Capítulo 8

"Volto a te olhar me culpo de não estar em seu lugar. Mas há feridas que se escondem que nunca mais esqueceremos."


Senti um nó gigantesco se formar na minha garganta. De repente, respirar parecia algo impossível, assim como ficar de pé sem que minhas pernas tremessem.

Giovanny continuava parado olhando fixamente para nós, Samantha estava logo atrás dele, com uma expressão de espanto estampada na cara. A tensão naquele momento era palpável, eu sabia que Giovanny teria que saber que "estava junto" com Caleb novamente. Mas não queria que tivesse sido dessa forma.

— Giovanny calma...

Sem esperar eu terminar a frase, Giovanny avançou em direção a Caleb como uma fera e, sem aviso prévio, lhe deu um soco no rosto, de forma tão agressiva que Caleb foi lançado para trás, caindo de costas próximo a sua BMW.

— Giovanny! — Samantha gritou desesperada tentando segurar o marido.

— Seu miserável filho de uma p... — Giovanny gritou enfurecido. — Como pode encostar em minha irmã, depois de tudo o que fez com ela? — ele chutou Caleb violentamente. — Eu sempre soube que você era um verme maldito, mas achei que não chegaria a tanto.

Observei a cena atônita, sem saber o que fazer. Giovanny ameaçou partir para cima de Caleb novamente, mas Samantha logo o deteve lhe agarrando pelos braços. Caleb continuava se revirando no chão, agora passando a mão pelo maxilar onde havia um fio de sangue.

— Me solta Samantha, eu vou acabar com esse filho da p... — Giovanny gritou tentando afastar Samantha.

— Chega Giovanny! — gritei colocando minhas duas mãos no peito dele.

Ele arregalou os olhos dando um passo para trás.

— Vocês não vão brigar! Não na nossa frente. — apontei para Samantha que ainda o segurava assustada.

— Sophia acho que está na hora de contarmos a verdade. — Caleb disse enquanto se colocava de pé ao meu lado.

— Que verdade Sophia? — Giovanny falou cruzando os braços e me encarando.

E naquele momento, eu não tive dúvidas de que as coisas dali pra frente só piorariam. Olhei para Caleb implorando para que não dissesse mais nada. Voltei meu olhar para meu irmão, mas ele nem precisou esperar minha resposta para entender o que Caleb queria dizer.

— Então, vocês...— Giovanny se aproximou de nós. — Desde quando? — Ele parecia confuso ao me encarar.

Dei um passo para trás tentando fugir de seu olhar agora agressivo, batendo as costas em um muro de músculos. Senti a mão de Caleb segurar forte minha cintura. Sem me virar, tentei tirar sua mão de mim, mas foi uma tentativa em vão.

— Sim Giovanny, estamos juntos. — Caleb respondeu curto, grosso e autoritário, aproximando-se ainda mais de mim.

O maxilar de Giovanny se contraiu tanto, que pude ver os espasmos de raiva na sua mandíbula. Seus olhos se arregalaram fixos em nós, frios e assustadores como os olhos de uma fera.

— Isso é verdade Sophia?

— Sim Giovanny. — afirmei tentando ser o mais convincente possível. — Estamos juntos há alguns meses, e eu me mudei para casa de Caleb ontem.

Gelei por dentro ao mencionar as ultimas palavras, acreditando que essa revelação destruiria todos os laços afetivos que meu irmão tinha por mim. Eu queria ter negado, ter dito que não estávamos juntos de verdade, mas colocaria tudo a perder. Minha família jamais aceitaria saber, que estava fingindo está com Caleb em trocar ele salvaria a vinícola do meu pai. Por isso, permaneci em pé ao lado de Caleb dando continuidade a nossa mentira. Eu precisava ser forte pelo o bem do meu pai.

Giovanny riu de forma debochada.

— Claro! Estão juntos há alguns meses! Que ótimo! No fundo é isso que você sempre quis, fazer papel de uma qualquer na vida de Caleb. E agora está agindo feito uma...

— É melhor você tomar cuidado com as próximas palavras que forem sair da sua boca. Pois, se desrespeitar Sophia, eu não responderei por mim. — Caleb rosnou enfurecido, dando dois passos em direção a Giovanny.

— Não! — gritei segurando seu braço fortemente. — Caleb, por favor, sai daqui. Eu preciso ter uma conversa séria com meu irmão e ainda visitar meu pai.

