Capítulo 29
— ENTÃO quer dizer que as coisas que ele me contou são verdade? -Meus olhos ardiam com as lágrimas, queimando como se fossem ácido escorrendo pelo meu rosto.
Viktor não deu um passo sequer.
As íris azuis me encaravam em conjunto com o cenho franzido de um jeito que eu nunca havia visto.
Parecia uma cena de filme de terror, onde eu sabia que algo muito ruim estava prestes a acontecer.
Meu coração se partia a cada segundo que passava sem ter uma reação dele e meu mundo parecia desabar pouco a pouco ao descobrir que a pessoa que eu amava me escondeu tantas coisas, tanta informação que com certeza me fariam mudar de perspectiva se por algum milagre tivesse sabido antes.
— Amor, eu não sei... não sei o que Harvey te disse, mas por favor, você precisa...
Apertei as pálpebras pela milésima vez, aquele nó na minha garganta se apertando mais e mais.
— Você sabe muito bem o que ele me disse, Viktor. Só... pare de tentar brincar com a minha inteligência.
— Liebe por favor...
Seus dedos tocaram minha pele fria por conta das lágrimas e puxei uma longa respiração.
— Responda a minha pergunta, Viktor.
— Alícia...
— Responda a porra da minha pergunta! -Gritei empurrando seu corpo para trás, minha voz falhando ao mesmo tempo em que eu via a resposta escancarada bem ali diante dos meus olhos, por mais que não quisesse enxergar.
Viktor penteou os cabelos com os dedos ainda sem coragem para dizer algo, embora não fosse mais necessário à essa altura.
No entanto, eu tinha que ouvir da sua boca.
Eu precisava disso para finalmente aceitar que tinha sido feita de idiota.
Mas ao mesmo tempo queria que ele mentisse.
Era como quando você sabe que tem que tirar um band-aid da ferida, mas ainda assim não está preparado para a dor.
Sorri tristemente.
Seu olhar estava em todos os lugares, menos em mim.
Eu conhecia aquela sensação.
Sabia exatamente o que vinha a seguir.
— Sim. -Apertei meu peito para tentar fazer aquela dor parar, mas foi completamente em vão.
Por mais que já soubesse a resposta, aquilo não podia estar acontecendo.
Tinha que ser um pesadelo e eu devia acordar logo... eu deveria acordar logo eu...
Balancei a cabeça para os lados e sem querer escutar mais nada, juntei minhas coisas na intenção de dar o fora dali, porém seus dedos seguraram meu pulso rapidamente e cometi o erro de olhar para o seu rosto.
As lágrimas escorriam sem parar e ele parecia tão desolado quanto eu.
— Me deixa explicar, Coelhinha, por favor...
Sua mão trêmula pousou sobre o meu ombro e respirei fundo mais uma vez.
— Não me chame assim. Você não tem mais esse direito. -Rosnei me afastando em busca da bolsa com Chess que milagrosamente estava quietinha no seu lugar.
— Alícia, não seja teimosa, pelo amor de Deus!
A gargalhada que soltei saiu arranhando minha garganta de uma maneira tão forte que senti como se tivesse fumado três maços de cigarro ou engolido um ramo de rosas com espinhos e tudo.
— Teimosa? -Gritei novamente, meus braços se movendo para todos os lados. — Faça-me o favor, Viktor! Você mentiu para mim todo esse tempo e a porra da teimosa sou eu? Vá se foder!
Minha pele estava arrepiada, meu coração batendo tão rápido quanto meu peito podia suportar e as lágrimas haviam se secado.
Tudo o que eu sentia por Viktor tinha se secado junto.
— Eu não... -engoli em seco — eu não te conheço mais. Nunca te conheci. E-eu preciso sair daqui... -Levantei apenas a caixa de transporte de Chess sem me importar com as minhas roupas.
Nada daquilo era relevante de todas formas.
Eu estava destruída.
Completamente devastada pelo furacão Schultz que mais uma vez passava na minha vida, deixando minha mente de ponta cabeça, arrastando tudo com ele.
Mais uma vez, por culpa de Viktor eu sofria e não permitiria que ele me afundasse novamente.
