Capítulo 2.
Ana'POV
Eu estou dentro da carruagem esperando os soldados tocarem as cornetas.
- Estou tão nervosa. - Disse Mary.
- Mãe, lembre-se que não é você que vai se casar. - Disse eu.
- Mas é o seu casamento querida.
- Mãe, a gente pode desistir, ainda dá tempo.
- Ana!
Os soldados tocaram a corneta. Meu deus, eu não acredito que estou aqui. Desci da carruagem, um enorme tapete vermelho se estendia no chão até a Charlie, vi o seu sorriso de longe. Comecei a dar passos devagar, olhei para o lado, tinha três fotógrafos um deles era Helena, ela vai ver o Charlie, droga.
Chegando a Charlie, me coloquei ao seu lado.
- Podem sentar. - Disse o Padre.
Charlie e eu nos ajoelhamos.
- Helena esta ai, tirando nossas fotos. - Sussurrei para Charlie, o padre falava, mas eu não prestava atenção, esse casamento é falso mesmo.
- Eu sei, mas ela ainda não me viu. - Sussurrou Charlie.
- Acha que ela não vai te ver?
- Não, mas eu ganho mais tempo. Estou com medo Ana.
Olhei em seus olhos, pareciam verdadeiros.
- Podem levantar. - Disse o padre.
Uma garotinha que nunca vi na minha vida, trouxe uma almofada com duas aliança, peguei a mais grossa.
- Eu, princesa Ana Charlotte, prometo ama-lo e respeita-lo e ser fiel, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, até que a morte nos separe. - Coloquei a aliança no dedo de Charlie, ele pegou a aliança que sobrava.
- Eu, príncipe Charlie Darwin, prometo ama-la e respeita-la e ser fiel, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, até que a morte nos separe. - Charlie colocou a aliança em meu dedo.
- Eu os declaro Marido e Mulher, pode beijar a noiva. - Disse o padre.
Charlie olhou em meus olhos, ele se aproximou devagar e logo agarrou meus lábios, os lábios dele é tão macio, ele tem um gosto doce.
Charlie'POV
Larguei os lábios de Ana, sua boca tem gosto de menta. Todo mundo bateu palma, eu e Ana viramos de frente. Helena me olhava abismada, eu queria poder me explicar, queria falar a verdade, eu via lágrimas escorrendo dos seus olhos. Olhei para Ana, ela também estava vendo a mesma coisa que eu, Helena virou as costas e saiu correndo da igreja, eu queria correr atrás dela, mas não posso. Ana me puxou para saímos da igreja, eu tenho que esquecer isso, certo? Agora tenho que fingir que não está acontecendo nada. Dei um sorriso falso, olhei para Ana ela estava séria.
- Ana, uma princesa nunca esquece de sorrir. - Sussurrei em seu ouvido.
- Já leu o livro de etiqueta?
Sorri.
- Já, quando não tinha nada para fazer.
Chegando em frente a igreja, a carruagem nos esperava. Os soldados tocaram a corneta.
- O príncipe e a princesa vão para o novo castelo deles que fica do lado do castelo da rainha Mary. No novo castelo das realezas vai ter uma festa de casamento, todo o povo está convidado. - Disse o soldado.
Ana e eu entramos na carruagem.
- Viu a cara dela? - Perguntou Ana.
- Vi. - Ela não precisava me lembra disso.
- A gente faz uma ceninha lá e se você quiser pode fugir para ir falar com ela.
- Ana, melhor não, vão perceber que eu sumi e Helena vai está de cabeça quente, não vamos chegar a nenhum ponto. - Disse eu.
- Tá, só não diga que eu não avisei. - Disse Ana.
[***]
Todo mundo estava dançando, Ana e eu estavamos sentados nos nossos tronos apenas observando.
- Acha que agimos normalmente? - Perguntou Ana.
- Acho que sim, deviamos ser atores.
- Minha mãe mandava uma tropa me matar. - Disse Ana sorrindo.
- Meu pai me prendia na masmorra por cem anos.
- Ator devia ser uma área bem reconhecida.- Disse Ana.
- Também acho.
- Aqui estão os nossos pombinhos. - Disse Mary, ao lado de Mary se encontrava meu pai.
- Queremos muitos netos. - Disse Bimo, que é o meu pai. Bimo tem cabelos curtos e branco, pele branca, é alto e tem uma barriga enorme, chamo ele de bolinha.
- O QUÊ!? - Perguntou Ana.
Mary fez cara feia, peguei a mão de Ana.
- Vamos ter sim, vários, né meu amor? - Perguntei.
Ana olhou em meus olhos.
- Sim amor, claro.
- Isso é ótimo. Já providenciem um - Disse Bimo.
Olhei para Ana, ela olhava para mim chocada.
- Mas pai, acabamos de nos casar. - Disse para acalmar Ana.
- Mas e daí? Podem ter filhos, quero muitos netos, antes de eu partir dessa terra. - Disse Bimo.
- Que isso meu rei? Vai demorar muito para você partir. - Disse Mary.
- Nunca sabemos dos acontecimentos da vida, minha rainha. - Disse Bimo.
- Vocês não vão dançar? - Perguntou Mary.
- Só estou esperando Charlie me chama. - Disse Ana.
- Que não seja por isso. - Me levantei, estendi minha mão - Me der essa hora, minha princesa.
Ana sorriu, ela pegou na minha mão e eu a puxei. Começamos a dançar.
- Charlie, é sério o que seu pai disse? - Perguntou Ana.
- Ouvi ele comentar isso com sua mãe uma vez, ela nunca te falou?
- Não, eu não quero Charlie.
