Epílogo
Eu falei que voltava domingo, eu só não disse que horas não é mesmo?
Sejam bem-vindos ao final de Recém Casados.
Este é oficialmente o último capítulo.
Nesse capítulo temos muita música, tá tipo HSM...
Boa leitura amores, amo vocês e cometem bastante.
~^•^~
15 anos depois
— Não sei o que fazer, queria mais tempo ter pra decidir o que querer. Sei que vou descobrir, e assim então sentir. Qual o caminho vou seguir e alegre vou ficar, tristeza não, só a vida aproveitar! Sim, podemos voar, sim, podemos voar e daqui tudo ver, bem do alto do céu uma vista perfeita! É muita emoção. Sim, podemos voar! — Angie tocava os acordes no violão ao mesmo tempo que cantava. — Palavras vêm assim, dizendo sobre mim com sentimento e emoção. Faça o tempo parar, desligue sem pensar e pense no seu coração! Morar em castelos? Eu não preciso! Em outro lugar quero estar. Vou deixar meu coração minha vida levar e bem mais alto voar! Sim, podemos voar, sim, podemos voar. E daqui tudo ver, bem do alto do céu. Sim, podemos voar, sim, podemos voar. Sobre os ventos surfar, é só aproveitar pois não é ilusão, é muita emoção! Sim, podemos voar, sim, podemos voar. Sim, podemos voar, sim, podemos voar. Sim, podemos voar! — Terminou com um sorriso no rosto e então olhou para a ômega a sua frente.
— Perfeito como sempre. — Hyerin declarou, cabisbaixa.
— Hey, o que foi? — A loira indagou, deixando o violão ao seu lado e pegando na mão da mais nova.
— Quem vai cantar para mim, depois de amanhã? — Indagou com a voz chorosa. — Você vai casar e vai embora.
— Não é como se eu fosse te abandonar, Hye. — Angie riu, puxando a mais nova para um abraço. — Eu vou sempre cuidar de você, sempre e sempre! Não adianta nem cogitar pensar que eu vou largar do seu pé com os estudos.
— Mas porque você tem que se casar Angie? Você é nova demais para isso, papai se casou aos 27! — Cruzou os braços. — Gostava do Jaehyung até ele querer te tirar de mim.
— Hyerin, o primeiro casamento do papai foi aos 18 anos, eu tenho 24. — Se levantou, pegando os livros da mesa e indo guardar na prateleira.
— Eu esqueço que você teve uma mãe. — A morena respondeu. — Você não fala muito dela, ela era ruim?
— Para mim não, eu não falo porque não tem o que falar. — Deu de ombros voltando a se sentar ao lado da irmã. — Minha mãe era muito carinhosa.
— Mais que o papai?
— Não medimos carinho, Hyerin. — Explicou. — Tanto ela quanto o Jimin foram extremamente amorosos comigo e antes que você pergunte, eu não tenho preferência entre os dois.
— Junghyun tem.
— Não, não tem. — Negou rindo. — Ele apenas não consegue chamar o Jimin de pai. Não é questão de preferência, ele é cabeça dura.
— Quem é cabeça dura? — Ouviram a voz de Jungkook e Hyerin levantou animada, correndo para abraçar o pai. — Oi minha princesa.
— Pai, proíbe a Angie de se casar, por favor! — Pediu arrancando uma gargalhada do outro.
— Não posso, Hye. — Acariciou os fios castanhos da filha. — Lamento informar que isso eu não posso proibir.
— Isso é totalmente injusto, Appa. — Se separou dele. — Eu vou ficar sem minha irmã.
— Você ainda tem a Jungwa, os gêmeos e o Wonho. Ah e o Junghyun. — Lembrou a morena.
— Mas nenhum deles é a Angie. Junghyun mais fica na casa do namorado do que aqui, a Jungwa vive dentro da faculdade. Dawon e Jiho também vivem estudando ou saiando para festas, o Wonho só sabe ficar com o Hyungwon agora, é o mundo dele. E a Somin também se foi, já sou até tia. — Voltou a se sentar no sofá. — Angie me leva com você!
— Se o Jimin ouve isso Hyerin, ele surta. — Jungkook riu sozinho. — Ele tá na casa da Jihyun?
