Capítulo 19 - Mais de mim
Bicho eu tô só o pó hoje, a crise tá foda.
Mas mesmo no fundo do poço, Kami ainda tá aqui pra vocês! Olha, ousem dizer que eu não amo vocês, que eu vou acordar vocês no tapa!
Vim aqui, como sempre pedir pra vocês comentarem, pq se eu não pedir vocês esquecem e Kami fica triste quando não vê vocês comentando, como se eu tivesse decepcionado vocês.
Será que conseguimos 1,5k de comentários nesse? Já conseguimos 1,3k em um bem menor que esse, então acho que é possível.
Tenham uma boa leitura, até às notas finais amores.
Jimin piscou algumas vezes incrédulo, guardou ambas as cartas nos envelopes correspondentes. Jungkook tinha que ler assim que estivesse bem, Yoona não merecia, mas o alfa tinha que ler aquilo. O ômega não sabia o que pensar, Yoona tinha errado, mas Jimin não conhecia sua história e principalmente não poderia tomar a dor de Jungkook para si, da mesma forma que o lúpus não podia tomar as suas dores em relação a Dongha.
Saiu do quarto com as cartas em mãos, colocando na mala que levaria para o alfa. Desceu as escadas encontrando sua mãe brincando com Wonho, este que ficou animado ao lhe ver, começando a chorar para ir para o seu colo. Sorriu indo até o bebê e lhe pegando, fazendo parar de chorar instantaneamente.
— Ele te reconhece como pai dele. — Jihyun tinha um brilho nos olhos.
— O lobo dele vê aconchego no meu. — Falou beijando a cabecinha cabeluda. — Meu mini Jungkook.
— Eu acho ele a cara do pai. — A alfa pegou na mãozinha do pequeno. — Como você está com tudo isso, Jimin? Sabe, seu pai não tem falado com você, como você se sente em relação a tudo.
— Papai jamais vai me entender mãe, ele não acredita que eu saia com o Jungkook antes e se contar a verdade ele vai fazer um grande escândalo. — Lamentou. — Eu gostaria de voltar a falar com ele, mas ele não quer até eu dizer a verdade. E eu não vou deixar o Jungkook, pois conheço o pai que tenho e sei que ele ia fazer um inferno na vida dos Jeons. Jungkook já tem problemas demais.
— Seu pai tem você como o bebê dele Jimin, ele sente sua falta. — A alfa contou. — Mas ele é teimoso como eu e é por isso que você tem a personalidade tão forte. — Brincou. — Mas e quanto ao Jungkook, seus sentimentos em relação a ele?
— Jungkook é tão fodidamente incrível que você se apaixona em menos de um mês. — Explicou ganhando uma gargalhada em resposta. — Eu não vou mentir pra senhora, eu tô morrendo de medo de perder ele. Eu amo muito ele pra isso.
— Sabe Jimin, quando eu perdi o pai dos seus irmãos, eu não sabia muito bem como reagir, eu só achei que ele era muito ingrato por ter me deixado, mesmo que eu já estivesse me apaixonando pelo seu pai. Eu nunca cheguei a trair, até porque eu sempre abominei isso e quando eu perdi... eu notei o quão nos equivocamos ao segurar o que sentimos, perder tempo pensando demais é uma besteira tão grande. Ele merecia ser feliz e eu prendi ele a mim por medo e ainda fiquei brava, vê se pode. — Negou com a cabeça. — Nós erramos muito nessa vida, eu costumo pensar que a cada dia nós temos que arriscar cada vez mais, fale hoje, faça hoje, peça hoje, jogue a merda no ar hoje, porque amanhã é incerto demais para esperar.
— Omma, o que faria se você só tivesse o sim?
— Bom, eu ia me aproveitar muito e tentaria fazer a pessoa pensar como seria a vida sem mim, e nisso eu sairia ganhando pois ela ia ver como eu sou incrível. — Respondeu convencida.
— Senhor, o jantar está pronto. — Evangeline parou na porta, se curvando brevemente. — Mesa para dois?
— Por favor, Evangeline.
