EPISÓDIO 5 — PARTE 1
[A ÚLTIMA ESPERANÇA]

VERO RODEOU OS ARREDORES, EM ALERTA a qualquer sinal de movimentos. Costas à costas com Sky, ouviam o barulhos dos passos e rugidos animalescos.

    — Onde ele está? — perguntou Sky, a espada em mãos.   

    — Está vindo.

    E ao longe, Vero pressentiu o exato momento em que o queimado pulou um dos altos arbustos do jardim e correu na direção deles. Vero esticou uma das mãos, cobrindo o queimado com sombras. Sky, rapidamente, sacou a espada e a apontou para o queimado. Mas ele não precisou fazer nada, quando percebera, Vero já havia matado a criatura.

    — Com mais quantos desses bonecos precisamos lutar? — perguntou Vero, já entediada ao analisar o diamante encantado.

    — O necessário para derrotar? — sugeriu ele. — Se me permite dizer, você ficou maravilhosa nessa calça legging apertada.

    Vero sacudiu a cabeça, negando enquanto ria. Ela empurrou Sky na brincadeira, os dois rindo alto.

    — A Bloom parecia sofrer nos exercícios hoje de manhã — comentou ela. — Detonaram em todos os exercícios, menos nessa simulação do queimado.

    — Pelo menos nós dois detonamos — disse ele. — Formamos uma dupla e tanto.

    — Com certeza — concordou ela. — Não teve treinamento de especialistas e fadas ano passado?

    — Sim, mas era muito diferente. Parece que entraram no modo guerra.

    — Eu sei que foram soldados antes de serem professores, então acho que orna bastante com o corpo docente de Alfea.

    O professor Harvey se aproximou rapidamente de Vero e Sky ao perceber que haviam vencido o queimado. Ele sorriu contente, finalmente alguém o vencera, mas saber que era Vero ali não o deixou mais aliviado.

    — Cada derrota aproxima da vitória — disse Harvey. — E você Veronica, até agora foi a única que parece ter algum efeito contra essas coisas.

    Vero segurou a vontade de revirar os olhos, sabendo que estaria encrencada se o fizesse. Por baixo da máscara que usava, ela estava tremendo. Ela era a última esperança agora de terem sucesso na missão. Com Beatrix presa e Anelise desaparecida, ela estava surtando.

    — Por exemplo, magia do fogo é eficaz se usada corretamente — continuou. — Mas no seu caso, uma fada da histeria destrói um queimado com meio pensamento. Há um núcleo chamado de "cinzas" dentro de cada um deles. O atinja, e o destruirá.

    — Por que eu preciso treinar, então? — perguntou ela. — Eu já enfrentei um desses de verdade antes e venci.

    — E saiu esgotada — a lembrou. — Pode estar mais forte agora, mas a chave para vencer sem se esgotar é a confiança mútua. Confie que o especialista vai impedi-lo enquanto direciona sua magia. E você, Sky, confie que a fada vai fazer o que tem que fazer.

    — Então você quer dizer que a fada, no caso eu, vou fazer todo o trabalho? — sugeriu ela, brincalhona, arrancando uma carranca de Sky.

    Harvey revirou os olhos, jogando as mãos para o ar enquanto se afastava dos dois e voltava a dar atenção para os outros alunos que ali o esperavam.
    Sky e Vero não seguraram a risada. Tirando todas as provocações, eles se davam muito bem juntos, bem até demais.

    — Somos um caso perdido — suspirou ela.

    — Mas somos um caso perdido juntos — lembrou ele, encarando-a maliciosamente. — Deveríamos fazer algo para comemorar nossa amizade catastrófica.

    — O que sugere? — atiçou ela, gostando da ideia. — Eu tatuou o seu nome e você tatua o meu?

    Sky lhe deu um piscadinha, exatamente aquilo.

    — Bem brega — continuou. — No pulso?

    — Fechado — riu ela. — A Bloom vai te matar...

    — Não se o Riven te matar primeiro — provocou.

    — Realmente — concordou. — Somos um caso perdido.

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TERRA APROVEITOU O MINUTO DE DESCANSO para se sentar num banco e matar a sede, bebendo a água com limão que trouxera para o treino.

    As palavras de Vero na festa dos especialistas ainda rodavam a sua mente. Ela as ouviu e entendeu, tentando aceitar melhor o fato das vidas dela e da fada eram bem diferentes, mas a sensação de inveja e raiva ainda não sai do seu peito.

    — Mandou bem na restrição com a trepadeira, Terra — elogiou uma especialista que ali tirava o casaco e guardava na mochila.

    — Obrigada — agradeceu, envergonhada. — É que tem a ver com a resistência à tração da celulose...

    Sua frase morreu ao notar que Riven havia sentado ao seu lado, as pernas abertas enquanto mantinha o sorriso zombeiro nos lábios.

    — Ah, resistência à tração — repetiu ele, a outra especialista indo embora. — Sexy.

    Era evidente que Terra estava incomodada, olhando para todos os lugares menos para Riven.

    — Ela tem razão, sabia? — perguntou ele. — Você é uma força e tanto.

    — Obrigada — disse, acanhada. — Você também...

    — Não fode — a cortou. — Eu fui um merda. Depois de duas tentativas, Aisha desistiu do combate e foi para o apoio.

    — Bom, a semana foi esquisita — comentou, delicada. — Sinto muito, sei que você e a Beatrix pareciam ser próximos...

    — Eu nem ligo — resmungou ele. — A Vero descobriu que eu tinha estado com ela na assembleia e está chateada comigo. Ela tem um bom motivo.

    — Eu vi ela treinando com o Sky — comentou, sem pensar antes.

    — O Silva os colocou junto — respondeu. — Depois da Vero ter matado o queimado, estão de olho nela junto daquela fadinha do fogo. Bloom, eu acho.

    Riven foi interrompido por Dane que passou por ele, zombando da sua cara.

    — Nunca vi alguém morrer de tantas formas diferentes — riu. — Deveria entrar no Alfea's Got Talent.

    Riven o ignorou, esperando pacientemente que ele fosse embora. Terra também estava irritada com a nova personalidade de Dane, não entendo em como alguém poderia mudar de forma tão brusca.

    — O que foi isso? — ela arriscou perguntar.

    — Ah, aquilo foi uma alfinetada ruim do monstro que eu criei — suspirou. — Ou que a Beatrix criou. Ele ainda tem tesão por ela, um tesão gay e bizarro. Ele é mesmo gay? — Visto que Terra nada disse, ele continuou. — Eu não sei de mais nada. Bom, eu vou lá.

    Riven se levantou, caminhando em passos preguiçosos de volta a arena de combate. Terra, ficando no mesmo lugar, ainda estava estática com o comportamento meio amigável de Riven.

    Fosse lá o que Vero tivesse dito a ele, Terra imaginava que deveria ter dado certo. E, que acima de tudo, ver Vero magoada deveria ser o que mais machucava o especialista.

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14.09.21

𝐍𝐎𝐓𝐀𝐒 𝐅𝐈𝐍𝐀𝐈𝐒:

Estamos chegando perto do fim!
Sou só eu, ou todas nós ficamos com raiva do Riven e do Silva agora no final?

ATUALIZAÇÃO: até dois minutos atrás eu achei que hoje era quarta kkkkk mas ainda é terça. Então fiquem com esse capítulo de presente para vocês e amanhã eu posto outro!

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[atualizações às quartas]