PRÓLOGO

Blanka

Não, não, não. Eu sou tão nova... Não era para isso estar acontecendo, era?

Nunca tive nem mesmo medo da morte — talvez porque nunca estive de frente para ela.

Cinco dias?

Engoli em seco.

Só porque agora que eu estava bem, terminando minha pós-graduação, encontrando um homem que era realmente interessante... Eu tinha certeza de que teria muitos anos para aproveitar minha vida depois de me estabilizar financeiramente; mal sabia eu que sempre estive enganada.

Porque simplesmente tudo acabaria...

Em cinco dias.

Victor

Por que eu era tão masoquista? Por que eu me apaixonei por uma paciente que estava com o prazo se esgotando? E por que ela não se preocupava nem um pouquinho com isso?

Minha secretária, Charlotte, disse que Blanka estava tentando esconder sua tristeza de mim, para não me fazer sofrer mais.

Para quê eu iria acreditar nela? Char nunca quis que eu me aproximasse de Blanka, nunca quis que nós nos envolvêssemos... Eu não acreditava nela.

Na verdade, eu não quero acreditar em nada. Eu não quero acreditar nisso!

Acreditar que Blanka iria embora, partir para sempre. Acreditar que, enquanto outros comemoravam um aniversário ou um casamento, ela estaria no hospital, morrendo. Acreditar que, a cada segundo que se passa, o seu coração está preste a parar. Acreditar que eu nunca mais a veria sorrir; que eu nunca mais veria seus olhos brilharem, seu cabelo voar contra o vento; que eu nunca mais ouviria seu sussurro em meu ouvido e sentiria o seu toque, o seu corpo, o seu carinho.

Porque ela estaria morta.

Os ponteiros do relógio avançavam com uma rapidez zombeteira; A vida é injusta.

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