Capítulo 11 - Enfermidade

Brotando aqui para dizer que vocês são incríveis, 1k de comentários no capítulo anterior, eu não esperava. Eu realmente não esperava e eu realmente me sinto muito grata e vim pedir pra vcs não perderem esse fogo de comentar, pq eu escrevi esse capítulo em um dia tamanha euforia em ver vcs gostando tanto.
Olha só, descobri que me bate o fogo pra escrever vendo vocês curiosos
Seus lindos <3

Boa leitura, minhas Angies!

~^•^~

As respirações calmas era a única coisa que se podia ouvir no ambiente. Ainda não tinham dormido, Jimin estava aconchegado ao outro, sentindo a respiração calma de Jungkook contra seu cabelo, sentia o alfa afundar o nariz em seus cabelos algumas vezes e sorria pelo ato.

— Não teria sido assim se nós tivéssemos feito no dia em que nos casamos. — Ouviu o alfa comentar, olhou para cima, encontrando o outro de olhos fechados.

— Não mesmo. — Brincava fazendo círculos imaginários no peitoral nu do alfa. — Não tínhamos um pingo de intimidade ainda, ainda éramos dois completos desconhecidos.

— Sim, mas confesso que fiquei curioso para saber como seria. Seria algo mais "robótico"? — Perguntou com o tom sonolento, pois estava quase dormindo já.

— Acho que sim. — O loiro respondeu, voltando a se aconchegar contra o peitoral do alfa. — Está confortável assim? A gente não costuma dormir desse jeito.

— Até gostei mais que de conchinha. — Respondeu em um sussurro. — Mas se você estiver desconfortável a gente muda.

— Não, eu só queria saber se para você estava ruim, porque para mim tá ótimo. — Respondeu no mesmo tom, fechando os olhos e sentindo o cheiro gostoso que o alfa possuía.

A noite tinha sido ótimo de sono para o ômega. Tanto que quando acordou, se espreguiçou de uma forma bem fofa pela cama. Abriu os olhos se acostumando com a luz que vinha da varanda. Deu falta do alfa na cama assim que sua visão se focou e foi quando sua audição voltou a funcionar devidamente que soube onde o mesmo estava, mas o som que ouviu não lhe parecia ser coisa boa.

Se levantou, passando as mãos pelo rosto e andando até o banheiro, encontrando o outro em uma situação nada boa. Estava sentado no chão, com a tampa do vaso sanitário abaixada e o barulho da descarga recém sido usada. Jungkook está a pálido e respirava fundo.

— Não aconselho ficar aqui. — Jungkook falou baixinho, suspirando. Se levantou com cuidado, se sentando no vaso.

— Não fiz um juramento ainda, mas a gente tem que pôr em prática antes mesmo de jurar. Na saúde e na doença, Kookie. — Tocou a testa do alfa, depois as bochechas, descendo para o pescoço e arregalou os olhos. — Jungkook você tá ardendo em febre.

— Impressão sua... — O alfa falou, suspirando. — Eu sou quente naturalmente.

— Não, não. Você tá suando, tá pálido e ainda por cima tá muito quente. Eu sei qual a sua temperatura normal. — O olhou sério. — É pro médico que você vai.

— Não, eu não quero ir pro hospital, eu tô bem. — Falou tentando sorrir. — Não tenho boas lembranças de hospitais.

— Eu tô vendo, tá bem demais. — Revirou os olhos, saindo do banheiro pegando roupas da sacola onde tinham suas roupas e pegou roupas para o alfa e voltando até o banheiro. — Levanta os braços.

— Jiminie, não quero ir. — Protestou, mas ainda sim levantou os braços e deixou a blusa ser colocada em seu corpo.

— Você não tem que querer, você vai. — Respondeu irredutível.

— E você vai me obrigar? Como vai me tirar daqui? — Perguntou puxando o outra pela cintura e sentindo o cheiro de pêssegos misturado com o seu de hortelã, sorriu da forma que pode com esse fato.

— Olha, você tem um carro, eu sei onde está a chave e como você já sabe, eu não sou um ômega que costuma seguir o que a sociedade diz sobre a minha classificação. — Avisou acariciando os fios castanhos. — Você tá mal e vai sim pro hospital. Para de manha..

— Você me dá um beijinho?

— Se você escovar os dentes e vestir a calça, sim.

