𝐂𝐀𝐏𝐈́𝐓𝐔𝐋𝐎 𝟏𝟔 • O que Vero nunca falaria

EPISÓDIO 3 — PARTE 3
[O QUE VERO NUNCA FALARIA]

DEPOIS DO QUE ACONTECERA, Riven estava aliviado por ver que sua namorada estava melhor a cada dia. Como por exemplo, naquela manhã, Veronica aparecera no treinamento dos especialistas antes do almoço.

Ela ainda se sentia estranha e os sussurros por ter matado o queimado continuavam. Tirando isso, ela estava bem melhor e sob total controle de sua magia.

Em cima do ringue, treinando com Sky, Riven dava pequenas olhadas em sua namorada, garantindo que ela estava bem. Quando Silva se aproximou do ringue elevado, usando um bastão para ajudá-lo a se apoiar no chão ao andar, ele mandou que Sky se concentrasse nos pés.

E não foi por qualquer motivo. Riven o derrubou quando abaixou e desequilibrou o loiro ao atingido no pé com o seu próprio.

— Muito bom, Riven. Muito bom — elogiou Silva antes de se afastar.

Riven estendeu o braço para ajudar Sky a se levantar.

— Ele não parece pior? — perguntou Sky, se referindo a Silva.

— É só o Riven ser elogiado e de repente o Silva está com dano cerebral, é? — exclamou Riven, exasperado.

— Já tem um semana que ele foi infectado pelo queimado — disse Sky, eles descendo do ringue. — Sei lá, eu posso estar exagerando. O que você acha, Vero?

Sky e Riven sentaram cada um de um lado de Veronica que digitava uma mensagem em seu celular. Riven estendeu o braço para fora do banco e puxou a garrafa de água. Ao mesmo tempo que bebia, passou um dos braços suados pelo ombro de Vero que o xingou, fazendo-o rir.

— Eu acho o quê? — perguntou ela, confusa.

— O Silva, como acha que está?

— Bem, na medida do possível.

— Dra. Veronica chegando a um diagnóstico sem esforço nenhum — zombou Riven, fazendo-a revirar os olhos.

— O professor Harvey está dando zambak para ele — explicou ela.

E a Anelise congelou algumas células de toxina, mas Vero nunca poderia lhes falar isso.

— Mas é só para controlar os sintomas — resmungou Sky. — Ele não vai melhorar até matarem o queimado que atacou ele.

— E tem gente lá fora cuidando disso — continuou ela. — Quer que eu dê uma de ninja de novo e vá atrás do queimado?

— Nem ferrando — exclamou Riven, negando a namorada.

— Stella falou a mesma coisa que você — suspirou Sky.

Riven, mesmo vendo o amigo preocupado, não podia se sentir feliz por ver que a sua relação com Vero parecia ter voltado ao normal.

— A Stella deve ser demais, né? — perguntou ele a Sky, debochado. — Ou ela é sensacional com a língua?

Veronica revirou os olhos, achando mesmo que estava demorando para Riven falar algo como aquilo.

— Do que você está falando? — perguntou Sky.

— Só estou tentando entender por que caralhos você voltou com ela. Ela é uma gata e é de enlouquecer, sem ofensas, Veronica amor, você é mais. Mas a ênfase aí está no enlouquecer.

Vero não teve como conter seu sorriso com as palavras de Riven, principalmente quando percebeu o sorriso debochado que nele crescia.

— É por causa da bundinha — exclamou Riven, afirmando. — Ela dá a bundinha para você, né?

— Ah, cara. Cala a boca! — mandou Sky, irritado. — Por que não se preocupa só com a sua namorada?

— Porque a minha namorada é foda — disse ele, beijando Vero. — Ela matou um queimado sozinha.

Vero sorriu, levantando ao pegar sua bolsa, alegando estar atrasada para a aula e que os veria no almoço. Mas antes de se afastar, Vero disse:

— Mas é sério, Sky, se quiser ir atrás do queimado, eu estou dentro.

E com isso se afastou.

— Ela está falando sério? — perguntou Sky a Riven.

— Eu não duvidaria dela.


━━━━━━


NA SALA DE AULA DE DOWLING, Anelise mal se importava com o que estava acontecendo. Ela estava olhando pela janela para o campo de treinamento dos especialistas. Desde que Silva fora ferido, ela ainda não havia conseguido falar com ele.

    Ele sofria ainda, mas havia conseguido voltar a andar com ajuda de uma espécie de cajado para lhe dar apoio. Não era para o queimado tê-lo ferido. Esse não era o plano.Que merda!

    Anelise desviou o olhar quando pegou Dowling a encarando com os olhos semicerrados como se buscasse por alguma coisa dela — um segredo.

    — Sua magia se conecta a vocês — disse ela, dando inicio. — Sinta ela. Sinta a natureza, os feromônios e vibrações. Você pode dar vida, mas as vezes exagera um pouco — concluiu quando Terra, sem querer, soprou o dente-de-leão.

