𝐂𝐀𝐏𝐈́𝐓𝐔𝐋𝐎 𝟏𝟎 • Se importar o suficiente
EPISÓDIO 2 — PARTE 3
[SE IMPORTAR O SUFICIENTE]
VERONICA ESTAVA ACORDADA FAZIA HORAS, sem ter conseguido dormir direito. O fato de ter descobrido que Bloom atravessou um portal e um queimado a seguiu não foi o que lhe tirou o sono, mas sim as palavras de Anelise.
Ela não estava brava com a fada do gelo, na verdade estava grata pela palavras frias. É claro que uma fada do gelo seria fria, obviamente, mas Vero ainda estava tocada pelo fato de Anelise ter se importado o suficiente para falar aquelas coisas.
Mas de volta ao queimado, Dowling, aparentemente, tinha conseguido dar conta da criatura. De qualquer maneira, Vero não estava preocupada. Ela poderia dar conta de um queimado se fosse necessário. Afinal, aquelas criaturas eram das profundezas de Averno, ela sabia exatamente o que fazer para detê-los.
— Ei, Vero, eu tenho uma pergunta para te fazer — avisou Terra, tentando trocar de roupas sem mostrar nenhuma parte do seu corpo.
Terra. Outro fator que Veronica já tinha resolvido. Quando conseguiu um minuto em particular — durante a noite quando ouviu Terra levantando para ir ao banheiro — ela aproveitou a deixa e se desculpou pelo o que havia lhe falado. Pediu perdão se o que ela disse lhe magoara, e só. Terra o aceitou, claro, mas só aquilo não fora o suficiente para Veronica se abrir e falar das próprias inseguranças.
Ela só falaria daquilo com Beatrix e Anelise, suas irmãs de verdade.
— O que quer saber? — perguntou, indicando para que continuasse.
— Você consegue saber quando eu minto? — disse rápido demais. — Quero dizer, a Musa só consegue sentir emoções, mas e você?
— Se você se sentir culpada enquanto mente, sim. Manipulo emoções, mas só as negativas — respondeu. — Transformo alegriar em tristeza, paz em dor, calma em agressividade. Essas coisas.
— Isso não é nem um pouco reconfortante.
Vero tentou sorrir para acalmá-la, mas não conseguiu.
Encostada no batente da porta com uma xícara em mãos, Musa acompanhou o exato momento em que Stella entrou no quarto, carregando seus sapatos nas mãos.
— Essa roupa é tão parecida com a de ontem — comentou. — Mesmo estilista?
— Sabe o que eu acho dessa piada ou devo te falar? — retrucou, assistindo quando Vero se aproximou do sofá que ficava perto delas, mas antes de conseguir se sentar, Stella caminhou até ela. — Veronica, certo? Ouvi falar sobre você. Princesa de Averno. Acho que chegamos a ser apresentadas alguns anos atrás.
— Stella, se não me engano?
— Exato — assentiu. — Riven está te procurando lá fora, é melhor descer pelos fundos e passar despercebida até o Círculo de Pedras.
— Obrigada — agradeceu Vero.
Stella sorriu, decidindo que até que gostara da princesa.
— Cadê a Bloom? — perguntou para Musa. — Quero meu anel de volta.
— Ela teve uma noite ruim graças a você — respondeu Musa. — Eu nem achava que essas coisas eram reais, mas a gente viu. Foi sinistro. Parecia que queria matar ela.
— E o meu anel? — ignorou.
—Aquela coisa — gaguejou Bloom, se aproximando — queimada pegou ele.
— O quê? — exclamou. — A minha mãe é a rainha, e o anel que perdeu é uma das joias da Coroa de Solaria. Pode não ser nada para quem é do Primeiro Mundo, mas pergunte para as suas coleguinhas o estrago que fez.
— Tão grande quando ter dado para ela, para começar — interviu Aisha ao favor de Bloom. — Dowling prendeu a criatura, você saberia se estivesse aqui quando ela nos deu uma bronca.
— E se soubessem que havia um queimado no Primeiro Mundo temporariamente... — fez suspense Musa. — Seria um desastre.
— Eu não disse à ela que perdi o anel, e sei que se a gente contar... — murmurou Bloom.
— A gente não vai contar — exclamou Stella. — Vou resolver isso depois da aula, mas por enquanto ninguém conta nada. E alguém pode garantir que a Terra entenda isso? — pediu, a mão na maçaneta da porta do quarto. — Ela não sabe ficar de bico calado.