— Golpe baixíssimo. — Negou com a cabeça, mas fazendo o que o outro pediu, na maior lentidão, pois estava realmente se sentindo fraco.

Jimin se arrumou, guardando todas as coisas bem arrumadas de volta na sacola, deixando tudo pronto para saírem e quando voltou para o banheiro, encontrou o outro um pouco pior.

— Não gosto de te ver assim.

— Eu já disse que eu tô bem, tô ótimo e aquele unicórnio também.

— É tá sério o caso mesmo, vem Kookie!

Após pegar tudo, levar para o carro e deixar Jeon Jungkook quietinho no banco do passageiro com uma sacola em mais caso tenha vontade de vomitar, o ômega viu se tinha alguma pendência na recepção e entregou a chave do quarto volta e foi novamente para o estacionamento e entrou no banco do motorista, suspirando ao olhar para o lado e ver o alfa abatido e bem pálido.

Fazia um tempo que não dirigia e estava fazendo algo que era meio proibido, mas Jungkook estava com zero condições de dirigir, então foi um tanto devagar no começo, mas ao ver as expressões do outro e notar que ele começou a tremer, simplesmente pisou no acelerador sem medo algum, ainda era bem cedo, sete e vinte da manhã e as ruas do lugar estavam desertas, não que fosse um lugar tão movimentado por si só. Graças a Deus, tinha consultado o convênio do alfa por telefone que graças a um milagre lhe informou o hospital mais próximo.

Demorou mais ou menos vinte e cinco minutos para chegar e o alfa parecia piorar conforme o tempo passava. Foi coisa do destino mesmo, pois assim que o alfa pisou no local, começou a sentir uma dor alastrante por todo seu corpo. Naquele momento o desespero bateu e Jimin não soube o que fazer quando vários médicos vieram até o alfa.

Uma maca rapidamente foi traga e colocaram o alfa em cima da mesma, pedindo para que o ômega esperasse ali e uma enfermeira ficou consigo.

— O senhor quer um copo d'água? — A enfermeira perguntou, ao ver que Jimin se segurava para não chorar, com o rosto todo vermelho e preocupado.— Qual o nome do-...

— Jeon Jungkook, 26 anos. — Falou com a voz um tanto embargada, enquanto a enfermeira fazia a ficha.

— Tipo sanguíneo? Ele tem alergia a algum medicamento?

— A+ e não, não tem alergia. — Respondeu, aflito.

— Certo, último detalhe antes de assinar, vocês são amigos? Patentes?

— Sou esposo dele. — Respondeu e a beta assentiu, compreensiva, lhe dando o papel para assinar. Quase assinou como Park Jimin, mas se freou e assinou como Jeon a tempo.

— Aguarde na sala de espera e se estiver se sentindo muito mal, não exite em pedir ajuda. — Instruiu e o guiou até a sala de espera. — Trarei notícias do seu marido assim que tiver alguma atualização, senhor Jeon.

Jimin assentiu e se sentou numa das cadeiras ali, estava com medo, estava com muito medo pois tinha uma leve suspeita do que fazia o alfa estar daquele jeito e não era nada bom.

~*~

Abrir os olhos e se encontrar num quarto totalmente branco foi uma surpresa grande. Se lembrava vagamente de estar no carro com Jimin, mas não se lembrava de ter dado entrada no hospital, tinha uma coisa incômoda no seu nariz e sentia algo em seu indicador esquerdo, fora uns fios estranhos em seu peito.

— Você acordou. — Ouviu a voz de Jimin e então olho para cima, notando os olhos brilhantes do outro e sentiu seu tronco ser abraçado. — Não faz isso de novo, por favor não faz.

— O que aconteceu? — Perguntou com a voz fraca e se culpou internamente por ouvir a voz do ômega tão embargada daquela forma.

— Você chegou aqui e o seu corpo começou inteiro a queimar. Os médicos te medicaram e você ficou duas horas desacordado, estão esperando os resultados dos exames ainda. — Explicou e selou a bochecha do alfa em ouro alívio de vê-lo acordado. — Que susto você me deu, Jungkook.

— Desculpa. — Pediu, sentiu seu coração despedaçar inteiro, ao ver a forma como o outro se encontrava. — Que horas são?

— Quase dez e meia. — Respondeu ao se afastar um pouco, limpando as lágrimas que tinham caído. — Liguei para sua mãe, mas não se preocupe, ela não vai vir para cá.

