Capítulo 12

Ooooie galeriss
Passando aqui no começo para deixar a arte oficial do Pyrus quando ele era um príncipe, antes de ele ter sido punido por Deus:DD
Sim, a autora finalmente tomou vergonha na cara para fazer. (To zuando viu lili)
Boom, aqui está a foto

Sim, Ele é gostoso de nascença 😔👉👈
Lembrando também que todas as artes oficiais do Pyrus estão no Instagram da autora; Cherub_Station, junto á várias outras ilustrações dos personagens dos livros que eu publico.
Só isso mesmo glr, me perdoem pela demora para postar os caps, poupem minha família😰

Pyrus pov ( + Quebra de tempo )

Enquanto as assistentes no camarim terminavam de me ajudar a vestir minha roupa, que o por muito pouco não ficou apertada. Não poderia simplesmente utilizar a metamorfose para que caiba da roupa, nenhum humano sabe sobre mim além da S/N e... Aquela velha mais cedo.

Várias lembranças vieram em minha mente, todas as vezes em que apresentei nessa arena, e agora eu retornei para o mesmo lugar de quando fui descartado feito lixo por Maboo.
Eu posso ter o tratado mal no ateliê, mas se eu não o fizesse, me machucaria ainda mais, e eu não queria chorar na frente dele de novo. Não quero ter que implorar, me ajoelhar aos pés de Maboo para que ele notasse meu esforço, que foi ignorado e humilhado pelas rudes palavras que saíram da boca daquele anjo que tanto ansiava  tê-lo algum dia.

Eu abri mão de tudo que tinha para que ficasse ao seu lado na terra, fazendo com que eu seja expulso de propósito para que ele não se sinta solitário vagando entre os mortais pela eternidade. Eu temia em seu lugar, não queria que ele se sentisse só quando eu tinha a oportunidade de acompanhá-lo, talvez deixando minha vida para trás, para viver ao seu lado foi o que me levou à todas as noites em claro, pensando em como dizer estas palavras olhando em seu rosto. Dizer que o ainda amo, que eu o aguardo pacientemente para que volte aos meus braços, dizer que sua presença é significante e me desconforta quando não está comigo.

Alguma hora dessas há séculos atrás, estaria em meu quarto enquanto tomava um vinho fraco, sentindo a fragrância das velas perfumadas espalhadas pelos móveis de madeira escuros, enquanto era hipnotizado pelos feromônios das empregadas que ofereciam seus corpos para que eu pudesse me satisfazer quando bem quisesse, sem me importar se estavam gostando ou não.

Eu mudei pelo Maboo, e não consigo tirá-lo de minha cabeça. Sei que estou errado em amá-lo depois de tudo o que ele fez, e depois de todo o esforço que S/N fez para me manter vivo. Se não fosse pela merda do meu coração bom, eu não estaria preso entre os mortais, dependendo de um ser humano. Foi a consequência de querer a única coisa que eu não poderia ter, o amor correspondido daquele anjo ingrato.

Saí do transe ao ouvir Claryus entrar no camarim, ela já estava em seu figurino, não faço ideia porque ela está aqui se eu disse a ela para ficar com S/N.

— Rasteja, pajé. Rasteja, pajé. - Ela canta no tom da música para me provocar.

(Pessoas eu não faço ideia se eu já falei sobre a roupa do Pyrus aqui, mas se eu falei, eu vou fazer uma alteração p valorizar a aparência dele, então o traje escolhido foi do pajé Adriano Paketá da alvorada de 2019. A da Claryus é da Isabelle Nogueira da 1° noite de 2019)

— Muito engraçada, cunhãzinha. - Eu finjo uma risada logo após. — Eu me lembro de ter de dito para ficar junto com a S/N, é perigoso deixar um estrangeiro sozinho aqui, ela não sabe de nada sobre o Brasil.

— Você preocupado com uma humana? Essa é nova. - Ela se aproximou de mim quando os maquiadores já não estavam mais aqui. — Não parece que você é o príncipe do inferno.

— Do inferno, não do Brasil.

— Você ainda deveria assumir esse poder mesmo não estando lá.

— Eu não me importo com o poder, Claryus. Agora por favor, vá buscar a S/N. - Eu digo, olhando para ela.

— O que tem naquela humana que te fez esquecer o seu anjinho? - Ela diz, tirando sarro. — Fica tranquilo, eu deixei ela com o meu humano.

