1. Pelo amor de Madre Teresa de Calcutá, saibam o básico de língua portuguesa antes de publicar uma coisa dessas na internet! O que eu já vi de história que usa "mais" de adição em vez do "mas" sinônimo de "porém" é de ranger os dentes, assim como "por que" separado do "porque" junto, o resultado é coisas que ficam iguais a esse post clássico de maneira não intencional.

Qual é pessoal, português não é tão difícil assim, posso não lembrar o que é pretérito mais que perfeito, mas sintaxe fica pra sempre.

2. Sigam o princípio d'Arma de Chekhov, do qual diz:

"Se no primeiro capítulo você estabelecer que tem uma arma pendurada na parede, no segundo ou terceiro capítulo ela definitivamente deve ser disparada. Se ela não for disparada, não deveria estar pendurada ali."

Ou seja, jovens, se não for essencial, não inclua na estória.

3. Evite ficar descrevendo a aparência e, principalmente, ROUPAS dos personagens, o motivo? Muitos autores param a narrativa inteira só para focar nesses detalhes, o que distrai e assim freia bruscamente o trem mental que é a experiência de ler, ainda mais se você descreve um ou outro personagem nos mínimos detalhes, mas não fornece o mesmo tratamento para outros.

Conforme nós vamos lendo, nós mesmos já vamos criando a imagem mental do personagem, com base na personalidade e outros aspectos que nos é fornecido na história.

Se for para descrever o personagem, só o faça em duas situações.

   3.1. Caso a aparência dele seja peculiar em relação ao mundo estabelecido, como um garoto ser o único negro do grupo.
   3.2. Caso você tenha de fato tara em brincar de Barbie e vestir seus personagens, que seja que nem a Arma de Chekhov, faça ela ser essencial na estória, como um rapaz que sempre usa camisas de mangas compridas, e que depois revela que ele se corta.

4. Não escreva, ABSOLUTAMENTE NÃO escreva sobre temas sensíveis e polêmicos, como tortura, estupro e assassinato, se você não souber o que estiver escrevendo, pois se você usar tais temas só para mero fins de choque ou nãos representar tal situação de forma responsável, você acaba por não só criar uma narrativa de mal gosto, como ofender as pessoas da vida real que passam por essa situação.

Aproveitando...
4.1. Se o vilão da história for alguém que cometa atrocidades, como um assassino, lembre-se de retratá-lo como o antagonista, não como um herói ou um fodão, pois lembre-se, no fim do dia, eles estão fazendo a vida de suas vítimas e familiares miseráveis, eles não são boas pessoas.

Claro, pode-se criar um vilão simpático, mas você, como autor, tem que deixar, seja claro ou seja implícito, de qual lado você está.

5. Quando for escrever uma história, deixe a caneta fluir, deixa a mão fazer o trabalho dela, não force as coisas a acontecerem, porque isso novamente vai frear bruscamente o trem do pensamento, não faça, por exemplo, que um urso apareça do nada na floresta sem estabelecer o clima para ele aparecer, ou faça uma arma simplesmente estar ao alcance do personagem, sem estabelecer o local em que ele está. E novamente aproveitando...

5.1. Se sua estória for de mistério ou ter um (ou mais) plot twists, lembre-se do filme "O Sexto Sentido", as pistas para a solução do mistério ou dessa revelação que revira tudo deve estar na narrativa, para quando a pessoa for rever, ela veja o quão a estória foi inteligente ou ela mesma se sentirá inteligente, caso tenha conseguido ligar os pontos.

Se você tirar as pistas da bunda, do nada, tudo que vai conseguir é se fazer de idiota e irritar os leitores, por ter enganado eles.

E por fim.

6. NÃO SEJA PREGUIÇOSO(A), além de não ter preguiça na hora de escrever a narrativa, já que se o fizer, corre o risco de prejudicar a narrativa, matando a experiência do leitor...

Quando terminar a estória, releia, trileia, tetraleia, releia quantas vezes achar necessário, pois é bem capaz de que você deixou algum detalhe escapar, seja um erro de português, seja uma seção da história que não ficou muito claro o que aconteceu.

Espero que esses conselhos tenham ajudado. Continuem escrevendo e continuem melhorando!