CAPÍTULO 10
Vinicius
Acordo sentindo um corpo colado ao meu, bem a minha frente. Estranho, já que não me lembro de ter saído com Beatrice ontem. Percebo que meu braço direito, está abraçando a cintura de uma mulher. Levanto a cabeça levemente só para ver onde estou e então tudo que aconteceu ontem vem a minha em minha mente.
Nem foi nada de tão grave.
— Millena! — Chamo por ela fazer parte de minhas lembranças. Olho para a mulher ao meu lado e vejo os cabelos dela. — Que noite!
Deito novamente com cuidado, primeiro porque o perfume de Millena é anestésico e segundo que não quero acordar minha morena. Volto a me acomodar e quando menos espero já estou dormindo de novo.
Millena
Acordo com o barulho de mensagens chegando ao meu celular, e quase de imediato eu percebo que não estou na minha cama, sinto um peso diferente em cima de mim, e levanto metade do meu corpo me deparando com não só o braço mas a perna de Vinicius, por cima do meu lindo corpo.
— Cacete! — Sussurro tampando meus olhos com a mão livre e me deitando de novo com cuidado, lembrando da noite passada.
Algumas horas antes...
Julia
Assim que acho a panela que estava procurando, levanto ela ao mesmo tempo que me ergo e fecho o forno com o pé.
Escuto Vinicius resmungar ao lado da geladeira:
— Era o que me faltava, invadem minha casa, estragam meu compromisso e ainda quer falar da minha bagunça e me acertar com uma panela.
— Ah para de reclamar, te salvamos de uma noite chata com a ratazana. — Falo indo até ele e entregando a panela.
— Quem é a ratazana? — Vinicius pergunta se fingindo de desentendido.
— Millena que não é! Né Milli? — Pergunto e como não tenho resposta, me viro e e vejo Millena encarando a parede e com a mão ma coxa. — Millena? Que que foi?
Minha amiga então balança a cabeça e me encara sorrindo.
— Nada não, só pensando...
— Então tá...
— Vocês duas são tão estranhas! Não me adimira vocês serem amigas. — Vinicius me empurra e liga o fogão para depois começar a fazer a delícia de chocolate. Oba!
Vou até a sala, em direção ao pequeno bar que papai montou para Vini, e ele quase nunca usa. Pego uma garrafa de velho barreiro e volto para a cozinha. Millena acaba de pular da pancada quando entro, caminho até ela e entrego a garrafa.
— Toma, faz umas caipirinhas pra gente.
— Que? Não! — Millena se recusa colocando a garrafa no balcão.
— Tá ficando doida, Julia? — Vinicius pergunta parando de mexer rapidamente. — Desde quando caipirinha combina com brigadeiro?
— Faz logo Millena, é para a gente relaxar e aproveitar, lembra? — Entrego a garrafa novamente a Milli e vou até a mesa pegar alguns limões. — Você está por fora Vinicius! Quantos anos você tem mesmo? Ah é, a mesma que a minha. — Reviro os olhos enquanto pego um celular que está em cima da bancada. — Meu querido, o povo já inventou até mesmo brigadeiro de caipirinha. É quase a mesma coisa.
— Julia, qual a parte de, tenho que sair amanhã você não entendeu? — Millena pergunta.
— Millena, amor meu. — Começo tentando convence-lá. — Hoje é sexta-feira, sei muito bem que você tem que dar a resposta só segunda-feira. Então vamos aproveitar, é só a nossa pequena reunião.
— Que resposta é essa que você tem que dar segunda-feira? — Vinicius pergunta à Millena colocando o brigadeiro no congelador.
Desbloqueio o aparelho que descobrir ser de Millena e procuro o número da pizzaria.
— Nada não, só uma proposta de emprego. — Responde se virando pra ele. E depois suspira antes de me responder. — Tá bom Julia, me dá logo os limões e o açúcar.
Olho para Vinicius que digita algo no celular e caminho até ele pegando o aparelho.
— O celular de vocês dois está confiscado, até segunda ordem. — Guardo o aparelho no bolso do pijama. — Ajuda a Milli, enquanto ligo para a pizzaria.
— Já vou avisando que não vou pagar, não trouxe dinheiro algum. — Millena resmunga da pia enquando corta limões.
— Nem eu.
— Ah já estou vendo que vai sobrar pra mim! — Meu irmão resmunga do meu lado.
— Parem de resmungar, parecem dois idosos. — Exclamo saindo da cozinha. — Com todo respeito aos idosos, mas vocês dois extrapolam.
