>> Especial 5K <<

- Luka? - ouvi uma batida na porta do banheiro - Você está começando a me deixar ansioso.

- Seto Kaiba? Ansioso? - comentei em tom de brincadeira enquanto saía do cômodo.

- E então?

- Deu positivo mesmo. - respondi, mostrando o teste.

Por um instante, não sabia se ria da situação ou se chamava um médico: Seto começou a ficar da cor do papel enquanto seus olhos ficavam arregalados, mostrando que estava mais do que apreensivo. Demorou um pouco, mas ele finalmente saiu do estado de choque para me abraçar e beijar minha barriga.

Mokuba, que estava sentado na nossa cama e também esperando pelo resultado, veio ao nosso encontro e nos abraçou, feliz da vida.

- Demorou, mas até que em fim meu sobrinho chegou! - ele sorria radiante.

- Muita calma nessa hora, Mokuba. - Seto olhou para meu ventre - Você ainda vai ter nove meses para esperar.

- Como se isso fosse demorar muito, Seto. - respondi - Espero que esses meses sejam o bastante para você se preparar... Papai.

- Nada que livros e livros sobre o assunto não resolvam, Luka. Você vai ver, seremos experts.

- Uma criança não é como a economia de uma multinacional, meu bem.

- Mas também não pode ser tão diferente assim.

- Já tô vendo que o Seto vai fazer um resumo dos livros pra fazer manual de instruções. - Mokuba comentou, me ajudando a arrumar a cama.

- Até que não é má ideia. - meu marido resmungou, sentado na poltrona.

- Você tinha que dar essa ideia maluca, Mokuba? - perguntei.

- Era questão de tempo até ele mesmo pensar nisso, Luka.

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Os meses foram passando e, como esperado, Seto já tinha praticamente formado uma biblioteca com livros sobre bebês, o que era engraçado. Depois dos exames, descobrimos que uma menina estava a caminho, o que deixou um certo papai muito mais coruja do que imaginei. Decidimos então que nossa cria se chamaria Seira e nada nos convenceria do contrário.

- Bom, acho que vamos ter um pequeno problema com o choro... - ele disse enquanto tomava café e lia outro livro - O bebê chora por tudo! Como vamos saber o que ela vai querer?

- Por eliminação e, depois, pelos horários. Isso é uma coisa óbvia, Seto.

- Você fala como se fosse especialista.

- Depois de algum tempo sendo sua babá, acho que peguei a prática.

Ele revirou os olhos e, então comecei a sentir contrações. Meu marido movimentou metade dos funcionários da casa para que eu fosse levada à maternidade o quanto antes. Apesar do sofrimento naquela hora, eu estava feliz e animada para ver nossa querida garotinha.

Não foi tão complicado assim. Seto ficou comigo no quarto até que as enfermeiras trouxeram nossa bebê, que nasceu forte e saudável como esperado. Os cabelos eram castanhos e lisos, mas, o que estávamos esperando mesmo, é saber qual seria a cor dos olhos dela.

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Quando chegou o tempo de Seira abrir os olhinhos, vimos que eram azuis como os do pai, motivo para que ele ficasse com o ego ainda mais inflado do que já tem de costume.

Em casa, tanto ele quanto Mokuba sempre estavam por perto para ajudar e, até mesmo, para ficarem babando na mais nova moradora da casa. Ela era um bebê bem calmo e isso foi uma sorte maravilhosa, pois uma criança agitada para pais de primeira viagem não ia ser tão bom assim, certo?


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