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ELIZABETH MOORE

Era enorme.

Grande demais.

Fiquei de boca aberta assim que vi o quão grande e rígido era.

Eu estava com um pouco de medo, admito. Será que eu me daria bem com isso ?

Confesso que queria dar por trás. Mas se eu der talvez eu me arrependa, talvez não, com certeza eu vou me arrepender.

Minha boca chegou a salivar enquanto eu analisava aquela coisa grande.

Eu não sei se consigo.

É um passo muito grande para mim.

- Está gostando? - o loiro atraente pergunta para mim. O sorriso malicioso não sai do rosto.

- Vamos aos finalmentes logo, por favor - pedi ainda em êxtase olhando tudo aquilo impressionada

- Claro - seu olhar parou diante de meus seios - Vocês vão adorar os cursos que temos a oferecer na nossa universidade.

- Imagino - Minha mãe murmurou ao meu lado admirando os enomes prédios a nossa frente. A grande quatidade de alunos. - Elizabeth feche essa boca.

- Tá fechada - disse eu, fechando. Ela riu. O loiro que é estudante e estava nos guiando pela universidade não tirava os olhos dos meus seios. Revirei os olhos pela quarta vez desde que chegamos, e olha que chegamos a 10 minutos.

Eu optei para universidade da cidade vizinha. Não quero continuar na minha cidade, óbvio, mas não quero ficar longe de mamãe e Mag.

Aliás, Margareth resolveu sair com o namorado. Estúpido. Mas já me acostumei com a idéia ridícula dela namorar.

Mamãe então veio comigo. Eu estava decidida de que queria essa universidade, mas no segundo que pisei aqui e vi alunos estudando, rindo, os enormes prédios, professores sérios andando em volta, eu tive uma puta sensação de que talvez eu não esteja pronta para essa etapa em minha vida.

No momento é simplesmente assustador para mim.

- Você já tem idéia de qual curso quer? - perguntou ele

- Arqueologia - murmurei

- Que sorte, estamos bem de frente ao prédio.

Olhei para o prédio impressionada. Será que eu estou pronta?

- Vamos entrar - ele disse e eu e mamãe fomos atrás.

Visitamos todas as salas daquele prédio, eu entrei com medo da responsabilidade batendo de frente a mim e sai totalmente iluminada.

O medo havia ido embora.

Não cheguei a entrar nas salas mas enquanto eu passava em frente e ouvia os professores falando e falando eu relembrei todo o motivo de eu querer aquela matéria na minha vida.

Arqueologia é história, é investigar o passado. A idéia de eu aprender tudo que seja desse curso me deixa maravilhada, eu sei que vai ser trabalhoso, principalmente que faculdade não é brincadeira.

E talvez eu não me sinta pronta nesse momento,

mas é para cá que eu venho semestre que vem.

Pena que minha felicidade não era tão intensa quanto achei que seria quando não tinha Daniel por inteiro na minha vida.

Daniel, Daniel. Alguém te tira da minha cabeça, inferno!

- Gostou?

- Gostei sim.

- Deu para perceber - ela sorrir - Você está bem? - minha mãe perguntou durante o caminho de volta. Eu sorri de volta mas não respondi, escostei a cabeça no banco e tive uma enorme vontade de chorar.

O que eu fiz?

Daniel é tudo o que quero agora.


          Quando chegamos na nossa cidade pedi para minha mãe me deixar na cafeteria, eu queria tomar um longo gole de Capuccino.

Porém, minha mãe pareceu não entender que eu queria ficar sozinha e entrou comigo.

- Dois Capuccino com bastante leite, por favor -minha mãe pediu no balcão enquanto eu sentava em uma mesa ao lado da mesa de 4 meninas estranhamente familiares. Mamãe chegou com os capuccinos e eu já havia caído de boca no meu

- Vai me contar o que está acontecendo? - minha mãe perguntou dando um gole

- Não quero conversar sobre isso, mãe - murmurei

- Não precisa conversar para saber o que aconteceu. Elizabeth, tem que deixar pessoas que você gosta entrar na sua vida filha.

