Capítulo 03
A MINHA MESA estava abarrotada de papéis espalhados por toda a superfície.
E em todos eles, o sobrenome Decker anotado se destacava em alguma parte.
Alguns eu já tinha em casa do tempo em que estava investigando Steven e os outros eram impressões das fotos que Josh me enviou pelo celular.
A maioria estava tremida e em péssima qualidade, mas eu não podia exigir mais do que isso.
Meu parceiro tinha se arriscado bastante e não queria que ele perdesse o emprego por minha causa, então eu teria que me virar com o que possuía.
Se Harvey pensava que eu simplesmente me afastaria da investigação só porque ele exigiu, estava muito enganado.
O caso Decker era meu e eu continuaria até o final.
Chess pulou no meu colo enquanto eu fazia algumas anotações na caderneta que sempre levava comigo.
Suas patinhas e seu corpo gordo pesaram em cima de mim me obrigando a acariciá-la antes que ela fincasse as unhas na minha pele como punição.
Eu sei, minha gata era extremamente mimada, no entanto, eu não estava nem aí.
Ela merecia todo o carinho do mundo depois de ter passado tanto tempo nas ruas.
— Mas que merda, por que tudo parece tão perfeitamente alinhado? -Murmurei esfregando o espaço entre as sobrancelhas sentindo uma pontada de dor de cabeça se formando.
Droga, eu precisava encontrar algo antes que aquele maldito conseguisse se safar outra vez.
Tinha passado quase todo o final de semana com a cara enfiada nesses papéis, lendo cada linha, interpretando cada parágrafo e procurando sinais que pudessem me levar a uma resposta que fizesse algum sentido.
A frustração não chegava nem aos pés da raiva profunda que eu sentia conforme as horas passavam e aquele maldito quebra cabeças continuava uma confusão dentro da minha cabeça.
O mais engraçado de tudo, é que se fosse com aquela outra gangue, eles já estariam atrás das grades.
Porque não, infelizmente Steven e sua tropa de idiotas não eram os únicos a traficar mulheres.
Haviam várias organizações criminosas que se dedicavam a isso e uma delas era conhecida por ser rival de outra muito importante.
E devo admitir que cheguei até Steven com a ajuda de um deles.
Steven fazia parte do que era conhecido como Red Demons, uma gangue composta de vários fantasmas.
Ninguém fazia ideia dos nomes dos seus participantes. Pelas informações que eu consegui depois de me enfiar até o mais profundo de South Oaks, eles usavam máscaras vermelhas quando se reuniam para discutir sobre os negócios e quase não falavam nada realmente.
Steven era um dos únicos que dava a cara a tapa. Acho que de alguma maneira excêntrica, ele gostava do perigo, de sentir que a qualquer momento seria pego, mas ao mesmo tempo do alívio ou da superioridade de saber que sempre se livrava.
Os seus rivais eram chamados de Corvos, uma gangue quase do mesmo tamanho que a outra, porém com pessoas bem mais... excêntricas.
Um dos seus integrantes que tinha sido preso meses antes de eu começar a investigação foi quem me contou tudo sobre os Red Demons.
Pelo que entendi, ele estava de saco cheio de sempre serem presos e os Reds rara vez chegavam a pisar na delegacia.
Então correndo o risco de ser brutalmente assassinado por ser um dedo duro, ele simplesmente me explicou cada detalhe de como funcionavam as captações das vítimas.
E graças a isso, eu cheguei até o nojento do Steven.
O que ainda não entendia depois de todo esse tempo, era como aqueles malditos conseguiam se livrar com tanta facilidade e...
— Porra! Como não enxerguei isso antes? -Levantei em um pulo da cadeira fazendo com que Chess caísse no chão em um baque seco. — Droga, desculpa Chessy, foi sem querer! -Acariciei seus pelos e ela se afastou brava comigo.
Mas eu não tinha tempo para me sentir mal com isso. Finalmente algumas peças começaram a se encaixar.
