente é que faziam pouco menos de três milênios que a espécie híbrida habitava o planeta e de alguma forma, boa parte da natureza foi restaurada. Ainda era um mistério a resposta como tudo pareceu recomeçar do zero, o que com certeza era uma questão para os curiosos de plantão, estes que certamente investigariam a vida toda para tentar descobrir um pouquinho desse iceberg.
Há quem afirme que a maior característica herdada pelos híbridos dos humanos, são os sentimentos. Pois já reparou em como a vida é engraçada? Feita por altos e baixos, para que assim sempre tenhamos algum conhecimento, um novo amadurecimento. É assustador como em um dia podemos estar no ápice da felicidade e no outro simplesmente ver tudo ao nosso redor desmoronar, sem ter a menor ideia de como lidar com isso.
As lembranças ainda estavam vivas na memória do jovem sr. Jeon.
Recordava perfeitamente dos gritos de dor, as horas que passou ao lado de sua esposa, a incentivando e dando forças para que conseguisse trazer o filho deles ao mundo. O bebê felizmente veio forte e saudável ao mundo depois de algumas horas, enchendo o peito de seus progenitores de amor e alegria, algo com certeza mágico.
No entanto, ele não imaginava que pouco mais de uma semana depois, voltasse novamente a um hospital, vislumbrando sua amada deitada em uma maca, o corpo totalmente ensanguentado enquanto era rapidamente levada para o centro cirúrgico. Foram horas traumáticas na sala de espera, ficando aflito a cada segundo que se passava e ao final da noite, a notícia que recebeu despedaçou seu coração. A princípio não teve reação e pensou seriamente que aquilo era uma brincadeira de mal gosto, pois em nenhum momento sentiu o alfa em seu interior entrar em agonia, ele não sentiu aquela dor tremenda que todos relataram sentir ao perder o parceiro.
Naquele momento, sequer tinha lágrimas e sentia a conexão esvair pouco a pouco, enquanto entrava em estado quase catatônico. Lembrava vagamente de ser socorrido pelos médicos.
O pior de tudo foi quando recobrou a consciência e a realidade lhe atingiu cruelmente, pois não havia sido um sonho.
A primeira semana tinha sido devastadora, principalmente porque não conseguia ficar dentro de casa e a única forma que encontrou de continuar, foi se atolando em afazeres no trabalho, pois analisar papéis era melhor do que os momentos diários que passava se perguntando o que seria de sua vida dali em diante.
Por isso lá estava Jungkook em mais um dia, sentado na cadeira do escritório, analisando um documento, com uma caneta em mãos, pronta para ser usada. Era possível apenas ouvir seus suspiros, pelo menos até que o barulho de saltos ecoasse do lado de fora de sua sala. A princípio, o moreno estranhou sua secretária não ter lhe avisado que alguém solicitava falar consigo. Suas dúvidas, porém, foram esclarecidas quando pela porta de vidro, a ômega dos cabelos negros que caiam na altura do queixo, trajando roupas sociais e usava uma bolsa apoiada no antebraço esquerdo, abriu a porta, adentrando no local e se sentando em sua frente, com a expressão fechada.
— Mãe... — Passou a mão pelos fios escuros, suspirando pesadamente, deixando os papéis de lado, dando atenção a mulher a sua frente. — O que gostaria?
— Preciso ter uma conversa muito séria com você, Jungkook. — O tom de Jiwon saiu sério, a pose da ômega estava rígida e era nítido que estava muito irritada.
— Aconteceu alguma coisa? O papai está bem? — O alfa questionou franzindo o cenho de modo preocupado, definitivamente estranhando a postura da progenitora.
— Seu pai nunca esteve melhor, mas não posso dizer o mesmo dos meus netos. — respondeu rapidamente, a amargura podendo ser notada a quilômetros de distância.
— O que tem meus filhos? — Arqueou as sobrancelhas para a mais velha, que riu sem humor.
— "O que tem?" Ora essa, como assim "o que tem", Jeon Jungkook — Cruzou os braços, parecendo ter ficado ainda mais irritada. — Você deixa eles a Deus dará, desde que Yoona faleceu. Não sei se recorda, mas tem um filho de três meses de idade e o deixa com uma babá qualquer, não só a ele quanto os meus outros seis netinhos. Por Deus, você ao menos sabe se estão sendo bem tratados, como estão indo na escola ou como estão em relação a morte da mãe deles?
— Mãe, olha-...
