19. Primeiro passo para o passado
Fui para a empresa e, para minha surpresa, já havia uma grande quantidade de discos de duelo prontos e em suas devidas caixas, apenas esperando chegarem às lojas. No entanto, ainda havia muito trabalho a ser feito e não tardei em começar a rever os códigos e outros detalhes que me eram cabíveis.
- Stuart, preciso da Luka emprestada para a coletiva de imprensa.
- A coletiva já é hoje?
- Daqui meia hora, para ser mais preciso.
- Minha nossa. Luka, já terminou essa checagem?
- Sim, senhor. – respondi.
- Então poderia acompanhar o senhor Kaiba para a coletiva?
Assenti e no corredor, não hesitei lançar um olhar inquisitivo para Seto.
- Eu também não contava com essa coletiva hoje, não me olhe assim.
- Mas por que eu tenho que participar dessa coisa?
- Porque você inventou o disco, ora essa. Sempre foi assim.
- Eu nem vim preparada para ter uma chuva de câmeras na minha cara, Seto.
Ele desfez o meu coque e arrumou meu cabelo para que ficasse solto.
- Melhor assim.
Era desagradável ter um enxame de gente fazendo inúmeras perguntas enquanto filmavam e tiravam fotos de todos os ângulos, mas Seto parecia não se importar mais com essas coisas. Respondi o que precisava ser dito e depois só fiquei acompanhando o desenrolar das outras perguntas, que desviaram tanto a ponto de chegarem até a vida amorosa dele por conta da "inusitada" aliança em seu anelar direito.
- Isso não é da conta de vocês. Concordei com essa coletiva para anunciar o disco de duelo, não para dizer detalhes sobre minha vida particular.
E as entrevistas se estenderam por mais quarenta minutos e só terminaram quando Seto saiu da sala, pois ele havia se cansado de tudo aquilo e eu também. Voltamos para nossas funções até a hora do almoço dele e do fim do meu expediente.
- Esses dois modelos são seus.
- Tem certeza, Seto?
- Claro que sim. Um é para você e o outro fica livre para fazer o que achar melhor.
- Acho que sei de alguém que iria adorar um desses.
- Wheeler?
- Como sabe?
- Eu imaginei que você iria fazer algum ato de caridade com esse disco que sobraria. – Seto deu um meio sorriso.
Almoçamos e depois aproveitei o tempo livre que tinha antes da aula para ir até a loja do Yugi, onde encontrei o pessoal reunido.
- Que caixa é essa na sua mão, Luka? – os olhos do Joey se arregalaram – Não me diga que é aquele disco novo que você e o Kaiba apresentaram na coletiva de imprensa de agora há pouco.
- É sim. Seto me entregou dois exemplares. Um para mim e o outro eu poderia fazer o que achasse melhor. Como você está levando a sério essa história de duelos profissionais, imaginei que um presente desse tipo fosse uma boa.
- Espera aí. Então esse disco é pra mim?
- Isso aí.
- Nunca pensei que ter a namorada do Kaiba como amiga seria tão bom! – Joey me deu um abraço esmagador antes de pegar a caixa – Você é a melhor, Luka!
Ele testou o disco e ficou ainda mais feliz quando viu toda a funcionalidade. Parecia até uma criança com um brinquedo novo. Me despedi e segui meu caminho até a faculdade, se não fosse por encontrar Ishizu.
- Luka Kamisawa, não é isso?
- Sim. Eu bem que queria falar com você, Ishizu.
- Eu sei. – ela deu um pequeno sorriso – Meu Colar do Milênio me disse para te encontrar aqui. Ainda você tem muito do seu passado para descobrir.
- Imagino que sim. É uma pena Seto ser tão cético.
- Kaiba nunca acreditou em nada disso, é normal. Volto a te encontrar amanhã neste mesmo horário no museu.
- Está bem.
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