— E quem é o seu humano? - Eu questiono.

— Ele se chama Rafa, é super gente boa e muito carinhoso, mas é um mulherengo também. - Ela diz, sorrindo para o lado.

— Mulherengo?! Vá buscar ela, agora! - Eu digo.

— Espera aí, você está com ciúmes? De uma mortal? - Ela me olha com desgosto.

— Olha, se o seu humano não liga pra você, a culpa não é minha. Mas a S/N se importa comigo, e eu me importo com ela, portanto não quero que ninguém a toque sem a minha permissão! - Eu digo.

— Que possessivo. Só para te lembrar, você é um demônio, okay? Não pode se relacionar com humanos, você deve usá-los para sobreviver. - Ela diz. — Você tem que aceitar que uma hora ela vai conhecer um rapaz que ela se interesse. E você deveria fazer o mesmo e procurar por outras demônias.

— Eu não quero ninguém além da S/N! - Eu grito, acidentalmente sem perceber o que eu acabei de falar.

Cubro minha boca com as mãos, envergonhado. Aparentemente era isso que Claryus estava querendo ouvir com todo esse jogo.

— Então... Você está apaixonado por ela? ‐ Claryus cobre sua boca com os dedos, fingindo estar surpresa. — Vossa alteza?

— Lógico que não, prefiro morrer do que me apaixonar por um mortal. - Eu digo, de forma involuntária.

— Morde essa sua língua. - Ela diz. — Seu orgulhoso, pensei que tivesse aprendido enquanto ficou preso no mármore.

— Não é porque ela me libertou que eu tenho a obrigação de me apaixonar por ela. - Eu digo.

— Se ela não é sua, por que sempre afasta aquele anjo dela?! - Claryus diz. - Se você não a quer, faça as honras á Araciel.

— Araciel?! Eu estou aqui pra matar ele, como eu deixaria eles viverem felizes para sempre, hum?! A vida não é um filme. - Eu continuo.

— Consegue imaginá-la feliz nos braços de Araciel enquanto você assiste de longe, sofrendo porque a única mulher que você tinha foi embora por sua culpa! - Claryus diz, suas palavras aos poucos entraram em minha mente.

Eu olhei para Claryus, suspirando pesado enquanto olho para a cara de sapeca da menor. Ela amava fazer esses jogos comigo nos piores momentos possíveis.

— Eu tô brincando. Só tô querendo que você abra seus olhos um pouquinho, você já viu o quão brilhante são os olhos dela quando ela olha pra você? - Ela insiste.

— Clary, podemos não tocar nesse assunto? - Eu pergunto, pior que está não pode ficar.

— Oh, tudo bem. Mas me diz, já encontrou o Araciel, não é? - Ela questiona.

— Já sim, mas ela é apaixonada por ele, e não vai ter como eu impedir que eles se encontrem toda hora. Já consegui tirá-la de perto dele várias vezes, mas ela sempre tem pena dele. - Eu digo, quase desabafando. - Como eu vou dizer pra' ela que o Thomas é um anjo caído? Pior! Um anjo que caiu por ter relações com mulheres terranas! Ele quer fazer a mesma coisa com ela.

— Oh... Então eles já são bem íntimos, não? - Ela questiona.

— São. Eu faço o possível para não deixá-la sozinha com ele, mas ela sempre acaba achando que ele é um coitado. Quando eu não a tirei de perto dele, Stellaryus fez isso por mim. - Eu digo.

— O que?! O maninho protegendo um humano? - Ela pergunta, realmente surpresa.

— Eu tive a mesma reação. Mas eu não vou reclamar, tenho até medo do que ele faria com ela.

— Vai dar tudo certo, é uma pena que você tenha que fazer tudo isso sozinho. - Claryus se levanta para sair do camarim, mas antes, ela deixa um recado. - Olha... Não se apaixone pela S/N. Ela vai viver a vida toda ao seu lado, mas você vai passar a eternidade sem ela.

Assim, Claryus sai do camarim, me deixando sozinho enquanto eu me preparo para entrar na arena. Tentei esquecer tudo isso para que não me atrapalhe durante meu show.

[...]

Após o show da primeira noite acabar, já estava fora de meu figurino que ás pressas eu mesmo arranquei sem me importar com os danos que poderiam ter sido causados pela falta de cautela.
Nem sequer minha maquiagem eu havia removido quando corri para fora do camarim procurar S/N. Não sabia onde ela estava, sei que o humano de Claryus estava junto a ela, mas toda a arquibancada estava vazia. Me senti preocupado ao sentir um leve ardor nas articulações de meus dedos.

