Capítulo 37
MINHA cabeça pendeu para trás, o calor subindo pelos meus pés, passando pela cintura até o rosto.
Eu sabia que ele estava tão sedento quanto eu, que queria fazer amor comigo na mesma medida que eu queria cavalgar em cima dele.
Foram meses ficando apenas nos toques por conta dos nossos ferimentos e agora que eu estava curada, não iria me controlar.
Eu pegaria tudo o que ele tivesse para me oferecer.
Meus olhos pesaram conforme ele entrava e saía de dentro de mim com os dedos grossos cobertos pelas tatuagens que me deixavam maluca e não fui capaz de mantê-los abertos por muito tempo.
O seu toque era tão quente, tão macio e ao mesmo tempo firme.
Como um escultor experiente que adorava a sua obra.
Me apoiei nos ombros musculosos aproveitando os toques tão profundos que eu poderia literalmente derreter ali mesmo, minhas pernas se transformando em gelatina a cada investida.
Meus gemidos ficaram cada vez mais agudos e quando estava quase atingindo a liberação, ele parou subitamente, afastando o corpo para trás com um enorme sorriso no rosto.
Eu amava quando Viktor assumia essa atitude, porque era um sinal claro de que ele queria brincar.
— Eu sei o que está fazendo. -Empurrei seu peitoral para que ele ficasse em uma posição deitada e montei suas pernas pairando sobre a sua cintura sem chegar a me encostar no membro rijo latejante debaixo de mim.
— É mesmo? -As mãos quentes apertaram minhas coxas, mas sem tentar me puxar para baixo.
Acenei devagar, meu olhar preso no seu e minha boca sedenta por ele.
Viktor curvou ainda mais os lábios antes de me soltar e eu confirmei minhas suspeitas com aquele gesto.
Ele me queria implorando por mais.
E eu faria com que ele se sentisse num verdadeiro inferno por isso.
Desci da cama sendo seguida pelos olhos azuis que brilhavam em expectativa.
Meu noivo aproveitou a deixa para se deitar de uma maneira mais confortável no colchão macio enquanto assistia o show particular.
Parei à uma distância que ele pudesse ver sem me tocar e respirei fundo.
O roupão ainda pesava na minha pele então deslizei os dedos até os ombros, retirando a peça tão devagar que parecia estar em câmera lenta.
Quando ele caiu em um amontoado felpudo no chão, vi como Viktor sorriu de leve, finalmente podendo me ver por completo.
Em seguida, com a mesma mão, toquei meu pescoço, descendo pelos ombros e fazendo uma pequena pausa nos mamilos duros, estimulando-os com as pontas dos dedos, mandando uma corrente elétrica até o meu ponto mais sensível ao som dos meus gemidos e suspiros.
Viktor assistia tudo em um silêncio misterioso e sensual, os braços cruzados atrás do pescoço em uma tentativa clara de resistir o impulso de vir até mim e me fazer sua ali mesmo no chão frio do nosso quarto.
Sorri satisfeita.
Ele estava quase chegando no seu limite.
Continuei me tocando, passando pelo meu abdômen e escorregando entre meus lábios encharcados.
Brinquei com meu clitóris até que a situação ficou intensa demais, torturante demais.
Dei alguns passos voltando para a cama e subi ao seu lado, meu quadril tão perto do seu rosto que ele poderia me beijar facilmente.
No entanto, o idiota não fez nada.
Não se moveu, nem mesmo parecia respirar na minha frente.
Enfiei primeiro um dedo e depois outro, sem parar de gemer.
Queria provocá-lo de tal forma que seria ele quem iria implorar.
Mas era como se ele tivesse um autocontrole tão grande que quem estava quase ficando maluca era eu.
Mesmo assim, continuei.
Agora que tinha começado, não iria parar até conseguir o que eu queria.
Por trás dos meus olhos fechados, a única coisa que eu via era o seu rosto me dizendo o quanto ele me amava, o quanto ele me desejava e isso servia como um combustível que me deixava cada vez mais perto daquela explosão que tanto ansiava.
— Oh, Viktor... isso é tão bom... -Suspirei depois de alguns minutos entrando e saindo de mim mesma.
Senti o colchão afundando do meu lado e sua respiração acariciando minhas bochechas coradas
— Me diz o que está pensando enquanto se toca, linda... -O sussurro me arrancou arrepios, mas ele ainda não me tocou.
Maldito.
— Que é você aqui... -ofeguei — que são os seus dedos no lugar dos meus... porra...
A risadinha reverberou no mais profundo da minha mente, meu corpo inteiro tremeu e novamente quando eu estava quase lá, minha mão foi puxada, me privando de mais um orgasmo.
— Ainda não, Coelhinha. -Abri os olhos de supetão, a irritação começando a se fazer presente. — Tenho mais um presente para você.