— Sim, o vovô tá enchendo o saco dele. — Angie respondeu. — E Hye, você pode ir sempre me visitar, ficar o tempo que quiser comigo.
— Isso claro, depois que ela voltar de lua de mel. — Jungkook fez careta ao lembrar.
— O pior é que você e o papai vão viajar também. — Suspirou. — Tá ficar na vovó não vai ser tão ruim assim...
— Você vai sempre me ter tá bom? — Angie abraçou a irmã. — Independente de onde a gente estiver, você é a minha irmãzinha e vocês vai me ter aqui para cuidar de você.
~*~
O dia seguinte tinha começado e Angie estava nervosa olhando os papéis a sua frente. Estava aflita com a nova coleção, já tinha visto alguns dos modelos prontos, mas só poderia dar continuidade a eles daqui a um mês. Estava mais que preocupada, pois estava sem criatividade para criar os modelos que faltavam.
— Atrapalho? — Jungkook bateu na porta do ateliê da loira.
— Appa? — Sorriu ao lhe ver. — Não, você pode entrar.
— Você deveria estar no salão, não deveria? — Jungkook perguntou cruzando os braços. — Achei que tinha te liberado no dia do seu casamento.
— Eu estou apenas nervosa, com o casamento e com a coleção. — Explicou.
— O casamento é hoje, a coleção é em seis meses, vai ter tempo para terminar. — Jungkook lembrou.
— O senhor já tá com a sua praticamente pronta e eu ainda tô aqui... — Suspirou. — Eu queria ser como você pai.
— Como eu? — Andou na direção na ômega. — Não existe e nem vai existir alguém como eu Angie, eu sou único e você também é.
— Mas seus modelos parecem tão lindos, tão perfeitos, sempre tem uma inovação, um toque somente seu. — Mordeu o lábio. — É tão original e não importa quanto tempo faça, você sempre parece fazer o certo para a época. Eu acho que eu tô na carreira errada.
— Angie, você gosta do que é? Gosta de ser estilista? De criar? — Perguntou e a loira assentiu. E o alfa ficou refletiu por um momento, pegando um lápis e uma folha em branco, antes de lembrar de uma música. — Se desenhar, um traço aqui, uma ideia vai nascendo assim! Puro cetim, azul total. Você vai ver que o sonho é real. — Deixou de lado, puxando a ômega para que ela levantasse. — Uma renda aqui, um pink ali, juntar magia com cashmere. Com saltos de néon você vai ser, livre para viver! — Virou a mesma de frente para um espelho, se afastando e pegando alguns tecidos. — Mude as cores, mude um traço e complete com um laço!
— Whoa oh oh oh oh, Whoa oh oh oh oh. — Angie cantou junto.
— Crie um lindo vestido e escolhe o seu estilo! — Cantou envolvendo o tecidos ao redor da filha, arrumando como queria com alfinetes.
— Whoa oh oh oh oh, Whoa oh oh oh oh. — Completou mais uma vez, sorrindo. — A vida é... a vida é... A vida é moda e magia!
— Saia rodada, um lindo top, com um cinto pode ficar legal! Lindos sapatos, um novo look, um visual, sem outro igual. — Continuava a demarcar o tecido ao redor do corpo da ômega, lhe moldado.
— Um lindo penteado, tudo pronto, para desfilar a sua magia! — Angie completou ao segurar o cabelo para não lhe atrapalhar. — Seja natural e brilho vai ter! Livre pra viver!
— Mude as cores, mude um traço e complete com um laço. Whoa oh oh oh oh, Whoa oh oh oh oh! Crie um lindo vestido e escolha o seu estilo! Whoa oh oh oh oh, Whoa oh oh oh oh.
— A vida é... a vida é moda e magia! — Angie completou, no fim, rindo e emocionada ao mesmo tempo. — Ah pai, eu lembro de você cantando essa música para mim, quando eu tinha dez anos ainda. Pra me ajudar em um ensaio...
— Ela diz muita coisa Angie. — Desprendeu o tecido da forma que pode. — Acabei de criar um modelo, muito obrigado.
— Você é incrível! — A loira declarou lhe abraçando. — Você é simplesmente o melhor pai que existe, muito obrigada por ser assim!
— Eu que agradeço por você ser uma filha maravilhosa. — Respondeu, apertando a ômega nos braços. — Está pronta mesmo para voar para fora do ninho?
