𝐂𝐀𝐏𝐈́𝐓𝐔𝐋𝐎 𝟐𝟕 • pai de Anelise

EPISÓDIO 6 — PARTE 2
[O PAI DE ANELISE]

TODOS ESTAVAM HISTÉRICOS, FORTALECENDO O PODER de Veronica enquanto ela se carregava. Todos estavam em alerta, com medo, muito medo. O professor Harvey destilava mais Zambak para aqueles que foram atingidos por queimados.

Os especialistas aumentavam as barricadas nas portas enquanto as fadas do fogo soldavam os portões. As outras ajudavam no que podiam, o que era pouco.

Dowling estava na frente de um dos portões pedindo a atenção de todos para escutassem.

— Queimados se infiltraram na barreira e na escola — começou. — Por alguma razão, os poços de energia que alimentam a escola pararam. Consegui falar com a rainha Luna e o rei Phaesphoros antes disso. Os dois compreendem a gravidade de tudo, e as tropas solarianas e as tropas demoníacas estão a caminho.

Os sussurros aumentaram, todos alarmados com a menção as tropas demoníacas de Averno. Elas nunca se envolviam, sabia Vero, e só se movimentavam quando em guerra. Ela assustador o ponto em que tudo havia chegado e que ela seria mandada lá fora que fugissem do controle.

— Estamos bloqueando todas as entradas para o pátio — continuou. — Estamos seguros por enquanto, mas devemos nos preparar para a realidade de que os queimados talvez entrem aqui antes de chegarem. É para isso que treinamos. Tenham cuidado, mas tenham coragem. Deixem a magia guiá-los e vamos mostrar o que significa ser de Alfea. Preparem os bloqueios.

Todos se colocaram a trabalhar, indo de um lado ao outro para ajudar como podiam. Enquanto Vero se carregava e usava a histeria dos alunos para se preparar, ela sentiu a falta de Riven ali, porque mais uma vez ele havia desaparecido.

Ela tentou pensar em algum motivo para seu pai ter mandado que ela fosse levada para fora, mas em nada conseguia pensar. Até que os estrondos contra os vidros das portas assustaram os alunos.

Eles gritavam descontrolados, temendo os impactos dos queimados contra as portas. Com medo da barricada desabar e de abrirem as portas.

Eles estavam ali.

— Não deixem de controlar suas emoções — mandou Dowling. — Medo descontrolado leva à magia descontrolada. Fiquem de prontidão.

Vero saiu do canto onde ela estava, o poder dentro dela implorando para ser libertado naquela onda de histeria. Enquanto todos tentavam se afastar, elas caminhou para a frente, sem temer os queimados em momento algum.

— Terra, que merda está fazendo? — perguntou Sky, vendo-a desmontar a barricada.

— Parando de me esconder — disse entredentes.

— Vamos lutar quando for a hora — afirmou Silva. — Não podemos arriscar mais vidas.

— Já estão em risco — alegou ela. — Só matando para impedi-los.

— Não é tão fácil quanto pensa.

No mesmo instante, o vidro do teto quebrou, um queimado rapidamente pulando para dentro da escola. Uma fada do fogo o atingiu, mas não o parou.

Kat apontou a espada para ele, mas o queimado apenas a encarou, logo dando as costas e correndo para a saída escondida na cozinha. Todos ficaram surpresa, sem reação.

— Estão indo embora — sibilou Dowling. — Estão indo juntos como se seguissem algo.

Foi instintivo quando Vero se cobriu de escuridão e desapareceu. Gritaram de medo quando viram o que a fada fez. Aquele tipo de poder nunca foi visto antes, até mesmo Dowling e Silva estavam assustados.

Talvez ele estivesse ficando louco, mas Sky jurava que viu o que pareciam asas negras saindo das costas da fada.


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PELA MANHÃ, ANTES DO SOL NASCER, Dowling, Silva e outros grupos de especialistas examinava os corpos humanos que teriam sido os queimados que Bloom matara algumas horas atrás.

Pela primeira — ou segunda — vez em anos, uma fada criara asas depois de séculos sem aquilo ser presenciado. Todos estavam assustados, era fato.

— Nenhum sinal da Rosalind — disse Silva. — Mas tenho certeza de que voltaremos a vê-la.

— A Bloom passou uma noite com a Rosalind e liberou magia antiga que pensávamos ter sido perdida — sibilou Dowling. — Ela disse à Bloom que não eram civis em Aster Dell, mas que eram bruxos de sangue. Um detalhe que não nos contou na época.

Silva soltou um suspiro, sem saber como reagir.

— Eram bruxos de sangue — repetiu. — Então, tudo que fizemos para tentar impedir... — sua respiração se tornava pesada. — Tudo que eu fiz com Andreas...

Dowling assentiu, segurando as lágrimas que desesperadamente queriam cair. Ninguém estava preparado para aquela noite, nem nunca superariam o que aconteceu.

— E Veronica? — perguntou. — Algum sinal dela?

— Nenhum rastro, ela desapareceu — respondeu Silva. — Ninguém a viu depois que se cobriu de sombras.

Dowling percebia o quanto aquele poder era bruto agora. Ela deveria ter tomado mais cuidado, deveria ter prestado mais atenção nos detalhes.

— Interrogamos o namorado dela, Riven — continuou Silva. — Ele alegou que não sabe do paradeiro dela e nunca viu algo daquele tipo que ela fez. Sky jura que viu asas saindo das costas de Veronica.

— É por isso que ela tinha tanto controle — sussurrou Dowling. — Esse tempo todo, a conversa sobre ser criada como uma arma...

— Do que está falando? Farah?

— Esse tempo todo, a Rosalind não estava agindo sozinha — afirmou. — Os queimados vêm de Averno e a única pessoa que poderia liberar eles seria alguém da realeza daquele reino.

— Mas a Veronica foi adotada.

— Mas ela é uma fada da histeria. Morte, dor e sombras a fortalecem. Veronica esteve por trás do ataque esse tempo todo, mas não sozinha.

— Anelise e Beatrix? — supôs Silva, sabendo que era a verdade, uma que ele não queria aceitar.

— Anelise Blaer é filha da Rosalind — confirmou Farah. — Mas aqueles poderes... Já sabe quem é o pai dela, não é?

— Acho que sei, mas achei que já tínhamos nos livrado dele — disse Silva. — Valtor.


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27.09.21

𝐍𝐎𝐓𝐀𝐒 𝐅𝐈𝐍𝐀𝐈𝐒:

E para quem tinha dúvidas de quem era o pai de Anelise, vocês agora tem a resposta!
Esperavam por isso?

Lembrando que quarta feira é o último capítulos de RAIN, e junto deles terão as novas capa de FATE, ICE e RAIN.

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[atualizações às segundas e quartas]

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