Dois Corações, Uma Promessa

Joll acordou com o maravilhoso cheiro de café feito na hora e sorriu quando de repente, lembranças de sua inesquecível noite com S/n invadiu sua mente.

Ansioso para encontrar sua amada, Joll saiu da cama e foi ao banheiro, tomou banho e se arrumou para o dia. Quando pronto, ele saiu em direção a cozinha e encostou no batente da porta admirando a mulher que estava concentrada no que fazia.

S/n não percebera a presença dele até que o homem se aproximou e deixou um beijo carinhoso em seu ombro direito e a segurou pela cintura. S/n sorriu ao sentir o toque e se virou para o olhar de frente. Joll tinha um sorriso ladino nos lábios que mostrava todo o seu encanto.

-Bom dia. _disse a doutora passando seus braços pelos ombros de Joll.

-Bom dia, minha querida dama. _Sorriram enquanto se olhavam até que Joll a tomou em um beijo suave mais cheio de amor. Eles estavam tão entregues ao momento que nem se deram conta da recém-chegada. Sarah os observava de olhos arregalados e de boca aberta, mas em seguida sorriu e chamou-lhes atenção.

-Ham ham!

Pelo susto repentino, S/n empurrou Joll para trás e saiu de perto dele agindo como se nada tivesse acontecido.

-Que bonito, hein, senhores!_Sarah adentrou a cozinha, Joll olhou para ela com o cenho franzido enquanto S/n fingia arrumar a mesa para o café da manhã. _-Eu imaginava que um dia isso fosse acontecer, só não esperava que fosse tão rápido. O senhor não perde tempo, né Coronel?

Joll e S/n se encararam e sem aguentar começaram a dar risada pela situação embaraçosa.

-Tem certeza que ela ainda tem nove anos? _Joll perguntou cruzando os braços.

-Estou começando a dúvidar_ S/n respondeu com tom divertido.

-Na verdade tenho quase dez anos. E não pensem que eu sou boba tá? Sei muito bem o que estava acontecendo aqui, eu vi tudo!

-É? E o que a mocinha exatamente viu? _S/n a desafiou

-Oras! Vi vocês dois se beijando como se não houvesse amanhã. E sinceramente, foi lindo. Eu nunca tinha visto alguém se beijando assim. Vocês dois são fofos.

-Sarah?

-É sério S/n! _disse a menina sentando à mesa. _-Se não se importarem, eu gostaria de escolher os nomes dos bebês de vocês.

-Ainda com essa história dos bebês, querida?_S/n e Joll se encararam enquanto sentavam à mesa.

-Uhum. _a menina começou a se servir com o café da amanhã _-E um dia isso realmente pode vir a se tornar real, então nada melhor que ter os nomes já decididos, não acham? _Sarah olhou de S/n para Joll

-Eu acho que é muito cedo para pensar sobre isso, senhorita. _Disse Joll

-Bem, não sabemos o dia de amanhã, sir.Coronel. _Mais uma vez o casal se encarou e em silêncio eles decidiram deixar que Sarah continuasse a falar, pois como ela mesma disse, não dava pra saber o dia de amanhã e isso incluía a saúde da pequena. _-Então, caso tiverem uma menina, pensei em Lilian, ou Lily, ou Rose... ou a junção de dois desses nomes. E para menino, bem, pensei em John. É quase a mesma coisa que Joll, acho que soa bem e era o nome do meu pai. O que acharam?

-Olha, querida..._A pequena olhou nos olhos da doutora _-Não dá pra saber o futuro, mas se caso um dia Joll e eu tivermos filhos, lembraremos de colocar estes nomes. Tudo bem?

-Você está admitindo que estão tendo um romance, doutora? Isso é incrível!

Eles sorriram ao ver a felicidade estampada no rosto daquela doce e inteligente garotinha.

Quebra de tempo...

Depois daquele dia da descoberta de Sarah, passaram-se uma semana.

Joll passou a caminhar pelo vilarejo sem nenhum problema. As pessoas parecem ter acostumado com sua presença, ele até ajudou o Magistrado algumas vezes e isso só fez crescer ainda mais a confiança no Coronel.

Quanto ao seu relacionamento com a Doutora, a cada dia que passava mais intensificava. Eles passaram a dividir a mesma cama, mas desde que acontecera a primeira vez, eles não tiveram mais nenhum contato intimido além de beijos e abraços.
Sarah estava radiante. Mesmo sem ter noção do que estava se passando com seu organismo, a menina ainda mantinha um lindo sorriso nos lábios e a incrível vontade de viver, ela era para S/n e Joll uma inspiração.

Tudo parecia que estava indo bem, até que em um certo dia, uma carruagem semelhante a que o Coronel usava no início, adentrou a vila chamando atenção de todos que estavam ali.

O Magistrado e Joll foram até ela e grande foi a surpresa quando descobriram quem era o recém chegado. Três homens do exército ao qual Joll pertencia estavam ali para o "resgatar" depois de tantos dias.