— Estou. — Sorriu confirmando. — Eu amo o Jaehyung, ele me ama e a vovó gosta dele.
— O ponto principal para eu deixar você se casar com ele, se ela não aprovasse, eu te trancaria no porão de casa. Aprendi da pior forma possível que a sua avó sempre tem razão. — Declarou e Angie sorriu negando com a cabeça. — Hoje é seu dia, então foque nele.
— Pai... é normal ter medo né? — Perguntou. — Sabe eu vou sentir muita falta de ir para casa, de fazer o Jiminie cuidar de mim. Sinto falta de ser criança, pedir colo e ele dar.
— Agora você vai ter as crianças e eu vou babar nos netinhos, já tenho um e quero mais uns 20. — Brincou e Angie arregalou os olhos. — Estou brincando, aproveite bem o seu casamento, depois pense em ter filhos. Sua carreira mal começou e não pense você que vou passar a Magic Shop facilmente para você, vai ter que ralar muito.
— Eu sei. — Concordou soltando o alfa. — Mais uma vez, muito obrigado. Você é incrível, eu amo você! Agora eu tenho que ir me arrumar, esteja na igreja no horário indicado para me levar até o altar.
— Não seria louco de me atrasar. — Piscou e assistiu a loira sair da sala. — Ah Angie, se você soubesse o quanto vocês crescem rápido.
Jungkook suspirou, voltando ao trabalho. Tinha que deixar tudo nos eixos para suas férias.
— Kim, já chegaram para a reunião? — Perguntou a secretária, assim que passou em frente a ela.
— Já sim. — Respondeu.
— Muito obrigado e por favor, manda flores e chocolates para o Jimin? — Pediu ajustando no terno em seu corpo.
— Qual tipo de flor?
— Um buquê de rosas, ele vai adorar. — Respondeu. — E os chocolates pede para variar entre o branco, ao leite e o amargo.
A secretaria assentiu, já pegando o telefone e Jungkook entrou na sala de reuniões, pronto para mais um dia.
~*~
As horas passavam deixando todos ali eufóricos. Afinal a já tinha muita gente da igreja, inclusive Jimin e Hyerin, a ômega estava em pé, com o pai lhe abraçando por trás.
— Appa, me dá irmãos? — A morena pediu e Jimin arqueou as sobrancelhas.
— Eu não estou muito afim de engravidar aos 44 anos, meu bem. — Respondeu sorrindo. — Prefiro não passar pela experiência novamente. Por que quer mais irmãos? Você já tem sete.
— É que bom, a casa logo vai ficar vazia. — Explicou olhando para Wonho, que estava sentado em um dos primeiros bancos, ao lado do namorado. — Wonho praticamente já me abandonou e meus outros irmãos estão todos muitos ocupados. Você é o Appa também são bem ocupados.
— Oh meu bem. Eu estou tendo muitas entrevistas para ir e seu pai é um dos maiores estilistas da atualidade. Já seus irmãos estão começando a seguir a vida deles e se Wonho está te deixando sozinha, fale com ele, sabe que você é a florzinha dele. — Sorriu fazendo carinho nos ombros da menina. — Você tem só quinze anos. E você é ocupada também, os ensaios para os concertos, a escola.
— A escola eu me viro por sua causa, você é extremamente inteligente e por conta da Angie também... — Suspirou.
— Hyerin, você é uma Jeon-Park, se tem uma coisa que você é nessa vida é capaz! — Declarou. — Não duvide tanto de si mesma e papai tá aqui para o que você precisar.
— Até problemas do coração? — Resolveu perguntar.
— Eu sou seu pai, você pode falar o que quiser para mim. Te carreguei durante oito meses, fui sua fonte de alimento por um ano e meio, quem estava te sustentado quando estava aprendendo a andar fui eu. Tenha certeza que pode me contar as coisas.
— É que eu estou gostando de uma ômega. — Explicou, com medo da reação do loiro. — Por favor, não fica com raiva de mim.
— Oh meu amor, por acaso eu destrato a Somin por ela namorar um alfa? — Perguntou e Hyerin negou. — Pois então, porque eu iria me incomodar com isso? Amor é amor Hyerin, se tiver respeito mútuo, é o que importa. E posso te contar uma coisa?
