Capítulo 18
Na manhã seguinte não acordei com o barulho que Caleb fazia no banheiro, ao fazer sua barba. Despertei na verdade, com a luz que atravessava aos poucos a janela à medida que ele puxava delicadamente as cortinas.
Eu não estava pronta para me mover. Custei a voltar dormir depois do segundo breve sonho que tive com ele. Me perguntava se era normal, sonhar com a mesma pessoa, duas vezes seguida na mesma noite. E ainda tinha que lidar com minha falta de entusiasmo pelo o que estava por vir: era impossível.
Rolei na cama ainda preguiçosa e dei de cara com um par de olhos azuis me fitando.
— Bom dia. — Caleb falou sem entusiasmo — Desculpe por ter te acordado desse jeito, mas você não acordava e estamos ficando atrasados, puxar a cortina era minha única opção. — se justificou sem jeito.
— Tudo bem, já vou me levantar. Dê-me apenas um segundo ok.
Passei a mão pelo o emaranhado que meu cabelo havia se tornado, tentando o arrumar da melhor forma desejando mentalmente não está com o rosto inchado.
Levantei-me indo direto para o banheiro. Até que não estava tão assustadora assim, cabelo bagunçado, olhos inchados, nariz vermelho por conta de uma pequena alergia, pijama amassado, nada que fugia do meu normal pelas manhãs. Não era a primeira vez que Caleb me via ao acordar, ele já devia ter se acostumado a essa altura.
Depois de pronta me sentei a mesa para tomar meu café da manhã, observei Caleb discretamente na sacada do hotel. Fiquei imaginando o porque dele está tão estranho, não parecia o mesmo Caleb de vinte dias atrás, o que me tratava com arrogância e que demonstrava não suportar ficar perto de mim mais de cinco minutos. Apenas uma vez ele olhou na minha direção, mas parecia está mais interessado a paisagem a sua volta. Terminei minha refeição em silêncio, voltei ao banheiro novamente para escovar meus dentes e dá mais uma conferida no espelho.
— Vamos? — perguntei após sair do banheiro.
Caleb continuava exatamente no mesmo lugar onde o deixei. Ele me olhou de cima a baixo e coçou o queixo.
Dei de ombros.
— Vamos — disse saindo em direção a porta.
Eu não disse nada, apenas o acompanhei ao Hall do hotel em silêncio.
— Onde vamos? — perguntei enquanto esperávamos o manobrista trazer o seu carro.
— Vamos a uma reunião na sede administrativa da vinícola e depois faremos um tour pelas instalações da mesma. — disse me fitando.
Acenei com a cabeça, concordando com nossa agenda do dia.
Algum tempo depois, estávamos seguindo em direção a vinícola. Estava tão fascinada com a paisagem ao meu redor, que nem me importei com fato de está em um carro com Caleb.
Alguns minutos depois ele estacionou o carro no estacionamento particular da vinícola. Sem perceber demos as mãos voluntariamente e seguimos para a entrada do prédio. Não importei em ficar de mãos dadas com ele, afinal de contas, aos olhos do mundo estávamos juntos.
Formos recepcionados por uma das recepcionistas do local que nos encaminhou direto para a sala de reuniões. Ao entrarmos encontramos um homem mais velho nos esperando.
— Senhor O'Brien como vai? — ele saudou Caleb calorosamente.
— Andrea. — Caleb apertou sua mão serio — Está é Sophia Salvatore, filha de Gregório Salvatore. E Sophia este é Andrea Sella, um dos novos diretores da vinícola.
— É um prazer senhorita.
Sorri apertando sua mão.
— Podemos começar? — Caleb perguntou.
— Claro que sim.
O homem pegou meio atrapalhado uma pilha de relatórios dentro de uma pasta preta que estava em cima da mesa, entregando em seguida para Caleb. Ele pegou os papeis em silêncio e começou a ler atentamente folha por folha. Senti-me uma inútil por estar ali apenas observando, sem saber o que fazer ou o que dizer. Optei por permanecer em silêncio enquanto ele lia os papeis atentamente.
Depois de um tempo Caleb começou a falar.