Eu não podia mais chorar por ele. Não era justo.
Eu já era uma adulta e tinha o poder de decidir como as coisas seriam dali para frente.
Limpei meu rosto com a mão livre enquanto caminhava até a porta pensando em como diabos conseguiria dar o fora daquela maldita mansão, quando de repente senti um peso na minha cintura, me impedindo de continuar andando.
Apertei minhas pálpebras puxando outra longa respiração antes de olhar para baixo.
— Me solte, Schultz.
— Não faça isso comigo, liebe, por favor! -Neguei tristemente.
— Eu? Eu não fiz absolutamente nada. Eu não menti, eu não escondi ter matado meus próprios pais, eu...
— Você não entende!
— E o que há para entender?
— Por favor, não termine as coisas assim! Me deixa explicar o que aconteceu, você precisa me escutar, precisa...
Finalmente tive coragem suficiente para abaixar a vista e enfrentar o seu semblante perdido.
Ver aquele homem de quase dois metros de altura ajoelhado ali na minha frente, completamente subjugado era de partir o coração, mas mesmo assim eu queria distância dele. Não conseguia olhar para o seu rosto e não lembrar do que ele tinha feito.
— Eu esperei você, cara. Durante quinze malditos anos esperei que você viesse até mim, que me dissesse que porra estava acontecendo, porquê tinha sumido daquela maneira, mas você não fez nada! Nada!
Segurei seus dedos liberando a minha cintura do seu aperto e para a minha surpresa, dessa vez ele não ofereceu resistência, apenas ficou ali ajoelhado no meio do quarto, o peitoral musculoso subindo e descendo conforme ele chorava desconsoladamente.
Uma parte de mim implorava para abraçá-lo, para dizer que tudo ficaria bem, que nós ficaríamos bem, no entanto, aquela outra parte insistia em que ao fazer isso, eu estaria aceitando toda aquela merda.
Aceitando ser sempre a última a saber de tudo e a ser enganada quando ele achasse conveniente.
— Se eu tivesse te contado antes, você provavelmente nem estaria aqui comigo, não comeria na mesma mesa que eu, não dormiria na nossa cama.
Revirei os olhos.
— Eu continuei dormindo naquela cama mesmo depois de te ver cortando o dedo de um babaca, Viktor. Não jogue a sua merda para cima de mim. Não tente me colocar como vilã da sua história.
— Droga, eu não estou fazendo nada disso. Só quero tentar me explicar, te mostrar que eu não sou esse monstro que você está imaginando. Eu te amo, caramba!
— Nada do que me diga agora vai me fazer mudar de ideia. -Suspirei tristemente. — Quando eu passar por aquela porta, faça um favor tanto a mim quanto a si mesmo e não me persiga, não quero perder o controle e fazer algo pelo qual possa me arrepender.
Ele acenou sem mover um músculo sequer ainda de joelhos no chão.
— Eu te amo, Alícia. -Ele repetiu com o semblante sério. — E jamais vou deixar de fazê-lo, não importa quantos anos passem, não importa se você deixa de me amar. Meu coração sempre foi seu, de mais ninguém.
A voz rouca fez meu coração parar por um milésimo de segundos e forcei meus pés a me levarem para fora dali.
— Pelo menos espere amanhecer, é perigoso sair sozinha à essa hora.
— Porque é bem mais seguro ficar ao lado de um assassino, não é mesmo? -Praguejei baixinho ao perceber o quão infeliz tinha soado aquela frase, mas já era tarde.
Viktor sabia muito bem o que fazia e não tentou mudar nada.
Meus ombros pesavam tanto que não consegui sequer levantar a cabeça quando passei pela porta em direção à garagem.
Durante todo o caminho eu rezava para que a chave ainda estivesse no lugar de sempre, caso contrário eu teria que fazer uma ligação direta na minha própria moto.
Minha vida era uma ironia sem fim...
Chess miava baixinho conforme andávamos e eu só conseguia pensar na falta que ela sentiria de Viktor.
Deus, eu era tão patética.
Mesmo estando furiosa e quebrada em um milhão de peças desconexas, ainda assim eu pensava no seu bem estar.