— Deve.
— Meu primeiro beijo foi com uma ômega. — Contou sorrindo e a ômega arregalou os olhos. — Sim, e foi muito bom.
— Ai que alívio, papai eu acho que não curto alfas. — Explicou e Jimin deu de ombros.
— Não tem problema nenhum nisso. — Deixou um beijo na bochecha da ômega. — Você não é errada nem nada do tipo e se falarem que é, pode me falar tá? Eu quebro eles na porrada e depois faço seu pai pagar o processo.
— Sem violência, por favor. — Riu contente. — Pai, você me acha uma boa dançarina?
— Você puxou a mim, junta você e a Yoonji e são a dupla que vão dominar o mundo. Aliás Taehyung disse que ela tá reclamando que você não tá indo na casa dela. — Jimin lembrou do que o amigo tinha dito. — Ela tá com saudade da prima dela.
— Eu tenho que pedir desculpas, eu queria aproveitar o máximo que desse com a Angie. — Explicou. — Mas quando você e o papai forem viajar, eu posso encher o saco do tio Tae e ficar lá.
— Taehyung te adora, não só ele, como o Hoseok e o Yoongi. — Sentiu Hyerin brincar com os anéis em sua mão. — Mas me conta mais sobre a sua paixão.
— Ah, ela é uma menina da minha sala. Do teatro, ela é tão linda Appa, ela faz uns desenhos... que meu Deus. — As bochechas da ômega ficaram vermelhas. — Ela se chama Ally.
— Que nome bonito. Vamos torcer para ela te notar, sim? — Falou e a morena riu, envergonhada. — Uh, acho que vai começar.
— Você está certo. — Ela comentou ao ver todos os convidados ficarem de pé, para o noivo entrar. — Ele é bonito, mas a Ally é mais.
— Jungkook é mais. — Jimin corrigiu e a ômega riu baixinho.
Não demorou muito para Angie entrar toda elegante no vestido feito por Jungkook, mais deslumbrante que aquela mulher? Só duas dela. Estava sendo guiada pelo pai até o altar e Jungkook estava emocionado, só tentava disfarçar mesmo. Angie estava confiante, dava um passo de cada vez. Era possível ver seu nervosismo e ansiedade, mas ela brilhava como um anjo e o sorriso radiante que esboçou ao encontrar-se com seu noivo, levou toda e qualquer insegurança que Jungkook tinha em relação àquele casamento. O alfa não demorou muito para estar ao lado de Jimin.
— Está lindo. — Comentou o loiro para o alfa. — Como sempre.
— Você e a Hye estão uma verdadeira graça. — Falou baixinho para que só os dois ouvissem e em seguida prestaram atenção na cerimônia.
Esta que não demorou muito para acabar, na hora do sim, tinha sido emocionante para todos. Jungkook e Jimin choraram como dois bebês, ao ver a cena. A festa obviamente tinha sido a melhor parte da noite, apesar de Jimin e Jungkook terem chamado bastante atenção. Afinal Angie não era filha de qualquer e sim, filha de Jeon Jungkook, o maior estilista da atualidade e Jeon Jimin o escritor mais respeitado e autor de grandes Best Sellers.
Porém as pessoas até que tinham senso e davam atenção para os noivos. Angie tinha feito um número de dar inveja em qualquer dançarino e Jaehyung tinha ficado boquiaberto e quase esqueceu os seus passos, porém no fim deu tudo certo.
Na hora do buquê pareceu até combinado, pois tinha caído bem nos braços de Jungkook, ele nem estava no bolinho que tinha se formado para pegarem o buquê da noiva, estava apenas mais atrás, pegando um copo com suco de uva – deus sabe que uva usaram para fazer, só estava simplesmente muito bom – e o buquê caiu em seus braços.
Olhou então para Jimin que sorriu, negando com a cabeça enquanto andava em sua direção.
— Que cagada, sr. Jeon.
— Que palavreado, Sr. Jeon. — Jungkook sorriu. — Casa comigo, de novo?
— Caso quantas vezes você quiser. Sorriu pegando o buquê da mão do outro e olhou para Angie animadamente, dando tchau e arrancando uma gargalhada da outra pela graça que estava fazendo.