— Gostaria que eu ficasse com o Wonho enquanto come? — Perguntou atenciosa.
— Você fica com a Evangeline um pouquinho, não é? — Perguntou ao bebê que soltou um resmungo, mas ao passar o bebê para o colo da beta ele não reclamou muito.
Jihyun lhe fez comer devagar e sem pressa, a alfa lhe encarava de forma superior, mostrando que se ele não comesse direitinho não iria ver Jungkook. Quando o ômega terminou a alfa já tinha Wonho nos braços, estava mimando seu mais novo netinho, enquanto o loiro arrumava a bolsa do bebê, não sabia se Wonho poderia ficar, mas talvez Sun-Hi desse uma ajudada nesse sentido. Jihyun foi quem lhe deixou no hospital novamente.
— Obrigado, Omma. — Agradeceu pela alfa estar levando as bolsas para si, enquanto carregava Wonho no bebê conforto.
— Por nada amor. — Sorriu contente para loiro, parando em frente ao quarto. — Acho que ultrapassamos o limite de visitantes. Bom, eu venho te ver amanhã e ter notícias dele.
Observou a silhueta da alfa ir embora e quando já não via mais sua mãe, entrou na sala, colocando o bebê conforto no chão, e depois trazendo as coisas do alfa ali para dentro. Foi então que observou Jiwon adormecida aconchegada em Jungmin, este que fazia carinho nas costas da esposa de forma distraída e Junghyun estava sentado na cama de Jungkook, no espaço vago segurando a mão do pai, olhando fixamente para o mesmo.
— Pensei que não fosse voltar hoje. — Jungmin contou, sorrindo.
— Acho que pela minha mãe eu não voltaria mesmo, mas eu não ia conseguir dormir em casa, a preocupação não deixaria. Então melhor ficar aqui com ele. — Explicou. — Vão passar a noite com ele?
— Acho que não podemos. — Jungmin respondeu dando um sorriso nasalado. — Creio que só um de nós vá poder ficar mesmo. Acho até melhor que seja você a ficar, Jiwon precisa descansar, ela apagou, como você.
— Eu ainda não entendi direito o que aconteceu comigo.
— Você teve um surto pelo que disseram. Uma médica estava dando a notícia de morte de outro paciente, você estava quase dormindo, seu subconsciente entrou em alerta e como você não tinha comido nada e estava extremamente ansioso, desmaiou. — O tom do alfa era calmo. — Jiwon estava do lado do Jun até uns vinte minutos atrás, mas eu convenci ela a se sentar um pouco e bem, dois minutos depois ela apagou.
O rosto de Jiwon mostrava o quão cansada a ômega estava, a preocupação tinha feito aquilo com ela. Estava sendo tão desesperador para si não ter notícias de Jungkook, seu menininho. Desde o começo a ômega estava pensando tanto no bem do filho e sentindo medo de perder o mesmo. Como podia uma mãe aguentar saber que o filho tinha ido parar em um hospital três vezes, praticamente pelo mesmo motivo e que dessa vez o risco de vida era enorme?
— Vamos Jun?
— Quero ficar com o papai. — Declarou.
— Jun...
— Pode levar Jiwon primeiro, sogrinho, eu quero conversar um pouquinho com o Jun, depois o senhor volta aqui. — Jimin falou e o alfa assentiu, se levantando com Jiwon em seu colo. O loiro abriu a porta para que pudesse passar com a esposa e fechou, suspirando ao ficar só ele e Junghyun no quarto. — Jun...
— Não tente me convencer, eu não sou a Angie.
— Vamos com calma, sim? — Jimin se aproximou aos poucos pegando na outra mão do alfa. — Eu só quero conversar com você.
— Eu não sei o que aconteceu com o papai, se é isso que quer saber.
— Não, meu bem, não é. Porque eu sei o que aconteceu e vem acontecendo com seu pai. — Junghyun passou a olhar para o ômega a sua frente, prestando atenção. — Você sabe o que significa uma marca, não sabe?
— Uhum.