E para me afundar ainda mais, como se tanto sofrimento não fosse suficiente, lembranças da nossa infância pipocavam por trás das minhas pálpebras, me mostrando como eu era uma burra, uma ingênua com todas as letras ao não perceber algo que estava ali diante dos meus olhos todo esse tempo.
Abri a porta da garagem tremendo tanto que não sei como as coisas não caíram das minhas mãos.
Avistei Queen Bee estacionada e procurei sua chave no quadrado que ficava ao lado da entrada, soltando um suspiro aliviado ao constatar que de fato ela estava ali.
Não esperei muito para sair derrapando ao pegar o caminho para a estrada de terra que levava até aquele galpão no meio do nada.
Provavelmente os porteiros já tinham sido avisados para não me deixar sair e só havia um caminho que não era tão vigiado.
A mochila pendurada na parte da frente do meu corpo balançava para os lados quando eu passava por algum buraco aumentando cada vez mais a velocidade.
Chess passou a reclamar cada vez mais forte com medo do meu surto e no momento em que percebi que eu estava cometendo uma loucura e uma imprudência ao dirigir daquele jeito ainda mais sem conseguir enxergar nada por conta das lágrimas, freei de supetão, desci da moto deixei a gata no chão antes de correr até parar perto de um balanço bem similar ao que tinha na casa dos meus pais.
Aquele cenário era tão familiar e tão doloroso, como se eu tivesse sido transportada para o passado, para uma época onde não fazia a menor ideia de que Viktor pudesse cometer algo tão terrível quanto matar pessoas que ele deveria amar.
Ao pensar nisso, também percebi que eu era uma dessas pessoas.
Ele me amava.
Será que ele teria coragem de me matar também?
Deus, minha mente estava tão confundida, meus olhos cegados pela umidade salgada e a respiração entrecortada que nada mais fazia sentido.
Apertei meu pescoço com força.
Eu precisava de ar.
Eu precisava sair dali.
Eu precisava dele.
Retirei a blusa ficando só de sutiã e o vento fresco me ajudou um pouco a não desmaiar ali naquele balanço no meio do nada.
Desde que havia chegado na mansão e começado a me envolver com Viktor, passei a imaginar como seria o nosso futuro, que ficaríamos juntos para sempre e finalmente poderíamos ser felizes, no entanto, tudo não passou de outra enorme ilusão.
E eu era a única culpada por acreditar que tinha a droga da chance de amar e ser amada por ele.
Era a única culpada por continuar amando-o mesmo sabendo que era errado.
Um grito estridente escapou do mais profundo do meu ser enquanto eu soluçava sem parar.
Meu coração estava destruído.
Tudo o que eu sabia sobre Viktor eram puras mentiras.
E por mais que eu tentasse fingir que não ligava para aquela informação, eu tinha certeza de que cada vez que eu fechasse meus olhos, a imagem do carro dos seus pais virado de cabeça para baixo, os corpos ensanguentados pendurados pelos cintos de segurança e vidros para todos os lados iria me atormentar para sempre agora que eu sabia quem estava por trás daquele acidente.
— Como você pôde, Vik? -Sussurrei entre mais lágrimas. — Como teve coragem de matá-los?
O julgamento percorria minhas veias, fazendo minha pele se arrepiar.
Eu não queria pensar que Viktor era um assassino, mas era difícil não assimilar as coisas, ainda mais sendo uma policial que lutava contra pessoas como ele.
A repulsa e o remorso ameaçavam me dominar e eu não fazia ideia de como lidar com aquilo, não conseguia sequer respirar direito e meus olhos começavam a pesar ameaçando me levar para a escuridão.
O ar parecia ser ácido, queimando minha garganta quando eu engolia com dificuldade.
Era como se eu estivesse caminhando em uma corda bamba e a cada passo que eu dava chegava mais perto do fim, mas ao mesmo tempo uma força me puxava para baixo.
Eu não queria mais me sentir assim.
Não queria mais sentir como se meu coração estivesse sendo arrancado de dentro do meu peito.
Era demais para mim.