— Acho que nosso pacotinho, capotou. — Jungkook sussurrou no ouvido de Jimin. O ômega olhou para o lado e sorriu, a ômega estava deitada contra o peitoral de Junghyun, enquanto o mais velho conversava com alguns amigos.
— Vamos pegar o Wonho e ela, temos que deixar eles na casa da minha mãe antes de ir. — Jimin falou perto do rosto do outro. — Nós vamos, certo?
— Claro que vamos, amor. Planejei isso durante um ano, você acha mesmo que eu vou deixar você ficar sem a nossa lua de mel? — Indagou. — Eu pego a Hyerin e você vai atrás do Wonho e do namorado dele.
O ômega assentiu e não demorou muito para encontar com o alfa dentro do carro, Hyerin ainda dormia contra o banco. Wonho ficou no meio e Hyungwon ao seu lado.
— Pai, posso dormir na casa do Hyun? — Wonho perguntou para Jungkook.
— Não, você vai para casa da sua avó essa noite, amanhã talvez você possa ir. — Respondeu. — Desculpa Hyungwon, não é pessoal, é só que a Hyerin tá meio mal com tudo que tá acontecendo e eu gostaria muito de ver o irmão dela dando um pouquinho de atenção. — Alfinetou, enquanto dirigia a caminha da casa do ômega.
— Papai... — Olhou para Jimin que negou.
— Concordo com seu pai. Custa você ficar um pouco mais com a sua irmã? — Perguntou e Wonho fez bico.
— Tá tudo bem, você ia lá para casa e ia dormir mesmo. — Hyungwon respondeu sorrindo e Wonho continuou emburrado. — Mas se você faz tanta questão, eu fico com a Hyerin e você dorme lá em casa.
— Eu adoro esse garoto. — O casal respondeu em uníssono e dando risada.
— Você me ama bastante, hein. — Cruzou os braços.
— Gente, já tão falando de amor? Sem filhos por favor. — Jungkook pediu. — Pelo amor de Deus, um neto de cada vez. Somin foi a primeira e espero que seja assim por alguns bons anos.
— Pode deixar, Jungkook. Eu já disse pro Won, que eu vou me formar primeiro, viajar o mundo e depois a gente pensa em ter filhos. Sou novo demais ainda. — Hyungwon declarou.
— Olha que menino sensato, quem me dera ter esse pensamento na sua idade. — Jimin comentou. — Tá tudo bem que mesmo com outro tipo de pensamento, eu engravidei aos 29.
— Mas e eu? — Wonho perguntou, perante a informação do outro. — Sou seu filho também, não só a Hye.
— Você não saiu de mim, Wonho. — Jimin lembrou e o alfa ficou envergonhado por se esquecer. — Mas sim, eu me tornei pai oficialmente aos 27 anos. Lindo né? Já o Jungkook, uma criança precoce, teve logo com 18.
— Vai me julgar depois de quinze anos casado comigo? — Deu a língua. — Eu sofro com ele, crianças.
— Ele implica com o senhor, porque te ama. Wonho vive implicando comigo, também. Influência da criação.
— Ele não tem medo da morte. — Jimin e Wonho falaram em uníssono.
— Não tema Hyungwon, eu te protejo. — Jungkook falou e Jimin deu um tapa em sua coxa. Protejo mesmo e você me ama! — Deu a língua mais uma vez e sorriu ao estacionar na frente da casa do ômega. — Entregue, pequeno gafanhoto.
— Obrigado por terem me trazido. — Agradeceu virando para Wonho, deixando um selar em seus lábios, e quando tentou afastar sentiu ele lhe puxar tentando aprofundar o beijo. — Que isso menino, mais respeito com seus pais. — Se afastou deixando mais um selar rápido na boca do outro antes de se afastar. — Me desculpem.
— Relaxa, querido. — Jimin respondeu. — Ele tá se vingando da gente.
— Não vou nem perguntar o porquê. Até breve. — Saiu do carro e Jungkook esperou o garoto entrar antes de dar partida novamente.
O ambiente ficou em um silêncio gostoso e em determinado momento, Hyerin tombou para o lado, descansando contra o ombro do irmão. Wonho sorriu com a ação, se sentiu até culpado por estar deixando a mais nova um pouco de lado por conta do namoro, iria tomar alguma atitude perante suas ações.