— Bem, quando alguém que temos uma ligação morre, precisamos estabelecer uma outra conexão para que nosso lobo não fique depressivo e morra aos poucos. — Explicou. — Seu pai não traia a sua mãe, Jungkook jamais faria algo assim, ele amava muito ela, mas por amor a vocês ele se casou comigo.
— Então vocês não se amam?
— Eu amo ele. — Respondeu rapidamente. — Mas o ponto é que da mesma forma que a sua mãe é tão importante pra vocês, ela era pra ele também. Você não precisa me ver como um monstro, como se fosse culpa minha a morte da sua mãe, sabe, um dia todos nós vamos morrer; é o que chamamos de ciclo da vida, pense que agora se sua mãe tinha alguma dor, ela está bem melhor e ela não ia querer ver o bebê dela se afastando do pai. Jungkook sente a sua falta e ele não sabe como reagir e sei que você também não sabe por ser pequeno. Eu não deveria ter gritado com você aquele dia, você merecia um abraço e alguém que te explicasse as coisas. — Suspirou. — Jungkook simplesmente tem tanta coisa na cabeça, tantas preocupações que ele não sabia lidar com a sua situação, com a forma como você está lidando com tudo, porque ele mesmo não sabe. Você é novo ainda e não precisa entender por agora, mas precisa entender que eu não sou o vilão da história, eu não sou um monstro que fez a sua mãe morrer e muito menos sou um monstro por querer ver seu pai feliz.
— Mas por que a minha mãe foi tirada de mim? Por que meu pai também tem que ser?
— Sua mãe não foi tirada de você, meu bem. Ela vai sempre estar viva dentro do seu coração, se lembre dela te abraçando e sorrindo para você, pois ela te amou muito. Guarde isso dentro de si, o amor que ela te deu, eu tenho certeza que isso não faltou e seu pai está aqui ainda e ele te ama muito, mais até do que ele pode dizer. Nesse momento você tem que ficar bem por ele, pois agora ele não pode cuidar de você, ele vai se sentir muito mal por tudo que aconteceu e você ter ficado mal também. — Junghyun ficou pensativo, olhando para o pai.
— Você pode me dar um abraço? — Pediu um tanto com o pé atrás, mas não se aguentando.
— É claro que eu posso. — Deu a volta na cama, acolhendo o pequeno em seus braços, sentindo Junghyun apertar suas roupas e chorar. — Pode colocar tudo para fora, sem medo.
Jimin ficou acariciando os cabelos castanhos escuros enquanto o menino chorava e ficou nisso até sentir Junghyun parar de chorar, se afastou um pouco notando que o menino tinha dormido. Sorriu e lhe pegou no colo, levando-o até fora da sala, onde encontrou Jungmin esperando.
— A única coisa que eu vou dizer antes de ir é uma pergunta, qual fórmula sua mãe usou para te fazer? — Pegou Junghyun do colo de Jimin.
— Não faço ideia. — Sorriu. — Tenha uma boa noite.
— Boa noite Jimin, amanhã nos vemos. — Jungmin saiu dali com o neto no colo e Jimin entrou de volta no quarto.
Olhou para Wonho que dormia de forma relaxada e então foi até Jungkook se sentando ao lado deste, podendo finalmente olhar para si direito. Acariciou a pele um tanto pálida da bochecha. Suspirou.
— Você sabe que está em dívida comigo, não sabe? Você prometeu pra mim que estaria naquele altar no dia do nosso casamento. E eu confio na sua palavra, Jeon Jungkook, se você ousar não acordar, tenha certeza que eu te levanto daí no tapa e te mato depois. — Declarou sentindo as lágrimas saírem. — Eu não aguento duas vezes, Jungkook. Eu não vou conseguir ser deixado pela pessoa que eu amo uma segunda vez. Eu te disse que não ia deixar você morrer se você tentasse e eu tô tentando, falta tão pouco pra você querer me deixar assim, você precisa reagir logo para que seus órgãos continuem funcionando da maneira certa. Por favor, por favor não me deixe aqui sem você, eu não vou saber como lidar. Eu não sou tão forte assim, eu não consigo imaginar mais a minha vida sem você ao meu lado. — Abaixou a cabeça, ficando com o rosto enterrado no pescoço do alfa. — Eu amo você, Jungkook.