— Então de acordo com estes relatórios, a falência começou com a queda de vendas de vinhos finos, seguido de uma colheita fraca no ano seguinte.
— Isso mesmo Caleb. Não é segredo que o negócio de vinho está mudando, acredito que as vendas direto para o consumidor possam ajudar a reerguer a empresa. É lá que os lucros estão, e é por isso que as salas de degustação e o nosso clube de vinho são tão importantes.
Caleb ouviu tudo aquilo em silêncio. Como se estivesse analisando, se realmente aquela era a melhor estratégia para reerguer a vinícola da minha família.
Andrea sem graça diante de seu silêncio continuou.
— Mas não foi apenas um problema de gestão e uma colheita fraca que contribuíram para atual situação que a vinícola está vivendo.
Ao ouvir aquilo Caleb dirigiu um olhar afiado para o homem, que abaixou a cabeça sem graça instanteamente. Era como se estivesse o recriminando por ter tocado naquele assunto na minha frente.
— O que você quer dizer com isso? — perguntei diretamente a Andrea.
— Sophia podemos conversar sobre isso depois? — Foi Caleb quem respondeu.
— Não Caleb, quero conversar sobre isso agora!
— Pode nos dá licença, por favor, Andrea?
— Claro que sim. Ate breve senhorita.
Caleb ficou olhando para a porta até o homem cruzar-la. Ele respirou fundo antes de começar a falar.
— A vinícola foi acusada de fraude e adulteração de vinho, mas recentemente foi absorvida de todas as acusações por falta de provas. O resultado do processo foi divulgado semana passada.
Meu queixo caiu.
— O que? — perguntei, tentando entender porque meu pai escondeu aquilo de mim. — Por que formos acusados de algo tão grave?
— Quando seu pai adquiriu a vinícola, ela passava por um processo de desconfiança de que havia uma fraude na elaboração dos vinhos classificados como Brunello di Montalcino. Você sabe que essa é a classificação de vinhos mais importante da Toscana, e que foi por esse motivo que seu pai a comprou?
Assenti com a cabeça, em sinal de confirmação.
— Pois bem, acontece que a situação se agravou ainda mais depois de alguns anos, os críticos de vinho e degustadores profissionais da Itália e do resto do mundo, continuaram afirmando que mesmo depois da nova gestão, nem todos os Brunellos di Montalcino eram feitos apenas com a casta Sangiovese Grosso. Esses experts começaram a questionar que uvas como as potentes Cabernet Sauvignon e Syrah estavam sendo adicionadas ao mosto de Sangiovese, tornando os vinhos mais ricos e vigorosos.
Fiquei paralisada, absorvendo aquelas palavras. Caleb prosseguiu:
— No calor da investigação, a Salvatore se viu forçada a rebaixar seus Brunellos da safra 2003 para uma classificação mais simples, evitando repercussões ainda mais negativas sobre seus vinhos. Os agora inocentados e legítimos Brunellos 2003 foram vendidos a preço de banana, o que deixou ainda mais delicada a situação da vinícola. Resumindo, seu pai comprou a vinícola interessada justamente nessa safra de 2003, mas acabou comprando gato por lebre.
Balancei a cabeça.
— Então a má administração de Giovanny não é a única responsável pela a situação da empresa? Pelo o que vejo houve uma serie de fatores que agravaram essa situação, certo?
— Ele também não está totalmente livre nesse caso.
— Como assim?
Ele suspirou.
— Giovanny era um dos diretores da antiga vinícola, ele estava ciente de tudo o que estava acontecendo internamente. Ele sabia que quem comprasse a vinícola arcaria com tudo o que ainda estava por vim. Mesmo assim, ele não impediu seu pai de investir em uma bomba que estava preste a explodir. E desconfiamos que ele ainda tinha intenção de continuar com fraude.
Meus Deus! Isso não pode ser verdade, era difícil acreditar que meu irmão era um mal caráter.
— E o que você pretende fazer agora? Qual é o próximo passo para limpar a imagem negativa da empresa?
Caleb pegou uma pequena pasta que estava em cima da mesa e me entregou. Abri a pasta e li os papeis. Enquanto lia ele começou a me explicar sobre aqueles documentos.