Eu estava tendo um avanço depois de dias praticamente em cima dessa mesa.
De repente comecei a reler todos os depoimentos, a examinar cada palavra até que elas dessem voltas e voltas na minha cabeça.
E como se uma venda tivesse sido retirada dos meus olhos, eu passei a enxergar tudo com clareza.
Coisas que não tinha percebido antes, detalhes que tinham passado como um borrão bem ali diante dos meus olhos.
Por exemplo, cada vez que Steven era associado com uma garota desaparecida, alguém completamente aleatório se declarava culpado e antes mesmo de chegar a ser interrogados, apareciam mortos nas celas.
Ou suas declarações eram sempre as mesmas, os álibis, até mesmo as testemunhas e ninguém contestava ou pedia novas declarações.
E o mais engraçado de tudo, era que Decker sempre ia parar na mesma delegacia, a terceira divisão que ficava do outro lado da cidade.
Que porra era essa?
Folheei todo o arquivo novamente apenas para ter certeza de que não estava vendo algo onde não havia nada.
Era sempre o mesmo procedimento: ele chegava, ficava duas, talvez três horas preso e depois era liberado por falta de provas, assim como os outros que se declaravam culpados.
Era óbvio que esse maldito tinha ajuda de alguém de dentro da polícia.
Como não percebi antes?
Alguém estava acobertando-o e meu sangue ferveu ao finalmente perceber que essa pessoa era um policial, capitão ou até mesmo um detetive. Por isso os Corvos sempre iam presos e os Red Demons não.
Aqueles malditos deviam ter algum acordo ou pagavam alguma soma de dinheiro para comprar o seu silêncio.
Como podiam fazer isso? Como podiam virar os rostos para algo tão asqueroso e destrutivo como levar garotas para outras cidades, até mesmo outros países contra a sua vontade para servir de escravas sexuais?
Mas agora as coisas seriam diferentes.
Agora Steven estava preso na minha divisão e eu não permitiria que ele saísse com a cabeça erguida como se nada tivesse acontecido.
Eu faria questão de descobrir cada podre desse idiota, lançaria a merda no ventilador e não estava nem aí para o fato de que estaria me colocando em um risco ao fazer isso.
Se alguém do meu trabalho estivesse defendendo-o, cairia junto com ele.
E isso me fez perceber que eu não podia confiar em ninguém a partir daquele momento.
Nem mesmo em Josh.
Droga.
Teria que continuar por minha conta.
Se bem que já estava acostumada com isso.
Guardei todos os papéis de volta na pasta e tranquei-a dentro do meu cofre antes de ir até o banheiro para tentar me relaxar um pouco debaixo do jato de água quente.
Esses dias estavam sendo extremamente estressantes e tinha a impressão de que tudo começaria a ficar ainda pior.
Era como se eu tivesse aberto uma maldita caixa de pandora e teria que lidar com as consequências desse ato.
Deus, eu precisava de uma bebida urgente.
Lavei meu corpo com cuidado, esfregando minha pele com o sabonete líquido com aroma cítrico de limão e tangerina.
Eu amava esse cheiro e a frescura que ele proporcionava, me lembrava das tardes de verão na praia onde eu escutava as ondas quebrando na orla. Um tempo em que viajava duas horas nos finais de semana apenas para ver o sol se perder no oceano e tentar esquecer do vazio que sentia por dentro ao pensar em Viktor e em como ele tinha sumido da minha vida de um dia para o outro.
Eu definitivamente precisava de um drink.
Saí do banho enrolada no roupão e parei na porta do guarda-roupas com as mãos na cintura.
Embora tivesse muitas roupas, todas as vezes o dilema de não saber o que vestir me invadia e passava pelo menos vinte minutos tentando encontrar uma combinação que gostava.
E no final das contas, sempre optava pelo mesmo: uma calça skinny preta, uma blusa de algodão, nessa ocasião na cor vinho e minha jaqueta de couro para me livrar do frio noturno.
Para completar o look, meu bom e velho All Star preto.