~*~
Quando era por volta das sete da manhã, Jimin despertou, notando ainda estar deitado na cama ao lado do alfa, a sorte era que ele não se mexia durante a noite e não tinha risco de machucar o alfa. Quando sua visão se focou, observou Sun-Hi trocando o soro do alfa.
— Bom dia, Jimin. — Sorriu, tirando as cobertas de cima de ambos e puxando a roupa de hospital do alfa. — Vou trocar o curativo. — Explicou tirando o que já estava por cima. — Dormiu bem?
— Eu apaguei na verdade.... Você não deveria brigar comigo?
— Eu? Que isso, eu ia brigar se você não tivesse dormido com ele. Isso aqui está praticamente cicatrizado. — Mostrou os pontos do alfa. — Pelo visto o lúpus dele está ficando fortinho novamente e isso é graças a você, vai acelerar a regeneração dele.
— Bom saber, vou ficar grudado nele então. — Suspirou, se levantando e olhando só redor atrás de Wonho.
— Ele tá ali. Acabei de trocar ele, espero que não se importe. — Sun-Hi apontou para o que parecia onde colocavam os recém nascidos no berçário. — Minhyoon pegou um e trouxe para cá, achei melhor que o bebê conforto.
— E ela pode fazer isso?
— Ela é da Staff, pode fazer muitas coisas. — Sorriu. — Mas eu posso mais, porque eu mandei ela trazer.
— Mas ela não é sua chefe?
— Sim, mas é minha esposa também. — Sorriu sapeca, terminando o curativo do alfa. — Vou pedir para trazerem o café da manhã, você precisa comer.
— Mas eu não sou paciente...
— Não é isso que o soro que está entrando na sua veia me diz. — O ômega então notou o acesso intravenoso em sua mão. — Você chorou muito ontem, Minhyoon achou melhor eu te dar uma dose para não desidratar. Já que você passou o dia sem beber um copo de água.
— Ah, então tá.... — Minhyoon podia fazer aquilo? — Como pegou a minha veia sem eu sentir?
— Se tem uma coisa que eu acho rápido é uma veia. — Sorriu, tirando as luvas e jogando no lixo. — Qualquer coisa aperte o botão que vamos vir ver ele.
— Sun... — Jimin chamou antes que a moça saísse da sala.
— Sim?
— Vocês fazem teste de DNA aqui?
— O laboratório faz se não me engano.
— Você poderia me fazer um favor?
A beta arqueou as sobrancelhas, mas assentiu. Saindo da sala após ter coletado o que era necessário para o exame. Jimin então foi até Wonho vendo o pequeno entretido com o brinquedo em sua mão.
— Como você está meu pequeno? Com fome? — Perguntou e o bebê lhe olhou curioso. — A Sun vai mandar trazer o que você gosta, sei lá que tipo de enfermeira faz tudo ela é, mas é bem gentil. Sei que sou seu pai, mas infelizmente você não nasceu de mim para mim poder produzir o que você precisa. Sua mãe te deixou muito novinho, sente falta dela? Bom, como sentir falta de alguém que você nunca conheceu, não é? Bom, ela te amava muito e isso é o que você precisa saber sobre ela, de resto você tem que saber de mim, porque você é o meu gordinho, meu bebê.
Wonho deu uma gargalhadinha, batendo os bracinhos, colocando o brinquedo na boca em seguida.
— Sabe Wonho, se você não for filho biológico do Jungkook, isso não vai fazer diferença, tudo bem? Seu pai te ama e não vai ser uma informação como essa que vai mudar algo. — Falava como se o bebê entendesse o que estava se passando. — Você deve estar pensando: do que diabos você tá falando papai? Eu não entendo merda nenhuma que tá acontecendo, eu quero é mamar e depois quero que você me deixe dormir. — Apertou de leve o nariz do bebê, que fez uma pequena careta. — Vou deixar você quietinho.