— Pretendo auxiliar sua gestão em tudo nos primeiros anos, vamos concentrar toda nossa energia em tirar a empresa do vermelho. O passo seguinte já com as contas em dia, será investir em estrutura, imagem e produtos. Em breve assinaremos contrato também com uns dos mais renomados enólogos da Itália, que assumirá a missão de dar uma nova cara ás linhas de espumantes e vinhos finos, que ganharão mais atenção da empresa.
Caleb falava com convicção e entusiasmo, não era atoa que era um tubarão nos negócios, seu projeto parecia perfeito. Comecei a me sentir mal com a grandiosidade de seus planos. Sabia que a vinícola passava por dificuldades financeiras, mas não tinha noção que o problema ia bem mais além.
— Nossa missão junto com o novo enólogo é elaborar aquele que será o vinho ícone da empresa. Além de exportar para China, EUA e alguns países da America do sul até 2020.
— Estou sem palavras para tudo isso...
Parece que Caleb percebeu o quanto estava incomodada com aquilo.
— No final tudo dará certo. — me deu um sorriso confiante. — Por que não conhecemos a vinícola agora?
— É uma boa idéia — respondi, com um sorriso no rosto.
~:~
Próxima a Siena e a 40 quilômetros do Monte Amiata, a vinícola Salvatore era uma das propriedades mais bonitas da região. Circundada pelos típicos pinheiros toscanos, fundada ainda no século XIX.
Aproveitamos que um grupo de turistas tinha acabado de chegar à propriedade, para fazer um tour pela vinícola. Eu nunca tinha feito um passeio por ela. Foi bom porque pude conhecer um pouco da sua historia, me informei sobre as melhores safras e ainda fiquei a par de todo o processo de produção de vinhos. Pude notar que Caleb também estava fascinado com nosso passeio, ele não perdia a oportunidade de interagir com os guias sobre tudo o que nos era apresentado.
No final da visita, tivemos a chance de curtir uma deliciosa degustação que proporcionava que experimentasse o tradicional vinho à moda italiana acompanhado de uma saborosa culinária local.
Depois do tour continuamos caminhando na pequena estrada de terra batida que cortava uma parte da propriedade. A vinícola estava localizada a 450 metros acima do nível do mar, o que garantia belíssimas vistas para a paisagem toscana.
Eu não conseguia parar de pensar na importância daquele local para minha família e de como estivemos a ponto de perder-la. Já visitei varias outras vinícolas da região, mas nenhuma delas chegava perto da grandeza da vinícola Salvatore, tudo ali era tão lindo, tão diferente, tão único. Era o sonho de uma vida de meus pais. Naquele momento, tomei consciência de que não importava o que estava me submetendo para conseguir salvar-la, eu estava fazendo a coisa certa.
Mas diante daquelas divagações não pude deixar de pensar no meu contrato com Caleb. Será que ele amava tanto Marion, a ponto de fazer um alto investimento em um negocio a falência só para ter-la de volta? Não fazia sentido, aquele era um motivo ao meu ver um tanto frívolo. Caleb era um magnata, filho de um marquês, poderia conseguir a mulher que quisesse sem gastar um centavo por ela. Já Marion era apenas uma víbora disposta a tudo por dinheiro e fama, mulheres assim não eram incomuns de se encontrar. Esses questionamentos me levaram a pensar que havia algo a mais em seu plano, mas não podia imaginar em outro motivo para ajudar minha família, além desse. Será que ele pretendia se vingar de mim ao final de tudo isso? Meu corpo gelou só de pensar em Caleb reerguendo a vinícola para depois tirar-la de minha família.
— Em que tanto pensa?
Virei-me para olhar-lo. Estávamos sentados em ponto mais alto da propriedade admirando a paisagem do local.
— Em como nada disso faz sentido.
— O que não faz sentido?
— Nos dois, o contrato, seu alto investimento aqui... Tantas coisas que não consigo nem enumerá-las nesse momento.
Caleb respirou fundo e me encarou.
