𝐂𝐀𝐏𝐈́𝐓𝐔𝐋𝐎 𝟏𝟐 • Furacão Anelise

EPISÓDIO 2 — PARTE 5
[FURACÃO ANELISE]

RIVEN E SKY, apoiados na borda do ringue elevando onde assistiam um garoto, agora descoberto se chamar Dane, lutar e fracassar contra outra caloura.

Riven notou o próprio celular do garoto vibrar ao lado da mochila ali, indicando o recebimento de várias novas mensagens.

— Acerta a perna — sussurrou, irritado com Dane que acabara de ser jogado no chão.

— Será que pode tentar parar de ser tão babaca? — pediu Sky a ele.

— Ah, mas aí não seria divertido.

— Lembra que era uma causa perdida ano passado? — perguntou. — Ficou todo quebrado e só no primeiro dia.

— O que você quer? — sibilou irritadiço. — Uma punhetinha por me proteger? Eu achei que a minha amizade já bastasse.

— É, claro — zombou. — E falou com a Vero? Do jeito que fizeram barulho...

— Disse que o cara que dormiu com a ex namorada porque ela pediu.

Sky riu, se afastando bem no momento em viu Stella caminhando até eles ao longe.

Nesse meio tempo, Dane sentou na beira do ringue ao lado de Riven que estava em pé. Riven, sem perder a oportunidade para provocá-lo, assobiou, chamando sua atenção.

— Larga isso aí — sugeriu, indicando o celular.

— Eu escutaria você por quê? — indagou Dane.

— Porque... Ah — respirou ao dar impulso e subir no ringue, sentando ao lado de Dane. — Você ficou stalkeando o meu Instagram onde à noite, e eu não contei para ninguém.

Dane o encarou, sua respiração irregular por ter sido pego.

— Só estava curioso com o segundo ano e meu dedo escorregou — tentou se justificar.

— Ah, seu dedo escorregou, é? — riu. — Escorregou no perfil da minha namorada também. Eu tenho acesso a conta dela pelo meu celular, acha que também não vi a notificação?

Dane parecia corado, sem saber a como responder.

— Olha, eu estou sendo generoso, e posso não ficar assim por muito tempo — disse Riven. — Meu primeiro conselho é escolher seus amigos com cuidado esse ano. Segundo: foco. Põe a mente na parada. Lutou com a Kat e perdeu. Ser um bom especialista não tem a ver com seu tamanho nem com sua força, tem a ver com estratégia.

Riven fez uma pausa, chamando Mikey que ali no fundo treinava. Mikey era grande, bem maior do que Riven. Qualquer um que olhasse eles brigando, juraria que Riven perderia.

— Se liga aí.

Riven se levantou, caminhando ate Mikey que já estava em posição de luta. Eles deferiram ataques e defenderam. Até que Mikey agarrou a mão de Riven no alto e deu brecha para que ele jogasse as pernas contra o tronco dele e o empurrasse para o chão, o peso do corpo de Riven o desestabilizando. Assim, Riven ganhara.

— Se ligou? — perguntou a Dane que apenas riu.


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QUANDO O TREINO FINALMENTE ACABARA, Riven caminhava de volta ao prédio na esperança de encontrar Vero ali. Entretanto, quando desviava de fadas que ali estava conversando, sentiu ser agarrado por alguém, o braço da fada passando pelo seu.

Primeiro ele achou que era Vero, mas não reconheceu o perfume cítrico que a pessoa usava.

— O doidão furtivo — debochou Beatrix.

— Posso te ajudar? — perguntou, encarando a mão dela em seu braço e querendo que o soltasse. — Quer alguma coisa, Beatrix?

— Nada que você possa ajudar — deu de ombros. — Mas, como sua cunhada, é meu trabalho de atormentar nas minhas horas vagas.

Riven os arrastou para dentro do labirinto, as árvores grande demais para que qualquer pessoa os visse ali. Qualquer um de fora que os fisse talvez pensasse a coisa errada sobre aquilo, mas ele precisava falar com uma das três fadas. Ele sabia que talvez sua namorada não lhe contasse, então apostaria a sorte com Beatrix.

