Capítulo16

"Você é livre para fazer suas escolhas, mas é prisioneiro delas."

Caleb O'Brien

Quando você acha que não tem como as coisas ficar pior, a vida vai lá e mostra que sempre tem um jeito...

— Por favor, me diga que não está falando serio? — a minha irritação era visível.

Eu ainda não conseguia acreditar no que estava ouvindo. Os últimos acontecimentos na minha vida tinham sido no mínimo surreais. Primeiro eu havia descobrido que tinha caído em um plano sórdido de Marion, e agora Sophia estava me dizendo que iria embora. Eu sabia que não era justo continuar a fazendo sofrer depois de tudo o que eu fiz, mas eu estava disposto a reparar meu erro. Porém, correr o risco de perder-la novamente não estava nos meus planos.

— Sim. — Sophia respondeu determinada.

— Era só o que me faltava! — esbravejei — Você não pode ir embora assim! — comentei esperando que ela percebesse que estava agindo precipitadamente.

— É claro que posso! Eu não fico nem mais um minuto nessa maldita mansão. — ela esbravejou.

— O que é isso? Um tipo de vingança contra mim? Você nunca foi uma pessoa vingativa. — Extremamente irritado, passei a mão nos cabelos reclamando.

Ela revirou os olhos dramaticamente, como se estivesse se forçando a ter paciência comigo.

— Talvez a convivência com você tenha me contaminado, mas veja por um lado positivo, agora estamos quites Caleb O'brien. — provocou levantando uma das sobrancelhas.

Puxei seu corpo de encontro ao meu, obrigando a ficar cara a cara comigo. — Ouça bem Sophia, porque eu não vou falar duas vezes. — nossas respirações aceleradas — Você não irá a lugar algum!

— Por que não? Vai me manter em cárcere privado agora? — ela me desafiou com o olhar.

Fechei os olhos e engoli em seco. Por mais que eu tivesse vontade de gritar a plenos pulmões, dizendo que ela não poderia ir embora porque eu ainda a amava e que não estava disposto perder-la novamente, eu simplesmente não podia. Porra... Eu estava morrendo de ciúmes dela com aquele tal de Scott, tentando entender o que havia entre os dois, pagando por todos os meus pecados.

— Esqueceu que temos um contrato.

Ela deu um passo para trás. Os olhos dilatados, me encarando com um sentimento que eu não soube decifrar. Ou talvez eu estivesse com medo de decifrá-lo.

— Que contrato?

— Como assim que contrato? O que nos assinamos o novembro ainda não...

— Acabou Caleb! Eu não suporto ficar nem mais um minuto aqui perto de você. — me interrompeu bruscamente.

Engoli em seco, ela só podia está brincando.

— Você não pode fazer isso Sophia! A sua família irá perder tudo com a quebra do contrato, todas as propriedades incluindo a vinícola.

Eu me sentia péssimo por dizer aquilo, mas eu precisava que ela voltasse à razão. Obvio que eu jamais tiraria tudo de sua família, a única coisa que eu queria era que seu pai recuperasse tudo, que a vinícola progredisse e que ela ficasse livre de toda aquela preocupação que a cercava.

— Eu e meus irmãos somos novos, podemos muito bem lutar para sobreviver. — falou determinada. — O que eu não vou é continuar vivendo nesse inferno.

— Você não está pensando! Não pode decidi as coisas assim de cabeça quente. — passei as mãos nos cabelos irritados.

Sophia bufou e revirou os olhos.

— É só isso que importa para você não é? A sua maldita chance de recuperar seu casamento falido com Marion. — esbravejou em quanto jogava suas roupas dentro da mala.

— E você que só está preocupada em ir embora para viver seu caso com o psiquiatra? Não somos muito diferentes baby. — rebati com raiva, cego pelo ciúme.

— Nos não temos um caso Caleb, porque até onde eu sei tanto eu quanto Scott somos solteiros. — rebateu terminando de fechar sua mala.

Eu nunca a vi falando com tanta ironia. Dizendo isso ela saiu do closet arrastando sua mala, em segundos eu estava ao seu lado.

— Você acha que indo embora vai resolver todos os problemas entre-nos? Acha que vai consegui esquecer tudo o que tem acontecido nesses últimos dias?

— Talvez eu não queira resolver nenhum problema entre-nos, porque não existe mais o nós.