— Não me interrompa! — Ralhou, fazendo Jungkook se encolher na cadeira e então a mulher se levantou. — Jungkook, são crianças! O mais velho tem apenas nove anos e está tendo que encarar a responsabilidade de ser o irmão que dá consolo aos mais novos, porque o pai dele não faz isso! — A expressão de Jiwon mostrava pura decepção. — Eu sei que amava a Yoona, mas seus filhos chegam a estar mais magrinhos, sabe quantas vezes Wonho foi ao hospital no último mês? Aposto que não sabe ou se dá conta que três vezes para um recém-nascido é mais do que grave. Eu o levei ao hospital, mas não é responsabilidade minha! Meus filhos eu já criei e estão muito grandinhos e saudáveis por sinal. — suspirou, não deixando a pose superior de lado. — Sua mulher iria repudiar a forma que está tratando as crianças, quando foi a última vez que brincou com eles ou deu um beijinho de boa noite? Que chegou em casa cedo e os ajudou com a lição da escola? — perguntou andando de um lado para o outro. — Eu aguentei quieta, deixei que você tivesse seu luto durante três meses pois sei o quão desolado seu lobo está, mas seus filhos são prioridade! Meus netos são mais importantes, eu sei que dói, mas infelizmente você não me dá escolha.
— Do que a senhora está falando? — perguntou não ousando argumentar contra a ômega, pois sabia que ela estava certa em todas as acusações.
— Eu pensei e pedi a ajuda do seu pai sobre o que fazer sobre a situação. Eu e ele chegamos a conclusão de que você precisa se casar com outro ômega, para cuidar das crianças e de você. E eu já tenho até o pretendente. — Jungkook começou a rir, mesmo que a expressão da ômega deixasse bem claro que não estava brincando.
Ela estava mesmo falando sério? Achava mesmo que outro casamento poderia resolver a atual situação do filho?
— Você só pode estar brincando comigo, está totalmente fora de cogitação eu me casar novamente. — Jungkook respondeu de modo firme. — Não farei isso de forma alguma.
— Oh, não? — Jiwon olhou para o filho, com um sorriso maléfico e as sobrancelhas arqueadas. — Eu sabia que você ia preferir do jeito difícil.
— O que está insinuando?
— Se não se casar com outro ômega, eu tiro não só todos os seus bens, como as crianças de você. — disse séria. — E eu não estou blefando, eu duvido muito que algum juiz lhe permita ficar com a guarda das crianças com todas as provas que eu tenho. Não me importo em ser a avó chata, se for para o bem deles eu consigo fazer com que você nunca mais os veja. Vou pra Londres com todos e ninguém vai me impedir. Sem a L'atelier Encanto você fica sem nada, que futuro daria a eles? Se bem que dessa forma você já não está agindo como bom pai, imagine sem isso! — Jiwon olhava no fundo dos olhos do filho, demonstrando não estar de brincadeira. — Você deixa meus tesouros a Deus dará, mas é escolha sua, ou casa e tudo fica bem ou eu tiro tudo que ainda lhe resta. Eu sou sua mãe, eu jamais faria algo para o seu mal, porém se eu for obrigada, tenha certeza que não vou pensar duas vezes antes de fazer.
— A senhora não pode me obrigar a algo assim! — Jungkook gritou, porém Jiwon ao menos se moveu ou vacilou na expressão.
— Pague pra ver, então. — Voltou a se sentar. — Pode me odiar, mas meus netinhos já estão sofrendo demais pela perda da mãe e se acostumando sem você. Não vai ser difícil pra mim, Jungkook.
O alfa sentiu seu coração acelerar, estava com o corpo todo tenso, sua mãe falava a verdade e ele sabia que sim, ela era capaz de fazer o que dizia. Conhecia a mulher à sua frente, Jiwon era um amor de pessoa, mas sabia ser pior que o demônio quando queria. Estava sem saída, já tinha perdido a esposa, se perdesse seus sete tesouros, como viveria? Jiwon estava mesmo lhe colocando entre a cruz e a espada, não tinha saída.
— Quem é o pretendente que falou? — Jungkook perguntou, sentindo o mal estar se apossar de seu corpo.
— Park Jimin, o filho de Park Jihyun, dona da maior editora da França, a Rose et Violet. — Jiwon foi rápida em voltar a se sentar e a olhar mais mansa para o filho. — Ele é perfeito para ser seu esposo. É um ômega adorável, belo e é inteligente, um dos poucos ômegas que sabe ler e escrever. A nossa sociedade ainda está mudando na velocidade da tartaruga, sendo assim, ele é um diamante bruto!