— Qual o seu problema? — exclamou ela. — Não era mais fácil ter me chamado para conversar ao invés de me puxar?

— Depende — retrucou ele. — Vai me contar o que a minha namorada, você e a loira psicodélica estão aprontando?

— Por que eu te contaria?

— Porque você é a minha cunhada do coração — zombou.

Beatrix revirou os olhos, suspirando.

— Vamos invadir o escritório da Dowling — respondeu Beatrix. — Vero não vai conosco, se é o que te preocupa.

Riven assentiu, descrente.

— Quer ajudar?

— E por que eu faria isso? — perguntou ele.

— Porque você é homem, e eu, gostosa — disse ela, sarcástica. — Você é o delinquente ideal para isso.

Riven sacudiu a cabeça, não acreditando no que Beatrix estava lhe pedindo.

— E vem cá — pediu, se aproximando. — Se eu topar, o que eu ganho?

— Da próxima vez que a Anelise quiser te matar, eu juro que tento fazê-la não te socar tanto.

— Não é o suficiente.

— Você quem sabe, Riven — disse por fim. — Boa sorte com o furacão Anelise.

Beatrix não o esperou responder, ela caminhando para fora do labirindo enquanto Riven se amaldiçoava lá trás.

Ele se arrependeria tanto depois.


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SILVA QUERIA NÃO SER O DIRETOR ESPECIALISTA em momentos como aquele, momentos em que poderia passar com Anelise. Na cama. Sem roupas. Só os dois.

E não no meio da floresta com a guarda de Solaria indo atrás de um bendito queimado.

Anelise, felizmente, havia voltado para seu quarto quando ele descobriu que a missão seria atrasada até o final da tarde. Isso lhe deu tempo para checar com seus contatos em outros reinos se avistaram algum queimado pela área. Mas ninguém viu um.

Com a guarda solariana, a prisão do capitólio era a mais segura e a rainha examinaria a memória dele. Silva tentava agir rápido, sabendo que era apenas uma questão de tempo até que um dos alunos de Alfea cruzasse a barreira para encontrar a criatura.

Os jeeps de combate entraram na floresta, todos em alerta até mesmo dentro dos carros.

— Vamos buscá-lo e transportá-lo o mais rápido possível — disse Silva. — Pare!

Os carros freiaram bruscamente. Silva desceu primeiro ao ver uma figura encapuzada no meio da colina, perto do celeiro. Ele não a reconheceu, entretanto. Outros especialistas também a observavam de longe.

Eles não tinham tempo. Não agora.

Ele deu a ordem para voltarem para dentro dos jeeps, para seguirem em frente. Mas isso não foi possível.

O mesmo som predatório que ouviu quando seu pai foi assassinado reverberou pelas árvores. Então, uma movimentação rápida, se aproximando.

Suas costas colidiram com o tronco da árvores quando foi jogado para trás. Silva ouviu os gritos de seus companheiros que tentaram lutar pelas suas vidas.

Até que tudo parou.

Sua visão parecia distorcida, ele não conseguia enxergar direito. Aquele era o veneno do queimado entrando em seu organismo. Ele tentou se mexer para lutar, mas de nada adiantou. Seus últimos pensamentos foram destinados para aquela que as poucos ele descobria amar: que ela estivesse segura em Alfea, que nada de ruim lhe acontecesse.

Anelise.


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07.07.21

𝐍𝐎𝐓𝐀𝐒 𝐅𝐈𝐍𝐀𝐈𝐒:

Eu não sei vocês, mas agora em RAIN eu amo a amizade entre a Beatrix e o Riven.

Enquanto eu escrevia FATE e ICE eu fiquei com raiva deles nesses cenas, não sei porquê. Mas agora eu amo eles, e vocês? Mas eu estou sentindo falta do #SkyTalarico...

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