Gênero: Mistério

User: jurietjens

Status: Em andamento (em hiatus)

Sinopse

"Todos nós somos únicos, diferenciados por uma camada fina de pele na ponta de nossos dedos. As digitais de Anna Sivara, além de únicas, também eram especiais, graças a sua mãe.

Com apenas 16 anos, Anna tem sua vida virada de cabeça para baixo. Além de ser obrigada a mudar de cidade e ir morar com o pai, a morte de sua mãe trouxe à tona vários segredos que se revelam das piores maneiras. Agora, Anna se vê numa situação complicada, com vizinhos que parecem saber mais do que deviam e uma garota misteriosa em seu grupo de amigos. Estaria ela sendo mesmo perseguida ou é tudo coisa da sua cabeça?

Munida de sua fiel câmera fotográfica, Anna se vê com apenas duas opções: se render ou lutar. Qual ela irá escolher?"

RESENHA

Sabe o clichê? O abominável clichê? Então, esse livro é um bom exemplo de que não é o clichê que é capaz de acabar com um livro e todo um enredo, e sim, o próprio escritor. Se for bem trabalhado, não se torna algo chato e previsível, e é o que acontece nesse livro. Não é algo chato e cansativo. É bem elaborado.

Embora a sinopse tenha apresentado algo clichê, foi muito bem escrita e faz você, leitor, acreditar que a história abordará algo diferente das demais. Um minuto de silêncio para um português quase que impecável presente nesse livro (algo raro, não?).

O mistério é algo que fascina a todos, principalmente a mim. A narrativa da história fluiu muito bem e foi muito bem construída, algo, também, muito raro de se acontecer.

Palavras de uma das avaliadoras: "achei muito contraditório o fato de ela dizer que "aprecia a solidão" e depois quando está na cidade mais isolada do mundo diz que está com medo de ficar louca por conta do afastamento da civilização. Achei estranho também uma cidade descrita primeiramente como... vazia, ter um estádio cheio".

Concordo, porque, embora uma cidade seja (praticamente) vazia, como um estágio pode ficar cheio? Isso me leva a duas possíveis respostas: o vazio da personagem pode simplesmente ser algo longe dos barulhos das cidades grandes, ou o escritor não soube explicar bem o "vazio" que a personagem descreveu. No entanto, eu não achei muito contraditório a personagem principal apreciar a solidão e depois, quando já está em uma cidade isolada do mundo, ela diz ter medo de ficar louca por conta do afastamento da civilização. Afinal, podemos querer a solidão, mas, às vezes, a mesma chega a assustar até quem mais a aprecia.

Livro interessante.