Um Ato de Amor
S/n havia pedido a Sarah para buscar-lhe a maleta que ela tinha deixado na casa da última paciente daquele dia antes de ir até Joll.
Alguns minutos depois, Sarah chegou trazendo a maleta e a entregou a doutora que na cozinha de sua casa, começou a examinar a criança sobre a mesa. Enquanto isso, Joll esperava com Sarah na sala, torcendo para que o bebê estivesse bem e fora de perigo.
Por sorte o bebê estava bem mas precisaria ficar sob observação da mãe durante a noite.
Depois que a mulher agradeceu a doutora e mais uma vez, o Coronel, ela deixou a casa, S/n fechou a porta e respirou fundo. Ela virou-se para o homem e viu que ele também parecia aliviado.
-Fico feliz que a criança esteja fora de perigo. Tive medo de não conseguir salva-lo. _disse Joll e S/n se aproximou dele.
-Estou orgulhosa de você, Joll. _ele olhou para ela um tanto surpreso.
-Está? _perguntou ele
-Estou! O que fez pelo bebê foi maravilhoso.
Joll sorriu e Sarah, que percebeu a conexão de ambos, saiu de fininho da sala, foi para o quarto e fechou a porta.
-Sabe? você também teve muita coragem para enfrentar aquelas pessoas por mim, S/n. Eu não merecia tanto.
-Eu não me arrependo do que fiz e faria de novo. Valeu a pena, já que você mais uma vez provou sua mudança.
-Obrigado. _sorriu
Eles se encararam por segundos, até que uma batida na porta quebrou o momento. Joll foi para o quarto e S/n foi atender. Era Mai, ela queria ter certeza se era verdade o que as pessoas estavam falando sobre o Coronel está sendo protegido pela doutora. S/n passou alguns minutos conversando com Mai até que a senhora decidiu confiar na palavra de Lowove e mesmo a contragosto, deu um voto de confiança ao Coronel.
Joll a viu e falou com ela, isso ajudou que Mai mantivesse a confiança nele. Depois que ela foi embora, convidando Sarah pra passar a noite em sua casa, o Coronel ficou sozinho com a doutora.
Para passar o tempo, eles fizeram chá e decidiram ler um livro na sala. Ainda durante a leitura, o cansaço venceu a mulher que acabou dormindo com a bochecha sobre a mão que mantinha o cotovelo no braço da poltrona enquanto o livro descansava aberto em seu colo.
Percebendo que S/n estava muito quieta, Joll ergueu os olhos do livro e olhou para a doutora vendo que ela dormia serenamente permitindo que ele apreciasse toda a sua beleza o que ele não resistiu em querer tocar. Com cuidado, o Coronel fechou o livro em suas mãos e se levantou, atravessou a sala e se agachou em frente a poltrona onde S/n dormia.
Observando-a, lentamente ele levou sua mão esquerda até a pele macia da bochecha dela e a acariciou, logo colocou uma mecha de cabelo atrás da orelha dela, voltando a toca-la com carinho. Ela sentiu ser tocada e como que em câmera lenta, S/n abriu os olhos e encontrou os de Joll olhando diretamente para ela. O contato foi tão intenso que o único barulho na sala naquele momento era de suas respirações.
Os olhos dela pareciam atraí-lo como um imã e ainda a olhando, Joll fôra se aproximando cada vez mais do rosto da doutora que não recuou quando seus lábios se tocaram.
S/n fechou os olhos para apreciar aquele momento, mas com medo de tê-la a assustado, Joll recuou e S/n voltou a abrir os olhos vendo o medo estampado nas orbes castanhas. Ela não iria repreende-lo por isso, pois ansiava por um beijo desde que percebera como seu coração se descompassava sempre que estavam perto. S/n não queria admitir, mas havia começado a se apaixonar por Joll. Ela o desejava e teve a certeza quando seus lábios se uniram mais uma vez.
[...]
-Você é linda. _disse Joll tocando-a na bochecha após afastarem suas bocas _-Acho que estou apaixonado por você, doutora.
Completou ele reunindo toda a coragem que tinha e ela sorriu com emoção.
-Acho que também estou apaixonada por você, Coronel.
Joll a lançou um sorriso ladino e sem esperar, tomou os lábios dela nos seu mais uma vez.
Ainda se beijando, S/n se levantou e sem interromper o beijo, Joll foi a conduzindo para o quarto. Ele a segurava pela cintura enquanto ela mantinha seus braços em volta do pescoço dele. Quando chegaram ao quarto e próximos da cama, Joll levou uma de suas mãos para trás da cabeça de S/n e a apoiou levando-a até o travesseiro. A doutora o trouxe com ela e Joll quebrou o beijo olhando com devoção para a mulher embaixo de si. Através do olhar, ele recebera permissão para continuar. S/n estava totalmente entregue a ele, e Joll a amou como se ela fosse a coisa mais importante de sua vida. Naquela noite, seus corpos se uniram em um só, fazendo-os sentir que pertenceriam um ao outro para sempre.
Algumas horas depois...
Deitados sob a escuridão do quarto com apenas um feixe de luz do luar entrando pela janela e estando nus debaixo do lençol, S/n tinha sua cabeça sobre o peito de Joll enquanto ele acariciava as costas dela com as pontas dos dedos.
O casal permaneceu em êxtase após terem alcançado o ápice várias vezes naquela noite, mas não tinham forças para expressar com palavras tudo que haviam sentido no ato, então apenas mantiveram o silêncio até que o sono os venceu.
Na manhã seguinte, S/n foi a primeira a acordar. Ela ainda tinha a cabeça sobre o peito de Joll, então se endireitou na cama e deixou um beijo no maxilar dele antes de sair debaixo do lençol e recolher suas roupas do chão. Joll ainda dormia tranquilamente quando S/n foi se lavar. Após terminar o banho, ela vestiu sua roupa do dia, penteou o cabelo e escovou os dentes, antes de ir a cozinha preparar o café da manhã, sorridente com as lembranças inesquecíveis da noite passada.
...
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