    — Exagerar é a cara dela — disse Musa, brincando.

    — E consegue sentir isso porque você é um microfone numa ventania — afirmou. — Pense em focar numa única emoção, em uma direção. Limite o alcance.

    Anelise revirou os olhos, entediada com o ritmo que aquela aula tomava. Entretanto, ela não sabia como Veronica conseguia prestar atenção nas palavras de Dowling. Elas já aprenderam aquilo, ela não tinha como estar realmente interessada na aula.

    — Um fogo que devasta tudo em seu caminho é instintivo e impulsivo — disse ela, parando de frente para Bloom e Aisha. — E quando precisar que o fogo cesse? Consegue acender um único graveto e deixar os outros intocados?

    Surpreendentemente, após segundo tentando, Bloom conseguiu. Ela sorriu feliz. Aparentemente, deveria ser a primeira vez que seu poder realmente a obedecia.

    — Impressionante, Beatrix — elogiou, vendo os estalos de eletricidade bem controlados em sua mesa. Logo, olhando para Vero ao lado dela, criando fumaça negra que arrepiava o corpo de qualquer um. — Perfeito, Veronica.

    — Obrigada, Senhorita D. — A diretora engasgou, encarando-a seriamente com o apelido ridículo de Beatrix. — Quero dizer, Diretora Dowling.

    Ela sorriu satisfeita, caminhando de volta para onde Aisha estava. Entretanto, Anelise pode ouvir Beatrix murmurando Alteza em zombaria para a diretora de Alfea.

    — Controle — disse Aisha, as mãos em volta da vasilha com água. — Eu entendo a ideia. Eu consigo.

    Anelise havia passado a não suportar Aisha fazia alguns dias. Ela achava que aquela fada da água era convencida demais, que sempre precisava se mostrar a mais inteligente e prestativa. Em outra palavras, ela a achava desnecessária.

    Então, uma grande bolha de água surgiu, ficando paralizada no ar pelas mãos de Aisha.

    — Ótimo, Aisha — disse Dowling. — No entanto, um único corpo de água é persistente e confiável. Considere os elementos individuais que se combinam para formar o todo. Uma gota de água é imprevisível, vaga e amorfa. Você consegue controlá-la?

    Aisha tentou, até conseguindo soltar a solitária gota que Dowling pediu. Ela vagou lentamente em forno da outra esfera, mas Aisha não tinha tanto controle quanto pensava. Quando tentou criar mais uma, toda a água levitada teria molhado o chão se não fosse por Anelise.

     Sem nem mesmo se esforçar, a fada do gelo fez um movimento desleixado com a mão, mudando a composição daquela água para que ela caísse em camadas de fumaça congelante, numa espécie de cascata magnífica e delicada. Nada, nem água nem neve, atingiram o chão.

    — Algo ainda a aprender, Aisha — disse Dowling, decepcionada.

    A diretora então virou-se para Anelise que parecia com sono. Se Dowling pudesse arrancar as informações à força da fada do gelo...

    — Só isso por hoje.


━━━━━━


DEPOIS DA  AULA sobre controle da Downling, onde tudo parecia dar errado para suas colegas de quartos, Veronica descia as escadas em direção ao refeitório, o estômago roncando de fome por não ter tomado café.

— Veronica, não é? — perguntou um homem vestido formalmente se aproximando dela.

— Posso te ajudar? — retrucou ela, estranha. — É o assistente da Downling, certo?

— Sim — respondeu. — Está sendo o assunto do momento por ter matado aquele queimado. Mas logo vão investigar internamente.

— E daí? — perguntou Veronica, querendo se distanciar dele.

— E daí que deveria manter distância — disse Cally, se aproximando mais dela até um ponto desconfortável. — É um conselho de amigo.

— Pode se afastar? — pediu.

— Por quê? Estou de deixando desconfortável, Veronica?

Veronica se assustou, não acostumada com aquele tido de assedio que ninguém ousava fazer contra a princesa de Averno.

— Sai de perto de mim, seu pedófilo gigante! — exclamou ela, atraindo a atenção de todos.

No mesmo instante, para tirá-la de lá, Riven se aproximou, já em roupas limpas, e passou um dos braços pelos ombros dela. Riven mordeu a maça que carregava e inclinou a cabeça para Vero que mordeu o outro lado da fruta brilhante.

De longe, Anelise viu o olhar de muitas das garotas que os encaravam desejavam ter a relação que tinham. Veronica sabia bem disso, e gostava de ter o que mais nenhuma delas poderia conquistar. A fada do gelo revirou os olhos, incrédula com o quão baixo poderia se sujeitar por um adolescente que mal deveria ser um homem de verdade — e sobre homens de verdade, Anelise entendia mais do que era correto saber para a idade dela.