Penteei meu cabelo de qualquer jeito, passei uma maquiagem bem leve e borrifei perfume nos pulso, atrás das orelhas e no pescoço antes de pegar minha bolsa tiracolo e rumar até a porta.
Chess que estava deitada na sua caminha ao lado da minha me observou em silêncio enquanto eu me preparava para sair.
Ela já estava acostumada a ficar sozinha e embora eu me sentisse péssima na maioria das vezes, eu também sabia que não podia parar a minha vida para acompanhar a minha gata.
— Até mais tarde, Chess. Se comporte e não vá fazer uma festa com os gatos do vizinho enquanto eu estiver fora, viu! -Acariciei suas orelhinhas redondinhas e ela balançou a cabeça para os lados como se tivesse entendido o que eu disse.
Ao sair, tranquei a porta girando a chave exatamente três vezes e depois desci pelas escadas até a garagem onde Bee ficava estacionada.
Meus pais ficaram morrendo de medo quando souberam que eu estava comprando uma moto, no entanto, ao mesmo tempo eles sabiam que eu era responsável e não ultrapassaria os limites de velocidade.
O que eles não faziam ideia, é que eu tinha escolhido o veículo de duas rodas pelo simples fato de que eu amava a liberdade que sentia quando pilotava.
Amava o vento batendo no meu rosto, a certeza de que eu conseguiria superar qualquer coisa por mais difícil que fosse.
Era melodramático, eu sei, mas era o que realmente me movia todos os dias e me lembrava de que eu ainda era fiel aos meus ideais, de que não tinha me deixado influenciar pela sociedade ou por aqueles que se consideravam meus amigos.
Estacionei ao lado de uma BMW X2 preta com os vidros fumê e parei para admirar a beleza do carro por alguns minutos antes de entrar no bar.
Caralho, eu amava motos, mas também sabia reconhecer um bom carro.
E esse definitivamente era maravilhoso.
Os bancos de couro, acabamento interno das portas em madeira envernizada, sem falar na tecnologia de ponta.
Certeza de que o dono dessa beleza devia ter muito dinheiro... -Pensei enquanto caminhava até a entrada do bar.
Isso não chamava a minha atenção em nada, mas era um fato a ser reconhecido.
Cruzei as portas duplas direto até o guarda volumes para deixar meu capacete.
Não iria beber muito, afinal de contas, não sou uma irresponsável.
Só queria sentir o sabor adocicado de um bom drink queimando minha garganta e me fazendo esquecer por alguns minutos a merda que é Steven Decker.
Porque porra, eu o odiava com todo o meu ser.
E ao odiá-lo, não conseguia parar de pensar na possibilidade de vê-lo caminhando livremente pelas ruas e fazendo tudo de novo.
— Aqui, querida. -A atendente me estendeu o comprovante para resgatar o capacete na saída. — Se divirta hoje e se precisar ir embora de táxi, não se esqueça de que temos uma empresa confiável que trabalha para nós, é só me pedir para chamar um para você. -Seu olhar suave me disse muito mais do que se ela tivesse falado com palavras.
— Obrigada.
Guardei o papel no bolso da jaqueta no caminho para o balcão.
Não queria uma mesa.
Eu preferia sempre os balcões.
Era uma maneira de manter o olho em todos e ao mesmo tempo ficar perto do barman, o que significava que seria atendida mais rápido.
Resolvi começar com algo suave para não ficar bêbada de uma vez.
— Um mojito por favor. -Me joguei na banqueta apoiando os cotovelos na madeira desgastada.
— É pra já, morena. -O barman sorriu deixando à mostras as covinhas no rosto angulado e fiz um sinal de jóia com os dedos.
Me virei ficando de costas para ele e ao olhar para a televisão, um enorme sorriso se formou nos meus lábios ao notar que estavam transmitindo uma das melhores lutas que já vi.
Angel Cross contra Evan Tate.