— Chegamos. — Jimin declarou. — Vou te ajudar com a Hyerin.
— Pode ficar papai, eu levo ela.— Wonho garantiu, saindo do carro e pegando a ômega no colo, ela não era muito pesada e ele fazia exercícios físicos para que sua força disse maior então. — Prometo cuidar muito bem dela. Divirtam-se na viagem.
Jihyun apareceu na porta e ajudou o neto com a neta. Jungkook então voltou a dar partida no carro e Jimin lhe olhou suspirando.
— Se cansar de dirigir me fala, tá? — Jungkook sorriu para si e assentiu. — Tenho uma coisa para te dar.
— O que? — Jungkook perguntou quando parou em frente a um farol.
— Isso. — Tirou uma embalagem do porta-luvas e desempacotou em seguida. — É lindo, não é?
— Buquê de Rosas... — Sorriu ao ver a capa do livro. — Sua nova obra prima?
— Uhum, peguei a nossa história e coloquei mais um monte de intriga no meio. Será que a gente teria casado e estaria tão bem quanto estamos hoje se Yoona estivesse aqui ainda? Leia e você vai ver a minha opinião sobre a pergunta. — Sorriu, guardando o livro novamente, pois o sinal tinha aberto.
— Você é meu amor verdadeiro, Jimin. — Jungkook declarou e o ômega sorriu.
— Me lembrei de uma música. — Comentou e Jungkook lhe olhou como se perguntasse "qual?" — Uma vez, um rapaz um jovem encontrou. Será ela capaz de um verdadeiro amor? E sorrindo ele diz, que me ama com fervor!
— Só espero de ti, um verdadeiro amor. — Jungkook completou, ao se lembrar do dueto.
— Serei eu o escolhido? Serei eu sua paixão? Quero ter por toda vida, só o seu coração. — Sorriu para o moreno entre os versos.
— Quem espera a verdade, tem que as vezes procurar....
— A esperança que me invade...
— Pro coração amar~...— Cantaram juntos.
— Serei seu, para sempre. Juntos a viver enfim, um verdadeiro amor .— Jungkook alcançou a nota necessária, olhando pra Jimin e a estrada de forma intercalada.
— Um verdadeiro amor~...— Completaram juntos o final da música e sorriram feito dois bobos apaixonados.
E de fato eles eram, não importava quantos anos se pagassem, eles se amavam de uma forma crescente, algo que evolui diariamente e nunca poderia ser substituído. Eram companheiros, respeitam e compreendem um ao outro, algo mútuo e puro, raro de achar, mas preciso de se ter.
Jungkook nem sequer ligou quando Jimin pegou no sono, apenas dirigiu até onde tinha que ir. Não estava com sono, estava cansado porém eufórico. Sorriu ao chegar em seu destino, resolver o que tinha que resolver e então, foi até o ômega no carro novamente.
— Jimin acorda, Anjo. — Jungkook lhe sacudiu de levinho e o ômega sorriu para si, despertando. Saiu do carro e ajudou o alfa com as malas.
Quando chegaram no quarto, a nostalgia lhes pegou com força total. As cores e a posição dos móveis era a mesma, apenas tinham trocado os móveis antigos pelos mais atuais. As a varanda ainda dava para uma das vistas mais lindas que existia. O ômega não exitou em andar até a mesma, lembrando de cada detalhe e quase chorou quando sentiu Jungkook lhe abraçar por trás.
— Isso aqui lembra muita coisa, não é? — O alta indagou, a voz um tanto embargada. — Pensei em tantos lugares, fiz tantas listas, mas como não dá para viver numa roda gigante e você gosta de coisas simples, porém com um grande significado... e eu sei que não é só para mim que este lugar é importante.
— Você pensou em exatamente tudo, hoje é dia dez de maio. O dia em que eu descobri que negar que era loucamente apaixonado por você. — Lembrou, mordendo os lábios por conta do choro. — Quinze anos, Jungkook.
— Quinze anos, Jimin. — O alfa respondeu. — Quince anos juntos, quinze anos me suportando.
— Mas você é o melhor para mim. — O ômega lembrou.
— Vamos cantar de novo? — Indagou e o ômega deu de ombros.