— Eu te entendo. Porque as coisas estão confusas para mim também desde aquela noite. Eu sinto muito por deixar-la sozinha depois, mas fiquei tão atordoado. — ele passou as mãos pelos cabelos.
Ouvi aquilo foi o suficiente para me deixar irritada.
— Caleb não precisa se justificar ok. — respondi olhando dentro de seus olhos, ele franziu as sobrancelhas — Eu já entendi que você não queria fazer nada daquilo, e eu também não queria, temos um contrato e devemos seguir-lo rigorosamente. Não precisamos nos explicar.
Ele abriu a boca para falar, mas o impedi bruscamente.
— Temos um acordo Caleb, isso ficou claro desde o momento que assinamos aquele contrato, relação pura e exclusivamente contratual, não espero um flashback do passado, fique tranqüilo.
Baixei os olhos para o chão, correndo o dedo pelas costuras de minha calça. Caleb colocou sua mão sobre a minha. Permanecemos em silêncio olhando para nossas mãos.
— Eu sei que temos um acordo e pretendo continuar cumprindo. Só quero deixar nossa relação mais agradável.
— Eu estou cansada de brigar com você, Caleb — falei baixinho. — Depois que aceitei nosso acordo, passei muitas noites em claro me julgando, achando que as coisas aconteceram rápido demais, que aceitei tudo sem medir as conseqüências. Eu me sentia como uma espécie de fantoche onde você e Marion me manipulavam, como se minha vida girar-se em torno de vocês. Ao mesmo tempo em que sabia que deveria aguentar firme pela minha família. Mas hoje, estando aqui, vendo o quanto você está investindo financeiramente nessa vinícola, só consigo imaginar que existe outra razão, além de nosso acordo, para está fazendo isso. Nos dois sabemos muito bem que Marion não vale tudo isso — olhei em volta do lugar — Seja lá qual for o motivo, obrigada. Essa vinícola é muito importante para minha família é a concretização dos sonhos de meus pais, e graças a você tenho a oportunidade de fazer alguma coisa útil para minha família pela primeira vez na vida.
Aquilo que ele estava fazendo não pagava a dor que ele me causou, mas ainda sim era grata a ele. Não era arrogante e prepotente a ponto de não ser capaz de agradecer por aquilo.
Ele balançou a cabeça, provavelmente concordando com algumas coisas que eu disse.
Sem graça saí pisando forte, com raiva de mim mesmo por ter tido aquela conversa com Caleb. O que eu ainda estava fazendo ali? Nossa reunião já tinha acabado não havia motivos para ainda está próxima a ele.
Estava quase na estrada que dava acesso a saída para casa grande quando fui puxada. Caleb me segurava com força, com as duas mãos em meus braços. Com certeza ele percebia que estava furiosa, mas nos segundos que se passaram, sua atitude tinha mudado completamente.
— Você tem razão existe outro motivo para está investindo aqui— disse.
— O quê? — perguntei, enquanto tentava me soltar.
— Sophia, pare.
Suspirei desapontada e parei de me mexer. Sem alternativa, olhei nos seus olhos.
— Antes mesmo de te procurar eu já sabia a situação da vinícola, mas acredite se fosse somente por Marion esse acordo não existiria.
Fiquei confusa com suas palavras. Conseguir Marion de volta não era o real motivo de nosso acordo?
— Não entendo o que quer dizer.
Ele respirou fundo.
— Um dia você irá entender meus motivos.
Fiquei paralisada, absorvendo aquelas palavras. Caleb prosseguiu:
— Só quero que deixe de se preocupar com a vinícola, farei de tudo para salvar-la e se depender de mim, ela continuará sendo da sua família até as próximas gerações.
— Caleb o que está acontecendo? — perguntei assustada com o modo estranho que estava agindo.
— Confie em mim Sophia — sussurrou.
Engoli em seco, assustada e ansiosa para que ele dissesse mais. Seu corpo veio de encontro ao meu. Sua mão desceu pelas minhas costas e me puxou contra si. A outra mão tirou meu cabelo do meu pescoço. Eu tremi quando senti seus lábios sobre minha pele.