Me levantei decidida a terminar o que tinha começado e dar o fora dali e sair da vida de Viktor de uma vez por todas, quando o farol de um carro que eu conhecia muito bem cegou meus olhos por alguns segundos me deixando sem nenhuma reação, como um animal silvestre espantado.
Engoli em seco me preparando para mais um confronto, no entanto, para o meu alívio foi Ty quem desceu pela porta com uma expressão tão furiosa no rosto que pensei que levaria um sermão ou que ele apenas estava ali para se certificar de que eu de fato iria embora.
— O que deu nessa sua cabecinha maluca, Alícia? Não pode ficar aqui uma hora dessas! -Seus braços me puxaram para perto de si em um abraço carinhoso que contrariava o que ele acabava de falar e me fez chorar ainda mais.
Meu corpo se sacudia contra o seu e ele me apertou por mais alguns minutos até que eu me acalmasse.
— Viktor matou os próprios pais... -eu disse baixinho — Você sabia disso?
O silêncio de Ty foi suficiente para me fazer entender que provavelmente cada pessoa naquela maldita cidade sabia e isso só me fez ficar ainda mais furiosa.
— Schultz me pediu para vir atrás de você, ele estava muito preocupado e tenho certeza que depois que essa tempestade passar, os dois poderão conversar direito e esclarecer esse mal entendido.
Soltei uma risadinha irritada.
— Não quero falar com ele nem hoje e nem nunca.
— Ali...
— Você sabe como é viver a sua vida inteira tendo um conceito de uma pessoa, para um dia descobrir que na verdade tudo aquilo que sabia sobre ela era mentira? -Minha voz ficava cada vez mais embargada. — Eu estou tão chateada, Ty. Tão magoada e o mais engraçado é que não estou brava só com ele, também estou brava comigo por não ter percebido antes que todos estavam mentindo bem na minha cara.
— Alícia, as coisas são muito diferentes do que você está imaginando. Deixe Viktor se explicar e vai entender.
Dei alguns passos para trás pegando a bolsa de Chess do chão sem me importar com o fato de que estava seminua.
— Ele teve tempo de sobra para conversar...
— Eu sei, querida, mas deve saber que não é fácil para ele falar sobre isso com...
— Estranhos? -Ty abaixou a vista percebendo o erro que acabava de cometer.
— Com pessoas que ele ama. -Balancei a cabeça para os lados.
— Nós éramos amigos, porra eu passava praticamente vinte e quatro horas grudada nele. Me desculpe por te colocar no meio de toda essa merda, Ty, mas não posso mais. Estou esgotada.
Comecei a caminhar até a minha moto, sendo alcançada rapidamente pelo segurança que certamente tinha ordens concretas para não me deixar sair da propriedade.
— Escuta, Viktor fodeu tudo, isso é um fato. -Sua mão segurou a minha. — Mas você tem que lembrar que não é seguro lá fora. Não só a polícia está atrás de você, Alícia! Os Red Demons colocaram um preço pela sua cabeça e agora as outras gangues também te querem morta com tal de receber a recompensa.
— Mas o quê...?
Arregalei os olhos sentindo o mundo girar novamente.
Porque claro, nada está tão ruim que não possa piorar, não é mesmo?
Ty parecia triste e ao mesmo tempo muito preocupado para estar inventando aquela história apenas para que eu ficasse ali.
— Por que acha que Viktor ficou louco quando soube que você deixou a mansão sem avisar? E-eu não queria te dizer nada para que não se assustasse, mas deve compreender que no momento aqui é o único lugar que está te mantendo com vida.
Ninguém tem coragem de se meter com Viktor e por isso não vieram atrás de você até agora.
— M-mas... o que eu vou fazer, Ty? -Sussurrei, o medo contaminando cada célula do meu ser. — Não posso mais dormir no mesmo quarto que ele, nem no quarto ao lado, droga, não quero sequer correr o risco de encontrá-lo na cozinha ou no corredor, eu...
— Você pode ficar em um dos dormitórios dos funcionários, há quartos vazios e lá também temos cozinha, sala de estar e todas as comodidades que você precisa.
Franzi o cenho.
— Até parece que Viktor vai permitir algo assim.