— Você deveria ter vergonha Sophia de mencionar nosso pai. Como acha que ele reagirá, depois de saber que a princesinha dele, está envolvida com este canalha novamente? — Giovanny cruzou os braços me encarando com um sorriso sarcástico no rosto.

— Isso não é da sua conta. — respondi friamente.

Giovanny continuava com os braços cruzados, agora encarando Caleb de forma intimidadora. Havia uma tensão palpável no ar, eu precisava tirar Caleb imediatamente dali, pois agora tinha certeza pela forma que ele apertava minha cintura, que revidaria caso Giovanny partisse para cima dele de novo.

— Caleb, por favor, vai embora! — gritei para ele entender.

— Sophia eu posso muito bem te esperar...

— Para de teimar comigo! Vai embora e me deixar resolver as coisas com meu irmão em paz.

— Ok, vou embora. Te espero para o jantar. — Caleb então entrou em seu carro rispidamente, bateu a porta com força, indo embora.

— Giovanny nos precisamos conversar, agora! Vamos para o meu apartamento. — Falei de forma bem autoritária.

— Não tenho nada para falar contigo. — Ele me respondeu secamente.

— Giovanny, por favor, não complique as coisas. — Samantha esbravejou.

— Pode falar, estou esperando. — Ele passou a mão pelos cabelos irritado.

— Tem certeza que quer ter essa conversa aqui? Em um estacionamento subterrâneo? — suspirei contando de um até dez mentalmente.

— sim.

Samantha olhou para Giovanny o recriminando pelo o olhar, pegou as chaves do carro dentro da bolsa, e começou a caminhar em direção ao seu carro.

— Então eu vou deixar vocês terem essa conversa sozinhos, estarei te esperando no carro Giovanny.

Giovanny agora caminhava de um lado para o outro de braços cruzados. Ao ver-lo assim me senti a pior das pessoas no mundo. Eu estava magoando meu irmão, mas eu precisava fazer isso pelo bem de todos eles.

Parei em sua frente repentinamente e o encarei.

— Então é isso o que você acha de mim?

— Isso o que? — Ele quis saber.

— Que eu estou fazendo papel de uma qualquer na vida de Caleb? — Minha voz não escondia, a decepção que sentia ao dizer aquelas palavras.

Ele suspirou forte. — O que quer que eu pense depois de te ver com aquele maldito? — Ele fechou os olhos.

Apertei os lábios e balancei a cabeça ainda sem acreditar no que estava ouvindo. Giovanny me observava com cautela, pronto para um ataque de fúria, mas não o fiz.

— Eu sempre admirei a forma que você e Antonny cuidaram de mim. Desde pequena, vocês fizeram me senti uma princesa trancada em castelo... — comecei por fim.

Giovanny me interrompeu. — Sim, você sempre dizia que era a Bela Adormecida, e que nós eramos seus dragões protetores.

— Verdade, vocês acreditavam que assim estavam me protegendo. E tenho que reconhecer que funcionou por um tempo, mas agora vejo o quão estúpida eu fui, por permiti todo esse excesso de cuidado. — Meu irmão arregalou os olhos. — Eu cresci Giovanny, já sou uma mulher de vinte sete anos, pronta para enfrentar todos os problemas, que você e Antonny me protegeram a vida inteira. Você principalmente, não pode continuar me tratando como uma menininha de cinco anos. Eu preciso amadurecer, eu necessito disso tanto quanto preciso do ar para respirar. E vocês precisam entender isso, precisam deixar isso flui em minha vida, e aceitar as decisões que eu tomar sobre minha vida. Mesmo que isso não pareça certo aos olhos de vocês... Eu não concordo com a forma leviana que o Antonny enxerga suas relações amorosas, mas isso não me dá o direito de ofendê-lo da forma que você me ofendeu.

— Você está sendo injusta comigo Sophia. Parece que eu sou o carrasco, que impede a mocinha de ser feliz. A única coisa que quero é te proteger, evitando que sofra como sofreu novamente. — Ele esbravejou.

— Não estou sendo injusta com você Giovanny. Eu sei que todos vocês estiveram ao meu lado naquele momento tão escuro da minha vida. Sei também, que cada um de vocês anularam um pouco de suas vidas, para me ajudar a sair daquele abismo. Você e o papai nem mesmo se permitiram ter o luto que deveriam ter tido, pela a morte de nossa mãe, porque precisaram cuidar de mim. Você não sabe o quanto eu dou valor a tudo que vocês fizeram e fazem por mim. Mas eu preciso aprender a cuidar da minha vida, preciso ser independente e conseguir me defender sozinha dos problemas que estamos sujeito a enfrentar. Porque viver é isso não é? E o mais importante, eu preciso ser justa comigo e com vocês. Vocês também precisam aprender a viver, sem ter que se preocupar comigo vinte quatro horas por dia. Estou cansada de ser um fardo na vida de vocês. — terminei com a voz embargada.