— Sophia.

— Olha para nos dois Caleb? Olha no que nos tornamos? Nem nos meus piores pesadelos eu imaginava que acabaríamos assim. Tudo o que eu mais quero é esquecer que um dia eu te conheci.

Ela sentou na cama com a cabeça entre as mãos exausta. Apertei os olhos com as pontas dos dedos. Sophia tinha razão, eu jamais poderia imaginar quando a conheci que passaríamos por tudo o que estávamos passando.

Tentei responder alguma coisa, mas minha voz parecia estar presa na garganta.

Eu nunca consegui esquecer Sophia, nunca consegui amar Marion como a amei. Mas quando meu casamento com Marion ruiu e logo depois seu pré-noivado com Giorgio aconteceu, fez-me senti o pior homem do mundo. Sentia que havia fracassado novamente. Eu não sabia da farsa de Marion, para mim Sophia havia me traído com seu professor de dança. Tudo o que eu queria era trazer Marion de volta, mas depois que todas as tentativas de reconquistá-la falharam, eu não vi outra saída a não ser apelar pelo ódio e despeito que ela nutria por Sophia.

Não foi difícil descobri que sua família estava à beira da falência e seu pai adoentado. Tudo o que eu precisava era convencer-la a aceitar minha proposta, era a oportunidade perfeita.

Mas eu não imaginava que seria tão difícil ter-la novamente em minha vida, desde que a vi naquela tarde chuvosa, tive plena certeza que não havia esquecido. Passei todos esses dias tentando controlar esse sentimento, me recriminando por ainda amar-la, ao mesmo tempo em que eu lutava para que meu plano desse certo. Eu não conseguia parar de pensar em Sophia nem por um segundo. Agora estava convivendo com um sentimento ainda pior, o do remorso por ter feito tanto mal a ela. Eu não podia obrigá-la a ficar. Por mais que me doesse, estava pronto para deixar-la ir.

Um tempo depois de ficarmos em silencio, Sophia se levantou pegando sua mala. A vontade de impedi-la ardeu forte em meu peito.

Foi quando seu celular tocou, era seu pai.

— Aló, papá?

— Antonny então te deu alta? E permitiu que voltasse para Itália em alguns dias?

— Que noticia maravilhosa! É a melhor que tenho em anos, já está na casa de Giovanny?

— Ótimo! Eu estou bem papá, não se preocupe em breve voltaremos juntos para a Toscana.

— Tenho que desligar, nos falamos mais tarde ok!

— Beijo, também te amo.

Depois de desligar o telefone, Sophia ficou olhando para o celular pensativa, como se estivesse em uma luta interna com si mesma.

— Por favor, me deixe sozinha. — pediu em um sussurro, quebrando o silêncio.

Fechei os olhos com pesar.

— Sophia, eu não posso...

— Você não sair desse quarto não é uma opção. — ela me encarava, mas seus olhos não tinham mais a fúria que havia em poucos minutos. — Você pode ir até para o inferno se quiser, mas pelo amor de Deus me deixe sozinha! — suplicou.

Fechei os olhos novamente. Tudo aquilo doía. Mas eu merecia.

— Prometa que irá me avisar quando estiver indo...

— Saia! Apenas saia, por favor.

Ela abriu a porta, segurando-a para que eu saísse.

Assenti e abaixei a cabeça.

— Desculpe. — sussurrei derrotado, quando passei por ela.

Sophia fechou a porta atrás de mim com um baque, o ciúme e o remorso me corroendo ao mesmo tempo. Eu merecia toda aquela mágoa, mas por Deus, como doía.

— O que faz parada aqui Elena?

— Eu ouvi gritos senhor, e-eu só queria saber se o senhor estava precisando de alguma coisa? — ela respondeu amedrontada.

Sua presença só serviu para me irritar ainda mais, eu sabia muito bem que ela estava ali para escutar minha discussão com Sophia.

— Preste bem atenção porque não irei falar duas vezes, nem uma palavra a quem quer que seja sobre minha conversa com Sophia. Por que se eu descobri que anda fazendo fofoca sobre minha vida pessoal, te colocarei no olho da rua e me encarregarei de que não consiga mais nenhum emprego em todo Reino Unido. Estamos entendidos?

— S-sim senhor O'Brien.

— Ótimo! — enfiei as mãos nos bolsos da calça.