Se virou, deixando sua atenção sobre Jungkook. Nem sinal do alfa acordar por enquanto, iria andar até o alfa quando a porta foi aberta, atraindo os olhos curiosos de Jimin até a mesma, esses que se arregalaram ao ver quem tinha entrado.
— Jihyon?! — Jimin controlou o tom, mas estava extremamente surpreso. — Quem te deixou entrar? Como sabia que eu estava em um hospital?
— Maninho, vamos com calma! — Riu indo na direção do ômega e lhe abraçando fortemente. — Aí que saudade do meu irmãozinho!
— Quando foi que você chegou?
— Ontem a noite, mamãe disse que você estava em hospital, mas não me disse qual e eu me aproveitei de ser um policial e bem, descobri facilmente. Eu precisava muito te ver Jimin. — Falou contente. — Você vai casar e eu não acredito que meu irmãozinho vai de casar!
— Ah não tá bravo comigo?
— Não, Sunghyung só queria que eu te colocasse em um interrogatório, mas eu não devo nada a ele e da sua vida cuida você, não vou ficar contribuindo pras frescuras dele. — Jimin riu, Jihyon não era chegado no padrasto até hoje. — Mas me conte tudo!
— Não acho que aqui seja o melhor lugar para falar sobre isso. — Olhou para Jungkook.
— O que aconteceu com ele?
— O que ia acontecer com a nossa mãe. — Respondeu simplesmente e o loiro a sua frente assentiu, compreendendo.
— Então a história se repetiu? Ele tem filhos?
— Tem sete.
— Puta que pariu, Jimin. — Riu contido. — Você tá mal em maninho.
— Ah cale a boca, são todos uns amores. — Deu um tapa no braço do irmão.
— Tudo bem, não está mais aqui quem falou, mas o que te fez se apaixonar por ele? — Indagou curioso.
— Jihyon aqui não é realmente um bom lugar pra gente conversar sobre isso. Eu vou te contar tudo, mas porque não vai visitar o Yoon? Ou a Hyosun?
— Está me expulsando?
— Pior que estou, pois este não é o momento pra gente conversar sobre isso. Você é uma pessoa muito histérica, estamos num hospital com meu marido praticamente em coma. — Lembrou. — Então a gente conversa depois.
— Mas eu acabei de chegar.
— Sim, vamos ter tempo pra conversar, mas não agora.
— Você é mal estudado mesmo. — Cruzou os braços, enquanto era empurrado para fora. — Eu vim conversar.
— Mas não vamos conversar hoje. — Declarou ao colocar o irmão pra fora. — Antes ele do que eu.
Jimin suspirou aliviado, conhecia o irmão bem o suficiente pra saber que seriam expulsos pela animação do mais velho. Esperou o café chegar e deu primeiro mama para Wonho e só depois comeu, não estava lá com muito apetite, mas tinha que comer enquanto olhava para Jungkook. Não sabia até que horário ficaria ali, sabia que uma hora teria que sair para mais um dos detalhes da organização do casamento dos dois, mas não queria sair de perto do alfa. Se abaixou com cuidado, deixando um leve selar na boca fina do lúpus.
— É pedir demais pode olhar nos seus olhos mais uma vez? Sentir você me beijar com afinco, ou o aconchego dos seus abraços? — Perguntou para o outro e em seguida olhou para a janela do quarto, para o céu mais especificamente. — Yoona seja lá onde você estiver e se você amou mesmo ele, por favor não queira levar ele com você.
Enquanto Jimin falava com um espírito que sequer tinha certeza que existia, Jungkook estava em um limbo.
— Eu prometo te amar e respeitar para sempre, você é o meu maior amor, Jeon Jungkook. — Ouviu a voz melodiosa dizer enquanto os cabelos negros voavam ao vento. — Sabe, eu acho que o Jun vai ser um alfinha.
— Não me importo com a classificação dele, desde que ele seja um bebê bem saudável por mim está ótimo. — Sorriu para a ômega que estava radiante enquanto olhava para sua barriga.
