MENDES, shawn.

— Você pode ficar aqui, eu posso te hospedar por algum tempo. — Falo para a ruiva.

Depois de tudo se acalmar, ficamos conversando por um bom tempo, ela não quis me dizer toda a história do porquê estava aqui, apenas disse que estava à procura de seus pais biológicos. Então, fomos para o meu apartamento. Ayla comeu algo, tomou um banho e colocou alguma roupa que pegou da sua pequena mala, preciso levar ela às compras. Agora estávamos sentados no sofá da minha sala, a ruiva me disse que não tinha para onde ir e eu sugeri que ela ficasse aqui por um tempo porque meu coração mole e minha empatia não me permitia colocar a garota para fora do meu apartamento sem ela ter um lugar para ir, sem contar que Ayla não conhece o país direito.

Ela nem tinha sacado que eu era Shawn Mendes o cantor, de primeira. E isso me deixava feliz, muito feliz. Gostava de ser lembrado como apenas um ser humano ao invés de um cantor famoso.

— Eu acabei de te conhecer, por que você confiaria em mim? — A garota semicerrou os olhos e cruzou seus braços e tudo bem, ela tinha todo o direito de estar desconfiada, eu poderia estar a levando para um tráfico de mulheres mas qual é, eu estava correndo mais riscos do que ela nessa situação.

— Porque você parece ser legal, e eu preciso de alguém que cuide do meu apartamento de vez em quando. Sabe como é... Vida de artista. — Dei um meio sorriso.

— Não, não sei como é. — Ela respondeu ainda me encarando de uma forma desafiadora. — Parece uma ideia maluca, não sei.

— É mais perigoso para mim, eu nem sei o seu nome completo e nada sobre você, tudo o que precisa saber sobre mim está no Google, e eu posso te contar muito mais. — Falei com minha maior cara de convencido, sabendo que eu tinha um ponto forte.

— É verdade, então eu vou ficar mas por pouco tempo, só até eu conseguir encontrar meus pais. — Ayla não demonstrou nenhuma emoção boa dizendo isso e eu imagino que deva ser um assunto bem complicado para ela.

— Tudo bem, você deve estar cansada, dorme um pouco. — Digo me levantando do sofá. — Eu vou sair, mas volto à noite. Pode ficar à vontade.

— Obrigada. — Ayla sorriu.

— Depois conversamos mais sobre você morar aqui.

Eu sei que era uma loucura convidar uma estranha para morar comigo mas no fundo eu sabia que ela era uma pessoa boa, além de que ela precisava de ajuda. Era como se já nos conhecêssemos a anos, era estranho mas eu gostei de passar a tarde com ela exatamente por esse motivo.

Andrew iria me matar, apesar de ser meu amigo, ele é meu empresário e achar um jeito de explicar isso para mídia seria complicado. Eu não queria expor a Ayla com sua história, teremos que criar algo em que a mídia e os fãs acreditem e aceitem. Espero que isso dê certo, e que seja por pouco tempo.