— As crianças, elas...

— Não sabem, fica tranquilo. — Tirou a franja dos olhos do outro. — Me disseram que você poderia levar horas e horas para acordar, eu fiquei realmente com muito medo. Você estava ótimo de madrugada e aí hoje de manhã...

— Comecei a passar mal, eram quatro horas da manhã, mas eu pensei que fosse só um um mal estar. — Explicou. — Não pensei que fosse chegar a esse estágio e-...

O som da porta sendo aberta se fez presente, então o doutor tinha entrado na sala e sorriu ao ver o alfa acordado.

— Bom dia, eu sou o Dr. Wang. — Se apresentou para o alfa. — Como está se sentindo, Sr. Jeon?

— Bem melhor do que mais cedo. — Foi sincero.

— Isso é muito bom. Os resultados do seu hemograma estão ótimos, então vou lhe fazer algumas perguntas para enfim dar o seu diagnóstico.

— Certo.

— Anda se estressando muito? Se alimentando mal? Descansado pouco?

— Essa última semana foi realmente um pouco cheia, mas minha alimentação segue o cardápio da nutricionista. — Explicou e o médico assentiu anotando.

— Doutor, não faz muito tempo que ele perdeu a esposa, ela era marcada. — Jimin comentou e de repente tudo fez sentido para o médico.

— Quanto tempo faz desde ocorrido?

— Quatro meses e meio. — Jungkook quem respondeu.

— Sentiu algo parecido nos meses anteriores?

— Não.

O médico franziu o cenho.

— Estranho, você e a sua esposa já tinham perdido contato espiritualmente falando?

— Como assim?

— Seus lobos já não estavam mais unidos como um só, já não era a mesma coisa de quando ela foi marcada? — A pergunta do doutor, fez o alfa ficar confuso e negar. — Isso é estranho, era para o senhor já ter sofrido ataques como esse.

— Então eu vou continuar tendo isso? — Jungkook perguntou aflito, pois se lembrou de como seu corpo inteiro queimava.

— Até que marque outro ômega e este aceite a marca sim. Mas não se preocupe, irei receitar alguns remédios e eles irão ajudar a controlar. Porém uma hora eles vão parar de fazer efeito.— O médico lhe tranquilizou e jogou a realidade em sua cara em seguida.   — Você ficará em observação por hoje, voltarei mais vezes para conferir como está.

— Obrigada, doutor. — Jimin agradeceu se curvando e o médico apenas sorriu saindo da sala.

— Então tudo isso foi por conta do meu lobo? Tá acontecendo o que você me disse que ia começar a acontecer? Isso significa que eu vou morrer? — Perguntou assustado.

— Não, não! Se acalma, por favor. — Jimin pediu pegando em sua mão. — Eu estou aqui e eu não vou deixar nada te acontecer, você não está sozinho, amor.

— Eu tô com medo Jimin, eu tô com muito medo. — Jungkook confessou, puxando o outro para mais perto, vendo então o loiro tomar a iniciativa de se deitar ao seu lado.

— Não precisa ter, eu prometo que vai ficar tudo bem. — Acariciou o rosto do outro. — Você só precisa me marcar, não falta tanto para o dia do nosso casamento.

— Eu não posso fazer isso agora? — Perguntou, aflito.

— Não recomendo. — O ômega falou continuando com o carinho em seu rosto. — Seu lobo no momento, está... está...

— Está?

— Está expulsando o último ligamento que você tinha com a Yoona e eu não sei te explicar o porquê disso. Com a minha mãe foi diferente, quando o pai dos meus irmãos morreu, a mamãe ficou doente após um mês e então ela se casou com o meu pai, mas digamos que ela já sentia algo além do atrativo por ele. — Explicou. — Então foi mais fácil.

— Tudo bem, eu entendi. — Falou se acalmando. — Eu sentia umas coisas estranhas com o meu lobo, quando ela ainda estava viva, mas nosso relacionamento era bom...

— Não sei te explicar, Kookie. — Jimin declarou, mas no fundo sabia sim e bem, isso já era uma confirmação, porém ainda sim não apontaria esse tipo de coisa. — Descansa, eu vou ficar aqui com você.

— Eu sinto uma coisa muito boa quando você está perto de mim. — Confessou fazendo o outro sorrir. — Então fica mesmo.