— Se me disser que tem outra casa de... -Seus lábios me calaram em um beijo febril, os dentes puxando meu lábio inferior enquanto nos afogávamos em nossas respirações aceleradas pela volúpia.
Ainda vestido com o próprio roupão, Viktor se afastou depois de quase me enlouquecer e desceu da cama indo até a mesa de cabeceira do seu lado para pegar um pacote de dentro de uma das gavetas.
Uni as sobrancelhas, mas permaneci em silêncio enquanto ele voltava para o meu lado, me entregando o tal presente com cara de paisagem.
Não era algo pesado.
A caixinha devia ter uns vinte centímetros e estava coberta por um papel vermelho sem mais nenhum detalhe.
Estranho.
Balancei a caixa do lado da minha cabeça e não ouvi nenhum barulho que pudesse me dar uma pista do que diabos era aquilo.
— Não vai abrir? -Viktor perguntou impaciente.
— E tirar todo o mistério? -Sorri como uma criancinha no dia de natal.
— Garanto que vai querer saber o que é, então abra logo a caixa para que possamos usá-lo.
Me endireitei rapidamente.
Usá-lo?
Rasguei o papel sem desfazer o sorriso curioso e no momento em que terminei a minha tarefa, meus olhos se arregalaram tanto que escutei uma risadinha divertida a centímetros do meu ombro.
Se tratava de um vibrador.
O filho da mãe tinha me comprado um maldito vibrador.
Era enorme em uma cor turquesa e o mais engraçado é que eu amava aquela cor.
— Não vejo a hora de usá-lo em você, de ver como seus olhos se reviram de prazer enquanto eu estiver te fodendo por aqui -senti seu dedo em cima do meu clitóris — e por aqui. -desceu até minha bunda, massageando a outra entrada com delicadeza.
Respirei fundo.
Caramba.
Eu definitivamente amava aquele homem.
— Então o que diabos está esperando? -Virei o rosto, capturando novamente sua boca e mordi seu queixo para que ele soubesse o quão desesperada eu me sentia.
Foda-se a dignidade.
Eu estava ansiosa por ser usada e não ligava para mais nada.
Viktor segurou minha bochecha, o fogo puro correndo no olhar azulado.
Era um oceano se incendiando bem ali na minha frente.
Uma das cenas mais lindas que eu tinha visto.
— Primeiro temos que limpá-lo bem... -Ele se levantou indo em direção ao banheiro.
Escutei o barulho da água escorrendo na pia e me sentei na cama, esperando pacientemente que ele terminasse a sua tarefa.
Ao voltar, o seu roupão tinha desaparecido e meus olhos se prenderam no seu membro ereto conforme ele se aproximava até parar na beirada da cama.
— Agora sim. -Engoli em seco. — Pegue o spray branco que está dentro da gaveta, por favor.
Obedeci rapidamente e depois de secar bem o aparelho, espirrei uma boa quantidade de lubrificante na sua superfície lisa e espalhei com a mão subindo e descendo como se estivesse masturbando-o.
Viktor não desviou o olhar do movimento um segundo sequer e quase tive um infarto quando ele agarrou a si mesmo de uma maneira quase sincronizada com a minha.
Oh sim, caralho.
Era disso que eu estava falando.
— Oh... porra. -Os seus gemidos ficavam cada vez mais altos e de repente, munida de um sentimento que nunca tinha experimentado antes, enfiei o vibrador pelas minhas dobras, meu corpo inteiro tremendo junto com o aparelho.
O clima no quarto mudou rapidamente e em questão de segundos, nossos gemidos se fundiram em um só.
A cena parecia saída de um filme para adultos e sorri pensando no quão louco era aquilo.
Viktor emanava calor e sensualidade e só de ver como ele se tocava devagar, desfrutando do próprio corpo ao mesmo tempo em que me observava, eu ficava ainda mais excitada.
Me sentei na cama abrindo ainda mais as minhas pernas para que ele tivesse uma visão melhor do que eu fazia e afundei minha cabeça no colchão macio.
Eu estava fodidamente ferrada.
Depois dessa sessão de sexo, não iria querer mais transar do jeito convencional.
Se é que existia o convencional, quando se tratava de Viktor.
Nossas mãos continuavam fazendo o trabalho por nós, mas mesmo assim, eu sabia que precisava de mais.
Eu queria tê-lo me tocando por inteiro, que seus dedos me marcassem ainda mais profundo e que ele gemesse meu nome sem parar.
Eu queria tê-lo dentro de mim.
— Preciso de você, amor. -Grunhi quando senti que o orgasmo se aproximava.