- Mãe

- Você tem medo, eu sei, dá para ver. Mas igual que nem hoje quando entrou naquela universidade, você estava aterrorizada com essa nova etapa, mas no segundo que resolveu dar uma chance e entrou de vez você saiu mais feliz do que nunca, você estava certa de que era isso o que queria.

fiquei em silêncio

- É igual com relacionamentos, Beth. Você fica aterrorizada porque você tem medo por ser algo novo e não tem idéia do que esperar, mas no segundo que dá ao menos um chance você tem duas opções;  gosta e fica ou não gosta e tchau. Independente de qual opção escolher, será sua decisão. E você não terá nem metade da dor e arrependimento que terá agora por não ter dado chance a algo que está óbvio nos seus olhos que quer muito.

Fiquei em silêncio. Parece que eu não sou tão difícil de ler. Ou talvez seja porque ela é minha mãe e me conhece mais do que eu mesma.

- Em vez de convites mande mensagens para geral - ouvi dizendo da mesa ao lado. Olhei atenciosamente, era Gemma e suas amigas - A última festa do ano vai ser na minha casa.

- Mandar mensagem para todos?

- Sim, Alisson! Todos estão convidados, não é apenas nosso ultimo ano, é de outras pessoas também.

- Ok, Gemma - Alisson disse bufando. Gemma revirou os olhos e seus olhos pararam em mim, então ela sorriu para mim. Estreitei os olhos. Ela levantou da mesa e as amigas dela nem deram bola pois estavam digitando mensagens em seus celulares.

Gemma é realmente linda. Cabelos quase pretos e corpo cheio de curvas.

- Elizabeth, não é? - ela parou diante da minha mesa. Apenas assenti, desconfiada  - Oi - ela cumprimentou minha mãe que sorriu.

- Bom, talvez você tenha ouvido falar que vamos fazer uma última festa para nós do último ano.

- Ouvi.

- Eu gostaria que você fosse - Ela sorriu

- Hum, não obrigada - tomei mais um gole de minha bebida. Minha mãe olhou para mim como se eu fosse louca - Que foi?

- Você deveria ir Beth, último ano filha!

Revirei os olhos. Gemma sorriu para minha mãe e me olhou

- Deveria mesmo, prometo que vai ser divertido, pelo menos espero que seja.

- Obrigada pelo convite, mas não.

- Por quê? - perguntou ela. Bufei e limpei o canto da boca antes de falar

- Festa não é minha praia. Sem contar que nunca nos falamos antes, qual seu interesse por trás disso?

- Touch - Ela estralou os dedos - Você é esperta.

Eu sorri. Sabia que tinha algum interesse por trás.

- É o seguinte, eu realmente quero que todos vá, mas você em especial por causa de Francine.

- O que tem ela?

- Bom... é óbvio que voces não se dão bem, depois de... - ela ia falar da briga, Interrompi. Minha mãe não sabia que eu tinha brigado com Francine, ela não procurou a diretora porquê todos sabemos que poderia correr o risco dela não participar do último jogo, mesmo que eu tenha feito ela desmaiar ela ainda sim estava envolvida na briga.

- Sim, o que tem a ver?

- Seria maravilhoso Francine ver você lá. Ia provocar ela, e ela merece uma lição. Na verdade já recebeu a lição de você - riu - mas ia irritar ela se você aparecesse.

- Vou pensar no assunto. - murmurei, na verdade não ia pensar em nada, eu não ia e fim de conversa.

- Te vejo lá, aliás, Daniel vai e todos sabemos que é melhor ele não ficar perto dela. - ela piscou para mim e voltou para a mesa dela.

Minha mãe me encarava

- Depois te conto a história por inteiro, mãe - suspirei - Vamos embora?

- Vamos - ela levantou pegando a bolsa dela - vamos achar uma roupa para você.

- Quê? Pra quê?

- Para você ir a essa festa, filha.



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