Tudo o que falei de fato, era verdade. Eu realmente, me senti sufocada por todos esses últimos anos. Eu nunca tive o poder de escolha na minha vida, tudo o que fazia era seguir o que meus irmãos escolhiam para mim. O fato é que já tinha vinte sete anos, mas não conseguia me enxergar como uma mulher madura. Eu continuava me vendo como uma menininha incapaz de tomar minhas próprias decisões, e isso estava me incomodando muito.

— Desculpa por me referi a você daquela forma. — ele murmurou de cabeça baixa. — Mas eu não posso aceitar você e Caleb juntos.

— Não precisa aceitar, a única coisa que te peço é que pelo menos respeite minha decisão. Pois, eu realmente estou com Caleb e isso é algo que você não pode fazer nada para mudar. — Minhas ultimas palavras o fizeram dá um forte soco em uma das pilastras do estacionamento.

Fechei os olhos e suspirei triste. Me doía muito ter que me afastar do meu irmão, mas era isso que iria acontecer a partir de agora.

— Sophia, por favor, entenda. Eu não suportaria te ver novamente, dá mesma forma que te encontrei sangrando e desacordada quase morta. Sendo assim, eu prefiro te internar de novo na clínica de Scott até que volte a sanidade.

O que?

Ouvi aquilo me feriu como golpes físicos. As lagrimas encheram meus olhos, e  um gosto amargo se fez em minha boca. Não acreditava que Giovanny estava me dizendo aquilo, me tratando como uma pessoa com graves transtornos psíquicos. Qualquer um estava sujeito a passar, pelo o que passei no passado. Mas isso não significava, que eu era uma pessoa incapaz de responder pelo meus próprios atos.

Ele pegou seu celular no bolso da calça e começou a procurar provavelmente o numero da clinica. Tomada pela a raiva, avancei nele como uma leoa. Peguei o celular de sua mão, e o joguei no chão com toda força que tinha. Com o impacto, seu celular se desfez em vários pedaços esparramados pelo chão.

Giovanny olhou para seu celular no chão enfurecido. Mas ao contrario do que esperava, ele não teve nenhum ataque de fúria.

— Sabe Giovanny, a vida realmente é imprevisível. — Comecei falar com a voz tremula.

Ele vincou as sobrancelhas. — Do que está falando?

— Eu sempre achei que ninguém mais no mundo, conseguiria me magoar como Caleb o fez. E sabe o que aconteceu hoje? Você conseguiu se igualar a ele, hoje quem me feriu foi você. Quem me magoou e está me fazendo chorar é você.

Giovanny permaneceu calado me observando, e logo percebi que o seu pensamento estava longe, como se estivesse em choque com o que falei.

— Eu não quero ter que afastar você da minha vida Giovanny. Então, por favor, pense no que falou e como agiu hoje. Por que a partir de agora, sou eu que irei tomar as decisões a respeito da minha vida, mesmo que eu quebre a cara no futuro. Até mais. — Sussurrei antes de sair do estacionamento o deixando visivelmente surpreso com tudo o que eu havia falado.

Desisti de visitar meu pai, não faria bem ele me ver no estado que me encontrava. Precisava desabafar com alguém, que fosse centrado o suficiente para me ouvir, sem fazer julgamentos. Tudo o que menos precisava no mundo, era de dedos apontados na minha cara. E só tinha uma pessoa naquele momento, capaz de me escutar sem me julgar.

~:~

Quando Scott me viu entrar pálida com os olhos vermelhos em seu consultório, soube que tinha acontecido algo comigo. Ele levantou de sua cadeira e foi imediatamente ao meu encontro.

— Sophia o que aconteceu? Seu pai piorou? — ele perguntou apreensivo.

— Não. — falei cabisbaixa.

Scott pôs a mão suavemente sobre meu queixo, e levantou minha cabeça para que pudesse olhar nos meus olhos.

— Diga Soph o que aconteceu então? Não posso te ajudar se não me dizer.