- Ana, não sou eu que faço as regras.Gerald vai demorar muito, se você não engravidar em um mês nossos pais vão desconfiar e é capaz deles fazerem a gente fazer isso a força. - Disse eu.
Ana pisou no meu pé.
- Ai!
- Eu não vou dormir com você. - Disse Ana.
- Me desculpa, mas vamos dormir no mesmo quarto e ainda na mesma cama.
- Você entendeu o que eu quero dizer. - Disse Ana.
Sorri.
- Entendi sim, podemos enganar eles, até Gerald voltar.
- É claro que podemos.- Disse Ana.
[***]
Olhei para o relógio em meu pulso " 3:40" , já vai dar quatro horas da madrugada.
O castelo estava quase vazio, tinha algumas pessoas ainda. Procurei Ana, e não encontrava, olhei para o trono, lá estava ela, sentanda e dormindo com a mão no queixo, caminhei até seu encontro.
- Ana? Perguntei.
- Hum. - Ela apenas gemeu.
Eu sorri, e a carreguei no colo, ela dormia igual um anjo. Subi as escadas, que parecia nunca ter fim, ainda bem que Ana não pesa. O nosso quarto fica no final do corredor direito, caminhei até o quarto.
Coloquei Ana na cama, beijei sua testa, ela tem um cheiro bom.
- Boa noite, minha princesa. - Disse eu.
[***]
Ana'POV
Acordei pela manhã, Charlie não estava mas na cama. tomei banho e vesti um longo vestido vermelho, desci as escadas, procurei Charlie pela sala, pelo seu escritório, pelo jardim do castelo, pelo salão de baile, pelos cinquenta quartos do castelo, pela biblioteca e não o achava.
- Sabe aonde se encontra o príncipe Charlie? - Perguntei para um soldado.
- Está na sala de estar, tomando café, alteza. - Disse o soldado se curvando.
- Obrigada.
É claro que ele estaria lá, como não pensei nisso.
Chegando na sala de estar, Charlie estava sentando na cadeira de cabeceira.
- Bom dia, minha princesa. - Disse Charlie.
- Bom dia, meu amor. - Disse eu, temos que fingir um casamento, até na frente dos funcionários.
Caminhei até Charlie, passando ao lado da enorme mesa de cinco metros, sentei na cadeira ao seu lado.
- Não vai falar com Helena? - Perguntei.
- De noite. - Disse Charlie.
- Não me lembro de ter ido pra cama. - Disse eu, eu sabia que Charlie tinha me levado.
Ele sorriu.
- Eu levei a bela adormecida para a cama. A propósito, quem você abraçava quando dormia sozinha no seu quarto? - Perguntou Charlie.
- Como assim? - Perguntei.
- Ontem a noite você quase me mata, passou a noite toda agarrada comigo.
Senti minhas bochechas ficarem vermelhas.
- Tem certeza que era eu?
- Você é a única princesa ruiva que conheço e dorme comigo. - Disse Charlie.
Eu sorri, as vezes Charlie é fofo, eu poderia gostar dele, mas amo Gerald. Charlie tocou o sino.
- Chamou, alteza? - Perguntou a serviçal.
- Traga o jornal de hoje, por favor. - Disse Charlie.
- Tem certeza, alteza?
Charlie me olhou assustado.
- Temos sim. - Disse eu.
A serviçal trouxe o jornal, peguei da sua mão rapidamente, na primeira página estava minha foto e de Charlie de casamento, em cima da foto estava escrito " Príncipe e Princesa vivem um casamento falso, afirma a jornalista Helena Beck"
- O que diz ai? - Perguntou Charlie.
- Diz que vivemos um casamento falso, e quem afirma isso é a Helena. - Disse eu, olhei para Charlie, ele me olhava chocado. Charlie deu um soco na mesa. - Se acalme.
- Termine de ler. - Disse Charlie.
- A jornalista Helena Beck afirma que o casal de príncipes Ana Charlotte e Charlie Darwin, vivem um casamento falso. " Eu tive um relacionamento com o príncipe Charlie, vivemos anos juntos, ele me ama, ele não ama a Ana, e esse papo de que os dois vão ter um filho é so mentira, o rei e a rainha não sabem de nada" disse a jornalista. - Olhei para Charlie, ele parecia está muito estressado.
- Eu vou falar com ela hoje a noite, ela vai ter que dizer que isso é mentira. - Disse Charlie.
- E sobre o filho? - Perguntei.
- Acho que vamos ter que viajar para o reino do rei Arthu e ir atrás de Gerald. - Disse Charlie.
- Sabe que isso vai ser difícil, nunca que vão deixar, principalmente agora com essa notícia. - Disse eu balançando o jornal.
Charlie se levantou, colocou a mão em meus ombros.
- Vai dá tudo certo. - Disse Charlie, ele deu um selinho em meus lábios e se foi.
[***]
Charlie'POV
Já estava de noite, e eu estava em frente a casa de Helena, bati na porta, alguém abriu, era Helena.
- Charlie? - Ela pareceu surpresa com minha presença.
Entrei na casa sem pedir permissão.
- Eu quero que você tire aquilo do jornal. - Disse eu.
- Você me enganou! - Gritou Helena.
- E Precisa mentir?
- Mentir? Eu só falei a verdade Charlie, você não ama a Ana.
- Se eu não amasse, acha que eu não me casaria? - Eu preciso dizer algo para acabar por aqui, mas eu vou ter que machucar Helena.
- Acho, você me ama Charlie, eu sei disso.
- Você está errada. - apontei o dedo para ela. - Eu amo a Ana, você só foi um passa tempo!
Helena pareceu chocada.
- Eu...
- Adeus, Helena. - Sai pela porta e corri para a carruagem, eu não queria fazer isso, mas era preciso.
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