— Não vou sair. Fica tranquilo.  

No fim os dois acabaram dormindo, não era recomendado que o ômega dormisse com o outro, mas a cama era espaçosa e Jungkook dormiu se sentindo mais confortável por conta do loiro estar tão pertinho de si e o lobo do lúpus pedir a presença do ômega. Jimin acordou somente quando as enfermeiras passavam para trocar o soro do alfa, ou dar o medicamento que o médico tinha prescrito. Não disseram nada sobre o ômega estar deitado consigo, com toda certeza pelo que dizia no prontuário.

Na hora do almoço, Jungkook não queria comer a comida do hospital, porém Jimin lhe fez comer, dando em sua boca e até que não estava ruim, não sabia se era pelo fato de ver a expressão séria do ômega, por estar literalmente o forçando a comer, ou se era porque era gostosa mesmo, talvez os dois.  Hospital de gente rica era outro nível.

— Eu preciso ser liberado logo, estamos longe de casa e amanhã é a festa surpresa das meninas. — Jungkook suspirou, frustrado.

— A festa é só amanhã, às seis horas da tarde. Fica calmo. — Pediu beijando o pescoço do outro. — Sabe, ainda bem que não deixei o seu corpo cheio de marcas.

— Não me lembra de madrugada não, foi bom demais e eu não quero ficar excitado de novo. Você me deixa assim com facilidade. — Jungkook pediu, ganhando uma risada do outro. — É sério, eu vou ficar duro aqui e você não vai querer resolver.

— Eu resolvi muito bem antes, posso resolver de novo. — Brincou e o alfa fez uma expressão sôfrega.

— Ah não, não vou me lembrar de você me chupando... — Jungkook tentou afastar as lembranças.

— Eu fico contente que tenha gostado, porque faziam anos que eu não fazia. — Jimin falou após olhar para os lados. — Mas não vamos mais falar disso, estamos em um hospital como você mesmo lembrou.

~*~

De noite, após pegar a receita dos medicamentos que teria que tomar com o médico, o alfa foi liberado e Jimin não permitiu que este dirigisse, foi o ômega quem dirigiu até a casa de ambos, com Jungkook guiando o caminho. Voltar para casa, foi algo que deixou o alfa feliz, conferiu os vestidos das trigêmeas após sair do banho e esperava o loiro terminar.

O alfa não tirava da cabeça os momentos que tinham tido, céus foi algo tão bom para si. Ainda sentia a sensação quando estava grudado ao outro, mas queria sentir na intensidade de antes, só conseguia pensar numa forma de conseguir e então tentou essa forma, entretanto a pessoa com quem ele queria fazer isso, não quis.

— Jungkook-... — Jimin separou os lábios dos seus, mas o alfa persistia em lhe beijar. — Kookie, você tem que descansar e eu também, amanhã o dia vai ser cheio, então vamos dormir.

— Tudo bem. — Respondeu saindo de cima do loiro, para sua sorte a barraca ainda não tinha armado. Sentiu o loiro se aconchegar a si como na noite anterior e então fecharam os olhos para se render ao mundo dos sonhos.

A noite seguiu calma, com ambos se sentindo acolhidos nos braços um do outro. Quando eram por volta das nove da manhã, o ômega despertou, sentindo o cheirinho hortelã que Jungkook possuía. Ah, adorava sentir o cheiro do outro e ficou ainda mais feliz ao sentir levemente o seu próprio perfume vindo do maior. Abraçou o tronco desnudo, acariciando em seguida. Estava ferrado, estava muito ferrado.

Estava ferradíssimo. Se encontrava perdidamente apaixonado por aquele cara, sentia medo e pavor por conta disso. Jungkook já era casado consigo, mas ainda sim tinha medo, não queria perder aquele que estava arrancando sorrisos de si. Tinha medo de não ser o suficiente e principalmente, tinha medo do outro nunca se apaixonar por si. Não que fosse fácil para o próprio ômega aceitar, pois não era e não queria sentir aquelas coisas,  machuca, e machuca demais. Tinha um trauma dentro de si, talvez a angústia só passasse depois de se casar ou não.