— Venha aqui. -Viktor segurou minhas pernas, me puxando para baixo e posicionando de uma maneira que ele pudesse me penetrar por trás ao mesmo tempo em que eu continuava brincando com o meu mais novo amiguinho.
Deslizei a língua pelos meus lábios ao ver como ele lambuzava o pau com uma boa quantidade de lubrificante antes de enfiá-lo pouco a pouco entre as minhas nádegas.
— Oh...Puta que pariu! -Gritei, a sensação de preenchimento me fazendo ver estrelinhas.
— Você gosta disso, Coelhinha? De ser comida por dois paus ao mesmo tempo? -A pergunta veio acompanhada de um tapa na coxa e sorri com safadeza.
— Não faz a menor ideia, Schultz.
Continuamos nos movendo incansavelmente, Viktor trabalhando na minha bunda e eu sem parar de me dar prazer com o vibrador.
Aquilo era tão bom, tão... maravilhoso.
Tão surreal.
A vibração no meu clitóris enquanto ele me empalava, os dedos grossos e ásperos deslizando por toda a minha pele me fazendo arrepiar e o calor que crescia rapidamente pelas minhas veias provocando uma combustão iminente.
Eu pensava que já tinha experimentado algo voluptuoso com os outros parceiros sexuais que tive durante todos esses anos, mas aquilo era... droga eu quase podia sentir que estava chegando ao maldito nirvana.
Quero dizer, não era a minha primeira penetração dupla, mas porra, era a minha primeira com Viktor e o maldito sim que sabia fazer do jeito certo.
Por exemplo, ele sabia ler cada expressão corporal minha, sabia dizer perfeitamente quando eu estava perto de gozar e o mais importante de tudo: ele conseguia me levar à loucura com apenas um toque.
Não sei se era por conta de todo o sentimento que nos envolvia, mas estar ali com ele era diferente de tudo o que eu já tinha experimentado antes.
Era como se fôssemos feitos um para o outro, como se cada peça dos nossos corpos se encaixassem perfeitamente e isso só deixava tudo mais ardente.
Eu faria qualquer coisa para guardar aquele momento, para pausar no tempo e continuarmos assim até o cansaço.
Eu queria que ele me tomasse em todos os aspectos.
Que gritasse para o mundo inteiro que eu era dele.
Não me envergonho de admitir.
Eu queria que todos soubessem o quão louca eu era por esse cara.
Principalmente ele.
— Eu sou sua, Viktor. -Arfei quando ele investiu contra as minhas pernas ao mesmo tempo em que enfiei o vibrador. — Toda sua, faça o que quiser comigo.
O sorriso satisfeito no seu rosto foi suficiente para que eu entendesse que tinha dito as palavras certas.
Viktor saiu de mim e fui colocada de cabeça para baixo.
Me ajoelhei na cama ficando de quatro e levantando bem a bunda para que ele tivesse mais acesso.
— Não pare de mover a sua mão, entendido? -Ele pediu em um rosnado.
Balancei a cabeça sem ser capaz de falar.
Meu cérebro estava quase derretendo àquela altura.
Viktor passou mais lubrificante em si mesmo e quando ele entrou outra vez, tive que morder o edredom para não soltar um grito tão alto que possivelmente seria escutado até da portaria da mansão.
Droga de homem gostoso e grande.
Soltei uma risadinha.
Eu era uma filha da puta sortuda.
Meu corpo oscilava para frente e para trás conforme ele entrava e saía com força.
Eu quase não conseguia mais manter o vibrador dentro de mim de tanto tesão que sentia.
— Vai me matar desse jeito, caramba! -Brinquei, mas me controlando para não desobedecer o seu comando.
— Te disse que iria te deixar com as pernas doendo, amor e você sabe que eu sempre cumpro as minhas promessas.
Oh eu sabia.
E como eu sabia.
— O que mais você vai fazer? -Provoquei de olhos fechados.
Outro tapa ecoou dentro do quarto, minha bunda devia estar toda vermelha, porém eu não ligava.
Por mim, ele poderia continuar me batendo até o sol raiar e eu ainda pediria por mais.
Porque todas as horas de sexo com aquele homem nunca seriam suficientes.
— Porra, eu amo essa sua bunda apertada -Engoli mais um gemido alto quando ele me empalou com mais força. — Amo o jeito que você diz meu nome antes de gozar... eu sei que está quase lá, então grite meu nome Alícia. -Apertei as pálpebras.
Agora era a hora de fazê-lo pagar.
— Viktor. -Murmurei apenas para deixá-lo irritado, ganhando um tapa na coxa.
— Mais alto, caralho. -Outro tapa na bunda.
— Viktor. -Aumentei o tom de voz, mas ainda não era alto o suficiente.
— Parece que alguém gosta de ser castigada, não é mesmo? -Dessa vez recebi uma mordida em uma nádega e arfei em surpresa.