— Mas como nosso bebê pode estar saudável, se você não está? — A ômega perguntou. — Um bebê precisa do pai saudável. Como quer chamar nosso filho?
— Como assim? Já escolhemos o nome, é Junghyun. — Declarou confuso.
— Mas é claro que não! Eu estou na minha quarta gestação, seu louco. — Riu negando com a cabeça. — Que nome você acha legal?
— Você não quer escolher?
— É sua vez.
— Wonho?
— Gostei, é um nome bonito para o nosso pequeno. — Sorriu e sua imagem de repente mudou. — Jungkook eu te deixei ir, então vá.
— O que está acontecendo?
— Está perdendo tempo comigo, seus filhos precisam de você, vá!
— Para onde?
— Vá Jungkook, corra!
— Do que você está falando?
— Acorde querido! — Falou tocando em sua mão.
— Jungkook-ah. — Jimin chamou pela trigésima vez. — Sabia que é falta de educação não responder as pessoas? Vamos lá, no três você abre os olhos, tudo bem? 1... 2... 3! — Brincou, pois sabia que não ia acontecer.
Ou bem, ele pensou que não ia acontecer. Piscou várias vezes quando viu os olhinhos do outro abrindo devagar. Jungkook parecia desorientado e Jimin acabou se levantando bruscamente, apertando o botão que Sun-Hi tinha pedido. Pegou Wonho no colo, observando o alfa parecer focar a visão nos lugares e mexer o corpo.
Os médicos não demoraram entrar e o ômega ter que sair, esperando que todo procedimento fosse feito. Entrou na sala de novo um tempo depois, estando apenas um cirurgião conversando com o alfa.
— Não poderá fazer esforços por no mínimo quinze dias, sem pegar peso, fazer exercícios pesados e muito menos trabalho. — Explicou e o alfa assentiu. — Ficará em observação por hoje e amanhã talvez, dependerá da sua recuperação.
O doutor saiu, sorrindo para Jimin, este que observou a última parte do cantinho antes de se aproximar do alfa.
— Oi. — Falou com Wonho virado de frente para o alfa, estendendo os bracinhos. Jimin segurou o bebê fortemente, não podia dar pra Jungkook agora. — Papai não pode pegar você agora, neném.
— Jimin. — Sorriu ao ver o ômega. — Me dê ele.
— Mais tarde, você acabou de acordar. — Se virou e colocou Wonho no "berço" que tinha ali.
— Tem meia hora. — Jungkook riu. — Eu estou bem acordado, posso pegar ele.
— Você fez uma cirurgia e ele é bem pesado. — Fez bico. — Como você se sente?
— Sem dor. — Respondeu e o ômega entendeu o que quis dizer. — Por que está tão longe de mim?
— Porque se eu chegar perto eu vou te abraçar e chorar. — Explicou.
— Pode fazer isso.
— Eu avisei. — Se sentou de lado na cama, abraçando com cuidado o pescoço do alfa e então o choro que segurou esse tempo todo foi liberado. — Você me assustou, você me deixou com medo de te perder!
— Precisa de bem mais para se livrar de mim. — Correspondeu ao abraço como pode.
~*~
Desde que Jungkook tinha acordado as coisas tinham ficado mais fáceis e mais "lotadas". A família toda do alfa brotou ali, tios, avós, primos, sobrinhos, até mesmo o irmão mais velho do alfa Jimin tinha conhecido, ele era um tanto reservado e parecia que Jungkook e ele não tinham uma relação muito boa, entretanto Jaehwa se mostrou bastante preocupado. A esposa do mesmo era uma ômega muito atenciosa e Jimin tinha gostado de conversar com ela, Jade era muito inteligente, apesar de suas limitações, ela dizia que apesar de não poder enxergar as pessoas ali, conseguia sentir lobos e dizia que o ômega do loiro era muito lindo espiritualmente falando.
Jungkook teve suas seis pulguinhas preocupadas consigo, não sabia como lhes deixar menos preocupados, contava com a ajuda de Jimin sempre para isso. Já era o quinto dia que estava no hospital e teria alta aquela noite.