Sem sucesso ao procurar todos os lugares possíveis, eu paro no meio da arena, em silêncio para tentar ao máximo sentir o cheiro de S/N, que dificilmente é possível ser rastreado em um lugar tão grande como aquele.
Até que com muito custo, consigo sentir um perfume doce que veio junto á brisa para fora do Bumbódromo.
Percebi alguns assistentes vindo em minha direção, provavelmente iriam me obrigar a ficar mais tempo desnecessário aqui.

Eu saí pelas grandes portas da arena, e logo notei um caminho de gotas de sangue que iam até uma praça próxima ao local. Segui aquela trilha avermelhada o mais rápido possível, eu reconheço que esse sangue era o de S/N.
Chegando a praça escura e vazia, notei duas silhuetas debaixo de uma árvore. Eu me aproximei, e me deparei com S/N e o humano da Claryus, mas... A S/N estava bem, como ela derrubou esse sangue? Espero que não seja o que eu estou pensando!

— S/N? Você tá' bem? - Eu questiono, vendo a menor sorrir contente para mim, e logo veio em minha direção, me abraçando.

— Você foi incrível, Pyrus! Eu nunca tinha visto algo parecido na minha vida! - Ela diz, com brilho nos olhos. — Você entrou tanto no personagem como se estivesse fora de si!

— Erh... Obrigado. - Sinto minhas bochechas ferverem, agradeço por estarmos em um lugar escuro. — Mas... Você não me respondeu!

— Por que a pergunta? Eu não pareço bem? - Ela pergunta.

— Não é isso, é que eu vi umas gotas de sangue sua lá atrás e pensei que você havia se machucado. - Eu começo a explicar um tanto nervoso, mas ela solta uma breve risada.

— Não se preocupe, foi por um bom motivo. - Ela diz, então mostrando suas mãos.

As articulações de seus dedos estavam raladas e ensanguentadas, eu seguro sua mão com cuidado, ela logo volta a falar.

— Uns caras mexeram comigo na saída, eu apenas dei a eles o que eles mereciam. - Ela diz, me tranquilizando.

— Me desculpa te deixar sozinha. - Eu digo.

— Tá tudo bem, o José ficou comigo o tempo todo. - Ela diz.

— José? Quem caralhos é José? - Eu questiono, mesmo sabendo a resposta.

— Sou eu. - Assim, o homem vem até mim.

José tinha um corpo musculoso, tinha uma pele pálida que destacavam seus olhos escuros, tinha o cabelo raspado e vários piercings e tatuagens em seu rosto e em seu corpo. Acredito que seja um metido a valentão, apenas por ter deixado caras maldosos chegarem perto de S/N já tira toda sua moral comigo.
Eu olho para ele dos pés á cabeça, levantando uma de minhas sobrancelhas.

— Ah sim, tenha uma boa noite. - Assim, eu seguro a mão de S/N e a faço andar junto a mim.

— Ei, Pyrus! Você nem o agradeceu! - Ela diz.

— Não tenho nada a agradecer a ele. - Eu digo.

— Ele ficou comigo por todo esse tempo. - Ela diz.

— Foi obrigação dele. - Eu insisto.

— Nada disso, vou voltar e agradecê-logo! - S/N diz após se soltar do meu braço.

S/N pov

Eu caminho em direção á José novamente, mas sinto os braços de Pyrus me puxando novamente, dessa vez ele me jogou em seu ombro com uma incrível facilidade, me carregando feito um saco de arroz.

— Pyrus, me põe no chão! - Eu digo, já irritada novamente.

Assim, ele me faz escorregar em seu peito, me segurando como uma noiva agora. Ele me dá um sorriso sapeca quando olha para mim. Nunca pensei que acharia alguém incrivelmente lindo mesmo com uma maquiagem de caveira toda borrada.
Aparentemente ele notou meu olhar acidentalmente fixo em seu rosto, e logo pude notar o maior ficando sem jeito, procurando onde olhar.

— Para de me olhar, tá apaixonada por mim é?! - Ele diz, de forma sarcástica.

— E se eu estivesse? - Eu digo para provocá-lo.

— Ora, não brinca com isso! - Ele fala, bufando enraivecido.