Se sentia confuso em relação a noite que tinham passado juntos. As sensações que sentiu eram inexplicáveis, fazia muito tempo que não era tocado daquela forma, simplesmente porque não era tão ligado em coisas assim. Podia-se dizer que teve uma vida sexual ativa durante a sua adolescência, quando namorava o traste que lhe deixou no altar, porém somente fazia porque tinha alguém que tinha um sentimento muito forte envolvido. Sempre viveu no mundinho da escrita, confortável e com a mente sempre muito ocupada em estar aprendendo, então não era uma coisa que sentia falta. Nunca passou um cio com alfa nenhum, simplesmente porque tomava os supressores e porque queria evitar ter bebês cedo, queria estudar, aproveitar com o ser amado a vida de casal por um tempo antes de ter um bebê. Teve uma experiência com outra pessoa, mas não foi algo que aconteceria novamente, simplesmente tinha acontecido e foi muito diferente, "robótico" como Jungkook tinha dito.

Porém com o lúpus tinha sido diferente, estava entregue ao alfa pelo sentimento. Não era algo ruim, pois Jungkook cuidava de si e estava tentando fazer o relacionamento de ambos dar certo. Sentiu coisas intensas demais, sentiu seu ômega desejar se unir aquele lobo de uma vez e lembrava da leve mordida que Jungkook tinha dado em seu pescoço, ansiou por ser marcado, o momento tinha sido tão incrível que queria que se ferrasse a concretização religiosa, só queria a bendita da marca para chamar o alfa de se seu. Porém ela não veio e até ouvir "Se ficar meses sem fazer sexo resultar nisso, eu quero fazer mais vezes", o ômega não ia negar, foi maravilhoso, o prazer carnal em si foi inexplicável, mas não via somente aquilo, porém o outro não parecia se sentir da mesma forma que si ainda. Não iria mentir e dizer que aquilo não mexeu consigo, pois mexeu e muito. Tinha medo de nunca chegar a ter o alfa para si realmente e rezava para que chegasse, pois não conseguiria se afastar do outro. Teve a certeza ao ver Jungkook ser levado por vários médicos e não poder surtar, pois tinha que manter a calma naquele tipo de situação e o que mostrou de reação, por dentro estava pior, muito pior.

Ter o alfa ali, dormindo em seus braços o fazia sorrir, pois Jungkook estava bem, céus ele estava bem e agora descansava de uma forma que parecia estar totalmente tranquilo. Sentia raiva por gostar tanto do outro, queria evitar a palavra amor, mesmo que naquela roda gigante tenha entendido que era impossível negar que já amava aquele alfa. Não sabia dizer ao certo o que fez seu coração ser conquistado, mas procurava não pensar em explicações para o inexplicável.

Sua mão fazia carinho na bochecha do alfa, subindo para atrás das orelhas e acariciando os cabelos escuros daquela região, se abaixando para selar os lábios do outro e foi surpreendido quando as mãos do outro subiram até às suas costas e Jungkook retribuir o beijo, deixando com que suas línguas se encontrassem de modo calmo.

— Bom dia, anjo. — Jungkook desejou após separar suas bocas, com a voz rouca do sono.

— Bom dia, Kookie. — Sorriu para o outro, ganhando um aperto.

— Já temos que levantar? — Perguntou afundando a cabeça do vão do pescoço de Jimin, deixando selares e mordidinhas pela região.

— Acho que sim, temos que ir lá pro salão ver como estão as coisas. — Se aproveitava dos beijos que recebia. — Vai mesmo me deixar cheio de marcas?

— Tenho que deixar bem claro que você é meu enquanto não tem a permanente. — Jungkook respondeu, empurrando com uma mão a blusa do ômega, deixando um dos ombros expostos e colocou os lábios naquela região.

— Hwn... — Jimin soltou um murmúrio pela dorzinha gostosa que sentiu.

— Aqui ninguém vê, somente para você não brigar comigo. — Olhou nos olhos castanhos do ômega. — Já disse que você é lindo?

— Já, mas pode dizer de novo. — Brincou, ganhando vários selares por sua mandíbula e pescoço.

— Lindo, lindo, lindo e lindo! Você é lindo demais, Jimin. Vou morrer por você ser tão bonito. — Apertou o ômega, descontando o pequeno ataque que estava tendo. — É gostoso também. — Desceu a mão até a bunda do loiro, deixando um aperto leve.

— Meu Deus, que que fizeram com o Jungkook? — Jimin perguntou rindo.

— É a euforia. — O alfa respondeu. — Dormi tão bem que me sinto renovado.