— Agora vai chamar o chefe da segurança para mim, diga que estou lhe esperando no meu escritório.

Ela saiu correndo pelo enorme corredor, sem me responder.

Olhei mais uma vez para a porta do quarto de Sophia com o coração apertado. Eu não queria sair dali, mas minha presença naquele momento só pioraria as coisas.

Saí em direção ao escritório querendo acreditar que ela mudaria de idéia, que decidiria ficar até quando o novembro acabasse. Eu não podia correr o risco de perder os últimos quinze dias de convívio com ela para me redimir. Precisava pensar em uma forma de persuadi-la a ficar.

O som de batidas na porta me tirou dos meus pensamentos.

— Entre.

Logo em seguida o homem com quase dois metros de altura e de largura entrou no escritório.

— O senhor precisa de mim? — perguntou seco, sem demonstrar um traço de emoção na voz.

— Quero que mantenha seus homens atentos caso a Srta. Salvatore tente sair. Se isso acontecer me avise imediatamente, mas não a impeça de ir a lugar algum, apenas me informe caso isso aconteça, e siga seu carro a mantendo em segurança até seu destino.

— Sim senhor.

— Obrigada White.

— As ordens senhor.

Logo que ele saiu do escritório, minha cabeça voltou a vaguear pelo turbilhão de pensamentos que a habitava agora. Eu precisava afastá-la de Scott, impedi que ela fosse embora com ele. Senti um calafrio estranho correr pela minha coluna e não demorou para que uma sensação horrível de perda tomasse conta de mim.

Depois de quase duas longas horas pensando, eu finalmente havia chegado a uma solução. Estava vivendo um completo pesadelo desde que descobri sobre a farsa de Marion. Para completar, uma enxaqueca começava a dar sinal de que destruiria ainda mais o meu dia.

Peguei meu celular e liguei para a linha particular do escritório. Fazia pouco mais das 18:00 horas, tinha certeza que minha secretaria ainda estava no escritório.

— O'Brien's Company, Elizabeth.

— Boa Noite Elizabeth.

— Boa noite senhor O'Brien. O que o senhor deseja?

— Elizabeth preciso que providencie tudo para minha ida a Toscana amanhã, quero que o jatinho esteja pronto para decolar na primeira hora da manhã. Avise ao Comandante Steven para preparar sua tripulação, pois decolaremos por volta das 08h00 am. Reserve também um quarto de hotel para mim e a Srta. Salvatore. Desmarque também, todos os meus compromissos dos próximos 15 dias, o doutor Andrew irá orientar a senhorita sobre o que fazer.

— Sim senhor!

— Boa Noite.

Desliguei o telefone ainda analisando se essa seria a melhor solução para tudo aquilo que estávamos vivendo. Talvez não fosse a melhor solução ir para a Itália, mas eu precisava tirar Sophia daquele inferno, eu jamais conseguiria seu perdão rodeado de pessoas que queriam impedi isso. Como se não bastasse todo o empenho de Marion para nos separar, ainda havia Giorgio com aquela obsessão irritante em Sophia e aquele maldito psiquiatra.

Droga!

Essa era a melhor coisa a se fazer. Um tempo totalmente a sós com ela, sem ex melhor amiga psicótica e membro da realeza excêntrico a perseguindo. Somente Sophia e eu como deveria ser desde quando a conheci.

Saí do meu escritório caminhando a passos largos seguindo para a cozinha. Meg estava lá ajudando umas das cozinheiras a preparar o jantar. As duas se assustaram ao perceber minha presença incomum ali.

— Boa Noite! — falei seco.

— Boa noite senhor. — ambas responderam.

— O que deseja senhor? — Meg perguntou, interrompendo o que estava fazendo.

— Quero que preparem o prato italiano preferido de Sophia para o jantar, e que também sirvam sua sobremesa preferida, Panacota com purê de frutas vermelhas.

— O senhor está tentando fazer as pazes com a Srta. Sophia? — Meg abriu um sorriso.

Semicerrei os olhos. — Talvez. — respondi, tentando não descontar meu descontentamento na moça.

— Estará tudo pronto até a hora do jantar senhor.

Antes de sair pedi outro favor. Elena havia comentado comigo, que Sophia designou Meg como sua empregada pessoal. Pelo visto, ela se simpatizou com a moça e confiava nela. Seria difícil convencer Sophia a se sentar a mesa comigo, mas talvez Meg conseguisse fazer-la descer.