Era de conhecimento comum que eles se odiavam e ver como Angel literalmente o arrebentou no octógono foi eletrizante.
Praticamente sei cada movimento seu de cor.
Na verdade eu vi quase todas as suas lutas e até mesmo treinei alguns dos seus movimentos quando estava praticando defesa pessoal na academia da sua esposa.
— Aqui, Alicia. -O copo comprido apareceu na minha frente. — Aproveite.
— Obrigada Gus. -Levei o canudo até os lábios sorvendo uma boa quantidade sem desviar o olhar da enorme televisão.
Não conseguia escutar nada por conta do burburinho habitual em lugares como esse, mas mesmo assim, era praticamente impossível tirar os olhos da tela.
A primeira luta terminou e imediatamente outra começou me fazendo ainda mais feliz.
Pelo visto estavam maratonando as lutas de Angel e eu só podia agradecer.
Só assim me distrairia realmente de toda a merda que dava voltas na minha cabeça.
Os minutos foram passando e a cada mojito que Gus me servia, sentia meu corpo ficando mais relaxado, mais leve e já não me importava tanto com o caso Decker, com os Corvos, os Red Demons e toda essa confusão que insistia em não me deixar em paz um segundo sequer.
Entre um gole e outro, minha bexiga foi enchendo e com ela, uma vontade insana de fazer xixi.
— Já volto, não deixe ninguém se sentar aqui. -Exigi com a sobrancelha levanta e Gus fez uma continência divertida.
Ele era um cara legal e o único que eu confiava para fazer minhas bebidas.
Já havia tido experiências horríveis suficientes no trabalho na segunda divisão para me traumatizar para o resto da vida.
Aprendi duas lições com essa investigação: jamais confie em desconhecidos e tampouco em amigos. Várias garotas foram levadas por pessoas que conheciam, pessoas que elas acreditavam que nunca lhes fariam nenhum mal.
E a segunda era: nunca aceite bebidas que você não tenha visto serem preparadas.
Essa na verdade é a regra de ouro, principalmente se você está sozinha como eu.
Me aliviei rapidamente ao entrar no banheiro, já que a fila estava um pouco longa do lado de fora, lavei as mãos e sequei com um pedaço de papel antes de jogá-lo no lixo.
Algumas garotas conversavam animadas e caíam na risada com as vozes arrastadas pelas bebidas consumidas.
Cada vez que eu as via assim, um frio percorria a minha espinha, mas eu sabia que não podia proteger a todas. Era isso ou ficar amargurada para sempre.
Dei de ombros abrindo a porta para sair e ao passar pelo corredor, acabei colidindo com uma parede ambulante que por pouco não me desmontou inteira.
— Caramba, me desculpe, eu não te vi! -O cara exclamou com a voz grossa e rouca.
— Porra, esse dia não poderia ficar pior... -Esfreguei meus braços para tentar aliviar a dor na minha pele.
— Eu realmente não te vi, você se machucou? -Seu olhar recaiu sobre o meu corpo, mas em vez de interesse, ali só tinha preocupação.
Puxei uma longa respiração e levantei o queixo finalmente prestando atenção nele.
O cara era literalmente gigante. Devia ter pelo menos uns dois metros de altura, o corpo musculoso vestido com um terno cinza claro que contrastava com sua pele escura criando uma imagem quase perfeita.
Seu rosto angulado coberto por uma barba aparada parecia angelical, mas eu tinha quase certeza de que ele poderia quebrar alguém ao meio se tivesse motivação suficiente.
— Tudo bem e não se preocupe, não fiquei brava com você. -Esfreguei o rosto com as mãos. — Eu só estou um pouco... quer saber? Deixa para lá. -Me afastei me sentindo estranhamente pequena ao passar do seu lado e voltei para o balcão sendo acompanhada minutos depois pelo gigante que tomou o assento livre à minha direita.
Ele pediu uma água tônica e bebeu em silêncio e por um instante cheguei a cogitar a possibilidade dele estar me seguindo, mas ao perceber como isso soava ridículo, soltei um suspiro cansado.