Floricultura Rose et Violet
12/04 - 12:47
Do outro lado de Paris, o sol iluminava as vitrines da R&V, a floricultura no momento se encontrava vazia, o que não era um problema para quem trabalhava lá. Jimin estava sozinho, organizando cartões personalizados atrás do balcão. Seu pai havia saído para resolver assuntos mais delicados e Taehyung, seu melhor amigo e colega de trabalho, tinha ido almoçar fora. Então aproveitou para pôr algumas coisas em ordem, enquanto sentia a fragrância das flores, deixando a mente viajar em ideias para o novo enredo que estava montando.
Soltou um suspiro ao pensar no que faria quando terminasse ele, pois apesar de gostar de trabalhar na floricultura da família, não era o que faria por escolha. Às vezes pensava no quão injusto era nascer um ômega, afinal a vida de um alfa era bem melhor, eles podiam escolher o que queriam ser, podiam estudar e mudar o rumo de suas vidas a qualquer momento. Diferente de um ômega que tinha a vida fadada a um casamento e ter filhos, por maior potencial que pudessem ter, uma simples classificação invalidava tudo.
Jimin na verdade só pedia para que pudesse publicar seus livros e viver como escritor, mas a simples ideia de um ômega saber ler ou escrever já era motivo de desonra e vergonha. Mas ele tinha uma imensa criatividade e vivia escrevendo em folhas avulsas a mão ou em máquinas de escrever e esperava que em breve as coisas mudassem, pois os ômegas aos poucos estavam conseguindo mudar as coisas, mesmo que a galope, ainda eram pequenos passos que mudariam aquele maldito título de fabrica de crianças.
Sua atenção se voltou para a realidade quando escutou o sino da porta tocar, sinalizando a entrada de um cliente. Já tinha forçado um sorriso no rosto, pronto para usar o tom mais gentil que conseguia, mas deixou a máscara cair ao ver que era apenas sua mãe, ela com certeza não tinha vindo comprar flores.
— Bom dia, mãe. — Cumprimentou, voltando ao trabalho com os cartões.
— Bom dia, filho. — A alfa sorriu docemente. — Eu quero conversar com você.
— Pode falar. — Dirigiu sua atenção para a mulher.
— O quanto você sonha em publicar um dos seus livros? — perguntou deixando a pasta de documentos em cima do balcão, discretamente.
— Creio que seja o meu maior sonho, mas está me perguntando isso por quê? — Jimin franziu o cenho, confuso. — Você leu algum dos meus enredos e gostou?
— Eu gosto de todas as suas histórias, mas até então eu não queria arriscar o nome da Rose et Violet. — explicou, fazendo-o ficar ainda mais confuso. — O que você faria para realizar esse sonho?
— O que fosse necessário. — Deu de ombros, não pensando muito para responder.
— Até mesmo aceitaria se casar? — A pergunta da mãe fez o ômega arregalar os olhos.
— Está falando sério? — indagou, estupefato por ela estar sugerindo logo aquilo.
— Eu sei que é uma questão delicada para você, mas já fazem sete anos. É único dos meus filhos que ainda não se casou e Jimin, eu quero que você saia debaixo das asas que seu pai e eu te colocamos. Não estou querendo dizer que não gosto que more conosco, apenas acho que já chegou a hora de seguir em frente. — Soou sincera e serena. — Você precisa se dar uma nova chance.
— Mamãe, isso não tem cabimento. Fora que já passei da idade para procurar um marido. — Revirou os olhos, não querendo prosseguir no assunto.
— Você tem apenas vinte e sete anos. — Imitou as ações do filho ao revirar os olhos.
— Isso só é pouco quando se trata de um alfa. — rebateu, suspirando. — Eu não desejo me casar, não quero amar de novo.
— Então não está disposto a fazer o necessário? Pois se aceitar a minha oferta, publicarei todos os livros que quiser.
— Nunca quis arriscar o nome da Rose et Violet, o que mudou agora? — perguntou desconfiado.
— Encontrei uma amiga e nós unimos o útil ao agradável. — respondeu com um sorriso. — O filho dela perdeu a ômega tem três meses, eles eram marcados.
— Ah, a morte não aceita. — Pareceu entender.
— Sim, ela está desesperada pois teme que ele não a escute. Ela me contou que teve uma época que ele deixou de falar com a família por conta dessa ômega e muito provavelmente ignoraria os pedidos dela novamente. Sabe, ele tem sete filhos...