— Eu fico muito contente em ouvir isso, Kookie-ah.

— Não me chama de uma forma manhosa assim não, ou eu vou morrer de amores. — Jungkook alertou e Jimin sorriu negando com a cabeça e voltou a juntar seus lábios.

~*~

Quando chegaram no salão, estava tudo sendo arrumado, as crianças estavam ali, exceto pelas trigêmeas, afinal era uma festa surpresa. A decoração variava entre o azul, verde e azul e rosa, sendo a cor favorita de cada uma delas. Jimin não resistiu em ir até Wonho e o pegar no colo, tirando do carrinho onde estava.

— Aí meu Deus, que saudade eu estava de você. — Beijou as bochechas do bebê, que parecia muito feliz em lhe ver.

— A cena mais linda que já vi hoje. — Jungkook comentou, ao ver a cena. — Você sentiu falta do Appa neném?

— Dã! — Deu um gritinho, gargalhando fazendo ambos sorrirem.

— Tá, mas qual de nós dois você sentiu falta, uh? — Jungkook perguntou e Wonho agarrou seu dedo com as mãozinhas.

Jimin arregalou os olhos, pela declaração do outro e sentiu vontade de chorar, pois Jungkook literalmente afirmou que Wonho era seu filho também e um dos seus maiores receios era o moreno se incomodar com isso.

— Appa! — Dawon e Jiho correram na direção do lúpus, agarrando suas pernas.

— Olá meus amores. — Se abaixou na altura deles, abraçando devidamente. — Estão bem?

— Estamos, deram docinho para gente. — Dawon segredou, sapeca.

— E uns salgadinhos também. — Jiho contou também e olhou para Jimin de repente. — Appa, o que o senhor fez pro Jimin chorar?

— Como? — O lúpus olhou assustado para cima, vendo o ômega com a face vermelha e as lágrimas silenciosas, enquanto brincava com Wonho em seus braços.

— Uh, eu vou contar pra Angie. — Dawon declarou, sorrindo. — Jimin nunca chora e agora a Angie não vai mais só ficar chateada com a gente, como com o papai também. Lá lá lá lá estamos no mesmo barco.

Jungkook olhou incrédulo para o filho, se levantando e quando foi falar algo, Jiwon apareceu e arregalou os olhos.

— Jiminie? Oh meu Deus, o que o cavalo do meu filho te fez? Ele é meio insensato às vezes, fala merda e vive fazendo besteira. — Jiwon negou se aproximando no genro e tocando em seus ombros. — Me diga, quer que eu bata de salto na bunda dele?

Jimin riu e negou.

— Ele não me fez nada. — Limpou as lágrimas. — Só fiquei feliz por ele dizer que o Wonho também é meu filho.

— Ah sim, mas é claro que é. Todos os sete são, afinal vocês são uma família. — A ômega sorriu para si. — Veja Jungkook, você tem uma pessoa adorável na sua vida.

— Ele não é nada meu. — Junghyun passou andando para uma das mesas já decoradas e ficou de braços cruzados e bico nos lábios.

— Jun... aí não ligue Jiminie, ele gostava muito da mãe, mal sabe ele o tipo de megera que ela era.

— Mamãe! — Jungkook arregalou os olhos, Dawon e Jiho estavam ali, ouvindo tudo.

— O que é? Eu falo mal da mãe deles na frente deles e eles nem ligam.

— É por que a tia Jiwoo sempre diz que a vovó é a voz da sabedoria. — Jiho explicou sorrindo. — Mas o que significa megera?

— Nada amores, mas sabe seria legal se vocês dessem muito amor ao Jimin, uh? Angie me disse que vocês encrencam com ele e que feio, logo meus anjinhos. Vovó não ensinou assim. — Cruzou os braços e os gêmeos arregalaram os olhos ao ver a alta lhes lançar um olhar de decepção.

— Jiminie, a gente te ama! — Ambos correram e abraçaram as pernas do ômega. — Perdoa a gente!

— Está tudo bem.— Sorriu acariciando os cabelos deles um de cada vez. — Vão brincar, olha o pula-pula já está montando.

— Tá bem!  — Dawon puxou o irmão animado.

— Meu Dom só não funciona com o Jun. — Jiwon suspirou. — Mas tenhamos esperança que ele entenda. Como foi no hospital? — Perguntou a última parte mais baixo.