O abracei escondendo meu rosto em seu pescoço, me permitindo a chorar. Já não agüentava mais, precisava desabafar e chorar, botar para fora toda a dor que sentia, pela discussão com meu irmão. Scott pareceu me entender e a única coisa que fez foi me abraçar fortemente contra seu peito, sussurrando palavras carinhosas, tentando me tranquilizar. Depois de um tempo, ele me puxou pela mão me fazendo sentar junto a ele no sofá marrom que tinha no seu consultório. Ele me perguntou novamente o que tinha acontecido, e dessa vez decidi conta a alguém de confiança sobre o acordo.

Contei tudo a ele, sem esconder nenhum detalhe. Falei sobre tudo o que aconteceu em minha vida esses últimos dias. Sobre o acordo que Caleb me propôs, e de como a doença do meu pai acabou me convencendo aceitá-lo. Contei também sobre minha briga com Giovanny, e as coisas horríveis que ele me disse. Ao final da minha narrativa, meus olhos estavam cheios de lagrimas.

— Sophia está louca? Você não precisa se submeter a isso. — Scott levantou furioso do sofá.

— Scott, não me julgue, por favor. Estou fazendo isso pelo meu pai, não quero perder-lo. — Apoiei meus cotovelos sobre os joelhos e apertei as têmporas.

— Sophia...

— Por favor, Scott não tente me fazer mudar de idéia. — O interrompi.

Scott se agachou próximo ao sofá onde eu ainda estava sentada, e me fez olhar dentro dos seus olhos. Seus olhos estavam de um tom de azul claro que eu jamais tinha visto antes.

— Me escute. — Ele segurou minha mão carinhosamente. — Esteve a ponto de morrer por causa daquele bastardo, e não digo isso apenas pelo fato de ter cortado seus pulsos... E sim pela a depressão profunda em que caiu, depois de tudo o que te aconteceu. Eu nunca te disse isso, mas quando te vi chegar a clinica totalmente apática, sem demonstrar reação alguma, com um emocional totalmente destruído, tive medo de que não saísse do abismo em que se encontrava nunca mais. Sophia você passou dois meses feito um zumbi, sem dormir, sem falar, sem comer direito. Levei mais de anos, para conseguir fazer você recuperar sua confiança e te fazer compreender, que porque Caleb não te quis, não significava que não fosse desejada por mais ninguém. Tem certeza que realmente que voltar a viver tudo aquilo?

Lembrar daqueles seis meses doía muito, foram os piores e mais dolorosos meses da minha vida. Se não fosse todo o carinho e determinação de Scott, eu não sei se teria conseguido me recuperar.

— Eu sei disso Scott. — Senti um calafrio percorrer todo o meu corpo. — Nunca mais quero voltar a sofrer como sofri. — tampei meu rosto com as mãos.

Scott sentou novamente ao meu lado e me abraçou contra seu peito, beijando suavemente meu cabelo. Ajeitei minha cabeça sobre seu peito, inalando seu perfume amadeirado. Como as coisas na minha vida seriam mais fáceis, se eu conseguisse me apaixonar por Scott. Ficamos assim, abraçados e em silêncio por mais alguns minutos até Scott voltar a falar.

— Sophia, fomos amigos por todos esses anos e sabe o quanto eu amo você. — ele deu um longo suspiro. — Eu não te amo só como um amigo, mas como um homem pode amar uma mulher. — Me separei um pouco dele para assim poder o olhar.

Quando Scott voltou a falar, tentei o interromper, mas ele colocou um dedo sobre meus lábios.

— Me deixa terminar Soph. — Scott pediu suavemente. — Recebi um convite para participar de uma pesquisa, durante alguns meses na Alemanha. E acertei participar, viajo na semana que vem... Vem comigo Sophia? Não me dê à resposta ainda, quero que pense com calma primeiro. — Ele se apressou em dizer, assim que viu que eu iria lhe responder. — Eu te faria muito feliz, porque há exatos quatro anos, tudo o que eu mais desejo no mundo é te fazer feliz. Ser o motivo do seu sorriso é o meu maior sonho Sophia, eu necessito de ti ao meu lado. Se aceitar podemos nos casar e constitui a família que você sempre sonhou.

O olhei surpresa com sua proposta inesperada. Sabia que Scott estava apaixonado por mim, mas ele nunca falou antes, que desejava casar e formar uma família comigo. Ao ver que não dizia nada, Scott acariciou minha bochecha suavemente e me disse:

— Sophia sabe que eu te amo e que jamais faria algo para te fazer sofrer.

— Eu sei, mas não posso. — senti uma pontada no peito ao negar seu pedido. — Não posso deixar meu pai como está, por favor, entenda tenho que ajudar, ele merece viver em paz e ser feliz com o que lhe restou da vida.