— A senhora quer que eu me case com um alfa de que idade? — questionou, mesmo que fosse totalmente normal ter mais de cinco filhos por familia, na verdade era um absurdo ter menos que isso.
— Ele tem vinte e seis anos. — Sorriu e o loiro suspirou. — Acho que vocês vão se dar bem, ele é jovem, está precisando de um guia e você quer ser um grande escritor. Ele tem um grande sobrenome, pode ir a entrevistas, sessões de autógrafo, elevar a sua carreira.
— Mesmo que eu aceite, o que faz a senhora pensar que ele vai querer se casar comigo? Pois pelo que eu entendi ele não sabe dos riscos e o que vem pela frente, logo não tem porque aceitar.
— Ele não vai ter escolha, mas me diga, aceita a proposta? Não deixe seu passado te influenciar, aquele crápula nunca te mereceu. Pense nisso como uma nova oportunidade, meu filho. — Jihyun olhava ternamente nos olhos do loiro. — Não gostaria de ter a sua casa, seus filhos e, bom, seus livrinhos publicados?
Jimin mordeu o lábio, nervoso. Sua mãe batia as unhas na pasta esperando uma resposta. Faria todo o possível e impossível para realizar seu maior sonho, casar não parecia tão ruim, ele sempre gostou muito de crianças e ter um alfa não parecia uma ideia tão horrível. No entanto, tinha algo que o fazia querer dar pra trás, não queria vivenciar a mesma coisa novamente, valia mesmo a pena fazer aquilo por um sonho?
— Todos os livros que eu quiser? — O ômega perguntou, como uma criança tentada. — A hora que eu quiser?
— Todos e quantos quiser, com direito a sessão de autógrafo e tudo o mais. — Jihyun garantiu. — Basta aceitar se casar.
— Nesse caso, eu... — Jimin tinha o pé atrás e estava sim com receio, mas quando teria uma oportunidade daquelas novamente? Sua mãe nunca tinha lhe feito tal proposta, era uma chance única, nenhuma outra editora iria querer um livro escrito por um ômega, pois afinal os ômegas só pensavam na casa e nos filhos. — Aceito.
O sorriso que a alfa tinha dado chegou a assustar um pouco, ainda não acreditava que tais palavras tinham saído de seus lábios. Depois que sua mãe foi embora, o loiro ficou extremamente pensativo pois não era qualquer coisa, não era uma decisão pequena e ele tinha aceitado sem pensar direito, esse era mesmo o caminho?
— Jimin, eu não me importo de atender os clientes, também é meu trabalho..., mas você podia ter atendido a senhora enquanto eu atendia o moço das vestes bonitas, né? — Sua atenção foi chamada, o forçando a sair do limbo que tinha entrado.
— O que? — questionou ao melhor amigo, realmente confuso.
— Eu não sei, você 'tá aí atrás do balcão desde que eu voltei do almoço. Seu pai não tá por aqui e eu atendi todo mundo que apareceu sozinho, eu não ligo de fazer, mas isso não é do seu feitio. — explicou, apoiando os braços no balcão de frente para o loiro.
— Me desculpa, devia ter chamado a minha atenção antes. — negou com a cabeça suspirando.
— Não precisa se desculpar, achei que você precisava de um tempo. Quer me contar o que está te deixando pensativo?
— Bem, minha mãe veio aqui mais cedo. — Começou, parecendo ponderar, como se ele mesmo não acreditasse no que ia dizer. — Ela me fez uma proposta, uma muito tentadora.
— Ela finalmente vai publicar um dos seus livros? — Deduziu, se empolgando com a ideia. — Isso não era para ser perfeito?
— Bem, é que não tem só isso, existe uma condição. — explicou e Taehyung fez uma expressão surpresa. — Ela disse que publica todos os livros que eu quiser, desde que eu me case com o filho da amiga dela.
— Perdão, eu me perdi. — Respirou fundo. — Deixa eu ver se entendi, ela não só quer que você se case, como quer escolher o pretendente também?
— Pelo que eu entendi é interesse de ambas as partes, a esposa dele morreu há pouco tempo e tem todo o contexto da marca, sabe?
— Puts, só piora... — negou com a cabeça. — Eu entendo que os seus pais ficaram juntos dessa forma, mas em um caso como esse o casamento teria de ser feito às pressas, pois quanto é esse pouco tempo? Duas semanas? Um mês? É uma questão muito delicada, você deve pensar com calma e também...