— Antes de você se trocar, tenho três coisas para te dar para ler. — Jimin falou indo até o pequeno armário que havia ali, pegando ambos os envelopes pretos e mais um envelope grande branco. — Antes de tudo, não fique bravo comigo, eu li sim, mas como estava tudo revirado, eu não achei que fosse encontrar algo diferente do que você encontrou. — Explicou, se sentando na cama. — Leia essas duas primeiro e depois leia esse. Tô te dando aqui, pois se você ter outro surto, tem alguém pra te socorrer. Eu podia te entregar só depois do nosso casamento? Sim, mas esconder isso de você é errado e eu não quero que tenha segredos entre a gente.
— Está me assustando. — Jungkook falou em um tom brincalhão, pegando os envelopes da mão do ômega. — Esses dois e depois esse? — Jimin confirmou e Jungkook abriu o primeiro envelope.
Leu atentamente cada uma das palavras não esboçando reação ao ler tudo aquilo. As palavras "me perdoe" e "Eu te amo", apareceram de forma que fizeram o alfa morder os lábios. Após terminar, suspirou e guardou de volta no envelope.
— Antes de abrir o último, eu não sei o resultado. — Explicou. — Mas sei que não tá fácil digerir o que você leu, eu só quero deixar claro que você não errou em nenhum momento com ela, você é um marido maravilhoso. A cada dia que passa você tem mais de mim, Jungkook e eu não vou deixar ninguém tirar algo tão precioso de você.
— Jimin para de me assustar. — Falou abrindo o envelope branco e lendo o conteúdo. — O suposto pai tem no mínimo 99,99% de chance de ser pai biológico...
— Wonho é seu Jungkook. — Jimin sorriu para o alfa. — Eu não sei se você queria saber esse tipo de coisa, mas pra tirar a dúvida da sua mente e não ficar remoendo, eu pedi pra fazer. Como você está? Em relação ao que leu?
— Yoona além de ter sido abusiva, me traiu. Quando eu e você nos casamos, eu estava com a consciência pesada, pensando em uma traição a sua memória e ela me colocou não um galho, mas umas três árvores na cabeça em vida. — Suspirou. — Eu surtei sim quando soube, mas ao ler a carta dela, não apagou o que ela fez, não achei certo e não sei se consigo perdoar agora, mas ela foi um ser humano melhor por ter se desculpado. O pai dela era uma pessoa bem ruim e pensando que ela foi exposta a maldade dele, posso dizer que ela não tinha o psicológico bom para notar o que fazia. Ela se apaixonou por outro cara e não queria tirar meus filhos de mim, justifica a traição? Não. Entretanto eu já tô cansado Jimin... cansado de saber que amei a pessoa errada. Eu posso dizer que até entendo, mas perdão... não é como se eu também não tivesse errado com uma pessoa, nunca fiz o que ela fez, mas ainda sim... eu não sei.
— Você não precisa perdoar ela, Jungkook.
— Preciso, pois enquanto eu não deixar ela totalmente pra trás, seja envolvendo amor ou ódio pelo que ela me fez, eu não vou ter paz. — Explicou. — Sobre o Wonho, a questão dele não ser meu biologicamente mexeu sim comigo, porque eu passei a vida toda achando que era, não que fosse amar menos ele ou simplesmente abandonar o meu filho, mas não posso dizer que não senti nada com a informação. Me sinto errado por querer o DNA de todos os outros seis.
— Está no seu direito de querer isso. Desde que você saiba que independente do elo sanguíneo, você é pai daquelas sete pulguinhas.
— Sim, eu sou. Eu cuidei deles, eu aguentei cólicas, choros de madrugada, vômitos na minha roupa, e troquei mais de 500 fraldas! Ah de quem me disser que não são meus filhos, Jimin. Eu amo eles como se fossem.
— Pois então, se é só pra sua consciência saber, então tudo bem. Você é bilionário, o preço do teste é fichinha pra você. — Brincou vendo o outro negar com a cabeça. — Vamos pra casa?
— Qual casa?