— Por favor, diga a ela que estarei esperando as 09h00pm para o jantar. E que se ela não descer, teremos que jantar em seu quarto.

Ela sorriu piscando para mim.

— Fique tranqüilo, tudo sairá como o senhor planejou.

~:~

Sem forças para mais nada me joguei na cama deixando o cansaço me vencer. Eu estava mais de 48 horas sem ter um sono digno. Acordei praticamente na hora do jantar, levantei da cama, calcei o sapato, vesti uma camisa pólo e saí do quarto. Apressado, desci os degraus da suntuosa escada. Segui pelo largo corredor que dava acesso a sala de jantar e ao me aproximar vi Elena e Meg paradas próximo à mesa, prontas para servir o jantar. Entrei e logo ganhei a atenção delas.

— E Sophia Meg, não irá descer?

— Ela mandou avisar que já está descendo senhor.

E então, depois de um tempo que pareceu longo demais para mim, Sophia finalmente apareceu para o jantar. Estava linda, vestida em um vestido simples com os cabelos soltos exalando seu cheiro.

— Desculpa a demora. — ela falou, enquanto se sentava a mesa.

— Tudo bem. Por favor, Meg e Elena já podem se retirar. — apontei com o dedo indicador a saída para as duas.

— O que pretende com tudo isso? — falou apontando para a mesa feita.

Levantei as sobrancelhas. — Nada, apenas quero te pedi desculpas pelo o que aconteceu.

— Desculpar pelo o que, Caleb? Nossa relação é estritamente profissional, lembre-se eu só estou aqui por força de um contrato e nada mais.

— Sophia, por favor, eu estou tentando...

— Não precisa tentar. Já disse nossa relação é estritamente profissional, sendo assim, não há necessidade nenhuma de criarmos outros laços alem do profissional.

Ela continuou comendo seu gnocchi a bolonhesa de cabeça baixa, sem dizer se realmente iria embora.

— Isso quer dizer que decidiu ficar? — respirei pesadamente, ainda tenso pelo o que aconteceu mais cedo.

Ela semicerrou os olhos.

— Caleb, eu sei muito bem as conseqüências que o descumprimento desse contrato pode trazer a minha família. Socialmente continuarei cumprindo com maestria o serviço ao qual fui contratada. Mas quando estivermos longe dos holofotes, não teremos nenhum outro vinculo. Eu sei muito bem o que represento para você e acredito que se tivéssemos mantido nossa relação apenas profissional, nada disso teria acontecido. E não me refiro apenas ao que aconteceu hoje à tarde com Scott.

— Sophia quanto o que aconteceu sábado à noite...

— Nem gaste sua saliva, não significou nada para mim. — ela me interrompeu, pela terceira vez na noite.

Boquiaberto com sua resposta fiquei encarando Sophia. Um silêncio recaiu entre nós. Fiquei olhando para a taça de vinho tinto em minha mão, criando coragem para dar a noticia desagradável da noite.

Assenti sem vontade. — A propósito, viajaremos amanhã para a Toscana.

— O que?! — ela se engasgou com o vinho que tomava.

Contive para não ri da cena.

— Partiremos amanhã de manhã baby. — informei.

— Eu não vou alugar algum com você! — esbravejou.

— Você não ir não é uma opção. — sorri irônico, terminando de comer meu gnocchi.

Ela cruzou os braços e semicerrou os olhos.

— Por que essa viagem em cima da hora?

Perguntou seria, e eu sorri.

— Porque tenho que supervisionar o que está sendo feito na vinícola? — o que de fato não era mentira.

— E por que eu tenho que ir? Você não precisa de mim para fazer isso.

Meu Deus! Quantos por quês.

Joguei as mãos para o alto. — Porque a empresa é da sua família e em breve você a assumirá. — resmunguei.

— Mas combinamos que Andrew me orientaria quanto a isso, então nesse caso não é melhor que eu vá com ele. — retrucou e levou a taça de vinho que tinha em mãos à boca.

— Sophia a O'Brien's Company não chegou a onde chegou, apenas com seu CEO sentado em uma cadeira de presidente. Sempre que começo um novo negocio, gosto de supervisioná-lo pessoalmente.