Foi só abrir a porta para se depararem com Terra tentando se trocar no quarto de Stella. Vero teria achado aquilo ridículo, pensando em como as mulheres deveria ter mais amor próprio pelo corpo fosse lá como ele era.
Mas nem ela era capaz de amar a si mesma.
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— SEMPRE ACABA VOLTANDO PARA MINHA CAMA? — perguntou ele, acariciando as costas nuas de Anelise.
— Você não parece se importar comigo aqui — deu de ombros. — Ou julguei mal o seu caráter?
— Não me importo, está certa.
Anelise os virou, sentando-se em seu colo. Ela jogou seus cabelos loiros para trás, abrindo espaço para que pudesse abaixar-se até seus lábios estarem colados nos de Silva.
Ele passou os braços entorno da cintura dela, trazendo meu corpo mais para perto de si. Anelise não lutou contra. Pelo contrário, ela queria aquele contato carnal, queria as mãos dele vagando meus seu corpo de novo, de novo e de novo...
— Nenhuma frase espertinha que queira dizer agora?
— Frase espertinha? — repetiu ela, entrelaçando suas mãos. — Sarcasmo?
— É viciada em literatura — deus de ombros. — Foi fácil de perceber. A maneira que pensa, que fala, que age, não condiz com o comportamento de adolescentes normais.
— Acha que sou estranha? — supôs ela, não se ofendendo. — Os livros me salvaram de uma época ruim da minha vida. Eles não são como as pessoas, não te ofendem, não te julgam, simplesmente são um fuga da realidade.
— E do que você está fugindo? — provocou Silva, carícias longas e demoradas fazendo Anelise ficar inquieta, desejando mais um vez tê-lo dentro de si.
— Do príncipe encantado — respondeu.
Silva levantou seu tronco, segurando Anelise pelas costas para que ela não caísse para trás quando ele se sentou na cama. As pernas dela rodearam sua cintura. Mas eles ainda estavam nus, nada os impedia de se conectarem — apenas as provocações dele que não dava o que Anelise mais queria.
— As garotas geralmente procuram um príncipe encantado — comentou, descendo uma trilha de beijos pelo seu pescoço.
— Eu não sou como as outras garotas — disse Anelise, passando os braços pelos ombros dele. — Eu procuro pelo Lobo Mau. Ele te ouve melhor, te vê melhor, te come melhor...
— É mesmo? — uma pergunta retórica. — E você já o encontrou?
— Eu acho que sim.
Silva sorriu sacana. Os lábios inchados das mordidas colidiram com os pele. As mãos geladas do ar frio vagaram pelo corpo dela, causando arrepios em sua pele. Anelise arqueou o corpo para trás, expondo mais seus peito para ele.
— Você não tinha aula? — perguntou sem desgrudar os lábios do ombro dela.
— Você não ia até o queimado no celeiro com a guarda de Solaris?
Silva congelou, se afastando para encarar os olhos bem abertos de Anelise que esperava por qualquer reação dele.
— Como sabe disso?
Antes que Silva pudesse tentar arrancar mais alguma informação dela, o celular de Anelise vibrou em cima da mesa de cabeceira.
Ela se afastou dele, estendendo a mão e vendo que tinha uma notificação de Beatrix, rapidamente vendo que ela conseguira e fora até o queimado.
Anelise sorriu como quem aprontara algo. Ela deu um último e suave beijo em Silva, se levantando e colocando suas roupas que estavam espalhadas pelo quarto.
— Como você mesmo disse, eu preciso ir — disse ela, feliz por conseguir de esgueirar da desconfiança dele. — Tenho aula.
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23.06.21
𝐍𝐎𝐓𝐀𝐒 𝐅𝐈𝐍𝐀𝐈𝐒:
Tenho novidades!!!
Minhas férias estão chegando e com isso o quê? É hora de eu, Julia, sentar na minha bancada com uma xícara de café e escrever fanfics para vocês, leitores. Mas tenham paciência comigo porque eu talvez intercale os dias de escrita já que eu possivelmente vou estar trabalhando.
Mas agora a parte que vocês estão esperando:
Eu e a Donatumblr estamos trabalhando cada vez mais naquele "projeto" que eu falei há alguma tempo. O que eu posso garantir é... Se preparem! Vocês sabem que eu amo plot twists demais e sou quase que uma rainha deles referente as minhas fics de FATE. Em breve eu trarei mais novidades.
♛
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