-Coronel Joll! Que satisfação revê-lo com saúde, senhor!_disse o encarregado do resgate. Joll por hora não conseguia reagir diante aquele soldado, ele não estava acreditando que depois de tanto tempo alguém os mandaria atrás dele.

-Eu não entendo_Disse Joll pensativo olhando para o chão e com o cenho franzido_-Eu estive ausente a dias e agora vocês resolveram me procurar?
_ele olhou para os três soldados

-Achávamos que estivesse morto, Coronel. Nós soubemos o que aconteceu com seus homens, mas tivemos esperanças de encontra-lo com vida, não queríamos aceitar sua perda, então continuamos a procura-lo até que um homem misterioso nos deu a localização exata de seu paradeiro e aqui estamos.

Joll e o Magistrado se encararam e eles chegaram a mesma conclusão: Fôra o homem que o acusou quando Joll tentava salvar a vida do bebê. Este mesmo homem havia sumido do vilarejo a dias e estranhamente ele havia retornado no final da tarde do dia anterior.

-O senhor precisa vir conosco, Coronel. Viemos resgata-lo dessas pessoas._Disse o encarregado

-Essas pessoas não são uma ameaça!_Disse Joll_-Foram eles que me acolheram aqui mesmo depois de tudo que fiz, e sinceramente, não sei se quero ir com vocês.

-Mas são ordens dos nossos superiores, Coronel. Eles disseram para levar o senhor para casa e estamos aqui pra isso! O senhor não poderá se opor, infelizmente.

Joll sabia que se ele recusasse teria consequências e ele não queira ser morto ali na frente de todos e com sua amada por perto. Então ele não teve escolhas se não ir com os soldados.

-Certo! _Assim que disse isso, S/n apareceu no meio das pessoas e ao lado de Sarah. Elas não sabiam exatamente o que estava acontecendo, mas foi quando seus olhos encontraram os do amado que a doutora entendeu. _-Eu só preciso me despedir. _disse ele caminhando até S/n e ainda olhando nos olhos dela, eles cruzaram as mãos e foram caminhando em direção a casa onde Joll passou seus dias.

[...]

-Você não pode ir...Joll?

S/n estava desesperada

-Não tenho escolha, querida. Devo ir e me explicar e também preciso resolver algumas pendências. Eu deveria ter feito isso quando me recuperei totalmente mas era impossível cruzar o deserto sozinho.

-Eu sei! É só que..._Ela suspirou _-Tenho medo.

Joll segurou o rosto dela e olhou para os olhos brilhantes e perguntou:

-Medo?

-Sim! Tenho medo que eles te façam algum mau ou que te obrigue a ser o que era antes do ataque. Tenho medo que você volte a torturar pessoas, Joll.

Ela chorou e carinhosamente ele limpou suas lágrimas

-S/n, você confia em mim?_Perguntou esperando uma resposta positiva da parte dela_-Confia em mim?_Voltou a perguntar e S/n assentiu _-Então te dou minha palavra que voltarei pra você, meu amor.

-Joll!_Ele a puxou para um abraço e depois se beijaram como se fosse a última vez.

-Vai esperar por mim? _perguntou após romperem o beijo.

-Todos os dias!_disse ela com convicção o fazendo sorrir enquanto a olhava com amor

-Prometo que farei tudo que tiver ao meu alcance para voltar o mais rápido possível para vocês, querida. _Joll deu um beijo na testa de S/n e fôra pegar seu antigo uniforme que a doutora havia feito questão de lavar e guardar. Como uma regra, Joll trocou sua roupa colocando a de Coronel e voltou a sair com a amada. No caminho, Sarah encontrou com eles e abraçou o quadril do homem colocando o rosto na barriga dele.

-Sentirei sua falta Coronel!_disse a menina triste com a partida dele. Joll esfregou os braços da criança e a afastou se curvando na frente de Sarah.

-Em breve estarei de volta, pequena.

-Promete?

-Eu prometo!_Confirmou voltando a receber um abraço apertado da mais nova.

-Por favor, não demore muito._Pediu Sarah

Joll acenou e voltou a caminhar ao lado delas até a carruagem. Elas não puderam chegar muito perto, mas estavam próximas o suficiente para observa-lo partir.

Antes de entrar na carruagem, Joll segurou a porta e olhou para as duas pessoas mais importes de sua vida, depois acenou com a cabeça e entrou a contragosto no meio de transporte, cujo a porta fôra fechada por um dos soldados, já que o encarregado iria lá dentro com Joll.

Quando os cavalos puxaram a carruagem para fora da vila, Sarah foi correndo até a saída e acenou sua mão na esperança que Joll estivesse olhando para trás. Em alguns minutos, a carruagem desapareceu no deserto e Sarah voltou cabisbaixa para onde S/n estava com o Magistrado consolando-a.

-Ele vai voltar, não vai?_Sarah queria ter certeza e S/n assentiu

-Ele nos prometeu!_Disse ela que olhou da menina para o portão que fôra fechado. _-Ele prometeu. _ reforçou soltando um suspiro triste em seguida, afinal S/n não sabia quanto tempo levaria para ver seu amado outra vez.


...


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