Capítulo 4

Ao passar do tempo, Felix pôde finalmente receber alta do hospital e seu bebê, nomeado carinhosamente como Hyunlix, finalmente pôde sair da encubadora.

Os olhos negros como a madrugada mais obscura, fazia parecer que nem era filho de Hyunjin, mas a cara era idêntica ao pai Alfa. Os fios ruivos puxaram totalmente o pai Ômega, assim como as sardinhas espalhadas por seu rosto.

(Sim, nessa obra o bebê nasceu com sardinhas fortes por todo o corpinho)

Muitos acreditariam que a paz reinaria, porém tudo que é bom, tem um término rápido. Os primeiros respingos de desespero surgiram com o choro incansável do pequeno bebê.
Por um mês inteiro, Felix não sabia mais o que significava a palavra "sossego". Quando pensava em dormir, o som do berrante que era a guela daquela criança, soava por toda a casa.
A babá eletrônica virou seu pior inimigo, quando a via piscando, já sabia que iria se estressar.

"Ser mãe definitivamente é padecer no paraíso"


Felix se questionava sobre seu irmão e seu cunhado. De onde tiravam tanto culhões para terem três filhos? Além do prêmio conjunto da bunda dolorida por semanas a base de dipirona todo santo dia.
O pequeno pestinha apenas sabia chorar por qualquer coisa. Desde uma fralda, até uma simples luz que irritava seus olhinhos sensíveis.

É muito fogo para que Jisung tenha a coragem de parir três. Felix já não queria outro nunca mais.
O arrependimento batia a porta, porém ele também não entrava.

Obviamente haviam momentos que Felix desejava voltar no tempo, mas quando o bebê dormia, ou bebia seu leite com os olhinhos brilhando, o carinho subia o peito de forma mais forte que o arrependimento.

Outro que beira a loucura é Hyunjin. O professor já via criança na escola, mas ver em casa também o deixou maluco. Precisando de psicólogo e chegando a arrastar Felix consigo para começar a ter atendimento psicológico.
Algo que fez bem ao casal foi participar das palestras da escola do Hwang, que davam muitas dicas maravilhosas de educação as crianças.

Um dos melhores momentos de sua vida começou quando o bebê aprendeu a mamar na pequena mamadeira, deixando assim os pequenos mamilos do Ômega em paz por um tempinho a mais.
Sinceramente, a dor da gengiva esmagando seu peito era desesperadora, nada comparado ao parto, mas estava precisando desse socorro.

Seus sobrinhos e família cresceram a base de chuquinha de leite de arroz e todos estão muito bem. Obviamente não iria indicar a alguém, mas o filho era seu e se não gostasse da sua forma de amamentar, então leve o bebê e crie sem opinar.
Sinceramente, aprendeu que era um inferno lidar com os pais de outros alunos da escola de Hyunjin, já que queriam ditar sobre como o Alfa deveria cuidar do seu filho.

Vê se pode? Opinar sobre como cuidar do seu filho?

Enquanto no início parecia um desespero, na metade dos cinco meses já estava tendo certeza de que era um desespero.
A criança era elétrica e não parava de gritar na linguagem dos bebês. Inclusive, seus sobrinhos eram dois babões por esse pequeno príncipe.

Seus primeiros momentos de alegria constante vieram com as crises de gargalhada por qualquer coisinha que lhe desse vontade de rir, da mesma forma que lhe desesperava quando o neném chorava por tomar um susto.

Infelizmente, dizemos e repetimos, alegria de pobre dura pouco e tudo o que é bom, uma hora acaba no pior momento possível.
Dos choros constantes, chegamos no momento de perguntar tudo, afinal, isso é só uma pequena amostra da felicidade de ter filhos.

Os olhos cansados e os bocejos constantes é um brinde de mal gosto da vida.

Pois é, Felix se arrependeu demais de não aproveitar enquanto a criança era pequena, pois quando cresceu, se tornou um rapaz chato que só sabia perguntar tudo. Além de ser o término do resto de paz que Felix nem sabia que tinha.

Não podia transar em paz, se bobear tinha até teia de aranha no cu, tudo isso pelo tempo que ficou sem uma pipocada descente no rabicó. Toda vez que tentavam, era uma choradeira infernal, porém com o pequeno rapaz tendo agora 4 anos, era uma correria na casa, na hora que tentavam, o pequeno capeta abria a porta, quase pegando o casal fogoso no flagra.

Foi uma vergonha atrás da outra, infelizmente o nosso casal aprendeu que deveriam temer esquecer a porta destrancada e de forma alguma esquecer de deixar o desenho ligado no último volume na sala.

Porém a idade mais desesperadora com toda certeza foram os seis. Hyunjin descobriu que seu filho era Ômega e agora era um legítimo papai babão. Não deixaria nenhum Alfa imbecil tocar no seu menino. O temperamento de Hyunjin ficou tão rígido, que nem o próprio Felix aguentava mais.

Conforme o jovem Hyunlix crescia, os dois papais percebiam o quão importante era cada momento da vida de seu filho, só assim, perceberam que tudo que é bom, realmente durava pouco.
Dias se tornam meses, meses se tornam anos, anos se tornam décadas e o jovem Hyunlix iniciava sua tão sonhada faculdade de direito.

Com um abraço apertado, o casal se despedia do -não mais- pequeno Hyunlix, as lágrimas não eram mais seguradas, apenas escorriam como cascata.
Estavam aliviados, pois tudo deu certo, mas também estavam desanimados, afinal, se acostumar com o filho por quase desenove anos, para dizer um "adeus" assim que o rapaz completasse seus vinte? Hyunlix já disse seus sonhos, completaria a faculdade de direito e iria comprar sua casinha próximo do trabalho, mais para frente se casaria com um bom Ômega e faria sua própria família.

– Não chore, amor. – Hyunjin sussurrou abraçando o Ômega, beijando sua mão carinhosamente – Eu comprei camisinhas... Quer ir para o nosso quarto?

O Ômega parou de chorar no mesmo instante, sorrindo de orelha a orelha.

Certos hábitos não sumiam nem com vinte anos de seca.

No final descobrimos, ninguém tem medo de Hwang Hyunjin, mas todo mundo tem medo de ter um filho sem planejamentos e estabilidade financeira antecipada.

#fim#

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