Capítulo 3 - Você vai fazer alguma coisa a noite?

Deitada no sofá de três lugares eu lia o livro que trouxe ao som das músicas mais calmas da minha playlist, isso ajudava eu manter o foco, tudo ao meu redor parecia se dissolver e só restava eu imersa em um mundo fictício e mágico. Porém, um cutucão em meu braço me desperta. Era meu pai parado ao meu lado. Tiro os fones, me sento no sofá e coloco o livro de lado marcado na página que parei com o marca páginas.

- Mais um livro sobre romance de verão? - ele olha para o livro sobre o sofá.

- O que posso fazer!? São meus favoritos.

Ele sorri.

- Sua mãe pediu que fizesse um suco natural de laranja para ela - ele diz.

- Onde ela está?

- Lá fora tomando sol, esperando a pessoa que contratei vir limpar a piscina.

Ao dizer isso o som da campanhia de nossa casa ressoa.

- Deve ser ele - meu pai diz se encaminhando para atender a porta. Enquanto eu levanto a contragosto para seguir até a cozinha e preparar o suco da minha mãe.

Experimentei o suco refrescante e para mim estava maravilhoso, coloquei em um copo de vidro transparente o líquido e levei até a minha mãe. Os cubos de gelo boiavam no suco laranja.

Mamãe estava sentada em uma cadeira reclinável próximo a piscina, ela estava de canga vinho e folheava uma revista tranquilamente.

Do outro lado da piscina um garoto loiro com um limpador de piscina tentava apanhar algumas folhas que dançavam sobre a água.

- Aqui está mãe o suco que pediu - estendo o copo. Seus olhos saem da revista e pairam sobre mim.

- Obrigada, Isabel! - ela o pega. E retorno a cozinha. Meu pai estava lá bebericando o suco.

- Você podia levar um pouco para o garoto que está limpando a piscina, Bel?

- Claro! - sorrio para meu pai e preparo outro copo.

Caminho proximo a borda da piscina fazendo o trajeto até o garoto que ainda se mantinha concentrado em seu trabalho, o sol brilhava majestoso no céu de poucas nuvens, o vento fresco vindo do mar aliviava o calor que fazia em Riverclif, mas nada como um bom suco gelado para se refrescar. Chego por trás do garoto e pigarreio antes de falar um oi tímido. Ele se vira e é então que reconheço. É ele, o garoto do restaurante.

- Oi - ele diz se virando por completo, um soriso sossegado se esaparrama por seus lábios finos.

A supresa me faz perder a voz, mas logo a encontro de volta.

- Trouxe um suco para você, meu pai mandou trazer na verdade - estendo o copo para ele.

- Valeu - ele pega ainda com o sorriso e dá um longo gole.

- Está ótimo, obrigado.

- De nada! - ele toma mais um gole ainda me olhando e por um instnate sinto minhas bochechas corarem.

- Como vai o dedo? - ele questina apontando para minha mão.

Eu estava com as mãos unidas na frente do corpo remexendo nos dedos.

- Muito bem, obrigada por pergubtar - rimos.

Ele continua com o suco.

- Então além de garcom você limpa piscinas... - falo o óbvio apenas para tentar puxar assunto, não queria parecer nervosa, mas estava e se ficasse em silêncio as batidas do meu coração poderiam ser ouvidas.

- É, quando não estou no restaurante quebrando taças - ele sorri e eu também - trabalho limpando piscinas e cortando grama, trabalhos do tipo. - ele me devolve o copo. - obrigado pelo suco... - ele me olha e sustenta o olhar e entendo que ele quer saber meu nome

- Isabel - sorrio.

- Nome bonito.

- Obrigada!

- Meu nome é Charlie, mas todos me chamam de Lee.

- Prazer em conhecê-lo Lee - Sorrio e me viro para sair dali e deixá-lo trabahar.

- Ei, Isabel...

- Sim?

- Vai fazer alguma coisa a noite?

- Bem, não tenho nada planejado.

- Eu e alguns amigos vamos acender uma fogueira na praia hoje, gostaria de ir?

- Parece legal!

- Se quiser posso passar aqui para irmos juntos.

Assenti para ele. Estava decidindo algo sem nem consultar meus pais. Olho para minha mãe no outro lado da piscina, ela não estava nem ai pra gente, apenas apreciando a sua revista.

- Bem, eu tenho que pedir permissão para meus pais primeiro e já te aviso.

Ele concorda.

Volto tão ligeiro para dentro de casa.

- Pai, pai - o encontro ainda na cozinha agora preparando um sanduíche.

- O que foi, Bel?

- Posso sair hoje a noite?

- Aonde vai?

- Para a praia, juro que não volto tarde.

- E vai ir sozinha? - ele arqueia uma das sobrancelhas.

- Bem... é, quer dizer, não... - olho para janela de vidro para além da piscina até encontrar o garoto que estava próximo a ela. Meu pai faz o mesmo.

- O Charlie te chamou?

- É, ele me convidou. ele parece ser legal! Mas se não deixar eu ir, tudo bem também, eu o mal o conheço para querer sair com ele, e a noite também, a onde eu estava com a cabeça, sou mesmo uma...

- Ei, calma, Isabel - ele me chama pelo nome me faz olhá-lo. - Tudo bem você ir, pode sair com o Charlie, eu conheço a família dele, sei que é um bom garoto.

- Conhece?

- Esqueceu que eu sou daqui, Bel? Conheço a mãe dele a tempo.

- Conhece a mãe de quem? - minha mãe aperece como um fantasma na cozinha.

- A mãe do menino que está limpando a piscina - meu pai a olha. - Estava conversando com a Isabel, ela queria...

- Ir a praia hoje - completo.

Minha mãe olha para nós dois. Algo em seu olhar me dizia que se passavam mil paranoias em sua cabeça por segundo.

- Podemos aproveitar a noite, nós dois querida, a Isabel já está bem grande pra sair sozinha e Riverclif é a mais calma de todas.

Mamãe mede as palavras de meu pai e seu olhar agora brilha ao perceber que eles estariam a sós. Mas algo me dizia que meu pai estava fazendo isso mais por mim, para ela deixar eu ir, do que por eles.

- Pode ir Isabel, só não tome nada que os outros te oferecerem e não volte tarde.

Concordo veemente.

- Bem, eu vim dizer que o garoto terminou o serviço, pode pagá-lo, querido.

- Sim, claro - meu pai então sai. E eu vou atrás, vejo papai pagando Charlie e ele agradecendo, depois que meu pi se afasta eu me aproximo.

- Eles deixaram - digo a ele.

- Que bom - ele sorri e afasta seu cabelo loiro dos olhos. - Nos vemos mais tarde então.

- Que horas?

- Passo aqui as 8h - sorrio para ele concordando com a cabeça.

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