— Esqueça, eu não vou viajar para Toscana com você. O que minha família vai pensar quando me vir ao lado do homem que me abandonou no altar?

Um nó se formou na minha garganta ao ouvi aquilo. Ela tinha razão eu não era digno de sua família, eu não era digno de sua companhia, mas isso não estava em questão naquele momento.

Revirei os olhos e enchi minha taça de vinho novamente. — A sua família não sabe sobre nós? Qual o problema em me ver com você?

— Acontece que eu não quero que eles me vejam com você, esse é x da questão. Não tem necessidade, já que essa farsa acabará em breve. — ela me olhou de cima a baixo, movendo a cabeça em negativa. — Não tem a menor chance disso acontecer.

Respirei fundo e apertei as têmporas com os dois indicadores.

— Eu sei que é difícil para você, mas infelizmente não temos outra opção. — comentei desconfortável. — Como minha colaboradora, não pode negar um compromisso de trabalho.

Sophia bufou irritada, revirando os olhos. — E quantos dias ficaremos na Itália Don Corleone? — ironizou, levantando uma das mãos em sinal de rendição.

— Ainda não sei, mas não se preocupe será uma viagem breve.

Permanecemos em silêncio até o final do jantar, o silêncio só foi interrompido quando Meg serviu a sobremesa. O clima ainda era de tensão, sabia o quanto Sophia estava se esforçando para permanecer na mansão e engolir a historia da viagem para Itália.

Ela mordia o lábio inferior distraída, parecia está com a mente longe dali.

— Sophia!

— O que?

— Pode ir se descansar, parece está exausta. — falei com ternura.

Ela não me questionou, levantou-se da mesa em silêncio.

— Mais alguma coisa milorde? — me deu um sorriso cínico, o único da noite.

— Esteja pronta amanhã as 08h00min da manhã.

— Estarei. — ela resmungou e foi embora caminhando firme, de cabeça erguida e sem me dar chance de falar outra coisa.

Fiquei mais um tempo sentado a mesa analisando os últimos acontecimentos. Depois peguei meu celular que estava em meu bolso, e mandei uma mensagem para Andrew, avisando que estaria fora por alguns dias e que ele ficaria responsável pelos assuntos mais urgentes na empresa durante minha ausência.

Subi para meu quarto a passos lentos. Eu estava exausto e precisava me recuperar para a viagem que faríamos. Deitei-me na cama com os olhos fixos no celular e o dedo indicador na tela, eu passava uma grande seqüência de fotos de Sophia. Em todas ela estava sorrindo, com aquele sorriso capaz de iluminar o mundo. Por que eu acreditei naquelas fotos? Por que eu permiti que Marion mudasse nosso destino?

Eu odiava a por fazer a minha vida e de Sophia um inferno. Irritado, apertei a tecla de bloqueio e a tela do meu celular apagou levando a imagem da mulher, que fazia meu coração bater mais forte.

Suspirei pesadamente ao perceber que meu passado com Sophia estava ficando a cada dia mais distante. Era injusto, não dava para negar que tudo que aconteceu e estava acontecendo em nossas vidas era injusto. Principalmente por Sophia que nunca fez nada para merecer todo esse sofrimento. Já eu? Estava colhendo o que plantei. Temos que aprender a conviver com nossas escolhas e seus resultados.

Eu havia tomado uma decisão. Como Sophia também fui vitima do plano de Marion, com um agravante, sem nem ao menos desconfiar, me tornei a peça principal de seu jogo. Mas não adiantava me escorar nisso, a partir do momento em que escolhi acreditar naquelas fotos, eu tracei meu destino e não tinha mais como fugir das conseqüências. A única coisa que me restava a fazer era tentar me redimir com Sophia, por todo mal que a causei. E eu faria isso, a partir desse momento fazer com que ela fosse feliz era minha missão de vida.

E eu não estava disposto a falhar novamente.

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Olá meu amores! Segue uns dos penúltimos capítulos do Caleb. Sim o nosso Bad boy, terá uma passagem bem rápida por aqui. Desculpe a demora em postar, mas minha vida está muito corrida,trabalho, curso, provas... Precisando de um dia com 25 horas para dar conta de tudo rs. Tenho 3 provas na terça, quase não consegui postar esse capitulo hoje, mas segue o baile. Um beijo e até o próximo.

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