— A nossa de tons pastéis, acho que nunca fiz um pessoal trabalhar tão rápido pra deixar tudo no eixo. As crianças estão com sua mãe, mas a Evangeline já tá lá.
— Até a Evangeline você levou Jiminie?
— Mas é claro, não é nossa casa sem uma Evangeline pra salvar a pátria.
Jungkook ficou feliz ao sair do hospital e chegar num ambiente novo e que era totalmente a sua cara, quando chegou no quarto principalmente. Lembrava tanto ele e Jimin a cama novinha pronta para ser estreada.
— Notei que até hoje não conseguimos fazer o jantar entre as nossas famílias. — Jimin comentou após terminar de arrumar Jungkook na cama, mesmo que o alfa já estivesse bem melhor e tendo uma regeneração até alarmante de tão rápida, gostava de ver ele confortável.
— Que tal fazermos isso amanhã? — Perguntou.
— Não sei, acho que numa segunda é meio complicado. — Suspirou. — O que você acha de pensar nisso só depois do casamento?
— Não falta mais tanto.
— Não mesmo, a gente apresenta depois de marcado, que aí ninguém me tira de você, nem meu pai. — Sorriu para o alfa, ganhando um sorriso em resposta.
— Mas ele não vai tirar mesmo, eu posso estar proibido de fazer força, mas eu vou contigo pra Timbuktu. — Pegou na mão do ômega. — Já é meu ômega, não vou deixar ninguém te tirar de mim.
— Mas ninguém vai tirar, porque eu sou bem grandinho!
— Uhmmm, quem te contou essa mentira? — Provou. — Onde que você cresceu, Jimin?
— Olha aqui, seu projeto de coelho misturado com tartaruga, você está em período de pós-operatório não me faz te jogar na cama não. — Cerrou os olhos. — Você que é um poste.
— Poste não, prefiro tartaruga.
— Tudo bem, então é a minha tartaruguinha! — Abraçou o alfa. — Tô tão feliz que você tá bem, Jungkook. O alívio é gigantesco.
— Eu te prometi que estaria naquele altar, eu vou honrar a minha palavra, amor.
~^•^~
Jungkook saiu do hospital, nosso lupinho tá bem pra nossa alegria! Uhuuuuuu!
O apelido tartaruguinha se deve a linda da minha Mozão, Nichu-.
O nome do irmão mais velho do Jungkook é Jaehwa.
Se quiserem comentar esse capítulo pelo Twitter é #VamosDarAmorProJun e a TAG oficial é AAngieEaMelhorPulginha.
O link do grupo do WhatsApp na bio.
Eu não tenho fanart pra esse capítulo bicho....
Vai essa KKK
Não tenho Sapoiler pro próximo!
Eu não vou aparecer durante a semana, porque domingo que vem dia 21/04 é meu aniversário, ah sim eu nasci do feriado de Tiradentes pq eu não sou obrigada a nascer em dia normal, tá ok?
Vai sair o capítulo 20 nesse dia e olha como o Destino é uma coisa linda e.e não vou dar Sapoiler também não.
A gente, uma coisinha, em momento algum eu quis que vocês odiassem a Yoona, eu só quero mostrar pra vocês que tudo na vida tem dois lados da moeda, independente de você não gostar de uma pessoa, essa pessoa tem uma história de vida, isso nem sempre é justificativa, mas todos nós somos humanos. Sim tem erros que são imperdoáveis, mas a questão não é o perdão e sim reconhecer que nem tudo é preto no branco.
Podem odiar ela, mas por favor ao menos reconheçam que ela tinha problemas psicológicos e que se matou depois de tudo.
Ela era humana, mesmo por todo mal que fez ao Jungkook.
O Jun tá mais maleável sim, e eu espero que vocês não queiram mais jogar o bichinho da janela, pq se não euzinha vou jogar vocês pela janela, taok?
Jikook tava deitado aqui e eu perdi a foto da casa, próximo capítulo eu coloco taok?
Boy With love hino, BTS reis! Não concorda comigo? Discorda aí na tua casa.
Cantem comigo:
Oh my my my!
Até domingo que vem minhas graças!
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