Eu estava ficando maluca, só podia ser.
Enfiei mais um copo de mojito goela abaixo sentindo minhas bochechas queimarem sob o seu escrutínio.
— Você parece ansiosa ou preocupada com algo. Caso queira conversar, vou ficar aqui até a luta acabar. -Ele apontou com o queixo para a televisão e franzi o cenho finalmente entendendo tudo.
— Isso por acaso foi uma cantada? Porque hoje não está sendo um bom dia para mim e não tenho energia nem mesmo para fingir que estou interessada ou te recusar com educação... -Um enorme sorriso se formou no seus lábios grossos deixando todos os dentes brancos à mostra.
— Hum, na verdade eu meio que tenho namorada e com todo o respeito, você não faz o meu tipo. -Arregalei os olhos me sentindo a pessoa mais idiota da face da terra.
Porque claro, eu não tinha sido humilhada o suficiente durante a minha vida inteira, claramente ainda faltavam algumas sessões.
— De certa forma eu fico até aliviada por isso. -A sinceridade nas minhas palavras pegou tanto a mim quanto a ele de surpresa e sorri ao ver como ele balançava a cabeça para cima e para baixo como um cachorrinho fofo — Então, cara que eu não sou do tipo, qual o seu nome?
— Tyron, mas pode me chamar de Ty. -Ele estendeu sua mão e chacoalhou a minha com uma delicadeza inesperada para alguém do seu tamanho.
— É um prazer Ty. Eu sou Alícia, mas todos me chama de Ali.
— Então, Ali, o que te trouxe até aqui hoje? -Nos viramos para ficar de frente outra vez para a televisão.
— Para ser sincera, é classificado. Se eu te contar, terei que te matar. -Respondi séria e ele apertou os olhos desconfiado mas sem nenhuma faísca de medo.
Na verdade, ele parecia até mesmo estar se divertindo.
— Bom, nesse caso não vou insistir. Você realmente tem cara de quem está prestes a meter uma bala na testa do primeiro idiota que te tirar do sério.
Deixei escapar uma gargalhada sonora.
— Não está errado. -Levantei uma sobrancelha. — E você parece ser um cara legal, então vou te poupar dessa vez.
Continuamos bebendo nossos drinks e comentando sobre as lutas.
Ty resultou ser tão fanático por Angel quanto eu e de certa forma me senti mais leve ao conversar com um desconhecido sobre algo que não tinha nada a ver com meu trabalho.
E embora eu estivesse bastante curiosa com o motivo de um homem desse tamanho estar trajado com um terno aparentemente mais caro que todo o meu guarda-roupas, eu não quis saber mais. Ele certamente não me diria nada, assim como eu não revelei sobre o motivo de estar nervosa.
Porque Ty definitivamente não parecia um guarda-costas ou segurança.
Não, ele tinha cara de ser alguém bem mais... perigoso.
Por debaixo de toda essa pose aparentemente inofensiva e da amabilidade natural, era mais do que óbvio que ele não era uma pessoa comum e ordinária.
Mas nesse momento, isso realmente não era o meu problema e eu não deveria julgar as pessoas pela sua aparência, então segui conversando e me distraindo por um tempo até que ficou tarde e resolvi voltar para casa e tentar dormir um pouco.
Precisava me preparar, porque definitivamente a próxima semana seria intensa. Eu faria pessoalmente a interrogação de Steven e ele não escaparia dessa vez.
Ou eu não me chamava Alicia Medina Rios.
NOTA DO AUTOR
Helloooo amores, sextou!!!
Ok, eu sei que a história até agora está meio
chatinha e tals, mas é que precisa ser assim no começo pra
vcs entenderem o que vai acontecer depois, ok?
Não desistam dela ainda, pq Viktor já está chegando pra
roubar nossos corações hehehehe
Não se esqueçam de votar e comentar
Amo vcs, 🥰
Bjinhosssss BF 🖤🖤🖤
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