— Problemas com a conexão que eu tinha com a Yoona. — Jungkook explicou e Jiwon assentiu.

— Estranho estar aparecendo só agora, você me disse que sentiu só ela indo, mas não teve aquele baque que estava esperando, não? — Perguntou e foi a vez do alfa assentir, enquanto Jimin só observava com Wonho no colo, chupando a chupeta e olhando para o seu rosto, brincando com o dedo gordinho do ômega. — Bom isso só confirma a certeza que eu já tinha.

— O que está insinuando, Omma?

— Se eu disser nós vamos brigar, você vai ficar irritadinho comigo e eu não quero ficar com o clima ruim em plena festa das minhas netinhas. — Se virou e voltou a verificar a decoração da mesa principal.

— Você-...

— Não sei de nada. — Jimin falou beijando a bochecha de Wonho.

— Ai que ótimo, tô sendo trocado pelo meu filho. — Jungkook falou revirando os olhos.

— Ciumento e essa frase soou um pouco errada. — Jimin riu baixinho, se aproximando do outro.

— Desculpa. — Chamou Wonho com os braços e pegou o bebê no colo. — Ficou realmente emocionado por dizer que ele é seu filho também?

— É, digamos que eu tinha receio de você não gostar que eu chamasse de meu filho. — Confessou, abraçando o alfa de lado.

—  Você cuida dele como se fosse, ama ele como se fosse e bem, ele é sim nosso filho. — Declarou e ganhou um selar na bochecha. — Aos poucos os outros serão também, Angie já até te chama de pai.

— Depois a ainda diz que não quer pegar o lugar da minha mãe. — Junghyun gritou, jogando que estava na mesa no chão, assustando todo mundo e saiu andando.

— Pega o Wonho, Jimin. — Pediu calmamente para o ômega, que pegou o bebê. — Não limpem nada. — Pediu ao pessoal que estava vindo limpar a bagunça que o outro tinha feito. Andou em passos largos, até alcançar o pequeno alfa. — Olha eu sou uma pessoa muito paciente, mas você está passando dos limites. — Pegou no pulso do alfa e lhe arrastou de volta até onde estava a bagunça que tinha feito. — Você vai limpar tudo isso, já chega de ser mimado. Primeiro você inventa mentiras, depois você bate em um colega, vandaliza os instrumentos da sala de música, coloca sua irmã contra parede, quer fazer chantagem e agora vai fazer isso? Entenda de uma vez por todas que ninguém jamais vai substituir a sua mãe, ela era uma pessoa e o Jimin é outra. Sua mãe não vai ser esquecida e novamente volto a dizer, ela teria vergonha de ver o filho mais velho dela agindo dessa forma. — Soltou o pulso do pequeno. — Estou realmente cansado disso, você age como se eu também não sofresse, como se fosse fácil pra mim. Você ainda é pequeno e não entende nada e é somente por isso que eu não te culpo, porém já chega de agir dessa forma, ou é para um colégio interno que eu vou te mandar!

~^•^~

Tenso, tenso e tenso!

Acho que o Kookie perdeu real a paciência dessa vez, não?
Surpreendi vocês com esse capítulo? Acho que ninguém esperava que o JK fosse parar no hospital depois da noite que ambos tiveram.

O que dizer dos comentários do último capítulo? Eu me sinto verdadeiramente feliz e surpresa, nunca em história nenhuma eu tive 1k de comentários e isso é tipo surreal pra mim, eu via o número de comentários subindo e ficava "AI MEU DEUS, EU PRECISO DAR MAIS CAPÍTULOS PRA ELES" KKK sério, eu fiquei assim. Surtei nos grupos de WhatsApp da vida.
Vocês são incríveis e eu em plena TPM tô mais feliz do que eu mesma posso descrever, muito obrigada pelo carinho <3

Eu avisei que ia ter atualização pelo Twitter hihi, vou começar a interagir real com vocês lá <3
@KamiLuizaS2, tem o link na minha bio se vocês quiserem.

Não tá carregando minhas Fanarts de hoje, então sorry vai sem mesmo KKK

PS. Esqueci de dizer que o Jimin não engravidou agora ele vai engravidar bem mais pra FRENTE. Amo vocês e até o próximo.

Ps 2. Não preciso dizer que provavelmente eu não apareço domingo? Talvez eu apareça, vai depender se eu terminar o capítulo...



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