— Eu mesmo vou falar com ele se for necessário. -Seus dedos acariciaram os meus e uma lágrima escorreu pela minha bochecha me fazendo estremecer por conta do ar gelado.
— Obrigada, Ty. Não sei o que seria de mim sem você.
— Não precisa agradecer. Eu também me preocupo com a sua segurança. Além do mais, não se esqueça que eu também já matei pessoas, Ali. E mesmo assim você está falando comigo...
— Mas elas não eram seus pais, caramba.
— E que diferença isso faz? Eram vidas e eu não me orgulho disso, mas olha, eu sei que está chateada e tudo bem você querer se afastar dele agora, mas dê uma chance para que ele se explique. Não por ele, nem por mim, mas por você.
— Não sei se consigo. -Suspirei desanimada.
— Se não fizer isso, ficará com a dúvida para sempre. Vocês merecem se perdoar, Alícia. Ficaram mais de quinze anos se odiando, quero dizer, você odiando-o -seus lábios se curvaram em uma risadinha. — Viktor é louco por você, querida. Tenho certeza que ele tem um bom motivo para não ter te contado nada.
Balancei a cabeça devagar.
Tyron tinha se tornado uma das poucas pessoas em que eu podia confiar cegamente e sabia que por mais que não quisesse admitir, ele tinha razão.
Infelizmente, a casa de Viktor era uma fortaleza que mantinha afastados os babacas que estavam atrás de mim e se eu quisesse realmente provar a minha inocência, teria que engolir o meu orgulho e raiva e fazer o que ele tinha sido sugerido.
Contudo, se Viktor pensava que conseguiria se contactar comigo, ele estava muito enganado.
Nem que para isso eu não saísse do dormitório.
Ty me acompanhou pelo caminho de volta até a mansão e pegou todos os meus pertences no quarto de hóspedes enquanto eu esperava do lado de fora.
Meu coração pulava desenfreado dentro do peito com a possibilidade de que Viktor aparecesse e me dissesse que aquilo era loucura, que ele não me permitiria dormir com os funcionários, no entanto, para a minha surpresa, nada disso aconteceu.
Durante todo o tempo que levou para que eu mudasse de quarto, nem mesmo cheguei a ouvir a sua voz.
Era como se Viktor não estivesse ali.
E confesso que a decepção me atingiu em cheio com a falta de reação.
Mas o que eu podia esperar?
Aquela era a sua forma de agir diante de um conflito e eu já devia estar acostumada.
Na verdade eu não deveria estar sequer chateada.
— Se precisar de qualquer coisa, me avise por favor. -Acenei me controlando para não chorar dentro do quarto bem menor que o anterior, porém tão confortável quanto os outros.
— Na verdade, eu meio que joguei o meu telefone pela janela... será que você poderia...
Ty balançou a cabeça para os lados sorrindo levemente.
— Isso está começando a virar um costume... digo, jogar os celulares pela janela e tudo mais. -Ele brincou talvez para tentar amenizar o clima fúnebre.
— Parece que sim. -Dei de ombros. — Eu realmente vou precisar de outro, não posso ficar sem falar com a minha amiga.
— Tudo bem, amanhã consigo um novinho, mas com a condição de que não brinque de avião com o coitado.
Sorri baixinho.
— Eu prometo que não. Obrigada Tyron, de verdade. -Envolvi sua cintura com meus braços e Ty suspirou pesadamente.
— Vocês vão se entender, Alicia, confie em mim.
— Como pode ter tanta certeza? -Engoli em seco desejando que aquelas palavras fossem verdade mesmo estando furiosa com o cara que ainda tinha certo poder sobre mim.
— Porque vocês foram feitos um para o outro, é só ver a forma em que se olham. Há amor aí, dos puros. Daqueles que não se vê hoje em dia.
NOTA DO AUTOR
Hellooo amores, demorei, mas cheguei.
Ontem não consegui terminar de escrever, porém,
entretanto, contudo e todavia, aqui estamos
pra continuar sofrendo mais um pouquinho kkkkkk
Espero que tenham gostado,
Não se esqueçam de votar e comentar!
Tenham todos um ótimo final de semana.
Amo vcs🥰
Bjinhosssss BF🖤
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