Não conseguia me mexer, era como se eu tivesse esquecido de como controlar meu corpo. Seus lábios vieram beijando minha bochecha até pararem no canto da minha boca.
— Finalmente te encontrei pequena. — a voz grave de meu primo nos assustou.
Viramos para a traz, encontrando meu primo Valentim montado em um cavalo nos observando. Separei-me rapidamente de Caleb, passando minha mão pela blusa sem graça. Agradecendo a Deus mentalmente por ele ter aparecido.
— Vim te buscar.— Valentim falou encarando Caleb ao meu lado.
— Aconteceu alguma coisa?
Um sorriso malicioso se abriu em seu rosto.
— Vovó Medina aconteceu.
~:~
Lá estava minha Avó, sentada no hall de entrada do hotel a minha espera, mexendo com os pés de um lado para o outro.
— Sophia — ela me chamou quando me viu. Foi o bastante para entender que estava zangada comigo.
— Vovó!
Corri para abraçar-la sem me importar com seu olhar afiado para mim.
— Minha neta! Não acredito! — ela gemeu, com a voz repleta de admiração e emoção. — Olha para você, tão linda!
Ela esqueceu sua bronca, assim que me abraçou.
Fui tomada pela as lagrimas. Mal podia vê-la. Não consegui falar. Eu chorava tanto. Até aquele momento, ainda não tinha percebido a falta que aquela senhorinha fazia em minha vida. Quando nos afastamos, notei as lágrimas em seus olhos.
— Eu senti tanta sua falta mia bambina.
Sorri. Era bom está ali com ela, naquele momento percebi que apesar das circunstancias estava muito feliz pela aquela viagem.
Reparei que ela olhava para alguma coisa atrás de mim.
— Então é verdade — cochichou.
— Hein? — perguntei.
Quando virei para trás, Caleb nos observava com um sorriso timido no rosto. Minha avó o recebeu com um olhar furioso, mas não disse nada.
Ele foi ao seu encontro com a mão esticada.
— Senhora Salvatore, é uma honra rever-la.
— Como vai rapaz? — ela apertou sua mão.
Soltei a respiração.
— Confesso que fiquei espantada quando Valentim falou que a senhora estava me esperando aqui, a senhora não sai de Pienza para nada.
Falei na tentativa de diminuir a tensão daquele momento.
— Vim buscá-la — ela falou tranquilamente.
— Vovó, eu não posso! — implorei.
— Isso não é um pedido Sophia, é uma ordem! — ela disse autoritária — Você não vai morrer por tentar.
Amaldiçoei Valentina mentalmente. Claro que ela não guardaria segredo.
Suspirei alto, pensando que voltar para aquele vilarejo seria como a morte para mim.
— Voltaremos para Londres amanhã de manhã...
— Quanto a isso não se preocupe Soph, podemos adiar a nossa volta, ainda tenho alguns assuntos para resolver aqui. — Caleb me interrompeu bem no meio da minha mentira.
Minha avó deu uma piscadinha para ele e riu. Pronto! A amizade entre os dois estava restabelecida. Dona Medina amava qualquer um que cedesse aos seus caprichos.
— Já percebi que sou voto vencido aqui — bufei irritada, me dando por vencida — Vou buscar minha mala no quarto.
Saí rumo ao elevador com Caleb atrás de mim.
— Acho bom você tirar esse sorrisinho do rosto. — falei o provocando.
— Por quê? — ele me desafiou.
— Porque meus primos de sangue quente irão amar te receber. — Pisquei para ele.
Você não sabe a onde se meteu Caleb O'Brien.
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Surpresa! Aposto que não estavam esperando capitulo novo hoje?! O livro bateu 3.000 k visualizações! E como eu estou? 💃🎉💃🎉
Decidi adiantar o capitulo 1° para comemorar e 2°, porque não conseguirei postar no inicio de dezembro, mas voltarei firme e forte com capitulo novo depois do natal. Espero que continuem acompanhando a historia, e que não deixem de divulgar o livro também, pois quanto mais leitores "Quando Novembro Acabar" tenha, mais motivada me sinto para finalizar a historia.
Xoxo e até o próximo.
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