Sempre ao Seu Lado
Com a emoção de estar nos braços de Joll mais uma vez, S/n não percebera as condições que o homem havia retornado. Mas agora, após se afastarem do beijo a doutora o analisou minimamente tocando-o no rosto.
-Joll, o que é isso em seu rosto?_Ela perguntou olhando para o homem com o cenho franzido. Joll levou sua mão sobre a mão da mulher, tirou-a de seu rosto e a levou aos lábios deixando um beijo nela.
-Não é nada querida. _disse ele tentando tranquiliza-la.
-Como não é nada? Você estava bem quando me deixou e agora voltou com um roxo abaixo do olho esquerdo e um pequeno corte em sua tempora. O que aconteceu?
Vendo que não poderia mentir para ela, Joll respirou fundo e respondeu
-São apenas consequências por ter aberto mão da minha posição militar, amor. Não se preocupe com isso.
-Consequências? Você abriu mão de sua farda?
Ela perguntou e ele assentiu
-Eu disse que voltaria pra você, mas para isso, precisei abrir mão de quem eu era. Como pode imaginar, essa minha decisão não foi bem aceita pelos meus superiores que como punição me castigaram por me achar um traidor.
-Meu amor..._S/n voltou a toca-lo no rosto _-Não consigo imaginar o quanto você teve que suportar para estar aqui agora. Eu sinto muito, Joll.
Ele sorriu ladino e deixou um beijo na testa dela.
-Não sinta querida. Valeu a pena tudo que passei para ficar ao seu lado.
Ela o abraçou colocando sua cabeça no peito dele e suspirou como se tirasse um peso de sua costa.
Poucos minutos depois, o casal seguiu para casa sendo observados pelos curiosos.
Assim que S/n abriu a porta de casa, ela deixou que Joll entrasse e foi quando ele entrou que perguntou:
-Onde está Sarah? Ela deve me odiar por ter demorado tanto, não?
Enquanto S/n colocava a maleta na mesinha de canto próximo a entrada, a pergunta dele a deixou estática por alguns segundos, até que voltou a si e respondeu:
-Ela não te odiou, Joll. _disse com a voz cortada e ele a encarou quando a mulher se virou para ele_-Ela acreditava que em breve você regressaria e que seriamos uma família feliz.
-Acreditava? _Perguntou e ela abaixou a cabeça pois suas lágrimas começaram a rolar. Depois de segundos vendo-a ali tão frágil, Joll finalmente entendeu._-Deus! _ Joll rapidamente puxou a mulher em um abraço e assim como ela, não conseguiu evitar suas lágrimas.
Eles choravam em silêncio ainda abraçados. Um consolava o outro. Joll enterrou sua boca no topo da cabeça da mulher enquanto recordava das poucas vezes que passara ao lado da pequena Sarah que o ensinou tantas coisas com tão pouca idade.
Quando se acalmaram, ele afastou e segurou o rosto de S/n limpando as lágrimas dela com os dedos.
-Quando aconteceu?_Perguntou com tristeza
-À onze dias.
Ele apertou a mandíbula e franziu o cenho antes de voltar a perguntar
-Ela não...
-Não._Respondeu de imediato sabendo o que ele perguntaria. _-Ela não sofreu, Joll. Sarah se foi durante o sono.
-Tão jovem.._disse com pesar_-Ela ainda tinha tanto o que viver.
S/n concordou.
-Sarah será o nosso eterno anjo, amor. _disse ela tocando o rosto de Joll_-Ela te admirava e sentia orgulho por você ter cumprido a promessa que nos fez.
-Ela era especial. _disse ele olhando para a mulher com olhos brilhantes _-Assim como você é especial, amor.
Eles se beijaram e se abraçaram buscando consolo um no outro.
Mais tarde, S/n levou Joll até o cemitério improvisado pelos moradores do vilarejo. Em frente ao túmulo de Sarah, Joll ajoelhou e se emocionou ao se desculpar por ter demorado tanto a retornar. Ele se sentia culpado por não ter estado ao lado delas numa hora tão difícil e pedia para que Sarah o perdoasse por isso.
Quando levantou, mais uma vez, S/n o abraçou como se dissesse que tudo ficaria bem e com isso Joll lhe fez uma promessa olhando dentro de seus olhos.
-Agora estarei sempre ao seu lado, minha querida. Eu te prometo.
S/n sorriu com emoção e ali eles trocaram um beijo para selar aquela promessa.
Após retornarem para casa, Joll preparou um chá para a mulher e o levou para o quarto onde S/n estava sentada sobre a cama encostada na cabeceira.
Joll entregou uma xícara para ela e tomaram o chá em silêncio enquanto a noite caía, quando terminaram, ele tomou banho e deitou ao lado da doutora a abraçando por trás.
Apreciando aquele momento, S/n o chamou colocando sua mão sobre a dele.
-Joll?
-Hum?
-Eu amo você.
Joll sorriu com aquelas palavras e deixou um beijo na curva do pescoço da mulher.
-Eu também te amo, querida.
E como foi dito, Joll cumpriu a promessa que fizera.
Dois meses depois ele foi nomeado como Capitão do exército do vilarejo, onde trabalhou ao lado do Magistrado. As pessoas passaram a admirar sua dedicação para com elas, e o respeitaram vendo que ele realmente tinha boas intenções.
Quanto ao relacionamento, em uma cerimônia simples mais especial, Joll e S/n se uniram a matrimônio e tiveram uma pequena festa onde todos puderam confraternizar.
Após o evento, o Magistrado disponibilizou o melhor quarto do quartel para passarem a noite de núpcias.
E foi ali, naquele quarto, que eles se entregaram ao amor e ao desejo carnal, onde seus corpos se uniram intensamente pelo resto da noite.
...
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