— Oh, Viktor. -Sorri divertida ao ganhar outro tapa.
Droga, estava adorando o castigo, mas sabia que o orgasmo chegaria a qualquer momento.
— Estou quase gozando, liebe e vou fazer questão de preencher as suas costas com tudo o que eu tiver. No entanto, só farei isso quando você gritar. -Sua voz ficou tão rouca e grossa que por pouco não gozei antes do tempo.
Oh, porra, eu estava perdida.
Nesse momento, como se um comando secreto tivesse sido ativado no meu subconsciente e eu simplesmente não consegui controlar mais a minha própria boca.
Seu nome foi gritado tantas vezes que em um ponto eu parei de contar.
E cada vez que eu gritava, ele me açoitava com a palma da mão, o barulho acompanhando minha voz que começava a ficar rouca pelo esforço.
Meu nome também foi proclamando várias vezes e um sentimento de possessividade me atingiu ao saborear como ele se ouvia deliciosamente bem nos gemidos e sussurros.
Soltei o vibrador segundos antes da explosão e deixei que o orgasmo viesse apenas por ele.
Para ele.
Cada reação minha, cada gemido, ofego, droga, cada respiração era sua.
Minhas pernas tremeram com a liberação e sorri sentindo o jato quente sobre a minha pele antes dele espalhar tudo com o próprio pau como se fosse um artista e eu a sua tela em branco.
— Ainda bem que estou realmente curada. -Suspirei puxando o ar com dificuldade.
— E eu tinha planos para mais tarde, mas acho que vai ser muito desgastante para você... tenho medo de acabar te machucando. -Viktor me ajudou a levantar da cama, o corpo suado pelo esforço e aquele sorriso satisfeito nos lábios.
Beijei sua boca por alguns minutos.
Quem diria que algum dia nós dois nos casaríamos.
Durante anos eu sonhei com esse momento, idealizei uma realidade onde pudéssemos ser felizes juntos e me alegrava saber que eu tinha conseguido.
Que tínhamos passado por todas as dificuldades e ainda assim, nosso amor continuava intacto.
Naquele momento, rodeada por aquela aura mística do pós sexo, eu fiz uma promessa para mim mesma.
Nada nem ninguém seria capaz de nos separar novamente.
Se algo acontecesse, eu iria lutar por nós dois.
Iria fazer o possível e o impossível para que nossa vida não fosse afetada como tinha acontecido no passado.
Porque Viktor era a minha alma gêmea.
Ele era a pessoa que eu mais amava nesse mundo e que merecia ser feliz e amado.
Ele era o meu chalé.
Meus olhos se encheram de lágrimas com a realização.
Viktor era o meu chalé.
Sempre foi assim, só que por um longo tempo eu me recusei a aceitar a verdade.
Beijei seu rosto, deixando escapar uma lágrima sem querer.
— Ei, o que houve? Te machuquei? Está sentindo dor? -Suas mãos de repente estavam em todo o meu corpo em busca da possível dor.
— Não, amor. Não aconteceu nada, é só que eu... eu acabei de perceber uma coisa. -Sorri ainda mais emocionada.
— O quê? -Por um instante me senti mal ao ver a angústia no seu rosto ao pensar que eu estava sentindo algum tipo de dor.
— Que você é meu chalé. -Confessei rapidamente e seus olhos se arregalaram em câmera lenta.
Os braços musculosos e tatuados me envolveram com cuidado e ele encostou a testa na minha, nossas respirações entrelaçadas em uma aliança invisível.
— E você sempre foi o meu, Alícia. Sempre.
Mordi o lábio.
Não havia uma fodida maneira de que eu não amasse Viktor Schultz.
— Por favor, não me assuste de novo, ok? Sei muito bem que ainda não está cem por cento e não quero que se machuque.
— Prometo que estou mais relaxada do que nunca estive na minha vida.
— Tem certeza? -Ele levantou uma sobrancelha desconfiada e sorri baixinho.
— Ok, ainda sinto uma fisgada pelo esforço, mas não é nada que um bom banho não resolva. -Brinquei dando um tapa de leve na bunda durinha.
— Engraçadinha, mas não precisa se preocupar, vou fazer questão de recuperar o tempo perdido, está bem? -Recebi um beijo suave na testa.
Levantei o queixo, o sorriso estampado entre minhas bochechas que começavam a doer de tanta felicidade.
— Oh, pois saiba que eu vou te cobrar todos os dias, pelo resto das nossas vidas.
NOTA DO AUTOR
Helloooo amores da minha vida,
Tenham todos um ótimo final de semana!
Espero que tenham gostado,
Não se esqueçam de votar e comentar heim!
Amo vcs 🥰
Bjinhosss BF 🖤🖤🖤
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