— Eu já aceitei. — Mordeu os lábios, abaixando o olhar após cortar o outro ômega. — Agora eu me pergunto se foi uma boa ideia, eu não quero vivenciar o mesmo de sete anos atrás, mas é a única chance de realizar o meu sonho.
— Bom, se você já aceitou só me resta torcer para que ele ao menos seja alguém bacana... — Sorriu amarelo, parecendo preocupado. — Quero só ver o que seu pai vai dizer.
— Sobre o que? — Se assustaram ao ouvir uma terceira voz, o senhor Park estava adentrando a floricultura.
— O preço das tulipas aumentaram, recebi um telefonema dos fornecedores. — Jimin foi rápido ao responder.
— Ah, esses insolentes, só querem saber de roubar os outros. — Revirou os olhos, tirando um talão de cheque do bolso. — Já vou preparar o cheque, eles vêm amanhã bem cedo, quanto ficou o orçamento, querido?
Residência Jeon
12/04 - 19:13
Jungkook sentia o cansaço lhe dominar e tentava espantar momentaneamente a sensação ruim que sentia pela situação que se encontrava. Cruzou a entrada de sua casa, deixando a bolsa sobre a mesa de canto, colocando a franja para trás e soltou o ar de forma cansada.
— Senhor Jeon, que bom que chegou! — A beta de cabelos ruivos se colocou a sua frente, pegando os pertences do apoio da parede. — Hoje foi meu último dia nessa casa, eu juro que tentei, mas não aguento mais tentar cuidar daquela menina, ela chora mais que um bebê recém nascido e eu tentei de tudo para conseguir ajudá-la, como já acertamos o meu pagamento da semana, não temos mais nenhuma questão para acertar!
— Você não pode pedir demissão de uma hora para outra, mal ficou uma semana. — Tentou argumentar e a moça à sua frente riu.
— Eu posso sim e eu recomendo que providencie um psicólogo para a sua filha, ela com certeza não está bem. — Seguiu em frente, sem esperar qualquer réplica e deixou a casa para nunca mais voltar.
Jungkook piscou algumas vezes, um pouco chocado com as palavras da beta, se sentiu profundamente irritado por ela ter falado daquela forma de uma de suas filhas, afinal quem ela pensava que era para falar de sua pulguinha daquela forma?
— Desculpe por isso, senhor. — Sua atenção foi chamada e o alfa sorriu ao ver Evangeline, ela era uma beta que trabalhava para si a um ano e meio e sem dúvidas era a melhor que tinha por ali. — Estou tentando controlar tudo, sei que me pediu para encontrar a melhor babá, mas nenhuma delas está conseguindo lidar com a Angie.
— Não se desculpe, Evangeline. — Sorriu de forma fraca ao olhar nos olhos azuis dela. — Isso é uma falha minha, eu reconheço isso...
— O senhor não está passando por uma fase fácil, é compreensível. — Retribuiu o sorriso, mas ele era mais em forma de consolo e um pouco mais aberto. — Vou pedir para servir o jantar em meia hora.
— Está bem, muito obrigado por tudo que tem feito, as crianças estão no quarto? — questionou e Evangeline assentiu. — Então, peço para que pegue uma muda de roupas para mim, quero tomar um banho antes deles descobrirem que cheguei.
— Irei providenciar imediatamente!
Naquele momento tudo que Jungkook precisava era de um banho e ao sentir as gotas caírem sobre sua pele, se permitiu chorar mais uma vez, se sentindo destruído enquanto lembrava das palavras de sua mãe, na forma como ela estava certa em todas as verdades que tinham sido jogadas em sua cara.
Suas mãos estavam atadas, ele não queria um novo casamento, não queria trair a memória de sua esposa, não desejava outro companheiro e principalmente não almejava amar novamente.
Tentou se acalmar, não seriam lágrimas que fariam sua progenitora desistir de uma ideia tão sem pé nem cabeça como aquela. Saiu do banho, se vestindo sem demora após se secar e por fim, penteou o cabelo. Respirou fundo ao subir para o segundo andar e entrar no quarto das crianças, observou os gêmeos Dawon e Jiho brincando com soldadinhos de plástico, enquanto duas das trigêmeas, Somin e Junghwa estavam respondendo o dever de casa e seu primogênito, Junghyun estava abraçando a última das trigêmeas, Angie, enquanto fazia carinho nos fios loirinhos, tentando acalmar a irmã.