Enquanto faço a ligação, escuto gargalhadas vindo da cozinha e olha que estou longe, ou seja estão rindo bem alto. Então eu sorrio também e deixo eles dois sozinhos por enquanto.
Vinicius
Julia sai da cozinha e pego as coisas que faltam seguindo para o lado de minha morena.
— Ela falando desse jeito nem parece a menininha fofinha e meiga de antes. — Millena fala terminando de cortar os limões.
Dou uma risada e me estico por cima dela para pegar a faca.
— Vocês duas mudaram, cresceram e — Começo a bater o limão com o açúcar, e encaro Milli. — ficaram lindas, belas mulheres independentes.
Millena sorri e mexe no cabelo.
— Você também mudou, já era lindo, agora está muito mais.
— Uh, que bom que você me acha lindo, maravilhoso, gostoso...
— Opa, só disse lindo, — Começa a gargalhar e abre a garrafa. — Você com esse seu ego inflado que ouviu demais.
— Mas eu sou tudo isso, pode falar, eu deixo.
— Realmente, você é. Só que eu sou mais meu amor. — Diz fazendo um biquinho atrevido.
— Não disse que você não era, muito pelo contrário. — Largo as coisas em cima da pia e pego ela pela cintura. — Você é tão gostosa, que por isso não sai da minha cabeça.
Millena levanta a cabeça eu encontro sua boca no meio do caminho. As mãos de Millena vai parar em meus cabelos e sinto uma eletricidade passar por meu corpo. Fazia tempo que não sentia isso.
É como se esse beijo ligasse as minhas lembranças e então eu lembro do que ela estava falando no elevador.
Não fiz de propósito, lembro que na época em que nós nos beijamos foi por aquele jogo estúpido da garrafa, éramos adolescentes, e eu realmente falei, "Aquilo foi um erro, não vai mais acontecer.", mas era no sentido de ser obrigado, a pressão de amigos em volta, quis dizer que íamos repetir em outro lugar e não ali. Mas ela não tocava nesse assunto e então eu deixei de lado.
— Desculpa, não foi o que eu quis dizer. — Falo ainda abraçado com ela depois do beijo arrebatador.
Millena me olha confusa e então quando vou responder, Julia grita:
— Pedi a pizza. Vai chegar daqui a pouco.
Sou empurrado por Millena no exato momento que minha irmã entra na cozinha.
— Já terminaram? — Pergunta ficando entre Millena e eu. — Pelo jeito, não. Que demora ein, o que estavam fazendo?
— Vou colocar uma música. — Millena é a primeira a se manifestar e vai para a sala.
Julia me olha e semicerra os olhos, depois nega com a cabeça e dá de ombros quando a música New rules de Dua Lipa começa a tocar e Millena vem da sala dançando e logo Julia se junta com ela, me deixando sozinho para terminar as coisas.
Três horas e meia depois estamos nós três tentando jogar Just Dance e está saindo digno das vídeos cassetadas do Faustão; não sei se dou mais risada com as duas bêbadas tentando acertar os passos ou de quando Julia fica com raiva e tenta me acertar com a almofada e erra feio o alvo.
— Chega disso! — Julia perde mais uma vez e tenta me acertar novamente e erra. — Vou dormir que eu ganho mais.
Depois que Julia se vai, eu levanto do sofá e Millena me puxa falando:
— Vamos nós dois de novo.
Quando a música Livin' la Vida Loca começa, ela tenta seguir os passos, mas logo desiste e começa a dançar por si só, vem em minha direção e vou junto lógico. Começamos a dançar e quando vejo, já estamos aos beijos e amassos.
Quando cansamos, sentamos no sofá e resolvo esclarecer o nosso mal entendido.
— Eu não quis dizer, que você era o erro, Millena. — Falo sentado no sofá fazendo cafuné nos cabelos dela.
— Eu sei, você disse isso lá na cozinha. — Sussurra sonolenta.
— Então estamos bem? — Pergunto mas ela só sorri e faz jóia com o dedo e adormece.
Atualmente...
Millena
Sorrio e olho para Vinicius, estico o braço e mexo em seus cabelos. Está tudo muito bom e isso me assusta, mas estou feliz que seja bom com você ao meu lado.
— Ao seu lado eu sei que caminho seguir...
👉💘👈
Olá meu povo, tudo beleza? 🤔
Espero que sim. 🤗
Aqui estou com mais um capítulo, me falem o que estão achando, sim? 😊
Ao que parece Millena e Vinicius estão se curtindo, vamos rezar para que continue assim né? 😘
Por hoje é só, beijocas💋
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