— Mas você também merece ser feliz Sophia, e ao lado desse bastardo a única coisa que irá conseguir é se machucar ainda mais. Entenda, a única coisa que ele quer é te usar para voltar com sua esposa. — ele falou enojado.

— Caleb sabe muito bem, que tem apenas um mês para reconquistar Marion. Quando o novembro acabar, Caleb e Marion saíram de vez da minha vida. — suspirei.

— Sim, mas isso não mudará o fato de que você continua o amando. — ele afastou bruscamente de mim.

— Isso não é verdade Scott. — Tentei negar, mas na verdade a aproximação com Caleb estava me deixando confusa em relação ao que sentia por ele.

— Sophia basta olhar para seus olhos para ver que está mentindo.

— Scott é que tudo está tão confuso. — falei envergonhada.

— Eu te entendo Sophia, mas, por favor, pelo menos uma vez na sua vida pense em você primeiro. — suplicou. — Poderíamos ser tão felizes juntos, esquecer de tudo e de todos e focar somente na nossa família.

O Observei confusa, me perguntando por que um homem tão bonito e inteligente, que poderia ter qualquer mulher no mundo, estaria tentando convencer uma mulher como eu a ficar com ele. Scott era lindo, alto, forte, tinha a pele bronzeada, os cabelos loiros escuros naturalmente despenteados, o que o deixava extremamente sexy.

Ele sabia que eu jamais conseguiria o fazer feliz, que uma relação comigo nunca iria dar certo.

— Tenho que ir. — falei seca, ele me olhou com um olhar desapontado, e pela segunda vez no dia me senti a pior pessoa do mundo.

— Soph, tem certeza que irá continuar com esse maldito acordo?

— Sim, e te peço que, por favor, não conte nada a ninguém. — implorei.

Scott pareceu pensar um pouco sobre o que pedi, mas por fim aceitou. Peguei minha bolsa e caminhei até a porta, mas antes que eu pudesse abri-la, ele segurou minha mão que estava na maçaneta da porta.

— Sophia, me promete que irá me procurar primeiro antes de tomar alguma decisão, que coloque em risco a sua vida, caso Caleb venha te fazer algo que te magoe.

Não consegui deixar de sorrir, apesar da minha tristeza em está magoando uma pessoa que amo muito, pela segunda vez no dia, suas palavras me comoveram como sempre.

— Prometo. — dei o meu melhor sorriso.

Ele então pegou meu rosto entre as suas mãos e me deu um leve beijo, porém demorado no canto dos meus lábios.

— Adeus Sophia Salvatore. — murmurou com os lábios ainda próximos dos meus.

— Adeus Scott.

Sair de seu consultório, ainda mais abalada do que antes. Não consegui deixar de ficar triste com a noticia de sua partida, eu o amava muito disso não tinha nenhuma duvida, porém somente como amigo. Mas depois de tudo o que ele me disse hoje, estava disposta a começar enxergá-lo com outros olhos, aceitando por fim o seu amor. Assim que chegar-se o final do mês, viajaria até a Alemanha sem o avisar lhe fazendo uma surpresa. Se ele ainda estivesse disposto a me aceitar, formaríamos nossa família por fim, e eu me dedicaria ao máximo em fazer-lo feliz e em ser feliz também.

Peguei um taxi e voltei para casa de Caleb. Quando cheguei, tratei de subir direto para o meu quarto, me esforçando para fazer o mínimo barulho possível. Não queria dá de cara com sua governanta, definitivamente minha cota de Elena estava encerrada por hoje.

Entrei no chuveiro tomando um banho quente, quando sai do chuveiro vesti meu roupão e peguei uma toalha para secar meu cabelo. Quando voltei para o quarto, dei um pulo para trás fechando meus olhos com o susto. Caleb estava sentado na beirada da minha cama, com o cenho franzido e com seus olhos azuis intensos fixos em mim.

Definitivamente estou cansada de ter tantos olhos azuis me encarando.

— O que você está fazendo aqui? — perguntei de forma ríspida.

— Podemos conversar? — ele permaneceu imovel ao me perguntar.

Eu estava tão cansada, tão esgotada emocionalmente, que não tive forças para colocá-lo para fora do meu quarto. Só me restava reunir o restante das minhas energias, para ouvir o que ele tinha para me dizer.

~:~

Scott

Está aberta a temporada de shipps, me contem vocês são team Caleb ou team Scott?

Gostou do capitulo? Então não se esqueça de votar e comentar é claro. Até domingo amores! Bjs

Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top