— Eu tô' brincando, relaxa. - Eu digo. — Já tenho meus planos.

— Ah, sim... - Notei que o maior evitou me olhar nos olhos, e manteve um silêncio perturbador.

Eu continuei o olhando, ele realmente não sabe disfarçar quando está apaixonado por alguém. Talvez essa seria uma boa ocasião para beijá-lo caso fossemos amantes ou algo do tipo.

Olhei para as ruas já vazias da pequena Parintins. Uma brisa fria se colidia contra minha pele, não imaginei que o clima brasileiro faria um calor infernal durante o dia e um frio durante a noite. Talvez eu apenas não esteja acostumada com climas assim.

Realmente, Pyrus manteve um bom silêncio quando mencionei sobre meus falsos "outros planos". Acho que um beijo ajudaria a quebrar esse silêncio, e eu vou mentir se disser que não estou com uma certa saudade dos beijos quentes de Pyrus.
Assim eu o fiz, eu o chamei pelo nome, e quando ele olhou, segurei em sua nuca e o trouxe para mim. Ele não esperava esse beijo, mas ele reagiu rapidamente, não demorou nada para que ele retribuisse.

Pyrus me prendeu contra a parede de uma loja, fazendo com que minhas pernas sejam envolvidas em sua cintura, não parando o beijo por nada.
Me arrepiava toda vez que ele apertava minha cintura, realmente ele tinha muita pegada.
Quando nos separamos por falta de ar, ele beijou o canto de minha boca antes de se afastar, sorrindo ofegante para mim.

Havia bagunçado seu cabelo acidentalmente, deixando sua franja caída em seu rosto, que normalmente fica separada, ele estava muito lindo, combinava tanto com a luz avermelhada do freezer de refrigerantes da loja atrás de nós.

— Enquanto ao seus "outros planos"? - Ele me provoca.

— Você me conhece. - Eu digo. — Você sabe que você é a única pessoa que eu falo, como poderia haver outros planos?

— Talvez algum anjo caído tenha enchido seu coração com pecados graves, não? - Ele diz.

Eu sorri em sua direção, o convidando para mais um beijo, assim ele se aproxima novamente, começando mais um beijo um tanto prolongado.

— Parece que consegui devolver o brilho do sol. - Eu digo.

— Eu nunca vou me apagar, S/N. - Ele sorri novamente, me dando mais um selinho para encerrar.

Quebra de tempo

Quando chegamos no quarto de hotel, fomos direto tomar um banho relaxante depois de um dia cansativo, para finalmente podermos descansar, ao menos é o que eu pensava.
Ao deitarmos na cama, Pyrus começou a se sentir mal, e logo tentou se recompor.

— Ei, está tudo bem? - Eu pergunto, me sentando para ajudá-lo.

— Estou sim, deve ser o cansaço. - Ele diz.

— Pode falar a verdade. - Eu digo. — Você precisa de um pouco de energia vital, não é?

— Eu não quero te dar trabalho agora, você precisa descansar. - Ele diz.

— Sua saúde em primeiro lugar. - Eu digo.

— Eu sou mais resistente do que você, S/N. Você precisa descansar.

— Se você desmaiar, eu vou desmaiar também, e se nós dois estivermos desmaiados, quem poderá nos acordar? - Eu o questiono.

Sabia que Pyrus realmente não queria me causar prejuízos uma hora dessas, mas eu entendo que isso era algo essencial para ele, como a fome é para nós. Eu me sentei em seu colo, dando uma iniciativa para "abastacê-lo" novamente.

— S-S/N, está sensível aí! - Ele diz de forma manhosa.

— Vou tomar cuidado, apenas relaxe e deixe que eu faço o trabalho. ‐ Eu digo.

Assim que levo minhas mãos ao cós dos shorts de Pyrus para tirá-lo, fui interrompida após a porta do quarto ser batida três vezes. Pyrus olha para mim, como se pedisse para que ignorasse, mas quem seria a uma hora dessas?

— Ah, S/N~ - Ele quase geme meu nome para me chamar.

— Eu vou atender, vai ser rapidinho, tudo bem? - Eu digo.

— Promete? - Ele pergunta.

— Prometo. - Eu o respondo, sorrindo para o maior.

Assim, eu saio de seu colo e caminho em direção a porta. Destranco a porta, girando a chave, quando a abro eu me deparo com...

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