CAPÍTULO 2
Vinicius
Após alguns segundos, pareço sair de um transe e então estico o braço e comprimento os quatro empresários.
— Boa tarde, sou Vinicius Menezes. Sejam bem vindos. — Falo com todos. O primeiro que aperto a mão, é do idoso.
— Boa tarde, me chamo Tarciso Moura. — Diz um pouco atrapalhadol com o português, porém dá para entender perfeitamente. — Esse rapaz aqui, Paul, é irmão da morena, Ramona. São meus filhos. Paul e Ramona Moura.
— Ah sim prazer. Muito bom conhecê-los. — Digo sorrindo e então quando vou dar um passo pra trás, para me afastar, a loira segura minha mão em uma agilidade impressionante.
— Não se esqueça de mim, senhor Menezes. — Sorri toda galanteadora, ela é linda, mas esse sorriso me pareceu forçado. — Prazer, Beatrice Astrid. — Sorri apertando sua mão com delicadas unhas pintadas na minha mão.
Acho que farei um belo acordo hoje.
Millena
Estou na cozinha de casa, preparando meu almoço, quando minha música para de tocar, pois foi interrompida por uma ligação. Seco as mãos num pano de prato e vendo que é Juca, eu enfim atendo.
— Diga Juca. — Falo voltando para a pia, e com o telefone entre o ombro e a bochecha eu pico meus legumes.
— Precisa vir aqui, aconteceu uma coisa.
Paro o movimento com a faca e solto ela em cima da tábua de carnes. Estava bom demais pra ser verdade.
— O que aconteceu? — Pergunto preocupada.
— Puxaram seu tapete, — Começa a me explicar mas então sua voz fica baixa e depois de uns segundos ele volta. — Venha pra cá, talvez você consiga resolver com uma boa lábia. Mas acho difícil, Monique foi muito bem convincente nessa reunião.
Na hora a minha ficha cai, caramba, estou esperando por isso à meses, e se a ridícula da Monique pensa que pode puxar meu tapete, assim da noite pro dia, está muito enganada.
— Estou à caminho. — Falo fazendo uma marmita rápida. Saco, pensei que hoje teria uma folga. — Essas coisas só acontecem quando estou comendo, impressionante.
— Calma, morena. — Juca murmura rindo. — Estou conversando aqui, tentando antecipar sua chegada, só não demora.
— Beleza, obrigada Juca.
Corro ao meu quarto, jogo algumas coisas dentro da minha mochila, o básico, que Julia vive falando que meu básico é quase o quarto todo. Fecho a mochila, e passando pela sala eu pego meu celular e chaves. Enquanto estou no elevador, mando uma mensagem para a baixinha, avisando que posso demorar ou só chegar amanhã de noite. Posso demorar horas para convencer alguém, mas consigo.
Vinicius
Leio novamente o contrato em minha mão, todo cuidado é pouco quando se vai assinar alguma coisa. Julia está radiante, conseguiu a parceria que ela tanto queria, quase não se controla com esse sorriso de mil volts, já está mais calma e menos repugnante. Por sobre a folha, eu observo os quatro convidados, os três que são da mesma família estão conversando naturalmente calmos e tranquilos, já a loira, a tal de Beatrice, não para de me encarar de uma forma estranha. Eu ein, maluca!
Quando enfim, leio o último parágrafo do contrato, assino rapidamente e então coloco a caneta e a folha em cima da mesa e levanto.
— Bom senhores, agradeço à vocês e... — Começo a falar, porém Beatrice me interrompe.
— Já que vamos ficar por aqui durante uns dias, vocês dois poderiam nós apresentar a cidade, ouvi maravilhas daqui...
— O que? Sério? Maravilhas daqui? — Julia é a primeira a se manifestar, não sei se por estar mais chocada pelo comentário ou por estar encomodada, normalmente ela não gosta de sair por aí dando uma de guia. Mas como é ela que estava querendo essa parceria, deveria ao menos ser solicita.
Beatrice que até então estava me encarando, da uma rápida olhada em Julia, e eu posso estar ficando doido, porém eu vi ela torcendo a boca e logo em seguida abrir um sorriso gigante, é estou doido mesmo.