— Tô tão feliz que não quero parar de cantar. — Sorriu. — Vou dizer: te levo em meu coração, e eu preciso, sempre ter por perto esse seu olhar, que me trás o sol. — Virou de frente para o alfa, começando a dançar. — Com seus beijos, posso ser até imortal, se estamos juntos, nada pode nunca me fazer chorar, nem me machucar.
— Em meu corpo, em minha alma. Eu te quero, sempre, você é como um anjo para mim. Te amo, vem comigo para ser feliz, eu sei, eternamente vai ser assim, você é o melhor para mim! — Cantaram juntos e sorriram ao final, enquanto rodavam.
—Quando me olha nada pode me parar, em seu corpo, vejo o caminho que eu quero seguir, até te me perder! — Jungkook continuou.
— Em meu corpo, em minha alma. Eu te quero, sempre, você é como um anjo para mim. Te amo, vem comigo para ser feliz, eu sei, eternamente vai ser assim, você é o melhor para mim! — Novamente cantaram o refrão, rindo feito dois idiotas.
— Nossa história tinha tudo para ser o pior conto de fadas da história, não é Jiminie? — Jungkook indagou, deixando um selar na cabeça do ômega. — Veja bem, eu tinha sete filhos e era totalmente leigo quanto nas coisas em relação a marca. Mas você me ajudou, você me ensinou coisas que eu sou verdadeiramente grato. Acho que hoje, Angie e Somin só estão casadas por conta de você, eu teria ficado tão descrente do que significava amor e teria medo de acontecer o mesmo com as minhas princesas. Hoje além de todos os meus filhos alfas estudarem, temos duas ômegas que deixam qualquer um no chinelo e tudo por sua causa.
— Tudo por causa das nossas mães. — Jimin corrigiu. — Sou grato, sou grato demais a minha mãe. Por conta do nosso casamento, eu não só realizei um sonho, Jungkook. Mas eu me permiti sentir, de amar novamente, no começo era eu quem dizia para você se deixar levar, porém eu mesmo tinha que trabalhar isso em mim. Você é o homem mais incrível que eu conheço, você todinho é o que eu mais amo nessa vida. Sabe, ser casados é isso, é você ter um companheiro, alguém que tá ali com você, mesmo quando você não suporta os assuntos que ela tá te falando e você teve um dia extremamente cansativo no trabalho.
— Ah Jimin, você se tornou um grande escritor e me ajudou a voltar a criar, voltar a minha eterna paixão. — Sorriu sem jeito, deixando as lágrimas caírem. — No começo minha mãe me fez achá-la um monstro, porque... foi uma medida drástica, mas foi necessário. Eu não teria notado as coisas, teria perdido as pulguinhas e eu nunca teria descoberto o que é realmente amar alguém. Aqui foi onde nossos corpos se amaram pela primeira vez, onde nosso casamento foi consumado. E eu nunca senti uma sensação como aquela, uma renovação pura e genuína.
Sorriu, limpando as lágrimas do rosto do alfa. Juntou seus lábios em um beijo calmo e quente, não precisavam ter pressa, então deixavam suas línguas se entrelassem com intensidade, mas sem afobação. Apertavam o corpo um do outro, como se fosse possível que se fundissem, porém a física ainda não permitia.
— Eu te amo, Jungkook. — Declarou baixinho contra a boca do alfa, como se fosse um segredo.
— Eu te amo, Jimin. — Declarou também, com um sorriso de coelho, beijando em seguida o ômega e tendo somente a lua como testemunha de seus estados seguintes.
Ambos ainda tinham muito o que viver e desfrutar da vida, um do lado do outro, vivendo seus sonhos, cumprindo suas metas e compartilhando tudo o que pudessem. Agora que as pulguinhas estavam grandes, tinham todo o tempo para aproveitar, sem medo, sem restrições, sendo apenas eles, enquanto se olhavam nos olhos, e diziam:
Apenas me deixe te amar.
Fim.
~^•^~
Eu tô sem palavras, totalmente sem palavras, vou postar um capítulo de agradecimentos...
Eu tenho um grupo no WhatsApp, o link ta na bio, então se quiserem entrar eu vou amar conversar com vocês!
A namoradinha da Hyerin é em homenagem a klexys a minha vida <3
Última fanart.
Se quiserem interagir no Twt usem a #RC_Final
Vão ler BDR!
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top