Todos os seis olharam para o pai, os dois mais novos correram em sua direção, soltando gritinhos empolgados e o abraçaram pelas pernas. O alfa sorriu, abaixando e abraçando os gêmeos de forma apertada, deixando um beijo em suas testas.
— Vamos brincar? Estávamos nos preparando para atacar a base da Somin! — Dawon contou, trocando um olhar rápido com a trigêmea mais velha, que lhe olhou furiosa.
— Depois do jantar, pode ser? — O pai respondeu, ganhando uma resposta positiva de ambos. — Precisam de ajuda meninas? — Perguntou após ser solto pelos mais novos.
— Já terminamos, pai. — Junghwa respondeu orgulhosa. — Mas o senhor podia brincar com a gente de cobra-cega!
— Sim, faz tempo que o senhor não brinca conosco! — Somin cruzou os braços, olhando de forma acusatória.
— Podemos brincar sim, mas tenho que conversar com vocês sobre uma coisa e vocês tem que jantar primeiro. — explicou e elas assentiram concordando animadas, começando a guardar suas coisas. — O que está acontecendo aqui, Junghyun? — Se ajoelhou perto da janela, este sendo o local onde se encontrava o mais velho de suas pulguinhas e a mais nova das trigêmeas.
— Eu estou com saudades da mamãe! — Angie quem respondeu, soltando o irmão e passando os bracinhos ao redor do pescoço do pai. — Eu quero a mamãe, papai!
Jungkook soltou um suspiro pesado, abraçando o corpinho menor que o seu. Encarava Junghyun, vendo o pequeno encolher os ombros, parecendo ainda mais sentido por ver a irmã daquela forma.
O alfa não sabia como responder a filha, por isso tentou passar o máximo de conforto para a pequena naquele abraço, ouvindo ela chorar baixinho.
— Eu sei que sente falta dela, mas ela não vai voltar, meu bem, eu sinto muito...
Fazer a pequena se acalmar foi difícil, mas depois de alguns minutos ela parou de chorar e poucos minutos depois Evangeline avisou que o jantar estava servido. Durante o jantar, Jungkook tentou ao máximo se fazer presente e ouvir como tinha sido o dia de seus pequenos, depois que todos comeram, pediu para que se sentassem na sala pois tinha uma notícia para eles e nesse meio tempo, a beta de cabelos negros voltou a aparecer, porém o motivo desta vez é porque ela trazia o caçula da família, o pequeno Wonho de apenas três meses.
Então, após pegar o caçula em seus braços, o arrumando na melhor posição para que ele mamasse a mamadeira tranquilamente, se sentou em frente às demais pulguinhas e começou:
— Vocês são pequenos ainda, muita coisa não faz sentido e eu sei que estão sentindo falta da mamãe, mas ela não está mais conosco e eu entendo que é algo que dói muito, eu também sinto isso. — Tomou fôlego, sentindo a bile subir pelas palavras que pronunciou no segundo seguinte: — Eu conheci uma pessoa, estamos nos conhecendo e pode ser que eu me case com ela.
— Casar? Como você e a mamãe? — Somin foi a primeira a perguntar, curiosa.
— Sim, querida.
— Isso significa que eu vou ter outra mamãe ou outro papai? — Dessa vez foi Angie a pronunciar, parecendo empolgada com a notícia.
— Claro que não, Angie! — Junghyun olhou para a irmã como se ela tivesse falado um absurdo. — Ninguém vai substituir a mamãe e se o papai se casar com outra pessoa como era com a mamãe, vai estar traindo ela!
Depois de ouvir aquilo, Jungkook travou, não tinha ideia de como prosseguir. Seu cérebro deu pane e tudo que ele conseguia pensar era que se sentia exatamente como seu primogênito tinha dito, mesmo que fosse irracional ter tal pensamento.
Pois não tinha como trair quem já está morto.
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E então, vamos comentar desse começo?
Temos muitas palavras a mais do que no primeiro capítulo da primeira versão, mais detalhes, prometo que tá tudo bonitinho.
Eu ia escrevendo a nota agora, ia escrever o nome original que eu tinha escolhido para o Jungkook kkkk mas ai, esse começo me mata, eu gosto muito dele.
Vamos agradecer que nossas mães não são duas chantagistas que ficam querendo casar a gente? (Se a sua é, eu sinto muito kkkk)
Eu na verdade não sei muito o que dizer, apenas espero que vocês gostem e até semana que vem, vamos ter att toda quinta-feira)
Me digam o que acharam!
Amo vocês e até o próximo capítulo!
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