— Ah sim, isso mesmo. Ouvi maravilhas, da maior cidade do Brasil. — Diz com uma voz carregada de doçura enquanto sorri. — E gostaria que Vinicius, quer dizer, vocês dois nós mostrassem os grandes pontos turísticos. — Explica ainda com uma voz angelical. — Não é mesmo, Tarciso querido?.
Tarciso parece sair de um transe qualquer, ao lado de seus filhos e então quando ele começa a se explicar, eu encaro Julia rapidamente, e a vejo com o cenho franzido e encarando Beatrice com os olhos semicerrados. Quero só ver, no que vai dar isso.
— Eu realmente gostaria de conhecer a cidade, Beatrice. Porém nunca disse à você que iria pedir aos dois para nós servir de guia. Você não sabe se eles vão estar ocupados.
— Bom, eu tenho apresentação essa semana, e tenho que viajar a trabalho no final de semana. Sinto muito, mas eu não poderei ajudá-los. — Julia explica ainda encarando Beatrice desconfiada, então se vira pra mim de repente. — Acho que Vinicius, também não poderá.
— Bom... na verdade, eu tirei a semana de folga do trabalho. Só que estarei com todas as manhãs ocupadas. — Explico e então Julia me encara e ergue a sobrancelha disfarçadamente. — Só estarei livre se não me engano, a partir de quinta-feira à tarde.
— Ótimo! Está combinado então, quinta-feira nos encontramos aqui no final da tarde. — Beatrice murmura toda contente e então vem em minha direção e me abraça. — Obrigada.
Após retribuir o abraço, eu me afasto concordando e então depois de nós despedir, Julia me encara de semblante fechado e com os braços cruzados. Pronto, a Julia chata voltou.
— O que? — Pergunto enquanto juntos as coisas da mesa.
- Fala sério né, você tirou a semana de folga para se organizar, e então já se compromete a ajudar aquela mulher.
— Julia, para de drama. A vida é minha, se eu quiser pegar um bico como guia turístico na cidade, você não vai poder fazer, NADA.
— Caramba Vinicius! Você não entende? Aquela tal de Astrid, esconde alguma coisa, e eu vou descobrir o que é. E pode ter certeza que não é algo bom.
— Larga de ser infantil e paranóica. — Exclamo já revoltado, a mulher nunca nem fez nada pra ela e já está com perseguição. — Acho que quem precisa de férias, é você.
— Estou te avisando, Vinicius. Está entrando em uma roubada.
Julia fala e eu simplesmente me viro e saio da sala de reuniões, indo para a minha sala. Chega de Julia por hoje. Deixo os documentos em cima da mesa, pego minhas coisas e vou novamente em direção a saída. Quando estou passando pelo corredor, já vejo de longe Julia conversando com Danilo na frente do elevador. Bufo, mais essa. Quando vêem que estou chegando perto, Julia se vira e me entrega minha pasta.
Recebo a mesma e abro minha mochila, colocando dentro. Depois me viro para Danilo.
— Obrigada, Danilo. — Agradeço apertando sua mão e apertando o botão do elevador com a outra mão. — Me ajudou bastante hoje.
— Por nada, quando precisar é só falar.
O elevador chega, eu entro e logo depois Julia entra com Danilo. Entrega as coisas dele e coloca a própria bolsa no ombro. Respiro aliviado e abro um sorriso, ela esqueceu.
— Você vai continuar com essa história, Vinicius? — Meu sorriso despenca imediatamente. Encaro Julia ao meu lado e exclamo já com raiva:
— Julia! Chega por hoje, já deu tudo o que tinha dar. Para de me importunar.
O elevador abre no mesmo instante que término de falar, então saio sem olhar pra trás. Pego meu celular e resolvo antecipar o meu tour pela cidade.
Julia hoje conseguiu me irritar!
🖐💘🖑
Oie gente, tudo bem?
E aí? Já estão irritados com alguém hoje? Vinicius se estressou com a irmã e vocês?
Bom... espero que estejam gostando, deixa seu comentário e voto aí, por favorzinho😥 isso me anima a continuar.
Beijos e até a próxima. 💋
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