— Eles estão dividindo uma maça? — perguntou Musa a Bloom, assim que o casal passou por elas e desapareceram no corredor.

— Eu tenho uma pergunta — anunciou Terra, sentando-se com elas na mesa. — Desde quando é maneiro ser nerd? Olha, não me levem a mal. É ótimo, Incrível. Poder aos nerds. Mas tipo, agora é maneiro falar de história das fadas?

— O quê? — perguntou Bloom, confusa.

— Eu gosto da escola — continuou. — Gosto de boas notas e ler sozinha com um chá de camomila, mas ninguém divide uma maça comigo até porque é nojento.

Musa tentou segurar a risada junto de Bloom, mas as duas falharam.

— A gente precisa de muito mais contexto — disse ela.

— Veronica — exclamou Terra, inconformada. — Não entendo a diferença entre ela e eu. Por que dá certo com ela?

— Eu preciso ir — avisou Musa, subtamente, se retirando mais rápido ainda.

Terra suspirou, logo encarando Bloom.

— Tudo bem. Eu sei porque é — informou. — É porque a Vero bebe, fuma, é linda... Desculpa, desculpa. Eu estou sendo egoísta.

— É bom falar sobre como está se sentindo, Terra — disse Bloom, a reconfortando. — E tudo bem sentir ciúmes, mas você sabe bem como o Riven é. Ou você gosta dele?

— Não! Claro que não! — negou Terra, rápido demais para ser verdade. — É só que a Vero tem tudo que eu sempre quis. Você vê como ela é feliz com ele e nunca está sozinha?

— Terra, a Vero fica sozinha a maior parte do tempo — disse Bloom. — Ela estuda porque tem medo de ficar perto de pessoas e perder o controle. E ela e o Riven estão juntos há anos pelo o que eu soube. Mas se sente tão mal, por que não conversa com ela?

Terra riu sarcástica, achando aquilo ridículo.

— Porque ela me mataria se pensasse que eu cobiço o namorado dela! — sussurrou, tentando se conter. — E aí? Que roupa vai usar para a festa dos especialistas?


━━━━━━

04.08.21

𝐍𝐎𝐓𝐀𝐒 𝐅𝐈𝐍𝐀𝐈𝐒:

É OFICIAL!
Estou aqui para anunciar e oficializar as duas mais novas fanfics que eu e a Brina estamos trabalhando, novamente no universo de
Fate: A Saga Winx.

𝐌𝐄𝐃𝐔𝐒𝐀
𝐝𝐚 @𝐦𝐚𝐜𝐤𝐢𝐚𝐯𝐞𝐥𝐢𝐜𝐤:

𝐌𝐄𝐃𝐔𝐒𝐀 era capaz de petrificar pessoas com um simples olhar. Sedutora, encantadora, mortal... Ela era a destruição de todos os homens e mulheres que a encaravam por pouco que fossem os segundos.

Mas o que poucos sabiam, era que a Medusa poderia ser facilmente confundida com uma fada. Fora assim que 𝐕𝐢𝐩𝐞𝐫𝐢𝐧𝐞 𝐆𝐨́𝐫𝐠𝐨𝐧𝐚 facilmente entrou em Alfea. Confundida com uma fada da terra, ela tendi a ser contraditória — ao invés de florescer plantas, ela as secava e matava até endurecerem como pedra.

Ela não tinha medo de ser pega, não tinha medo das possível consequências. Todos viam sua espécie como monstros, faria alguma diferença se ela fosse boa? Até então, ela achava que não, mas novos sentimentos e inseguranças surgem quando ela se depara com o problemático garoto que rodava uma faca em sua mão — 𝐑𝐢𝐯𝐞𝐧.

𝐌𝐈𝐍𝐃 𝐒𝐎𝐋𝐃𝐈𝐄𝐑
𝐝𝐚 @𝐃𝐨𝐧𝐚𝐭𝐮𝐦𝐛𝐥𝐫:

Eu cresci ouvindo uma história, nessa história havia os vilões e os heróis. Como qualquer história por aí. Durante anos, eu acreditei e jurei lealdade às pessoas que me contaram, e à aqueles que eu achava serem os heróis. Mas depois que fiquei mais velha, aprendi que uma história sempre tem mais de um lado e que os personagens podem ser mudados de acordo com o ponto de vista. E a diferença entre herói e vilão vem da pessoa que está contando a história.

Também aprendi que até mesmo aqueles que você considera família podem te trair, e essa é uma das piores decepções.

Meu nome é Verena Celeste Neith, e eu vou contar a vocês como eu me apaixonei, criei amizade e carinho por aqueles que eu acreditava serem os vilões, e em como eu aprendi a tomar cuidado em quem eu confio.

𖥸

Data de lançamento:
01.09.2021

VOTEM e COMENTEM
[atualizações às quartas]

Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top